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Aula 03 Auditoria

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Curso de Auditoria para RFB - 2015
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03
AULA 03: Avaliação das distorções Identificadas. 
Execução dos trabalhos de auditoria. Materialidade e 
Relevância no planejamento e na execução dos 
trabalhos de auditoria. Fraudes e a Responsabilidade 
do Auditor. Risco de Auditoria. Controle Interno.
SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação 01
1. Execução dos trabalhos de auditoria 02
2. Avaliação das distorções identificadas 04
3. Materialidade 11
4. Risco de Auditoria e Relevância 17
5. Fraudes e a Responsabilidade do Auditor 36
6. Controles Internos 44
Lista das questões comentadas durante a aula 70
Referências bibliográficas 88
Olá, Pessoal!
Hoje veremos diversos temas pontuais e por isso a aula será um pouco 
mais extensa que o normal. Foquem nos dois principais assuntos da aula, 
que são Riscos de Auditoria e Controles Internos, combinado?
Qualquer dúvida em relação à dins mica do curso ou comentário, estou à 
disposição por meio do endereço de email: 
rodrigofontenelle@estrategiaconcursos.com.br. Em relação às dúvidas 
sobre a matéria, responderei a todas que forem postadas no fórum do 
Estratégia.
Curtam minha página no Facebook e continuem acompanhando notícias 
sobre cursos, concursos, dicas de auditoria, além da participação em 
diversos sorteios!
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Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03
Principais normas abordadas na aula de hoje:
NBC TA 200 NBC TA 240 NBC TA 265 
NBC TA 315 NBC TA 320
1. Execução dos trabalhos de auditoria
De modo geral, a etapa de execução consiste na obtenção de evidências 
apropriadas e suficientes para respaldar as conclusões da auditoria.
Ou seja, nessa fase, a equipe de auditoria vai colocar em prática aquilo que 
foi planejado, aplicando as técnicas e procedimentos necessários para que 
se obtenham evidências, em quantidade e qualidade, que possam sustentar 
as conclusões.
As principais atividades realizadas durante a execução são:
a) desenvolvimento dos trabalhos de campo;
b) análise dos dados coletados;
c) elaboração da conclusão.
Essas atividades, em geral, não são realizadas de forma isolada, sendo 
difícil delimitar exatamente quando começa uma e termina outra. A coleta 
e a análise de dados não são atividades estanques, sendo os dados 
coletados, interpretados e analisados simultaneamente.
Dependendo da metodologia adotada no projeto de auditoria, pode haver 
variação significativa na organização dos trabalhos de campo e na 
estratégia de análise dos dados.
O trabalho de campo consiste na coleta de dados e informações
definidos no planejamento de auditoria. O tipo de dados a coletar e as 
fontes desses dados dependerão da estratégia metodológica e dos critérios 
estabelecidos.
Os dados coletados devem ser precisos, completos e comparáveis.
Entretanto, essa coleta, embora essencial, muitas vezes é considerada uma 
tarefa mecânica e a parte menos interessante da auditoria. De qualquer 
modo, a qualidade na coleta, análise e documentação dos dados é 
fundamental para garantir bons resultados.
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Normalmente, a coleta de dados é feita in loco e a equipe aplica os 
instrumentos desenvolvidos e testados na fase de planejamento. Os 
métodos de coleta de dados mais usados são entrevista, questionário 
e observação direta.
Quando o objetivo da auditoria inclui a generalização da conclusão para 
o universo pesquisado, as soluções mais comumente adotadas são 
tratamento estatístico e estudo de caso. Se o estudo de caso é 
representativo, é possível generalizar os resultados, ou seja, os achados 
identificados em um caso podem ser aplicados a outros casos.
É importante que o auditor obtenha as melhores informações possíveis - 
tanto fatos quanto opiniões, argumentos e reflexões - de diferentes fontes 
e com o apoio de especialistas.
tome nota!
O auditor deve buscar as evidências necessárias para orientar sua 
conclusão e ter cuidado para não se desviar do foco do trabalho nem 
coletar grande quantidade de informações que, muitas vezes, são 
desnecessárias e irrelevantes.
Para o sucesso dos trabalhos de campo, é necessária a realização de 
diversas atividades operacionais e administrativas. Assim, antes da 
execução da auditoria, a equipe deve, por exemplo:
a) agendar visitas de estudo;
b) providenciar ofícios de apresentação;
c) reservar passagens e hotéis;
d) informar telefones de contato ao supervisor;
e) preparar material necessário (cópias de questionários, roteiros de 
entrevistas, etc.).
Os esclarecimentos que se fizerem necessários devem ser colhidos 
ainda em campo, para evitar mal entendidos e eventuais novas 
solicitações de informações, com o consequente desperdício de esforços e 
sensação de desorganização da equipe por parte da empresa auditada.
A equipe de auditoria deverá, sempre que possível, se apresentar aos 
responsáveis pelas áreas que serão fiscalizadas, esclarecendo o objetivo, 
os critérios e o escopo da fiscalização.
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A requisição de documentos e informações, durante os trabalhos de campo, 
deve fixar prazo para seu atendimento, estabelecido, sempre que possível 
e desde que não comprometa o prazo de execução, em comum acordo 
com o fiscalizado. A mencionada requisição será formalizada por meio de 
ofício de requisição, datado e numerado sequencialmente.
O ofício de requisição deve ser entregue mediante atestado de 
recebimento na segunda via, a qual se constituirá em documentação de 
auditoria.
Os documentos fornecidos pela empresa devem identificar quem os 
elaborou ou forneceu e a fonte da informação, além de estarem legíveis, 
datados e assinados. A equipe de auditoria deverá identificar os 
documentos recebidos, correlacionando-os ao item do ofício de 
requisição a que se referem.
Os esclarecimentos acerca dos indícios devem ser colhidos por escrito ao 
longo da fase de execução, por intermédio de ofícios de requisição, 
evitando-se mal entendidos e minimizando o recolhimento de informações 
posteriores.
Bom pessoal, em linhas gerais, esses comentários nos dão uma ideia de 
como funciona, na prática, a execução dos trabalhos de auditoria.
2. Avaliação das Distorções Identificadas
Definições importantes para o tema:
Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão 
incorporadas às demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar 
os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer.
Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações 
ou falta de ações significativas que possam afetar adversamente a capacidade da 
entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias, ou do 
estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas.
Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos 
responsáveis da governança, administração e outros funcionários para fornecer 
segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere 
à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações 
e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. O termo "controles" refere-se 
a quaisqueraspectos de um ou mais dos componentes do controle interno.
Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de auditoria aplicados 
para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o
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controle interno da entidade, para a identificação e avaliação dos riscos de 
distorção relevantes, independentemente se causada por fraude ou por erro, nas 
demonstrações contábeis e nas afirmações.
Risco significativo é o risco de distorção relevante identificado e avaliado que, no 
julgamento do auditor, requer consideração especial na auditoria.____________
Este item começou a ser explorado agora pelas bancas de concurso e, por 
isso, ainda não temos muitas questões. De qualquer forma, como a 
mencionada norma é muito grande, tentamos trazer o que consideramos o 
principal acerca do tema.
2.1 - Procedimentos de avaliação de risco
O auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer 
uma base para a identificação e avaliação de riscos de distorção relevante 
nas demonstrações contábeis e nas afirmações. Os procedimentos de 
avaliação de riscos por si só, porém, não fornecem evidências de auditoria 
apropriada e suficiente para suportar a opinião da auditoria. Esses 
procedimentos incluem:
(a) indagações à administração e a outros na entidade que, no julgamento 
do auditor, possam ter informações com probabilidade de auxiliar na 
identificação de riscos de distorção relevante devido à fraude ou erro
Muitas das informações obtidas pelas indagações do auditor são 
obtidas junto à administração e aos responsáveis pelas 
demonstrações contábeis. Contudo, o auditor também pode obter 
informações, ou uma perspectiva diferente na identificação de riscos 
de distorção relevante, por meio de indagações junto a outros dentro 
da entidade e a outros funcionários com graus diferentes de 
autoridade.
Exemplificando: as indagações dirigidas aos responsáveis pela 
governança podem ajudar ol auditor a entender o ambiente em que 
as demonstrações contábeis são elaboradas.
(b) procedimentos analíticos
Procedimentos analíticos realizados como procedimentos de 
avaliação de risco podem identificar aspectos da entidade que o 
auditor não tinha conhecimento e pode auxiliar na avaliação de risco 
de erros relevantes para fornecer uma base para planejar e 
implementar respostas para esses riscos.
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Esses procedimentos podem incluir informações financeiras ou não 
financeiras, por exemplo, a relação entre vendas e área total do 
espaço de vendas ou volume dos produtos vendidos.
(c) observação e inspeção
A observação e a inspeção podem apoiar as indagações junto à 
administração e outros, e podem também fornecer informações sobre 
a entidade e o seu ambiente.
Exemplos de tais procedimentos de auditoria incluem a observação e 
inspeção do seguinte: operações da entidade; documentos, registros 
e manuais de controles internos; relatórios elaborados pela 
administração e pelos responsáveis da governança; e dependências 
e instalações industriais da entidade.
2.2 - Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante
O objetivo do auditor é identificar e avaliar os riscos de distorção relevante1 
independentemente se causada por fraude ou erro, nos níveis de 
demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da 
entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade, 
proporcionando assim uma base para o planejamento e a implementação 
das respostas aos riscos identificados de distorção relevante.
O auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante:
(a) no nível das demonstrações contábeis
Os riscos de distorção relevante no nível das demonstrações 
contábeis referem-se a riscos que se relacionam de forma 
generalizada às demonstrações contábeis como um todo e que 
afetam potencialmente muitas afirmações.
1 Segundo a NBC TA 200, DISTORÇÃO é a diferença entre o valor, a classificação, a 
apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, 
a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura 
de relatório financeiro aplicável.
Exemplificando... Ao se deparar com uma AFIRMAÇÃO emitida pela empresa (por exemplo, 
o valor de R$ 500.000,00 na conta Fornecedores), o auditor irá confirmar se aquele valor reflete 
realmente a posição daquela conta ao final do exercício auditado ou se há uma DISTORÇÃO 
RELEVANTE naquela afirmação. Lembramos que essa distorção relevante pode ser 
consequência de uma fraude ou até mesmo de um erro.
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Riscos dessa natureza não são necessariamente riscos que possam 
ser atribuídos a afirmações específicas na classe de transações, saldo 
de contas ou nível de divulgação. Ao contrário, representam 
circunstâncias que podem aumentar os riscos de distorção relevante 
no nível da afirmação, por exemplo, em decorrência dos controles 
serem burlados pela administração. Os riscos no nível das 
demonstrações contábeis podem ser especialmente relevantes para 
as considerações do auditor sobre os riscos de distorção relevante 
decorrente de fraude.
Riscos no nível das demonstrações contábeis podem derivar 
especificamente de um ambiente de controle deficiente (embora 
esses riscos também possam relacionar-se a outros fatores, como 
condições econômicas em deterioração). Por exemplo, deficiências 
como a falta de competência da administração podem ter efeito mais 
disseminado sobre as demonstrações contábeis e podem exigir uma 
resposta mais abrangente do auditor.
(b) no nível de afirmação para classes de transações, saldos de conta e 
divulgações, para fornecer uma base para a concepção e a execução de 
procedimentos adicionais de auditoria.
Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação para classes 
de transações, saldos de contas e divulgações precisam ser 
considerados porque tal consideração auxilia diretamente na 
determinação da natureza, época e extensão de procedimentos 
adicionais de auditoria no nível da afirmação, necessários para a 
obtenção de evidências de auditoria apropriadas e suficientes. Ao 
identificar e avaliar riscos de distorção relevante no nível da 
afirmação, o auditor pode concluir que os riscos identificados 
relacionam-se de forma generalizada às demonstrações contábeis 
como um todo e afetam potencialmente muitas afirmações.
Ao declarar que as demonstra ções contábeis estão em conformidade 
com a estrutura de relatório financeiro aplicável, a administração faz 
afirmações implícitas ou explicitamente no que se refere ao 
reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação dos vários 
elementos das demonstrações contábeis e divulgações relacionadas.
As afirmações usadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de 
distorções potenciais que possam ocorrer enquadram-se nas três 
categorias seguintes e podem assumir as seguintes formas:
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(a) Afirmações sobre classes de transações e eventos para o
período sob auditoria
(b) Afirmações sobre saldos de contas no fim do período
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(c) Afirmações sobre a apresentação e divulgação
Como parte da avaliação de risco o auditor deve determinar se qualquer 
um dos riscos identificados é, no seu julgamento, um risco significativo.
Ao exercer esse julgamento, o auditor deve excluir os efeitos dos controles 
identificados relacionados ao risco.
Se o auditor determinou que existi risco significativo, o auditor deve obter 
entendimento dos controles da entidade, inclusive das atividades de 
controle, relevantes para esse risco.
No que diz respeito a alguns riscos, o auditor pode julgar que não é possível 
ou praticável obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas apenas 
a partir de procedimentos substantivos. Tais riscos podem relacionar-se 
com registro impreciso ou incompleto de classes de transações rotineiras e 
significativas ou saldos de contas, cujas características frequentemente 
permitem processamento altamente automatizado, com pouca ou nenhuma 
intervenção manual. Em tais casos, os controles da entidade sobre esses 
riscos são relevantes para a auditoria e o auditor deve obter entendimento 
deles.
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QUESTÕES COMENTADAS
1 - (ESAF / CGU/ 2012) - Para lidar com riscos avaliados de 
distorção relevante decorrente de fraude, o auditor independente 
pode lançar mão dos seguintes procedimentos de auditoria, exceto:
a) Visitar locais ou executar certos testes de surpresa, sem anúncio prévio.
b) Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados pela 
alta administração.
c) Executar procedimentos em contas ou outras conciliações elaboradas 
pela entidade.
d) Testar a integridade de registros e operações processados em sistema 
computadorizado.
e) Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade 
sendo auditada.
Comentários:
Questão literal da ESAF, retirada do apêndice 2 da NBC TA 240. 
Segundo essa norma, as respostas específicas à avaliação do auditor dos 
riscos de distorção relevante decorrente de fraude variam dependendo dos 
tipos ou combinações de fatores de risco de fraude ou condições 
identificadas, e as classes de operações, saldos contábeis, divulgações e 
afirmações que eles possam afetar. Como exemplos específicos das 
respostas temos, dentre outros:
• Visitar locais ou executar certos testes de surpresa, sem anúncio 
prévio. Por exemplo, observar o estoque em locais onde a 
presença do auditor não foi previamente anunciada, efetuar 
contagem de caixa em data não anunciada, sem anúncio prévio.
• Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da 
entidade sendo auditada.
• Testar a integridade de registros e operações processados em 
sistema computadorizado.
• Executar procedimentos em contas ou outras conciliações 
elaboradas pela entidade, considerando inclusive conciliações 
realizadas em períodos intermediários.
Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados 
pela alta administração é um exemplo de resposta específica à avaliação 
do auditor do risco de distorções relevantes decorrentes de apropriação 
indevida de ativos, segundo a norma mencionada.
Resposta: B
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3. NBC TA 320 - Materialidade no Planejamento e na 
Execução da Auditoria
A Resolução CFC n° 1.213/09, que aprovou a NBC TA 320 - Materialidade 
no Planejamento e na Execução da Auditoria -, trata da responsabilidade 
do auditor independente de aplicar o conceito de materialidade no 
planejamento e na execução de auditoria de demonstrações contábeis, 
definindo que o objetivo do auditor é aplicar o conceito de materialidade 
adequadamente.
A estrutura de relatórios financeiros, frequentemente, discute o conceito de 
materialidade no contexto da elaboração e apresentação de demonstrações 
contábeis, explicando que:
• distorções são relevantes quando for esperado que possam 
influenciar as decisões econômicas de usuários;
• julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias 
envolvidas; e
• julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários são 
baseados em considerações sobre as necessidades de informações 
financeiras comuns a usuários como um grupo.
A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de 
julgamento profissional e é afetada pela percepção das necessidades de 
informações financeiras dos usuários.
A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece 
necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas serão 
sempre avaliadas como não relevantes, pois as circunstâncias relacionadas 
a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes 
mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade.
De acordo com o CFC, m ateria lidade para execução da aud ito ria
significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao 
considerado relevante para as demonstrações como um todo, para 
adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as 
distorções não corrigidas e não detectadas excedam a materialidade para 
as demonstrações como um todo.
Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também, 
ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de
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materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis e 
divulgações.
Exemplificando. Vamos admitir o seguinte balanço patrimonial:
Balanço Patrimonial (em R$)
Ativo
circulante
300.000
Passivo 
circulante e 
não circulante
500.000
Ativo não 
circulante
700.000 PL 500.000
Ativo
Total
1.000.000 Passivo Total 1.000.000
A partir do seu julgamento profissional, o auditor pode definir, por 
exemplo, que o valor que irá considerar material para uma conta será de 
1% do Ativo Total. Dessa forma, valores inferiores a R$ 10.000,00 serão 
considerados não materiais, reduzindo a um nível baixo a probabilidade de 
que distorções não detectadas nessas contas influenciem nas 
demonstrações como um todo.
3.1 - Determinação da materialidade no planejamento e para a 
execução da auditoria
Ao estabelecer a estratégia global de auditoria (durante o planejamento), 
o auditor deve determinar a materialidade para as demonstrações 
contábeis.
3.2 - Revisão no decorrer da auditoria
O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis 
como um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para 
classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação) no caso 
de tomar conhecimento de informações que o teriam levado a determinar 
um valor diferente.
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FIQUE
atento!
A materialidade, assim como o 
planejamento do auditor NÃO é 
imutável e pode ser revista ao longo 
da execução da auditoria.
Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa para as 
demonstrações do que inicialmente determinado, o auditor deve verificar 
se é necessário revisar a materialidade e se a natureza, a época e a 
extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam 
apropriados.
3.3 - Documentação
O auditor deve incluir na documentação de auditoria os seguintes 
valores e fatores considerados em sua determinação:
(a) materialidade para as demonstrações como um todo;
(b) se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes 
específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação;
(c) materialidade para execução da auditoria; e
(d) qualquer revisão de (a) a (c) com o andamento da auditoria.
QUESTÕES COMENTADAS
2 - (ESAF / RFB / 2014) - A determinação de materialidade para 
execução de testes:
a) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento 
profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a 
entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação 
de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em 
auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em 
relação a distorções no período corrente.
b) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento 
profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a 
entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação 
de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em 
auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em 
relação a distorções no período corrente.
c) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento 
profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que o auditor possui
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sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de 
avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas 
em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor 
em relação a distorções no período corrente e subsequentes.
d) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento 
profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que o auditor possui 
sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de 
avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas 
em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor 
em relação a distorções no período corrente.
e) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento 
profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que o auditor possui 
sobre a entidade, não deve ser atualizado durante a execução dos 
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de 
distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas 
expectativas do auditor em relação a distorções em períodos subsequentes.
Comentários:
Segundo o item A 12 da NBC TA 320, A determinação de 
materialidade para execução de testes não é um cálculo mecânico simples 
e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo 
entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a 
execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e 
extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa 
maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período 
corrente.
Resposta: A
3 - (ESAF / SUSEP / 2010) - Com relação aos níveis de relevância 
determinados em um processo de auditoria externa, é verdadeiro 
afirmar que:
a) o processo de avaliação de relevância deve sempre considerar os níveis 
de risco e as distorções identificadas, não sendo permitido considerar nos 
limites eventuais distorções não idk ntificadas ou projetadas.
b) o auditor, em nenhuma hipótese, pode estabelecer nível de relevância 
abaixo dos determinados no planejamento.
c) não se devem considerar as avaliações de risco e relevância no seu 
conjunto, sendo sempre avaliadas individualmente.
d) os níveis de relevância estabelecidos no planejamento devem ser 
mantidos, independentemente dos fatores encontrados, durante a 
realização dos trabalhos.
e) se a administração da entidade auditada negar-se a ajustar as 
demonstrações contábeis e os procedimentos de auditoria adicionais, de 
forma a não permitir concluir que o montante agregado das distorções seja 
irrelevante, deve o auditor considerar os efeitos no seu parecer.
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Comentários:
A alternativa "a" está errada, pois é permitido considerar nos limites 
eventuais distorções não identificadas ou projetadas, como acontece, por 
exemplo, em um processo de amostragem, no qual o auditor projeta, para 
a população, a distorção encontrada na amostra.
O auditor pode alterar o nível de relevância estabelecido no 
planejamento, uma vez que, como já vimos este não é imutável. A partir 
do seu julgamento profissional e dos resultados dos testes e procedimentos 
aplicados, o auditor poderá definir outro nível de relevância como mais 
apropriado àquela auditoria. Portanto, as opções "b" e "d" estão incorretas.
A letra "c" também é falsa, pois risco e relevância são conceitos 
interligados que devem ser avaliados em conjunto. Conforme verificamos 
na próxima questão, inclusive, há uma relação inversa entre risco de 
auditoria e relevância.
Por fim, a alternativa "e" retrata, de forma correta, uma situação em 
que o auditor deverá modificar sua opinião, o que será explicado mais 
detalhadamente em aula acerca desse tema.
Resposta: E
4 - (ESAF / SUSEP / 2002) - Para o auditor independente, uma 
informação é relevante quando:
a) sua omissão ou distorção puder influenciar nas decisões econômicas dos 
usuários, se estas forem tomadas com base nas demonstrações contábeis.
b) a sua materialidade influenciar na tomada de decisões econômicas e 
financeiras dos usuários, tendo como base de decisão o parecer da 
auditoria.
c) a sua distorção influenciar em decisões econômicas ou financeiras 
tomadas pelos usuários, tendo como base de juízo o parecer da auditoria 
independente.
d) a sua omissão influenciar negativamente nas decisões tomadas com 
base nas demonstrações contábeis por acionistas preferenciais ou pelos 
membros do Conselho de Administração.
e) a sua subjetividade e distorção influenciar nas decisões financeiras dos 
acionistas controladores e demaiE usuários, se tomadas com base nas 
demonstrações contábeis.
Comentários:
Segundo o item 11.6.1.2 da NBC T 11, vigente à época da elaboração 
da questão, uma informação é relevante se sua omissão ou distorção puder 
influenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto das 
demonstrações contábeis. Apesar de a norma ter sido revogada, o conceito 
de relevância não mudou, sendo que a NBC TA 200 considera uma 
informação relevante se for razoável esperar que, individual ou 
conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários 
tomadas com base nas demonstrações contábeis.
Resposta: A
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5 - (FGV/CGE-MA/2014) - O auditor, ao realizar uma auditoria, 
exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são 
consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base para:
(A) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de 
avaliação de risco.
(B) identificar e avaliar os riscos de distorção irrelevante.
(C) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos 
operacionais de relevância.
(D) tomar decisões econômicas razoáveis com base nas informações das 
demonstrações contábeis.
(E) entender que as demonstrações contábeis são elaboradas, 
apresentadas e auditadas considerando níveis de materialidade.
Comentários:
O auditor define a materialidade (na questão, definido como 
magnitude das distorções) para determinar a natureza, a época e a 
extensão de procedimentos de avaliação de risco.
Resposta: A
6 - (FGV/CGE-MA/2014) - A determinação da materialidade para o 
planejamento envolve o exercício de julgamento profissional. 
Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um referencial 
selecionado como ponto de partida para determinar a materialidade 
para as demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que 
podem afetar a identificação de referencial apropriado incluem:
(A) os elementos das notas explicativas.
(B) os itens que tendem a inibir a atenção dos usuários das demonstrações 
contábeis da entidade específica.
(C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o 
ambiente econômico em que atua.
(D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada.
(E) a volatilidade relativa do capital.
Comentários:
Segundo a NBC TA 320, "os fatores que podem afetar a identificação 
de referencial apropriado incluem:
(a) os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo, 
ativo, passivo, patrimônio líquido, receita, despesa);
(b) se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das 
demonstrações contábeis da entidade específica (por exemplo, com 
o objetivo de avaliar o desempenho das operações, os usuários 
tendem a focar sua atenção em lucro, receita ou patrimônio líquido);
(c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu 
setor e o ambiente econômico em que atua;
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(d) a estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por 
exemplo, se a entidade é financiada somente por dívida em vez de 
capital próprio, os usuários dão mais importância a informações sobre 
os ativos, e processos que os envolvam, do que nos resultados da 
entidade); e
(e) a volatilidade relativa do referencial." (Grifamos)
Resposta: C
7 - (FCC/ICMS-SP/2013) - Uma demonstração contábil apresenta 
distorções relevantes, quando o valor de distorções
(A) corrigidas não foi divulgado nas notas explicativas e supera a 
materialidade global estabelecida pelo auditor.
(B) corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a 
materialidade global estabelecida para o trabalho.
(C) não corrigidas, individualmente, é menor que a materialidade global.
(D) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a 
materialidade global estabelecida para o trabalho.
(E) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, supera o valor de R$ 
10.000.000,00.
Comentários:
O auditor estabelece, quando do seu planejamento de auditoria, a 
materialidade global para aquele trabalho, dependendo do porte da 
empresa e sempre levando em conta seu julgamento profissional.
Dessa forma, ele irá considerar uma distorção relevante quando 
encontrar uma distorção, ao longo do processo de auditoria, e essa 
distorção, além de não ser corrigida pela administração, for superior àquele 
valor estabelecido pelo auditor inicialmente.
Resposta: D
4. Risco de Auditoria
Risco de Distorção Relevante (Risco Inerente + Risco de Controle) 
e de Risco de Detecção
Franco e Marra (2011) esclarecem que a auditoria é um trabalho complexo, 
que envolve a aplicação de sofisticados procedimentos, o que torna 
inevitável que haja um certo grau de risco de que erros ou irregularidades 
existentes possam não ser detectados durante o processo.
O auditor não é obrigado a identificar a totalidade dos erros existentes nas 
atividades auditadas, mesmo porque sabemos que seu trabalho sofre 
limitações quanto aos recursos disponíveis, em comparação com a gama 
de atribuições a que é submetido.
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Quando os erros não são significativos, não há tanto problema. Entretanto, 
quando forem relevantes e não tenham sido descobertos, esse fato 
pode prejudicar a confiabilidade em seu trabalho. Assim, faz-se 
necessário o conhecimento das diversas variáveis envolvidas no risco de 
auditoria, para que se possa minimizar seus efeitos.
A NBC TA 200 define Risco de Auditoria como sendo o "risco de que o 
auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as 
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de 
auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de 
detecção". (Grifamos) Trouxemos a definição literal da norma, porque 
veremos na resolução das questões que várias delas cobram apenas isso 
do candidato.
Explicando melhor...
O auditor aplica seus testes de auditoria e conclui que não há distorções 
relevantes nas demonstrações contábeis. Logo, emite uma opinião sem 
ressalva (objeto de estudo de outra aula). Entretanto, há sim distorções 
relevantes nas demonstrações contábeis, mas ele não conseguiu 
identificar. Dessa forma, está materializado o Risco de Auditoria. Cuidado 
para não confundirem com o Risco de Detecção que será apresentado a 
seguir. O risco de auditoria se refere à opinião expressa pelo auditor.
Tipos de Risco
Risco de detecção:
É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para 
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem 
uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em 
conjunto com outras distorções.
Exemplificando: o auditor mplica seus testes de auditoria na conta 
Fornecedores e não identifica que há notas fiscais frias que geram uma 
distorção relevante nas demonstrações contábeis. Dessa forma, ele 
incorreu no Risco de Detecção. Se, mais tarde, quando for opinar sobre as 
demonstrações contábeis como um todo, ele emitir uma opinião equivocada 
devido a esse fato, aí sim temos o Risco de Auditoria. Percebam a diferença.
Risco de distorção relevante:
É o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção 
relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos 
a seguir no nível das afirmações:
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• Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma 
transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser 
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, 
antes da consideração de quaisquer controles relacionados.
• Risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em 
uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou 
divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto 
com outras distorções, não seja prevenida, detectadae corrigida 
tempestivamente pelo controle interno da entidade.
Em outras palavras, o risco inerente não depende da atuação do controle 
interno ou da auditoria. Ele vai existir pela simples existência do processo 
ou entidade a ser auditado. Nesse ponto, não se consideram a existência 
dos controles ou do trabalho do auditor. Ou seja, não estamos falando em 
controle e auditoria.
O risco de controle diz respeito ao trabalho do controle interno. é o risco 
de que, mesmo que os controles sejam efetivos, não consigam evitar ou 
detectar um erro ou fraude no processo. Como exemplo, vamos citar um 
processo de compra no qual, ainda que haja a devida segregação de 
funções entre os responsáveis (um dos princípios do controle interno), pode 
envolver fraude não detectada, elaborada por meio de conluio entre dois 
ou mais funcionários.
Por fim, o risco de detecção está diretamente relacionado ao trabalho do 
auditor. Como já vimos, em vista das limitações naturais a que um trabalho 
de auditoria está submetido, é possível que o auditor não detecte erros e 
fraudes no processo, ainda que pareçam graves.
Risco de Auditoria = Risco de Distorção Relevante x Risco de
Detecção
A possibilidade de ocorrência de tais riscos deve ser analisada e avaliada 
por ocasião do planejamento da auditoria, para que sejam incluídos,
nos programas, procedimentos específicos para detectá-los.
Quanto maior for o grau de adequação dos controles internos 
administrativos, menor será a vulnerabilidade dos riscos inerentes à gestão 
propriamente dita.
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FIQUE
atento!
Risco de Detecção: É o risco do 
auditor!
Riscos de Controle e Inerente: 
Existem independente do auditor.
Importante!
Há uma relação inversa entre o risco de detecção e os riscos de distorção 
relevante (inerente e controle). Quanto maior o risco de distorção 
relevante, menor os riscos de detecção a serem aceitos pelo auditor.
A avaliação do risco de 
controle pelo auditor é:
Alto
(2)
Médio Baixo
A
avaliação
Alto
(3)
Menor
(1)
Menor Médio
do risco 
inerente Médio Menor Médio Maior
pelo
auditor
é:
Baixo Médio Maior Maior
Obs.: os números (1), (2) e (3) são apenas para fins de explicação.
Explicando o quadro anterior. Dos quadrantes mais escuros, vamos nos 
concentrar no número (1). Se a avaliação, pelo auditor, do risco de 
controle, é alta (2), assim como a do risco inerente (3), o auditor irá aceitar 
um menor risco de detecção. Lembrem-se de que o auditor só pode 
influir no risco de detecção. Os outros existem independentemente da 
presença do auditor.
Há também uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível 
estabelecido de relevância, isto é, quanto menor for o nível estabelecido 
de relevância, maior será o risco de auditoria e vice-versa. Como assim?
Risco de 
Auditoria
Relevância
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Se o auditor considera um item da demonstração financeira auditada 
relevante, ele aplicará mais testes de auditoria, reduzindo, dessa forma, o 
risco de detecção que, como sabemos, é o risco do auditor. Como o risco 
de auditoria é função do risco de detecção e do risco de distorção relevante, 
se um desses riscos diminui, o risco de auditoria também diminuirá. 
Portanto, quanto maior a relevância, menor o risco de auditoria.
Plano de Auditoria baseado no risco
De acordo com Castro (2009), a Auditoria baseada no risco busca direcionar 
o foco do trabalho, a fim de avaliar as tendências e as condições que a 
entidade possui para atingir seus resultados.
Para estabelecer o grau de priorização dos trabalhos da auditoria, 
utilizando a filosofia do risco, devemos analisar os seguintes fatores: a 
materialidade, a relevância e a criticidade.
A materialidade ($$$) está relacionada ao montante de recursos 
financeiros envolvidos em determinada operação da entidade.
A relevância significa a importância relativa ou papel desempenhado por 
uma determinada questão, situação ou unidade, existentes em um dado 
contexto, e deve ser considerada pelo auditor quando determinar a 
natureza, a extensão e oportunidade dos procedimentos de auditoria.
Sobre criticidade, trata de certa fragilidade identificada nos controles
internos, que podem ser consideradas como risco. Os demais conceitos 
serão tratados em tópico específico.
Após a relação e classificação dos fatores de risco, deve ser estabelecido o 
grau de impacto e a probabilidade da ocorrência, elaborando-se uma 
matriz de probabilidade e impacto, que é um dos instrumentos mais 
utilizados em gestão de riscos, na análise qualitativa, priorizando os riscos.
Seguem dois exemplos de matriz de probabilidade e impacto:
1)
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2)
Nesse ponto, alguns de você poderiam pensar: mas avaliar a probabilidade 
e o impacto de um risco não é uma tarefa muito subjetiva?
Concordamos. Entretanto, lembrem-se de que risco é evento negativo, 
futuro e incerto (ou seja, ainda não ocorreu e nem sabemos se vai mesmo 
ocorrer). Assim, fica difícil estabelecer uma forma mais objetiva de se 
priorizar as atividades de auditoria baseada no risco. Tem que ser por 
estimativa mesmo.
RISCO é evento negativo, futuro e incerto (ou seja, ainda não ocorreu 
e nem sabemos se vai mesmo ocorrer). Se na questão constar um evento 
que já tenha ocorrido, não estamos mais falando de risco.
Isso tudo serve para priorizar os riscos mais significativos, possibilitando o 
foco nas áreas a serem auditadas.
Um ponto que sempre gostamos de ressaltar nas aulas é o seguinte: a 
identificação dos riscos é responsabilidade da administração da
entidade, e não dos auditores internos. O papel da auditoria interna, nesse 
caso, é garantir que os riscos identificados estejam sendo adequadamente 
controlados.
De acordo com a NBC TA 315 - Identificação e avaliação dos riscos de 
distorção relevante -, o auditor deve identificar e avaliar os riscos de 
distorção relevante:
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(a) no nível das demonstrações contábeis; e
(b) no nível de afirmação para classes de transações, saldos de 
conta e divulgações, para fornecer uma base para a concepção 
e a execução de procedimentos adicionais de auditoria.
Para este propósito, o auditor deve:
• identificar riscos ao longo de todo o processo de obtenção do 
entendimento da entidade e do seu ambiente;
• avaliar os riscos identificados e avaliar se eles se relacionam de 
forma generalizada às demonstrações contábeis como um todo;
• relacionar os riscos identificados aos controles relevantes que o 
auditor pretende testar; e
• considerar a probabilidade de distorção e se a distorção potencial 
é de magnitude que possa resultar em distorção relevante.
Risco que exige consideração especial da auditoria
Como parte da avaliação de riscos, o auditor deve determinar se qualquer 
um dos riscos identificados é, no seu julgamento, um risco significativo. Ao 
exercer esse julgamento, o auditor deve excluiros efeitos dos controles 
identificados relacionados ao risco.
Ao exercer o julgamento quanto a quais riscos são significativos, o auditor 
deve considerar pelo menos o seguinte:
(a) se o risco é um risco de fraude;
(b) se o risco está relacionado com desenvolvimentos significativos 
recentes, econômicos, contábeis ou de outro tipo, e que, 
portanto, exijam atenção específica;
(c) a complexidade das transações;
(d) se o risco envolve transações significativas com partes 
relacionadas;
(e) o grau de subjetividade na mensuração das informações 
contábeis relacionadas ao risco, especialmente as mensurações 
que envolvam uma vasta gama de incerteza de mensuração; e
(f) se o risco envolve transações significativas que estejam fora do 
curso normal do negócio para a entidade ou que de outra forma 
pareçam não usual.
Se o auditor determinou que existe risco significativo, deve obter 
entendimento dos controles da entidade, inclusive das atividades de 
controle, relevantes para esse risco.
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Existem riscos para o qual os procedimentos substantivos (sobre o sistema 
contábil) sozinhos não fornecem evidências de auditoria suficientes e 
apropriadas.
Tais riscos podem relacionar-se com registro impreciso ou incompleto de 
classes de transações rotineiras e significativas ou saldos de contas, cujas 
características frequentemente permitem processamento altamente 
automatizado, com pouca ou nenhuma intervenção manual.
Em tais casos, os controles da entidade sobre esses riscos são relevantes 
para a auditoria e o auditor deve obter entendimento deles.
Revisão da avaliação de risco
A avaliação pelo auditor dos riscos de distorção relevante pode mudar 
durante o curso da auditoria, à medida que evidências adicionais de 
auditoria são obtidas.
Nas circunstâncias em que o auditor obtém evidências de auditoria 
executando procedimentos adicionais, ou se são obtidas novas 
informações, incompatíveis com as evidências de auditoria em que o 
auditor originalmente baseou a avaliação, o auditor deve revisar a avaliação 
e, portanto, modificar os procedimentos adicionais de auditoria planejados.
QUESTÕES COMENTADAS
8 - (ESAF / CVM / 2010) - Segundo as normas de auditoria vigentes, 
risco de auditoria pode ser caracterizado como:
a) o risco de haver insuficiência de informações sobre determinada 
transação nas demonstrações contábeis sem que o auditor possa perceber.
b) possibilidade de ser o trabalho do auditor inviabilizado pela inexistência 
de informações confiáveis para o trabalho.
c) o risco de o Controle Interno não ter detectado a tempo uma falha que 
leva a entidade a elaborar demonstrações contábeis distorcidas.
d) o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoria inadequada, 
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.
e) possibilidade de o auditor emitir parecer sem ressalvas, quando 
distorções relevantes nas demonstrações contábeis forem 
intencionalmente encobertas.
Comentários:
Questão bastante "batida" e retirada de forma literal da NBC TA 200. 
Segundo essa norma, Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse 
uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis
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contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos 
riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
Resposta: D
9 - (ESAF / SUSEP / 2010) - Com relação aos níveis de relevância 
determinados em um processo de auditoria externa, é verdadeiro 
afirmar que:
a) o processo de avaliação de relevância deve sempre considerar os níveis 
de risco e as distorções identificadas, não sendo permitido considerar nos 
limites eventuais distorções não identificadas ou projetadas.
b) o auditor, em nenhuma hipótese, pode estabelecer nível de relevância 
abaixo dos determinados no planejamento.
c) não se devem considerar as avaliações de risco e relevância no seu 
conjunto, sendo sempre avaliadas individualmente.
d) os níveis de relevância estabelecidos no planejamento devem ser 
mantidos, independentemente dos fatores encontrados, durante a 
realização dos trabalhos.
e) se a administração da entidade auditada negar-se a ajustar as 
demonstrações contábeis e os procedimentos de auditoria adicionais, de 
forma a não permitir concluir que o montante agregado das distorções seja 
irrelevante, deve o auditor considerar os efeitos no seu parecer.
Comentários:
A alternativa "a" está errada, pois é permitido considerar nos limites 
eventuais distorções não identificadas ou projetadas, como acontece, por 
exemplo, em um processo de amostragem, no qual o auditor projeta, para 
a população, a distorção encontrada na amostra.
O auditor pode alterar o nível de relevância estabelecido no 
planejamento, uma vez que, como já vimos este não é imutável. A partir 
do seu julgamento profissional e dos resultados dos testes e procedimentos 
aplicados, o auditor poderá definir outro nível de relevância como mais 
apropriado àquela auditoria. Portanto, as opções "b" e "d" estão incorretas.
A letra "c" também é falsa, pois risco e relevância são conceitos 
interligados que devem ser avalia dos em conjunto. Inclusive, há uma 
relação inversa entre risco de auditoria e relevância.
Por fim, a alternativa "e" retrata, de forma correta, uma situação em 
que o auditor deverá modificar sua opinião, o que será explicado mais 
detalhadamente em aula acerca desse tema.
Resposta: E
10 - (ESAF / RFB / 2012) - O auditor externo, ao ser contratado 
para auditar o Hotel Paraíso Azul S.A., constata em seus registros 
que a ocupação média do hotel é de 90% dos quartos. 50% das 
contas dos hóspedes foram pagas em dinheiro e os livros não 
identificam parte dos hóspedes. O sindicato dos hotéis da região 
divulgou, em relatório atualizado, que a ocupação dos hotéis na
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região não ultrapassa 70%. O noticiário da região dá indícios que 
vários negócios estão sendo usados para lavagem de dinheiro. A 
situação apresentada pode evidenciar para o auditor um risco:
a) de negócio e detecção.
b) de fraude e de controle.
c) de distorção relevante e de controle.
d) de detecção e distorção relevante.
e) residual e de fraude.
Comentários:
Embora tenha sido uma questão polêmica e que foge dos quatro tipos 
de risco que usualmente estudamos em auditoria (risco de detecção, 
controle, inerente e de auditoria), a ESAF considerou que, como o auditor 
independente tem que obter segurança razoável de que as demonstrações 
contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, 
independentemente se causadas por fraude ou erro, há também o risco de 
fraude inserido no processo de auditoria.
Dessa forma, a banca considerou na situação enunciada um risco de 
fraude (diversos elementos que sugerem fraude, tais como relatório do 
sindicato e noticiário da região) e de controle (os controles instituídos não 
foram suficientes para identificar a fraude).
Resposta: B
11 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Sobre os temas 'risco de 
auditoria' e 'relevância', é correto afirmar que:
a) quanto menor for a relevância, maior será o risco.
b) quanto menor for o risco, menor será a relevância.
c)não existe relação entre risco e relevância.
d) quanto maior for a relevância, maior será o risco.
e) quanto maior for o risco, maior será a relevância.
Comentários:
Há duas maneiras de resolver esta questão. A primeira é entendendo 
a relação entre risco de auditoria e relevância, que será explicado a seguir.
Uma informação será relevante se sua omissão ou distorção puder 
influenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto das 
demonstrações contábeis como um todo. Deve-se ressaltar que o que é 
relevante para uma empresa pode não ser para outra, já que vários fatores 
serão utilizados pelo auditor, por meio do seu julgamento profissional, para 
estabelecer um nível de relevância aceitável para permitir a detecção de 
distorções relevantes.
Há uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível 
estabelecido de relevância, isto é, quanto maior for o risco de auditoria, 
menor será o valor estabelecido como nível de relevância e vice-versa. 
Explicando melhor, se o auditor julga um item como relevante, ele aplicará 
mais testes para verificar sua conformidade. Executando mais
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procedimentos de auditoria naquele item, isto é, dando mais atenção ao 
item, a chance de o auditor não detectar uma distorção relevante diminui, 
o que faz com que o risco de auditoria também diminua. Dessa forma, 
quanto maior for a relevância do item, menor será o risco de auditoria e 
vice-versa. Dessa forma, a única opção correta é a letra "a".
Entretanto, mesmo que não se soubesse a relação entre risco de 
auditoria e relevância, o candidato poderia eliminar três assertivas ("b", "d" 
e "e"). Isso porque as três apresentam uma relação direta entre risco de 
auditoria e relevância. Dessa forma, se uma estivesse correta as outras 
também estariam. Deve-se ficar atento a questões como essa, pois as 
próprias alternativas se anulam, ficando mais fácil de encontrar a resposta 
correta.
Resposta: A
12 - (ESAF / CGU / 2008) - De acordo com a NBC-T-11, Risco de 
Auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião 
tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis 
significativamente incorretas. Nesse contexto, há risco de auditoria 
nos seguintes casos, exceto:
a) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos eficientes 
quando na realidade não são.
b) na possibilidade de o auditor considerar incorreto o saldo de uma conta 
quando na realidade este saldo esteja correto.
c) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos ineficientes 
quando na realidade são.
d) na possibilidade de o auditor considerar correto o saldo de uma conta 
quando na realidade este saldo esteja incorreto.
e) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos ineficientes 
quando na realidade não são.
Comentários:
A NBC T 11, legislação aplicável à época desta prova, definia Risco 
de Auditoria como sendo a possibilidade de o auditor vir a emitir uma 
opinião tecnicamente inadequap a sobre demonstrações contábeis 
significativamente incorretas. A NBC TA 200, apesar de definir com outras 
palavras, como vimos em questões anteriores, não modifica o conceito de 
risco de auditoria.
Dessa forma, na letra "a", os controles internos da empresa não são 
eficientes, mas há a possibilidade de o auditor entender esses controles são 
eficientes. Já a alternativa "e" apresenta uma situação inversa. O controle 
interno é eficiente e o auditor tem a possibilidade de considerá-lo 
ineficiente. Portanto, há risco de auditoria (emissão de opinião inadequada) 
nesses dois casos.
Na opção "b" o saldo de uma conta estava correto, mas o auditor tem 
a possibilidade de considerá-los incorretos. Dessa forma, sua opinião 
estaria inadequada e há risco de auditoria. A opção "d" traz o caso inverso.
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O saldo de uma conta está incorreto e o auditor tem a possibilidade de 
considerá-lo correto. Também há risco de auditoria.
Por fim, a letra "c" é a resposta da questão, pois não há risco de 
auditoria na situação em tela. Segundo essa opção, os controles internos 
são ineficientes e o auditor os considera dessa forma. Logo, não há emissão 
de uma opinião inadequada.
Antes de passarmos para a próxima questão, cabe uma observação. 
A NBC TA 200 estabelece, no seu item A33, que o risco de auditoria não 
inclui o risco de que o auditor possa expressar uma opinião de que as 
demonstrações contábeis contêm distorção relevante quando esse não é o 
caso. Esse risco, segundo a norma, geralmente é insignificante.
Resposta: C
13 - (ESAF / PMRJ / 2010) - Assinale a opção falsa a respeito dos 
assuntos que, se bem equacionados, ajudam o auditor a reduzir o 
risco de detecção em uma auditoria.
a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado.
b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados.
c) Aplicação do ceticismo profissional.
d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria.
e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações.
Comentários:
Segundo a NBC TA 200, Risco de detecção é o risco de que os 
procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a 
um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que 
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras 
distorções. Em outras palavras, é o risco do auditor!
Nesse sentido, todas as alternativas, com exceção da letra "e" 
(gabarito da questão) apresentam assuntos que devem ser observados pelo 
auditor para redução do seu risco de detecção. A alternativa "e" é falsa, 
pois de o auditor diminui seu escopo e aplica menos testes, ele estará 
aumentando a possibilidade de não detectar alguma distorção relevante e, 
dessa forma, aumentando o risco Re detecção.
Resposta: E
14 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - O sistema adquirido pela empresa 
Certifica S.A. continha um erro de parametrização interna, não 
registrando na contabilidade dez notas fiscais. O auditor ao realizar 
os testes de auditoria constata o erro. Esse risco de auditoria é 
denominado risco de:
a) negócio.
b) detecção.
c) inerência.
d) controle.
e) estrutura.
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Comentários:
Segundo a NBC TA 200, risco de controle é o risco de que uma 
distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de 
transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, 
individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja 
prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle 
interno da entidade.
Nesse sentido, para responder à questão, é só prestar atenção em 
duas "dicas" dadas pela banca. A primeira é que existe um sistema de 
controle. Dessa forma, não há que se falar em risco inerente ou do negócio. 
O segundo é que o sistema falhou. Portanto, para não esquecer. Há 
controle, mas este falha: Risco de Controle!
Resposta: D
15 - (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS/2014) - Analise as definições
abaixo:
1. Risco de que um saldo inadequado de uma conta não seja 
detectado oportunamente. Mesmo que os controles internos 
sejam eficientes há sempre a possibilidade de alguma falha 
humana.
2. Risco de que o auditor não identifique uma distorção relevante 
existente.Mesmo tendo estabelecido de forma apropriada a 
natureza, a época e a extensão dos testes, há uma distorção 
relevante existente.
3. Probabilidade de ocorrência de anomalias, irregularidades ou 
erros significativos, que depende da atividade desenvolvida e da 
complexidade das operações. Depende também da competência 
e da integridade das estruturas de gestão.
Assinale a alternativa que identifica corretamente os tipos de riscos
de auditoria.
A. 1. risco de detecção 2. risco inerente 3. risco de controle
B. 1. risco inerente 2. risco de controle 3. risco de detecção
C. 1. risco inerente 2. risco de dete cção 3. risco inerente
D. 1. risco de controle 2. risco de detecção 3. risco inerente
E. 1. risco de controle 2. risco inerente 3. risco inerente
Comentários:
Conforme definição dos riscos de controle, detecção e inerente 
apresentados na NBC TA 200.
Resposta: D
16 - (CETRO / ISS-SP / 2014)
conforme a 
1.203/2009.
NBC TA 200,
Analise os conceitos 
aprovada pela Resolução
abaixo, 
CFC n°
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I. Risco de Detecção é o risco de que os procedimentos executados 
pelo Auditor para reduzir o risco de Auditoria a um nível 
aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que 
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras 
distorções.
II. Risco de Auditoria é o risco de que as demonstrações contábeis 
contenham distorções relevantes antes da Auditoria.
III. Risco de Distorção Relevante é o risco de que o Auditor 
expresse uma opinião de Auditoria equivocada quando as 
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.
É correto o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) I e III, apenas.
(E) III, apenas.
Comentários:
O item I traz a definição literal de risco de detecção apresentada pela 
norma.
Os itens II e III inverteram os conceitos de RISCO DE AUDITORIA e 
RISCO DE DISTORÇÃO RELEVANTE. Para que esses itens fossem 
considerados corretos, bastaria substituir os conceitos.
Resposta: A
17 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) - A NBC TA 200 - Objetivos
gerais do auditor independente e a Condução de uma Auditoria em 
Conformidade com Normas de Auditoria, estabelece que o risco de 
distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis 
contenham distorção relevante antes da auditoria. Este consiste em 
dois componentes, quais sejam:
a) Risco do negócio e risco de detecção
b) Risco de detecção e risco de controle
c) Risco de controle e risco inerenfi
d) Risco inerente e risco de detecção
e) Risco significativo e risco de controle
Comentários:
Questão mais literal, impossível! Segundo a NBC TA 200, o Risco de 
Distorção Relevante é dividido em Risco de Controle e Risco Inerente. 
Resposta: C
18 - (FGV/HEMOCENTRO-SP/2013) - Quanto ao risco e à relevância
em auditoria, analise as afirmativas a seguir.
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I. Risco é a possibilidade de o auditor expressar uma opinião 
tecnicamente inadequada sobre as demonstrações contábeis com 
distorções relevantes.
II. O componente de risco de controle é a possibilidade de 
ocorrência de erros ou irregularidades relevantes antes de 
conhecer-se a eficácia dos sistemas de controle, normalmente 
relacionado com a atividade operacional da entidade.
III. Para determinar o risco de auditoria, o auditor deve avaliar o 
ambiente de controle da entidade, compreendendo, por exemplo, 
as políticas de pessoal e a segregação de funções.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
Comentários:
O item I traz a definição literal de risco de auditoria, sem erros.
Já o item II troca os conceitos de risco inerente e risco de controle. 
Dessa forma, para torna-lo correto, basta substituirmos a palavra controle 
por inerente.
Por fim, o item III apresenta de forma adequada exemplos de 
verificações que devem ser realizadas pelo auditor para determinar o risco 
de auditoria.
Resposta: E
19 - (FCC/TCE-AM/2013) - As dificuldades próprias dos trabalhos 
de auditoria tem como origem a natureza das informações 
contábeis e dos procedimentos de auditoria, bem como a 
necessidade da condução dos trabalhos em um período razoável. 
Assim, a possibilidade do auditor expressar uma opinião 
inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem 
distorções relevantes, a exem p o da diferença entre valores, recebe 
o nome de:
(A) riscos de auditoria.
(B) erro operacional.
(C) distorção de conclusão.
(D) erro relevante.
(E) acidente de auditoria.
Comentários:
Questão retirada de forma praticamente literal da NBC TA 200, que 
trata dos objetivos gerais do auditor independente e a condução da 
auditoria em conformidade com normas de auditoria.
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Segundo essa norma, Risco de auditoria é o risco de que o auditor 
expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações 
contábeis contiverem distorção relevante.
Resposta: A
20 - (FCC/TCE SP/2013) - Em auditoria, o denominado risco de 
detecção:
(A) independe da suficiência e adequação das evidências de auditoria 
coletadas pelo auditor para emissão de seu relatório.
(B) é uma função direta da eficácia dos controles internos da entidade que 
está sendo auditada.
(C) é invariável, qualquer que seja a atividade da entidade e as classes de 
transações por ela praticadas.
(D) existe independentemente da auditoria das demonstrações contábeis, 
ou seja, é inerente à entidade.
(E) está diretamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos 
procedimentos de auditoria.
Comentários:
Risco de Detecção é o risco do próprio auditor não executar os 
procedimentos necessários de forma correta. Está diretamente relacionado 
à natureza, época e extensão dos procedimentos que ele irá planejar e 
executar.
A letra A está errada, pois depende sim das evidências coletadas pelo 
auditor.
A alternativa B também está incorreta, pois não há essa relação 
direta. Os controles internos guardam relação com o risco inerente e de 
controle. Esses sim impactarão o nível de risco de detecção A SER ACEITO 
pelo auditor.
A letra C está errada, pois o risco de detecção a ser aceito pelo auditor 
irá variar dependendo do risco que ele entender que há em determinada 
transação ou atividade da empresa auditada.
Por fim, a alternativa D está incorreta, pois esse Risco apresentado é 
o Risco Inerente e não o de DetecRão.
Resposta: E
- É correto afirmar que o:
(A) risco de auditoria independe do planejamento eficaz dos trabalhos a 
serem desenvolvidos na entidade.
(B) risco de detecção aumenta quando se utilizam técnicas de amostragem 
adequadas para aplicação de testes substantivos em um grande número de 
itens auditados.
(C) risco inerente em auditoria é sempre o mesmo qualquer que seja a 
atividade da entidade e as classes de transações e saldos que serão 
examinados pelo auditor.
21 - (FCC / MPE PE / 2012)
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(D) risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do 
risco de detecção.
(E) processo da auditoria independente não sofre limitações inerentes ao 
próprio trabalho a ser desenvolvido e, portanto, não há risco de auditoria.
Comentários:
A letra A está errada, pois o risco de auditoria depende sim de um 
bom planejamento realizado pelo auditor. Quando o auditor utiliza técnicas 
de amostragem adequadas, estará diminuindo seu risco de detecção e não 
aumentado. Portanto, a alternativa B também está incorreta.
A letra C está errada, pois o risco inerente é aquele risco intrínseco 
da própria classe de transações e saldos ou atividade da empresa. Dessa 
forma, algumas classes e atividades estão mais sujeitas à presença de 
fraudes e/ou erros que outras, portanto, seus riscos inerentes diferem.
A letra D é o gabarito da questão e a alternativa E está incorreta, 
pois, como foi visto, sempre há a presença do risco de auditoria, uma vez 
que há limitações no controle interno da empresa auditada e o auditor 
trabalha por amostragem.
Resposta: D
22 - (FCC / TRT 6a Região / 2012) - A empresa Condor S.A. atua no 
segmento de crédito pessoal, com financiamentos de até R$
30.000,00. Como sua política de análise de crédito é bastante 
flexível, possui um volume de operações grande, fazendo com que 
as perdas por inadimplência sejam absorvidas pelas operações. 
Como a política comercial é atuar junto a grandes lojas de varejo, 
a empresa concede aos inadimplentes, 80% de perdão nas multas 
e juros, concedido pelo próprio colaborador no caixa, desde que o 
cliente venha até as lojas parceiras para quitar os débitos. O auditor 
constatou que devido à facilidade da concessão dos descontos, os 
funcionários passaram a se apropriar das quitações em dinheiro 
feita pelos inadimplentes, dando o desconto e ficando com o 
dinheiro. Segundo os conceitos de auditoria externa, referida 
fraude evidencia um risco de:
(A) detecção.
(b ) controle.
(C) monitoramento.
(D) inerente.
(E) operações.
Comentários:
Em questões desse tipo, com o caput muito extenso, temos que nos 
ater ao que realmente interessa. Observamos que a empresa tem um 
controle instituído, que é a presença de um funcionário para receber os 
pagamentos dos clientes inadimplentes. O problema é que não há um 
monitoramento desse controle, o que acaba gerando fraude por parte do
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funcionário. Dessa forma, quando há um controle, mas ele é falho, temos 
a evidência de um risco de controle.
Resposta: B
23 - (FCC / ARCE-CE / 2012) - É INCORRETO afirmar:
(A) As demonstrações financeiras das companhias abertas devem ser 
obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na 
Comissão de Valores Mobiliários.
(B) O auditor deve reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto, obter 
segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de 
distorção relevante devido a fraude ou erro.
(C) O objetivo de uma auditoria é aumentar o grau de confiança nas 
demonstrações contábeis por parte dos usuários.
(D) As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, 
elaboradas pela administração, com supervisão geral dos responsáveis pela 
governança.
(E) Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de 
auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem 
distorção relevante.
Comentários:
Conforme visto, não há como reduzir o risco de auditoria a zero, dada 
as limitações inerentes ao controle interno da empresa auditada e o uso da 
técnica de amostragem por parte do auditor, o que faz com que ele não 
consiga aplicar testes em todas as transações realizadas pela empresa. 
Além disso, o auditor tem segurança razoável em sua opinião e não 
segurança absoluta. Portanto, a letra B está incorreta.
Resposta: B
24 - (CESPE/TCU/2013) - Os auditores não podem examinar todas
as possíveis evidências que eliminariam os riscos de um julgamento 
equivocado. Um desses possíveis riscos é o risco inerente, 
presente, por exemplo, na situação em que uma empresa 
competidora de licitação ilionária é levada a elaborar 
demonstrações contábeis que favorecem sua imagem quanto à sua 
real situação econômico-financeira.
Comentários:
O risco inerente é aquele que guarda relação com a atividade 
desempenhada pela entidade, antes da adoção de qualquer controle 
implementado. Esse risco independe da atuação do auditor e não está sob 
seu domínio.
Nesse sentido, a questão traz uma situação em que há um risco 
inerente alto, que é o da adulteração das demonstrações contábeis por 
parte da empresa, devido à necessidade dessa empresa vencer a licitação 
bilionária. O auditor não pode interferir nesse risco, como exposto no
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parágrafo anterior, mas pode diminuir o risco de detecção, este sim "nas 
mãos" do auditor, por meio da aplicação de mais testes de auditoria. 
Resposta: C
25 - (CESPE / TCU / 2011) - A hipótese de o auditor se equivocar
ao manifestar opinião de que as demonstrações contábeis contêm 
distorção relevante constitui, na acepção das normas brasileiras de 
contabilidade um tipo de risco considerado insignificante.
Comentários:
Atenção! A definição da NBC TA 200 é clara. Considera-se risco de 
auditoria o risco das demonstrações contábeis conterem distorções 
relevantes e o auditor opinar de forma inadequada, ou seja, considerar 
que não haja essas distorções. O risco de o auditor considerar que há 
distorções relevantes nas demonstrações contábeis quando na verdade elas 
não existem é, segundo a norma, insignificante. Portanto, a questão está 
correta.
Resposta: CERTO
26 - (FGV / ICMS-AP / 2011) - Segundo a resolução n° 1.203/09, 
do CFC - Conselho Federal de Contabilidade, o auditor corre o risco 
de "os procedimentos executados para reduzir o risco de auditoria 
a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção 
existente que pode ser relevante, individualmente ou em conjunto, 
com outras distorções".
Assinale a alternativa que indique o tipo de risco citado no trecho 
acima.
(A) Risco inerente.
(b ) Risco de auditor.
(C) Risco de detecção.
(D) Risco relevante.
(E) Risco residual.
Comentários:
Para não errar, sempre que a questão der a entender que foi uma 
falha do auditor (em não detectar uma distorção relevante) ela estará se 
referindo a esse risco.
Resposta: C
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5. Fraudes, erro e a responsabilidade do auditor
Em regra, as normas de auditoria costumam referir-se a erro e fraude, cuja 
distinção fundamental se baseia no caráter involuntário ou não de um 
e de outro.
Entende-se por erro, ato não voluntário, não intencional, resultante de 
omissão, desconhecimento, imperícia, imprudência, desatenção ou má 
interpretação de fatos na elaboração de documentos, registros ou 
demonstrações. Existe apenas culpa, pois não há intenção de causar 
dano.
O termo fraude, por sua vez, refere-se a ato voluntário, intencional, 
resultante de omissão ou manipulação de transações,

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