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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ.
MANDADO DE SEGURANÇA n° xxxxxxx-xx.xxxx.x.xx.xxxx
MAGNÓLIA, já qualificada nos autos em epígrafe, por sua advogada que ao final subscreve, não se conformando com a decisão denegatória do Mandado de Segurança interposto, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 105, inciso II, alínea “b”, da Constituição Federal e art. 1027, inciso II, alínea “a”, interpor:
RECURSO ORDINARIO EM MANDADO DE SEGURANÇA
em face da, SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ, já qualificada nos autos, pelos motivos de fatos e de direito que seguem:
Requer, ainda, a intimação da parte contrária para que, querendo, oferecer, dentro do prazo legal, suas contrarrazões, remetendo-se, ao final, os presentes autos ao Egrégio Tribunal Superior de Justiça.
Requer que seja recebido o recurso no seu efeito devolutivo com a posterior remessa ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
A recorrente é beneficiaria da justiça gratuita, por esse motivo não recolheu as custa de preparo.
Termos em que,
Pede deferimento.
Fortaleza-Ce, xx de xxxx de 2018.
Advogada xxxxxx xxxxxx
OAB/CE xxx.xxx
EGREGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 
RECORRENTE: MAGNÓLIA
RECORRIDA: SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ 
MANDADO DE SEGURANÇA N° XXXXXXXX
COLENDA TURMA DO SUPEIRIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ILUSTRÍSSIMOS MINISTROS
I - DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
O presente recurso encontra-se dentro da tempestividade, conforme art. 1003, § 5º do CPC, haja vista que a intimação da decisão foi publicada dia 20/11/2017, as partes são legítimas e estão devidamente representadas, portanto, preenchido os pressupostos de admissibilidade.
II – SINTESE DO PROCESSO
MAGNÓLIA, pessoa carente de recursos financeiros, não se conformando com a decisão de fls. xx, vem, respeitosamente, apresentar as razões para seu recurso ordinário. 
Trata-se de mandado de segurança impetrado perante o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, visando à concessão de medicamente de alto valor financeiro para tratamento de doença autoimune, LUPUS.
Com efeito, a xx câmara daquele Tribunal decidiu pela denegação do mandado, nos seguintes termos:
“Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, a qual alegou no acórdão proferido que o Estado possui o poder discricionário de decidir sobre o fornecimento de medicamentos, de acordo com a sua conveniência e disponibilidade financeira, não podendo o Poder Judiciário obrigá-lo.”
III- RAZÕES PARA REFORMA
Sendo assim, e pelas razões de direito que a seguir se exporão, interpõe a recorrente o presente recurso, para que seja reformada a decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, para que seja concedido o fornecimento dos medicamentos necessários ao tratamento medico da recorrente. 
A Constituição Federal é clara ao dispor sobre a obrigação do estado de propiciar às pessoas o direito fundamental à saúde, de modo que todos os entes federativos têm o dever solidário de fornecer gratuitamente medicamentos ou congêneres à população carente. 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
A lei n° 8.080/90. Trata da garantia da saúde pelo Estado como direito fundamental do ser humana. 
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
A Lei n° 8.080/90, ao dispor sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e sobre a organização e funcionamento dos serviços correspondentes, possui alguns pontos que merecem ser destacados dentro da temática de fornecimento de medicamentos.
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS):
[...]
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
[...]
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
[...]
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes
princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
Portanto, é inegável que o fornecimento de medicamentos, quando necessários à prevenção, recuperação ou promoção da saúde deve ser assegurado pelo Estado ao indivíduo como parte das ações a serem promovidas em nome da proteção ao direito à saúde, sob a mácula de violação a esse direito fundamental.
Magnólia está pleiteando um direito, cujo é obrigação do Estado promovê-lo. A medicação que esta necessita consta na lista dos medicamentos de alto custo fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e Ministério da Saúde (doc. xx). Sendo a recorrente pessoa carente de recursos monetários, não consegue arcar com os medicamentos essenciais para saúde própria, colocando-a em risco de vida. 
Sobre os questionamentos anteriores os Tribunais de Justiça do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e de São Paulo entendem que:
TJ-RJ - APELAÇÃO APL 00015281320168190064 RIO DE JANEIRO VALENCA 2 VARA (TJ-RJ)
Data de publicação: 21/06/2017
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. FORNECIMENTO DE TRATAMENTO DE OXIGENOTERAPIA. AUTORA HIPOSSUFICIENTE PORTADORA DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DEFERIDA. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DO PEDIDO.. APELAÇÃO DO MUNICÍPIO. SUMULA N.º 65, DO TJRJ. DIREITO À SAÚDE CONSTITUCIONALMENTE ASSEGURADO. OBRIGAÇÃO DOS RÉUS FORNECEREM OS MEDICAMENTOS INDICADOS NA INICIAL OU OUTROS QUE VIEREM A SER NECESSÁRIOS AO TRATAMENTO PRESCRITO. DIREITO À VIDA E À SAÚDE. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ENTRE OS ENTES DA FEDERAÇÃO. OBRIGAÇÃO IMPOSTA À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ABRANJA NÃO APENAS OS MEDICAMENTOS DESCRITOS NA INICIAL, MAS OUTROS QUE SE FIZEREM NECESSÁRIOS À MANUTENÇÃO DA SAÚDE DA AUTORA NO DECORRER DE SEU TRATAMENTO. MEDICAMENTOS PLEITEADOS QUE NÃO CONSTAM NO ROL DE MEDICAMENTOS PADRONIZADOS. CONDIÇÕES E EXIGÊNCIAS IMPOSTAS PELO ENTE POLÍTICO QUE NÃO SE PODEM SOBREPOR AO DIREITO À VIDA E À SAÚDE. PROVIMENTO DO RECURSO DO MUNICÍPIO, PARA REDUZIR O VALOR DA MULTA DIÁRIA PARA R$ 1000,00 REAIS POR DIA, NA HIPÓTESE DE DESCUMPRIMENTO DA REFERIDA DECISÃO. 1. In casu, a decisão questionada não merece reparos quanto à condenação do recorrente a fornecer os medicamentos requeridos na peça inicial, uma vez que a obrigação de prestar assistência à saúde é dever comum dos entes políticos, conforme dispõe a Constituição Federal , devendo-se cumprir tal comando normativo. 2. Ressalte-se que a Constituição Federal não delimitou a competência administrativa entre os entes políticos no que toca à promoção da saúde pública, não cabendo ao intérprete ou mesmo ao legislador ordinário restringir uma obrigação de agir, quando assim não pretendeu o legislador constituinte. 3. A imposição de astreinte contra o apelante constitui meio processual adequado a garantir o cumprimento da determinação judicial, na forma do art. 461 , § 5º , do C.P.C. incontroversa a regularidade da aplicaçãode multa diária, que é medida destinada ao cumprimento da tutela judicial deferida , resta analisar...
Encontrado em: DÉCIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL 21/06/2017 - 21/6/2017 APELANTE: MUNICÍPIO DE VALENÇA. APELADO: VANICE
TJ-MS - Agravo de Instrumento AI 14138553220158120000 MS 1413855-32.2015.8.12.0000 (TJ-MS)
Data de publicação: 07/03/2016
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER – MEDICAMENTO – PACIENTE PORTADOR DE LÚPUS ERITOMATOSO SISTÊMICO – ANTECIPAÇÃO DE TUTELA – REQUISITOS PREENCHIDOS – RECURSO PROVIDO. Comprovando a parte a necessidade de utilização de medicamento, prescrito por médico, e ainda não possuindo condições econômicas para suportar os custos do tratamento, deve o Município fornecer o remédio, garantindo assim o direito à saúde. Presentes os requisitos do art. 273 do Código de Processo Civil , a concessão da antecipação dos efeitos da tutela é medida que se impõe.
TJ-SP - 22074862820178260000 SP 2207486-28.2017.8.26.0000 (TJ-SP)
Data de publicação: 16/11/2017
Ementa: PROCESSO Lupus eritematoso sistêmico – Belimumab 880mg – Medicamento – Fornecimento – Município – Legitimidade: – Há responsabilidade solidária do município, do estado-membro e da União, bastando a presença de qualquer dos entes para que se aperfeiçoe a legitimidade passiva. PROCESSO Lupus eritematoso sistêmico – Belimumab 880mg – Medicamento – Fornecimento – Relatório médico – Tutela provisória – Possibilidade: – O Estado tem o dever constitucional de fornecer medicamentos ou equipamentos indispensáveis para o tratamento de pessoa carente, propiciando-lhe o acesso igualitário à assistência médica e farmacêutica. – A tutela de urgência não pode ser negada quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano. PROCESSO Medicamento – Fornecimento – Multa diária: – A multa cominatória é devida somente se não cumprida à obrigação em prazo razoável, razão pela qual não é gravame nem punição, pois basta o cumprimento da decisão para evitá-la.
Não pode o Estado alegar ter discricionariedade no fornecimento de medicamentos constantes na lista de remédios fornecidos pelo SUS, ademais, sendo a necessitante pessoa desprovida de verbas financeiras para arcar com tratamento. O Estado está menosprezando o direito à vida da recorrente, sendo seu dever protegê-la. 
IV- DO CABIMENTO DO RECURSO
Art. 1027, inciso II, alínea “a”, do Código de Processo Civil.
Serão julgados em recurso ordinário:
[...]
II - pelo Superior Tribunal de Justiça:
Os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
Art. 105, inciso II, alínea “b”, da Constituição Federal de 1988.
Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
[...]
II - julgar, em recurso ordinário:
[...]
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
V- DOS PEDIDOS
Diante do todo exposto, requer a recorrente:
 a) o provimento do presente recurso, com a reforma do acordão recorrido para conceder a segurança pleiteada, a fim de fornecer os medicamentos necessários ao tratamento da doença de LUPUS. 
b) Seja recebido o recurso ordinário no seu regular efeito devolutivo
c) A intimação da recorrida para apresentar, em querendo, contrarrazões em quinze dias.
d) A intimação do Ministério Público para que se manifeste no prazo de 5 dias nos termos do artigo355 da Lei8.0388/90.
Por fim, requer-se que todas as publicações/intimações sejam realizadas em nome da subscritora da presente demanda, Dra. Fulana de Tal OAB/CE n° xxx.xxx, sob pena de nulidade nos termos da lei.
Termos em que,
Pede deferimento.
Fortaleza-CE, xx de xxxx de xxxx
Advogada xxxxxx xxxxxx
OAB/CE xxx.xxx

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