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A INDUSTRIALIZAÇÃO E A IDADE DE OURO

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A INDUSTRIALIZAÇÃO E A IDADE DE OURO
Os Estados Unidos depois da guerra civil, tornou-se não só um país industrializado, como também o maior entre todos, essa rapidez e profundidade deveu-se a mudanças que se conjugaram favoravelmente na Segunda metade do século XX.
Em primeiro lugar podemos citar a abundância e variedade dos recursos naturais tais como carvão, ferro, petróleo e outros, além de muita terra fértil e plana para produção. Em segundo, a extensa rede de transportes fluviais e ferroviários que ligavam os estados do Leste com o Pacífico, e também entre outros estados formando um mercado de dimensões continentais. Em terceiro o crescimento populacional que durante os anos de 1860 e 1910 triplicaram o número de habitantes pessoas vindas de várias partes da Europa e de outros continentes, o que significou um aumento crescente do mercado interno de mão-de-obra abundante. E um fator decisivo foi a guerra de Secessão, que deu a vitória aos estados manufatureiros do norte transferindo o poder político para os empresários capitalistas, que passaram a utilizar o Estado para atingir seus fins, paralelo a este fato veio o fim da escravidão, aumentando a disponibilidade da mão-de-obra livre não proprietária como também unificou o mercado.
Assim, condições econômicas e sociais coo a unificação e o aumento ( interno e externo) do mercado, a acumulação de capital para investimentos, a abundância de matéria-prima, a disponibilidade de mão-de-obra expropriada, o desenvolvimento tecnológico, o eficiente sistema bancário estável somaram-se a tomada do poder pelos empresários capitalistas, estava tudo preparado para o arranque industrial.
Com imigração européia ocorrida entre 1840 e 1860 e entre 1880 a 1900, propiciou uma grande mudança demográfica, esse povoamento deu-se devido a incentivos do Governo norte-americano através da distribuição de terras no Oeste. Após a guerra civil, a febre ferroviária tomou conta do país. A interligação entre Leste e Oeste, que ligou Nova York a São Francisco, em 1869. Intrinsecamente ligado a esse aumento populacional ocorreu o processo de urbanização. As cidades tornaram-se pólos de atração não só dos camponeses europeus, mas também dos próprios norte-americanos que deixavam o campo e procuravam trabalho nas fábricas. No início do século XX, o Governo norte-americano começou a colocar barreiras à imigração quanto ao “número” e quanto à “qualidade”, foram impostas cotas para brecar o fluxo e discriminam-se imigrantes vindos de países considerados pobres e inferiores, semelhante a doutrina Monroe, que pregava “a América para os americanos”. 
Depois da guerra civil, a agricultura passou por uma transformação radical, devido especialmente a lei de Cessão de terras, O efeito dessa lei mostrou-se impressionante: o números de fazendas triplicou em 40 anos. A produtividade no setor tendeu a aumentar também pela mecanização da produção agrícola. Os Estados Unidos tornou-se o celeiro do mundo, e o dinheiro das exportações não só de mercadorias como também de capitais. Com a mecanização da agricultura o capitalismo inseriu-se de vez na agricultura e isso, fez diminuir cada vez mais a quantidade de pessoas empregadas na lavoura, em relação ao número de trabalhadores nas cidades, no entanto, a produção teve um aumento considerável graças ao desenvolvimento tecnológico. Além disso, acompanhando a mecanização, iniciou-se um outro processo, o da especialização. Depois da guerra, a agricultura caminhou para a especialização e, portanto, a produção voltou-se exclusivamente para o mercado. Em suma, a economia rural ficou atrelada ao capitalismo, tornando-se um importante mercado consumidor dos produtos industriais urbanos. A compra de equipamentos para o trabalho agrícola era dispendiosa, e os fazendeiros necessitavam de capital para aquisição de máquinas. O lucro no entanto não subia na mesma proporção. A união era agora controlada pelos poderosos empresários, que se utilizavam do Estado para engrossar, cada vez mais, seu capital e poderio financeiro. As queixas dos fazendeiros dirigiam-se precisamente contra os industriais, comerciantes intermediários, banqueiros, em síntese os agentes urbanos dos quais dependiam. Apesar das revoltas a ações políticas, os fazendeiros continuavam a sofrer dos grandes comerciantes, que possuindo armazéns para a estocagem, impunham preços irrisórios e injustos na compra da produção.
Essa situação desfavorável da agricultura em relação a economia industrial demonstra que a capitalização do setor manufatureiro ocorreu graças a exploração do setor agrícola. Dessa maneira, foi possível a acumulação de capitais que viabilizou a plena industrialização dos Estados Unidos.
Com a Revolução Industrial, passou-se da ferramenta à máquina como principal meio de produção, após a guerra de secessão os Estados Unidos transformou-se na primeira potência industrial do mundo. Algumas regiões dos Estados unidos tiveram que aumentar o índice de automação das máquinas, devido, o aumento no custo da mão-de-obra, assim, por volta de 1800 Eli Whitney introduziu um processo racionalizador da produção que os economistas chamaram de “fabricação de peças permutáveis”. A montagem sofreu, então, uma sistematização na qual, segundo Huberman, um fluxo contínuo de peças separadas passava sobre a esteira rolante, muito bem representada no filme de Charle Chaplim “Tempos modernos”. Esse processo de organização da produção industrial passou a ser conhecido como “sistema americano”.
Evidentemente a produção em tais bases dependia de um mercado interno de grande proporções, pois a produção era em massa. Esse mercado interno cresceu devido a imigração em larga escala, [por outro lado, o intercâmbio comercial não sofreu nenhum tipo de restrição interna, pois as fronteiras interestaduais não foram bloqueadas pelos onerosas alfândegas, como no caso do comércio intra-europeu. Um imenso mercado unificado, não só politicamente mas também fisicamente, através de uma rede ferroviária que todo o território americano, esta foi a base da expansão industrial dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos eram , além de tudo isso, um exemplo de organização empresarial eficiente. Um capitalista isolado não dispunha de capital suficiente para suportar sozinho as necessidades de investimento, assim, formaram-se sociedades para montagem de empresas. Essa forma de organização não atraía muito os capitalistas, após a guerra, começaram a surgir novas formas de organização empresarial, com base em responsabilidades limitadas. O novo modelo, chamado de corporação trouxe inúmeras vantagens em relação a sociedades tradicionais, além disso as ações vendidas na bolsa de valores, podiam converter-se rapidamente em dinheiro vivo, pois a direção da empresa nada tinha a ver com a propriedade da própria empresa, a tarefa de administrar era entregue a um grupo de diretores e não diretamente aos acionistas. Até 1880, a forma do capitalismo norte americano era de base concorrencial, isto é, algumas empresas de pequeno e médio porte competiam entre si no mercado, mas a partir dessa data, formaram-se gigantescas empresas que dominaram o mercado, a questão era controlar os preços e consequentemente o mercado. Os grandes empresários expulsaram os pequenos do mercado, isto é, os pequenos desapareceram, se fundiram com os grandes, formando empresas maiores.
Assim nasceram os trustes e cartéis como forma evolutiva da concorrência, com o mercado nas mãos, os grande trustes tinham o poder de impor seus preços aos consumidores. Esse tipo de dominação por parte das grandes corporações, que cobravam preços absurdos por seus produtos, começou no entanto, a gerar hostilidades, essas pressões nacionais contra essas empresas chegaram a tal ponto que, em 2 de julho de 1890, foi criada a lei Antitruste de Sherman, seu objetivo era proibir a concentração das empresas que violassem as leis da livre concorrência. No caso de julgamento de grevistas, a lei Antitruste servia de argumento para punir os trabalhadores, ou seja, agreve, sua única forma de proteção, era punida pela mesma lei que impedia a fusão dos empregadores e sua concentração empresarial desmedida.
Esse admirável desenvolvimento norte-americano do período pós-guerra de secessão até inicio do século XX ficou conhecido como a idade de ouro.

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