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CONDUTAS ANTI SINDICAIS

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ARTIGO 8º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88  assegura a liberdade de associação sindical, o qual contempla também, o direito de exercício das respectivas atividades sindicais;
GARANTIA DO EFETIVO EXERCÍCIO DA LIBERDADE SINDICAL  o ordenamento jurídico pátrio;
CONCEITO  qualquer conduta que possa lesionar a efetividade do exercício de liberdade sindical, impedindo o trabalhador de participar ativamente de atos sindicais ou até mesmo impedir sua filiação;
CONDUTAS ANTI-SINDICAIS 
“(...) aqueles que prejudiquem indevidamente um titular de direitos sindicais no exercício da atividade sindical ou por causa desta ou aqueles atos mediante os quais lhe são negadas, injustificadamente, as facilidades ou prerrogativas necessárias ao normal desempenho da ação coletiva”. (BARROS, Alice Monteiro. Condutas anti-sindicais-procedimento).
“São atos anti-sindicais a não-contratação do trabalhador por ser sindicalizado, a despedida, a suspensão, a aplicação injusta de outras sanções disciplinares, as transferências, as alterações de tarefas ou horários, os rebaixamentos, a inclusão em listas negras ou no índex, a redução de remunerações, a aposentadoria obrigatória”. (MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho,Atlas, São Paulo: 2007, pág 732).
CONVENÇÃO INTERNACIONAL 98 DA OIT  chamados atos de discriminação anti-sindicais e atos de ingerência;
DISCRIMINAÇÃOANTI-SINDICAIS trabalhadores;
ATOS DE INGERÊNCIA organização profissional;
 CI 98 OIT  MECANISMOS DE TUTELA  garantir o respeito ao direito de sindicalização, sendo eles mecanismos de prevenção, de reparação, aplicação de medidas de natureza penal e a autotutela coletiva;
TUTELA PREVENTIVA tem por finalidade impedir que a conduta anti-sindical se efetive ou que seus efeitos se manifestem, sendo que, o que mais se destaca é aquele que condiciona o ato a uma autorização de algum órgão, administrativo, judicial, sindical ou conselho de empresa;
TUTELA DE REPARAÇÃO  consiste em “declarar a nulidade do ato, com a conseqüente reintegração do empregado ou então em converter os seus efeitos em indenização” (BARROS, Alice Monteiro. Condutas anti-sindicais-procedimento.). 
 Essa tutela tem natureza compensadora, visando coibir o agente da conduta lesiva a reincidir, devolvendo a credibilidade da ação sindical;
OUTROS MEIOS DE REPARAÇÃO  são os procedimentos cautelares que visam suspender os efeitos da conduta anti-sindical, tomando como exemplo disso o disposto no artigo 659, X, da CLT, que autoriza ao juiz “(...) conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador”;
DOUTRINA  consagra a liberdade sindical contida no artigo 5º, XVIII, da Constituição Federal/88, para tanto, admite que o empregado possa prestar informações incorretas ou omitir-se acerca de sua situação sindical;
MANIFESTAÇÃO  em vários momentos da relação de emprego, até mesmo na fase pré-contratual, 
MANEIRAS  diversas, sendo que os agentes geralmente são os empregadores ou suas organizações, inclusive o Estado, quer como empregador ou legislador;
BRASIL  conforme já mencionado anteriormente, é assegurado Constitucionalmente o direito a livre associação sindical, porém nossa legislação ordinária não prevê uma seção denominada de condutas anti-sindicais;
Artigo 543, CLT  cuida dos direitos dos agremiados, dos quais destacamos a estabilidade provisória aos empregados que exercem cargo de representação sindical, a transferência desse empregado e qualquer obstáculo que o impeça de exercer suas atribuições sindicais;
§ 6º do artigo 543, CLT  sujeita o empregador à sanção administrativa, sem prejuízo da respectiva reparação que tiver direito o empregado, impedido de exercer seus direitos sindicais ou dele associar-se;
CONCLUSÃO  o conceito moderno de conduta anti-sindical inclui no seu campo de incidência não só os dirigentes sindicais, mas também outros trabalhadores, assegurando-lhes o exercício da liberdade sindical, assim como prevê a Carta Magna;
CONVENÇÕES COLETIVAS  deve haver uma atuação maior destas, para que não fique apenas nas mãos do empregador a fixação de condições de trabalho, que em um primeiro momento podem parecer lícitas, porém podem ocultar um tratamento discriminatório em relação aos empregados agremiados que participam ativamente das atividades sindicais;
PROTEÇÃO CONTRA CONDUTAS ANTI-SINDICAIS
A proteção contra atos anti-sindicais liberdade sindical; 
Artigos 1º e 2º CI nº 98  se referem à "adequada proteção contra todo ato de discriminação tendente a diminuir a liberdade sindical em relação ao seu emprego" ... ; à proteção contra a conduta patronal de condicionar o emprego à desfiliação ou a não filiação sindical ... ;à proibição contra a despedida por causa da filiação ou da afinidade sindical; à garantia de que "as organizações de trabalhadores e de empregadores deverão gozar de adequada proteção contra todo ato de ingerência de umas contra as outras”;
A vigência efetiva da liberdade sindical depende diretamente das medidas de proteção contra atos anti-sindicais;
 Como já foi dito por eminente juslaboralista:
 "O sistema de proteção da atividade sindical em seu conjunto, não é outra coisa, definitivamente, senão a "redução" ou "concreção" da noção abstrata de liberdade sindical ao meio concreto e real em que deve ser exercida”.
DA PROTEÇÃO PROPRIAMENTE DITA
 Refere-se a um conjunto de medidas de proteção do dirigente sindical e do militante sindical com o intuito de resguardá-los de pressões e represálias do empregador e dos tomadores de serviços em geral e também daquelas porventura provenientes do Estado;
 Essa tutela compreende ainda os empregados e trabalhadores envolvidos em reivindicações trabalhistas mesmo que não diretamente relacionadas à prática sindical;
Podendo ser sintetizados em:
FORO SINDICAL  abrangência de uma série de medidas, como proteção contra sanções imotivadas, transferências, facilitação do acesso ao local de serviço, meios concretos para divulgação da atividade sindical;
 Atualmente, esse foro sindical converteu-se na proteção de todo trabalhador sindicalizado ou que simplesmente realiza uma ação gremial ou coletiva;
GARANTIA JURÍDICA Artigo 8º, inciso VIII, da CF/88; 
 Artigo 543, § 3º, CLT, no tocante aos dirigentes sindicais; 
 Artigo 10, inciso II, alínea “a”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
 
 Artigo 165, CLT quanto aos dirigentes de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes; 
 Artigo 11 da CF/88 e Convenção 135 da OIT na estabilidade provisória do representante dos empregados nas empresas com mais de duzentos empregados;
 Artigo 614, § 2º, CLT e Precedente DC 104 do TST direito de afixar, no interior das empresas, publicações relativas à matéria sindical;
 Artigo 543 da CLT e no Precedente nº 83 do TST sobre a freqüência livre dos dirigentes às assembléias devidamente convocadas;
 PRÁTICAS DESLEAIS  recusa à negociação coletiva e o uso da violência, intimidação e represálias contra trabalhadores a fim de impedir a criação de sindicatos, associações profissionais, núcleos de representação sindical e profissional, comissões internas, etc., configura o que se conhece como prática desleal;
GARANTIA JURÍDICA  Artigo 543,§ 6º, CLT, coíbe esse tipo de proceder patronal, sujeitando o infrator a sanções administrativas, sem prejuízo da reparação a que tiver direito o empregado (verbas trabalhistas e indenização por danos patrimoniais e morais);
 
 Igualmente, constitui-se em prática desleal:
 a coação (física, moral ou econômica); 
 a ameaça contra trabalhadores que estejam, ou desejam participar, de greve ou de qualqueroutro movimento reivindicativo;
 a sugestão para que dele não participem;
 quando o empregador prometer vantagens para aqueles que renunciem à greve ou se afastem do movimento coletivo ou sindical;
ATOS DE DISCRIMINAÇÃO  é o ato de separar, injuriar e humilhar. Pode ocorrer em diversos contextos, porém o contexto mais comum é o social, através da discriminação social, cultural, étnica, política, religiosa, sexual ou etária, que podem, por sua vez, levar à exclusão social;
GARANTIA JURÍDICA  Artigo 1º, § 1º, da Convenção nº 98 da OIT ;
 Artigo 5º,incisos I e VIII, CF/88;
 Artigo 7º, incisos XXX, XXXI e XXXII da CF /88;
 Lei nº 9.029/95;
 
A proibição de atos discriminatórios é um princípio que se erige em regras jurídicas de natureza imperativa e de ordem pública, que acarretam a nulidade da conduta ilícita, além de gerar direito e pretensão de reparação por danos patrimoniais e morais e de reintegração no emprego, multas e obrigação de pagar verbas trabalhistas;
ATOS DE INGERÊNCIA  todo procedimento que vise a dominação, controle ou interferência nas organizações obreiras são vistos como indevidos e ilícitos; 
GARANTIA JURÍDICA  Artigo 2º, §1º, da Convenção OIT nº 98; 
AGENTES DA CONDUTA ANTI-SINDICAL
Sujeito Ativo  o empregador, seus prepostos e organizações; 
Sujeito Passivo  o trabalhador e suas organizações.
Outros agentes  Estado, governos e partidos políticos, os próprios sindicatos dos trabalhadores;
CASOS TIPIFICADORES DE ATOS ANTI-SINDICAIS
 
 a) fomento de sindicatos comprometidos com os interesses de empregador e dominados ou influenciados por este; 
 b) a não contratação, despedida, suspensão, aplicação injusta de sanções, alterações de tarefas e de horário, rebaixamento, inclusão em "listas negras" ou no "index" do patrão, a redução do salário do associado ou do dirigente sindical, membro de comissão ou, simplesmente, porta-voz do grupo; 
 
 c) o isolamento ou "congelamento" funcional desses obreiros;
 
d) no plano da greve, procedimentos que desestimulam ou limitam esse direito (despedida, estagnação profissional, medidas disciplinares, transferências de grevistas, concessão de licença, férias maiores, gratificações e aumentos para "fura-greves`);
e) ameaças ou concreção de extinção de postos de trabalho ou de estabelecimentos, transferências destes para outro país ou região como represália por atividades sindicais ou de reivindicação coletiva; 
f) delitos como ameaça, coação, lesão corporal, cárcere privado, assassinato de lideranças obreiras e sindicais;
 
g) recusa de negociação coletiva; 
h) inviabilizar ou dificultar a criação de sindicatos ou comissões internas; 
i) impedir ou criar obstáculos ao desempenho da atividade sindical que pressupõe: ingresso e deslocamento nos estabelecimentos empresariais, comunicação de fatos do interesse dos trabalhadores, recebimento das contribuições devidas à entidade classista, informações do empregador necessárias ao desempenho da atividade sindical; 
j) apresentação, quando da contratação, de questionário sobre filiação ou passado sindical; 
l) sugestão para abstenção em eleições sindicais ou para comissões internas; 
m) proibição do empregador de realizar assembléia no seu estabelecimento ou interdição à participação de dirigentes externos nessas assembléias.
 MECANISMOS DE TUTELA
Doutrina significativa sistematiza os meios de tutela contra a conduta anti-sindical em:
a) MEDIDAS DE PROTEÇÃO  apreciação prévia de dispensa por órgão interno ou administrativo e as medidas judiciais preventivas (tutela inibitória, antecipada e até cautelares satisfativas para os países que não possuem essas duas primeiras modalidades de tutela de urgência);
b) MECANISMOS DE REPARAÇÃO  temos a demanda dirigida à reintegração do trabalhador, vítima de ato discriminatório e anti-sindical. Essa ação, que pressupõe a nulidade da despedida, por ser ajuizada pelo obreiro ou pelo sindicato na qualidade de substituto processual. Há inegável interesse coletivo legitimante da atuação do ente sindical (art. 8º, III, da CF), pois a garantia no emprego, a estabilidade, a proibição de despedidas injustificadas e discriminatórias de lideranças sindicais e obreiras, transcende o plano individual para alcançar toda a categoria, o que não será possível se o agente de suas reivindicações for afastado do emprego a qualquer momento;
A reparação também pode ser alcançada, de forma imperfeita e incompleta, via indenização. Em apenas casos extremos deve ser posta em lugar da reintegração (extinção da empresa e término da estabilidade sindical, por exemplo);
A reintegração e a excepcional indenização substitutiva dessa obrigação de fazer, não excluem o direito à indenização por danos morais porventura sofridos pelo trabalhador (art. 5º, X, da CF);
c) OUTROS MEIOS DE PROTEÇÃO  meios penais (multas e tipificação do ilícito como crime), publicitários (divulgação da prática anti-sindical em jornais, periódicos, etc.) e a autotutela (greves e movimentos afins), nada impedindo que esses mecanismos, como já noticiado acima, se apresentem de forma cumulada;
 ASPECTOS PROCESSUAIS
COMPETÊNCIA  Justiça do Trabalho - artigos 114 e 173, §1º, da CF/88;
 Esta se afirma mesmo se relacionada à conduta anti-sindical ocorrida quando da admissão, seleção de pessoal e tratativas pré-contratuais. Aliás, são muito freqüentes os atos contrários à liberdade sindical quando da fase pré-contratual e logo no início do pacto empregatício;
PROVA E ÔNUS PROBANDI 
 
 Para efetividade dos meios preventivos e de repressão da conduta anti-sindical, insuficientes, muitas vezes, são as formas materiais, as sanções administrativas e penais e até os provimentos de urgência;
 Isso porque a prova do ato de ingerência, retaliação e discriminatório, sobretudo este último, quase sempre são de fácil demonstração;
 
 O princípio da inversão do ônus da prova - em favor do hiposuficiente, em detrimento daquele que melhor aptidão tem para a prova, acolhido no Código de Defesa do Consumidor* e que orienta o processo do trabalho - tem plena incidência nas hipóteses de demonstração de atos anti-sindicais;

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