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ACADEMICO: GIORGANE 2º PERIODO A Capítulo 15 INTRODUÇÃO À ANATOMIA DENTAL HUMANA GENERALIDADES Divisão Anatomodescritiva Divisão Histoestrutural A Cor dos Dentes Dentições Nomenclatura Fórmula Dental Notação Dental TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO GENERALIDADES A Anatomia Dental é a parte da anatomia humana que es tuda os dentes e a sua organização. Os dentes fazem parte de um sistema complexo cuja função primordial é a mastigação. Esse sistema é denominado sistema estomatognático, e dele fazem parte as seguintes estruturas anatômicas: a) ossos da face e crânio, sobretudo maxila e mandíbula; b) dentes e periodonto de inserção e proteção; c) glândulas salivares maiores e menores; d) articulações (suturas, sincondroses, ATM); e) músculos (dérmicos, da mastigação, da língua, cervi cais); f) vasos sanguíneos e linfáticos associados; g) sistema nervoso (fibras proprioceptivas, exteroceptivas e motoras). A maioria dos procedimentos realizados pelo cirurgião-den tista abrange e pode interferir em todo o sistema estomatogná tico. Esse sistema é abordado nas demais partes deste livro, e seu conhecimento é de fundamental importância, devendo-se sempre procurar inter-relacionar seus constituintes. Alguns autores consideram como objeto de estudo da Ana tomia Dental o chamado órgão dentário, que é constituído pelo dente e pelo periodonto (de inserção e de proteção). Este livro abordará os caracteres anatomofuncionais do den te. Sugere-se, para um estudo mais detalhado do periodonto, o uso de textos complementares sobre Histologia Dental e Periodontia. Arco dental superior Fig. 15.1 Apresentação dos dentes no arco dental superior. Conceito Os dentes humanos podem ser definidos como órgãos mi neralizados, duros, resistentes, branco-amarelados, que estão implantados nos ossos alveolares da maxila e da mandíbula. Eles estão dispostos regularmente, uns ao lado dos outros, na cavidade bucal, formando os arcos dentais superior e in ferior(Fig. 15.1). Vale ressaltar que o dente é considerado histologicamente como um órgão, pelo fato de ele ser constituído por tecidos diferentes. Classificação Na classificação do Sistema Dental, o ser humano é defini do como Plexodonte, Heterodonte e Difiodonte. Haplodontia e Plexodontia Os animais que apresentam dentes extremamente simples do ponto de vista morfológico são considerados haplodontes. Cada dente desses animais pode ser comparado a dois cones unidos por suas bases, exemplificando-se os dentes de pei xes e répteis. 252 Grupo dos Caninos CANINO SUPERIOR Vestibular Lingual Mesial Distal D M M D V Oclusal Face lingual V D M M D L Fig. 18.1 Canino superior (direito). Generalidades O canino superior localiza-se logo após o incisivo lateral em cada hemiarco superior. É o mais resistente e o mais longo de todos os dentes, com um comprimento total de aproximada mente 26,5 mm. Sua erupção se inicia aos 11 anos de idade. Estabelece oclusão com a metade distal do canino inferior e a metade mesial do primeiro pré-molar inferior. Coroa Geometricamente, assemelha-se a um pentaedro, apresen tando uma face cervical virtual e as faces vestibular lingual mesial e distal e uma borda oclusal, sendo esta co�siderad� uma verdadeira cúspide. Ao contrário dos incisivos, a co roa dos caninos é convexa em todos os sentidos, quase não apresentando acidentes anatômicos. Sua coroa é formada por grande quantidade de dentina, o que lhe propicia grande for ça e resistência. Borda Oclusal A borda oclusal é angulada, formando uma cúspide e, as sim como nos incisivos, logo após a erupção pode apresentar três mamelões que serão desgastados pelo trabalho mecânico mastigatório. Este desgaste também ocorre à custa da face lin gual e pode tornar plana a ponta da cúspide. As vertentes que formam a borda oclusal são assimétricas sendo a vertente mesial mais retilínea e mais horizontal e � vertente distal mais comprida, arredondada e oblíqua. Os ângulos próximo-oclusais são arredondados, o ângulo mésio-oclusal mais definido, quase reto, e o ângulo disto oclusal mais arredondado e obtuso. O ângulo mésio-oclu sal está localizado mais em direção oclusal do que o disto oclusal. Face Vestibular A face vestibular é convexa em todos os sentidos e apre senta forma de um losango, possuindo quatro ângulos: dois obtusos e dois agudos. Os ângulos obtusos correspondem aos ângulos próximo-oclusais; os ângulos agudos, ao lado cervical e à borda oclusal. O lado cervical da face vestibular é semelhante ao dos inci sivos, ou seja, é arredondado, com a concavidade voltada para a coroa. A borda oclusal é formada por duas vertentes, que definem a ponta da cúspide. A união de cada vertente com a face proximal forma os ângulos mésio-oclusal e disto-oclusal. A vertente mesial da borda oclusal é mais curta e horizontal do que a vertente distal. Os lados proximais da face vestibular são convergentes para a cervical, sendo o lado mesial mais retilíneo e menos inclinado do que o distal. Quanto à convexidade geral da face vestibular, nota-se que no sentido cérvico-oclusal a maior convexidade ocorre no ter ço cervical, diminuindo no sentido oclusal. No sentido mésio distal a maior convexidade ocorre no terço médio. Os terços médio e oclusal apresentam dois sulcos longitu dinais que delimitam os três lóbulos vestibulares de desenvol vimento. Ao contrário dos incisivos, que apresentam os sulcos paralelos e retilíneos, os sulcos da face vestibular do canino são mais aparentes, sendo divergentes no sentido cervical e arqueados, com suas concavidades voltadas uma para a outra. O maior lóbulo de desenvolvimento, em todos os sentidos é o central, e o lóbulo distal, o menor e o mais curto. Face Lingual Também apresenta formato losangular, com os mesmos limites que formam a face vestibular, porém os lados proxi mais são mais convergentes no sentido cervical, pois o lado cervical é menor. ANATOMIA CAPA ANATOMIA ANATOMIA P.I ANATOMIA P.II ANATOMIA P.III
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