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1 UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS PROJETO INTEGRADOR 2015/2 – 3º A – SALA 306 Alexandre Bazilio Bomfim Francisco Ailton Vieira Herbert Constantinov de Oliveira Murilo Brando Mendes Oliveira Rodrigo Antônio Araújo Peter Bodnar Wellington de Moura Martines CONSTRUÇÃO DE AQUECEDOR ELÉTRICO BANHO MARIA (CALORIMETRIA) SÃO PAULO 2 2015 Alexandre Bazilio Bomfim RA – 914205371 Francisco Ailton Vieira RA – 914208564 Herbert C. de Oliveira RA – 3014201113 Murilo Brando Mendes Oliveira RA – 914206686 Rodrigo Antônio Araújo RA – 914207060 Peter Bodnar RA – 3014200527 Wellington de Moura Martines RA – 914201878 CONSTRUÇÃO DE UM AQUECEDOR ELÉTRICO BANHO MARIA (CALORIMETRIA) Projeto apresentado como requisito para obtenção de aprovação na avaliação três (AV3), no curso de Engenharia Elétrica na Universidade Nove de Julho. Área de concentração: Engenharia Elétrica Orientação: Professor Paulo Roberto SÃO PAULO 2015 3 RESUMO O projeto tem por finalidade a construção de um aquecedor elétrico que batizamos de “Banho Maria”, pois, nosso aquecedor, trabalha aquecendo de forma lenta e uniformemente qualquer substância líquida ou sólida num recipiente. Sendo assim, deverá ser determinada a quantidade de energia utilizada para aquecer a água a partir da temperatura ambiente até uma temperatura final pré-determinada e comparar com a energia solicitada da fonte de energia elétrica. Neste experimento pode-se observar que a potência gerada pela energia do aquecedor, onde, foi aplicado a equação geral da calorimetria Q = mc∆T (1), elevou a temperatura em 16,2°C, correspondendo a aproximadamente 67% da potência pela energia medida solicitada da fonte. Isso se deu em virtude da perda de energia (calor) sofrida pelo aquecedor para o ambiente. Em nosso trabalho foi possível utilizar a energia elétrica para gerar calor, dessa forma, aprendemos fazer a relação potencia temperatura, o qual, foi fundamental a utilização dos conhecimentos de calorimetria obtidos em sala de aula. Palavras chave: Aquecedor, calorimetria, cálculo. 4 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1– CUBA DE AQUECIMENTO ............................................................................................ 10 Figura 2 - RESISTOR ........................................................................................................................ 11 Figura 3 - PAINEL DIAGRAMA ELÉTRICO ................................................................................... 12 Figura 4 - CONTROLADOR DE TEMPERATURA ........................................................................ 12 Figura 5 - GRÁFICO .......................................................................................................................... 13 Figura 6 - SONDA .............................................................................................................................. 14 Figura 7 - ESBOÇO INICIAL ............................................................................................................ 15 Figura 8 - ESBOÇO FINAL ............................................................................................................... 16 Figura 9 - DESENHO TÉCNICO ...................................................................................................... 17 Figura 10 - CONSTRUÇÃO INICIAL ............................................................................................... 18 Figura 11 - MONTAGEM INICIAL .................................................................................................... 19 Figura 12 - PRODUTO FINAL .......................................................................................................... 20 Figura 13 - MEDIÇÃO TENSÃO ...................................................................................................... 24 Figura 14 - MEDIÇÃO CORRENTE ................................................................................................ 24 Figura 15 - MEDIÇÃO POTÊNCIA .................................................................................................. 25 Figura 16 - MEDIÇÃO PARALELA DE TENSÃO .......................................................................... 26 Figura 17 - MEDIÇÃO PARALELA DE CORRENTE .................................................................... 27 Figura 18 - MEDIDOR DE ENERGIA INICIO................................................................................. 28 Figura 19 - MEDIDOR DE ENERGIA TÉRMINO .......................................................................... 29 5 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – CALORES ESPECÍFICO ............................................................................................. 8 TABELA 2 - ORÇAMENTO ............................................................................................................... 21 TABELA 3 - RESULTADO DOS EXPERIMENTOS ...................................................................... 31 6 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 7 2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................. 8 2.1 APRESENTAÇÃO DO EQUIPAMENTO ................................................................................ 9 2.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EQUIPAMENTO ....................................................... 9 3. TESTES E CÁLCULOS ............................................................................................................. 22 3.1 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE ENERGIA DO AQUECEDOR .................................... 22 3.2 SITUAÇÃO PROBLEMA (POTÊNCIA / ENERGIA SOLICITADA DA REDE) ........... 23 4. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 32 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 34 6. APÊNDICE .................................................................................................................................. 35 6.1 CRONOGRAMA DO PROJETO ............................................................................................ 35 7 1. INTRODUÇÃO A teoria moderna do calor começou a ser formulada no decênio de 1840, quando James Joule (1818-1889) demonstrou que o aumento ou a diminuição da energia térmica sempre vinha acompanhada por uma variação de energia mecânica das partículas. O calor é, portanto, uma forma de energia. Quando se transfere energia a uma substância através do aquecimento, a temperatura da substância sobe. A quantidade de energia térmica necessária para elevar para elevar a temperatura de uma substância é proporcional à variação de temperatura e à massa da substância conforme representado na equação a seguir: Q = C · ∆T = mc∆T (1) No calculo (1) a equação representada, onde Q equivale ao calor e C é a capacidade calorífica, definida como a quantidade de energia transferida, através do aquecimento, necessário para elevar a temperatura de uma substânciade um grau. O calor específico c é a capacidade calorífica por unidade de massa, ou seja, é a quantidade de calor necessária para elevar de um grau a temperatura de uma unidade de massa (1 grama ou 1 quilograma) e finalmente m é a massa que será calculada . c = C ÷ m ou c = Q ÷ (m · ∆T) Exemplo: o calor específico da água é cágua = 4,184 Kj / Kg · K A unidade histórica de energia térmica é a caloria (cal), definida originalmente como a quantidade de energia necessária para elevar de um grau Celsius a temperatura de um grama de água. Hoje sabemos que calor é energia térmica em trânsito, e por isso usa-se a unidade do SI de energia, ou seja, joule (J). 1 cal = 4,184 J 8 No sistema inglês, habitualmente usado nos Estados Unidos, a unidade usual de calor é Btu (unidade térmica britânica), definida como a quantidade de energia necessária para elevar de 1°F a temperatura de 1 libra de água. 1 Btu = 252 cal = 1,054 KJ TABELA 1 – CALORES ESPECÍFICO 2. DESENVOLVIMENTO Durante a etapa inicial de pesquisa, nosso grupo dividiu as atividades de modo que todos tivessem participação no processo como um todo. Após analise das bibliografias pesquisadas, tivemos certeza de qual estratégia seria tomada durante os processos, com isso foi possível determinar como seriam as características do aquecedor de água tipo “Banho Maria” que iríamos desenvolver. 9 2.1 APRESENTAÇÃO DO EQUIPAMENTO Banho-maria é um método utilizado tanto na cozinha como em laboratórios químicos e na indústria (farmacêutica, cosmética, conservas, etc.) para aquecer lenta e uniformemente qualquer substância líquida ou sólida num recipiente, submergindo-o noutro, onde existe água a ferver ou quase. Neste processo, as substâncias nunca são submetidas a uma temperatura superior a 100º C, já que a partir dessa temperatura, todo o calor transferido para a água é convertido em energia cinética nas moléculas da água, formando-se vapor de água. 2.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EQUIPAMENTO Durante essa etapa houve diversos debates em prol de um modelo capaz de atender as expectativas técnicas do projeto inicial, tivemos que acelerar o cronograma já que muitas ideias foram descartadas por não atender a condição de possuir um custo baixo para construção, ou mesmo de ser complicado a sua montagem, assim sendo, enfim, encontramos um modelo a ser trabalhado. O equipamento desenvolvido chamado por nosso grupo de “Banho Maria” está constituído basicamente por uma cuba, um resistor tubular, um controlador de temperatura, uma sonda tipo ntc e tomada para alimentação elétrica. Em seguida estão as características dos materiais utilizados, bem como as imagens de todos os itens. 10 • Cuba - Material composto por um plástico de alta resistência, feito de um monômero conhecido como bisfenol-A (BPA). - Dimensões 30 cm x 20 cm x 15 cm (c x l x h) - Capacidade total: 2 litros - Quantidade usada no experimento: 1 litro Figura 1– CUBA DE AQUECIMENTO A construção da CUBA DE AQUECIMENTO levou em consideração a utilização de matérias primas de baixo custo ou de custo algum, foram utilizados papel alumínio para encapar uma caixa de tênis que serviu como base para suportar a vasilha de plástico. 11 • Resistor - Resistência blindada - Resistência: 484 Ω - Potência: 100W (220V) – Dados de placa Figura 2 - RESISTOR A Resistência blindada modelo imersão é confeccionada no mais alto padrão de qualidade, proporcionando sempre um eficiente aquecimento de líquidos em geral. Fabricados com elementos tubulares, em AISI 304,316-L, Cobre ou aço carbono, podem ser montadas com 1,2,3 ou 6 elementos resistivos. A aplicação comercial para essa resistência são: Desengraxante, tanque para tratamento de superfície com zinco, níquel, cromo, fosfato, água, óleos, produtos químico, gases e soluções específicas. 12 • Controlador de temperatura - Modelo EV3B23N7 - Alimentação: 230V - Painel / diagrama elétrico Figura 3 - PAINEL DIAGRAMA ELÉTRICO Figura 4 - CONTROLADOR DE TEMPERATURA 13 • Sonda - Sensor de temperatura NTC O sensores podem ser definidos como componentes que sofrem variação em uma grandeza elétrica (resistência elétrica, corrente elétrica ou tensão elétrica) de acordo uma outra grandeza física (som, luz, temperatura, movimento, vibração, etc) desde que haja uma relação conhecida entre a variação elétrica e a grandeza física. Sensores de temperatura NTC são tipos de sensores onde a relação entre resistência elétrica e a temperatura são conhecidas, mensuráveis e possuem uma boa tolerância e precisão. Por terem distorções na resistência elétrica devido a temperatura estes componentes também levam o nome de termistores. Os termistores do tipo NTC são semicondutores que podem ter a variação de resistência de forma inversamente proporcional para os termistores do tipo NTC (negative temperature coeficient) onde a resistência elétrica irá diminuir a medida que se eleva a temperatura. O gráfico abaixo apresenta a curva característica para este modelo. Figura 5 - GRÁFICO 14 Os sensores do tipo NTC são mais usados pois existe uma maior facilidade em fabricá-los e possuem uma incrível sensibilidade ao aumento de temperatura, esta característica infelizmente também trás uma desvantagem, devido a alta sensibilidade a curva de temperatura do sensor tipo NTC não é linear, apresentando um comportamento exponencial. Esta desvantagem causa uma necessidade de um circuito que aproxime a curva exponencial de uma curva linear com fatores de correção. Alguns exemplos de modelo de circuito que fazem a aproximação são: Ponte de Wheatstone e amplificador operacional. Figura 6 - SONDA 15 2.3 CONCEPÇÃO DA MONTAGEM Durante essa etapa, houve uma análise do projeto inicial onde conseguimos por em prática a teoria estudada para estabelecer um modelo de desenho, o qual seria utilizado para nortear todo nosso projeto. Portanto, nosso desafio ao desenhar, foi estabelecer um modelo de aquecedor de água tipo “Banho Maria” com a concepção técnica aplicável para montagem, ou seja, com possibilidade real de utilizar materiais simples para construir o aquecedor, os quais nos possibilitasse em termos de construção um produto final totalmente viável economicamente e eficiente no funcionamento. Iniciamos o projeto, realizando o esbolço que foi importante para realizar todas etapas seguintes do nosso projeto. Com a idealização da Figura 7 – ESBOÇO INICIAL, procuramos imaginar um modelo de aquecedor simples (caixa com uma vasilha no centro / cuba). Figura 7 - ESBOÇO INICIAL 16 Na Figura 8 – ESBOÇO FINAL, demonstramos nesse desenho a forma que seria o aquecedor, com as medidas caixa que comportaria a cuba. Figura 8 - ESBOÇO FINAL Com a utilização dos esboços, foi possível passarmos para etapa de construção do aquecedor, nós decidimos iniciar pela construção da base, dessa forma, notamos que houve agilidade na montagem, sendo eficazes as escolhas dos materiais iniciais e o acabamento do produto inicial. 17 Utilizando os esboços, passamos para etapa de transforma-los em desenho, dessa forma, foi possívelcriar o desenho técnico conforme a Figura 9 – DESENHO TÉCNICO. Figura 9 – DESENHO TÉCNICO Conforme a Figura 9 – DESENHO TÉCNICO foi possível iniciar o processo de confecção, onde, conseguimos aplicar na prática o que foi projetado no papel. Durante esse processo notamos que a tarefa ficou muito mais fácil, pois, tínhamos as medidas do produto que iríamos construir e isso foi determinante para escolha dos materiais que deveríamos utilizar, como por exemplo a escolha da caixa de papel que seria utilizado como base para a vasilha de plástico. Figura 9 - DESENHO TÉCNICO 18 Baseado nisso, a Figura 10 – CONSTRUÇÃO INICIAL demonstrou a concretização de nossas ideias na prática. Figura 10 - CONSTRUÇÃO INICIAL Houve dificuldade para escolher um aquecedor que atenderia o que estudamos, porém, acabamos optando por um modelo tipo “Banho Maria”, pois este possibilitou que, de forma simples, demonstrássemos os conceitos teóricos e práticos do tema abordado. Neste modelo utilizamos materiais que foram emprestados pelas empresas nas quais trabalhamos e também utensílios domésticos, fora de uso, não havendo assim custo para sua confecção. 19 Na figura 11 – MONTAGEM INICIAL, conseguimos realizar a montagem nosso maior medo era da base de papel molhar com a inserção da agua, por isso tivemos a idéia de colocar papel aluminio para proteger o papel da caixa. Figura 11 - MONTAGEM INICIAL Dessa forma, a Figura 11 – MONTAGEM INICIAL demonstra nosso aquecedor, enfim, com formato de produto final, durante essa etapa, constatamos em nosso cronograma a proximidade da etapa dos testes e cálculos. 20 Com a conclusão das etapas anteriores, colocamos o aquecedor em funcionamento, conforme a Figura 12 – PRODUTO FINAL. Figura 12 - PRODUTO FINAL Após a montagem, percebemos que deveríamos incluir nesta experiência um medidor de energia (modelo FRATELO), que também mede valores instantâneos de tensão, corrente, potência e energia, ligado em paralelo com o aquecedor, para obtenção de valores mais precisos. 21 Nossa equipe durante a montagem elaborou a planilha de gastos, os quais nos permitiram observar os gastos gerais da construção do projeto. TABELA 2 - ORÇAMENTO MATERIAIS UTILIZADOS AQUISIÇÃO / ORIGEM VALOR (R$) Cuba Material próprio zero Revestimento da cuba Material próprio zero Resistência blindada Cedido pela empresa zero Controlador de Temperatura Cedido pela empresa zero Sonda / Sensor NTC Cedido pela empresa zero Fios / cabos Material próprio zero Tomada de alimentação Material próprio zero CUSTO TOTAL DE MATERIAIS zero 22 3. TESTES E CÁLCULOS 3.1 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE ENERGIA DO AQUECEDOR Nesta etapa, verificamos a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura da água do aquecedor, inicialmente a 23,8°C, para uma temperatura de 40°C. Para isto, foi utilizada a equação geral da calorimetria Q = mc∆T. (1) No experimento utilizamos 1000 ml (1000g) de água, numa cuba plástica de 185g e uma caixa de papelão com 205g. Q = mc∆T (1) Q (água) = 1000 x 4,18 (40 – 23,8) = 67716 J Q (plástico) = 185 x 0,77 (40 – 23,8) = 2308 J Q (papelão) = 205 x 1,4 (40 – 23,8) = 4645 J Q (TOTAL) = Q (água) + Q (plástico) + Q (papelão) Q (TOTAL) = 67716 + 2308 + 4645 Q (TOTAL) = 74669 J Importante informar que o tempo gasto para a água atingir a variação de temperatura 16,2°C foi de 1092 segundos. 23 3.2 SITUAÇÃO PROBLEMA (POTÊNCIA / ENERGIA SOLICITADA DA REDE) Nosso objetivo é estabelecer uma relação entre a equação geral da calorimetria Q=mc∆T e a potência demandada da fonte de energia que no caso é elétrica. Com isto, utilizaremos os conceitos da Lei de Ohm. Lei de Ohm: P = V x I P = V² ÷ R P = I² x R (2) Foi utilizado no experimento um medidor de energia elétrica, que também mede valores instantâneos de tensão, corrente, potência e energia, ligado em paralelo com o aquecedor, para obtenção de valores mais precisos. 24 Conforme a Figura 13 – MEDIÇÃO TENSÃO, observamos que o equipamento media 226 V correspondente a tensão de alimentação. Figura 13 - MEDIÇÃO TENSÃO Na Figura 14 – MEDIÇÃO CORRENTE, observamos que o equipamento media corrente consumida pela resistência: 0,45 A. Figura 14 - MEDIÇÃO CORRENTE 25 E podemos observar que os valores calculados equivalem à potência instantânea registrada conforme a Figura 15 – MEDIÇÃO DE POTÊNCIA. Figura 15 - MEDIÇÃO POTÊNCIA A Potência calculada para qualquer uma das três fórmulas resulta em aproximadamente 103 W, vejamos: P = 226 x 0,46 = 103 W P = 226² ÷ 496 = 103 W P = 0,46² x 496 = 103 W 26 Também foram utilizados, além do medidor de energia em paralelo, um multímetro (voltímetro) e um amperímetro, para mais uma amostra comparativa das grandezas elétricas. Porém, podemos perceber que estas grandezas sofrem pequenas variações de valores no decorrer do tempo. Figura 16 - MEDIÇÃO PARALELA DE TENSÃO 27 Figura 17 - MEDIÇÃO PARALELA DE CORRENTE De acordo com a equação geral da calorimetria Q=mc∆T a energia obtida no aquecedor de água correspondeu a 74669 J e num intervalo te tempo de 1092 segundos. E para verificar a energia solicitada da fonte (rede elétrica) elaboramos o seguinte cálculo: - Potência demandada pelo aquecedor Potência(aquecedor) = Energia ÷ Tempo P = Q ÷ T P = 74669 ÷ 1092 = 68,4 Watts - Energia consumida da rede elétrica Observamos que a potência consumida da rede correspondeu à 103 W, logo: Energia(fonte) = Potência x Tempo Q = P x T 28 Q = 103 x 1092 = 112476 Joules - Projetando a energia em função da hora (WH) Nesta experiência foi inserido na rede um medidor de energia (modelo FRATELO), em paralelo com o aquecedor, para análise das grandezas elétricas. A configuração deste aparelho para medição de potência projeta os valores sempre em função da hora, logo os valores de energia tem na sua unidade de medida o (KWH ou WH), como mostra a foto: Os valores exibidos na Figura 18 – MEDIDOR DE ENERGIA INICIO corresponde à potência consumida da rede elétrica. Figura 18 - MEDIDOR DE ENERGIA INICIO 29 Os valores exibidos na Figura 19 – MEDIDOR DE ENERGIA TÉRMINO, corresponde à energia consumida da rede elétrica, equivalente ao intervalo de tempo que foi necessário para o aquecedor elevar a temperatura da água em 16,2°C. Figura 19 - MEDIDOR DE ENERGIA TÉRMINO Efetuando o cálculo: Primeiramentedevemos transformar o tempo em segundos gastos na realização do teste em x horas. 1092 ------- x(h) 3600 ------- 1h X = 0,303 horas 30 Energia(wh)(fonte) = Potência x Tempo Q = 103 x 0,303 = 31.2 Wh Energia(wh)(aquecedor) = Potência x Tempo Q = 68,4 x 0,303 = 20,7 Wh 31 TABELA 3 - RESULTADO DOS EXPERIMENTOS - Cálculo do rendimento (%) Este método permite efetuar uma relação entre a potência / energia utilizada pelo equipamento e a potência / energia solicitada da fonte / rede elétrica. Quanto maior for o percentual, melhor o rendimento. Rendimento (%) = [potência(utilizada) ÷ potência solicitada] x100 Rendimento (%) = (68,4 ÷ 103) x 100 = 66,4 % Pode-se observar que, de acordo com os valores acima obtidos no experimento, a potência ou energia utilizada pelo aquecedor foi aproximadamente 67% da energia consumida da rede elétrica. Isso se deu em virtude da perda de energia (calor) sofrida pelo aquecedor para o ambiente. 32 4. CONCLUSÃO Após a idealização do projeto surgiram diversas dificuldades para colocá- lo em prática, pois aquilo que estava escrito operacionalmente não funcionava igual. No seu desenvolvimento detectamos oportunidades de melhoria que iam desde a fase de concepção até a última etapa do processo. Entre os exemplos, citamos uma dificuldade encontrada após a construção do mecanismo, onde o processo de aquecimento da água não funcionou devido a resistência possuir um valor elevado, inviabilizando o seu funcionamento. Mudamos então as características estruturais do aquecedor inserindo uma nova resistência, de menor valor e, com isso, o aparelho apresentou um bom desempenho e dados satisfatórios. Deste modo, conseguimos conciliar a ideia proposta do conceito teórico com o desempenho prático do equipamento. Neste experimento pode-se observar que a potência ou energia do aquecedor, aplicando a equação geral da calorimetria Q = mc∆T, considerando o tempo gasto para elevar a temperatura em 16,2°C, correspondeu aproximadamente a 67% da potência ou energia consumida da rede elétrica. Para fazer esta comparação foi utilizado um aparelho medidor de energia ligado em paralelo com o aquecedor, juntamente com um multímetro e amperímetro. Isso possibilitou que determinássemos com precisão o valor da energia solicitada da rede elétrica. Cada etapa do processo que foi superada trouxe muito otimismo e deixou evidências que podemos sim, quando colocamos a mente pra funcionar, melhorar a nossa criatividade. Também foi possível observar que o planejamento inicial é fundamental para o sucesso de qualquer atividade e em nossa auto avaliação achamos que este foi e ainda é um ponto a desenvolver, embora, tenha sido possível o cumprimento do cronograma disponível na integra no Apêndice. Acreditamos que, o bom planejamento inicial, teria ajudado mais na escolha dos materiais e nas características construtivas do equipamento. A elaboração, a construção e a execução deste projeto, foi constituída devido ao grande tempo dedicado aos estudos bibliográficos, o qual, nos fez 33 perceber o quanto é fundamental buscar o conhecimento teórico e técnico para tornar aquilo que hoje é apenas imaginação, no amanhã, formando uma nova realidade. E tão importante quanto o conhecimento acadêmico é o trabalho em equipe, de forma que se possa explorar o melhor de cada integrante, para contribuir em prol do objetivo final. 34 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HALLIDAY, D.;RESNICK, R. e KRANE, K.S. FISICA, Vol 2. 4. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 1996 TIPLER, P.A.;MOSCA, G.; FÍSICA PARA CIENTISTAS E ENGENHEIROS, Vol 1. 6. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2009 SEVERINO, ANTONIO JOAQUIM. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl. São Paulo, SP: Cortez, 2002. FERNANDES, Napoleão Lima; CARVALHO, Odair B. Estudando a Energia. 2.ed. São Paulo, SP:IBEP, 1986. Em: <HTTP://www.mundodaeletrica.com.br/resistores-fixos/ Acesso em: 14/10/2015 Em:<HTTP://www.mundodaeletrica.com.br/codigo-de-cores-de-resistores/ Acesso em: 14/10/2015 FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Bisfenol A ou BPA"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/quimica/bisfenol-ou-bpa.htm>. Acesso em: 22 de outubro de 2015. Em:<HTTP://quimicoestudante.blogspot.com.br/2014/01/mulheres-da-quimica.html/ Acesso em: 23/10/2015 CARBÓ, Héctor Mario. “Aços Inoxidável Aplicações e Especificação”. Disponível em <HTTP://www.nucleoinox.org.br/upfiles/arquivos/downloads/Acesita_Aplica_Especifica. pdf> . Acesso em: 23 de outubro de 2015. 35 6. APÊNDICE 6.1 CRONOGRAMA DO PROJETO
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