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Escola de Frankfurt e o surgimento da Teoria Crítica.
Contextualização da Teoria Crítica.
(WOLF, Mauro. p.72 a 92)
http://prezi.com/kqiuqrgnzmfx/?utm_campaign=share&utm_medium=copy 
A teoria crítica: 
A teoria crítica representa o contra peso da pesquisa em comunicação, o fim do que se vinha elaborando no campo administrativo da comunicação de massa.
Um tema relevante no debate sobre a crise dos estudos da mídia.
O contraste problemático e rico em exageros entre a pesquisa administrativa e a teoria crítica.
ELEMENTOS GERAIS DA TEORIA CRÍTICA
A teoria crítica surge em 1924, a partir do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt, na Alemanha. 
Principais pensadores: Adorno, Horkheimer, Marcuse e Walter Bejamin.
Com o nazismo o instituto é obrigado a fechar e seus principais representantes emigraram para a França - Paris e para universidades americanas.
O Instituto de Pesquisa Social - Nova York
Assuntos discutidos: o ser humano na era técnica; arte; música; literatura; vida cotidiana. A partir do estudo desses temas é que eles vieram a descobrir a crescente importância dos fenômenos de mídia e da cultura de mercado na formação do modo de vida contemporâneo. O ponto de partida é a análise da economia de troca: desemprego, crises econômicas, militarismo, terrorismo, a condição das massas.
Por meio dos fenômenos superestruturais da cultura ou do comportamento coletivo, a teoria crítica pretende compreender o sentido dos fenômenos estruturais, primários, da sociedade contemporânea, o capitalismo e a industrialização.
..os fins específicos da teoria crítica são a organização da vida em que o destino dos indivíduos dependa não mais do acaso e da cega necessidade de relações econômicas incontroladas, mas da realização programada das possibilidades humanas (Marcuse, 1936, p.29,citado em Rusconi, 1968).
A indústria cultural como sistema
A expressão "indústria cultural" (antes cultura de massa) é usada por Horkheimer e Adorno pela primeira vez na Dialética do Esclarecimento (texto iniciado em 1942, publicado em 1947): nela é ilustrada a transformação do progresso cultural no seu contrário, com base em análises de fenômenos sociais da sociedade americana entre os anos 30 e 40.
Na realidade da indústria cultural o cinema, o rádio, e as revistas constituem um sistema. Todos se alimentam de si mesmos e todos formam um só conjunto
A máquina da indústria cultural gira sem sair do lugar: ela mesma determina o consumo e exclui tudo o que é novo, que se configura como risco inútil, tendo elegido com primazia a eficácia dos seus produtos.
O indivíduo na época da indústria cultural
Na era da indústria cultural, o indivíduo não decide mais com autonomia: o conflito entre impulso e consciência é resolvido com a adesão acrítica aos valores impostos. " o que antes os filósofos chamavam de vida reduziu-se a puro consumo.
O homem encontra-se entregue a uma sociedade que o manipula como bem entende. O consumidor não é soberano, como a indústria cultural gostaria de fazer crer, não é seu sujeito, mas seu objeto (Adorno, 1967, p.6).
Divertir-se significa concordar: significa sempre: não ter de pensar, esquecer a dor, inclusive quando ela é mostrada.
Se no século XVIII o conceito de cultura popular tinha um significado de progresso, acentuando a autonomia do indivíduo, na época da indústria cultural acentua uma estrutura social cada vez mais hierárquica e autoritária que transforma a mensagem cultural em uma obediência ao valor dominante.
A qualidade da fruição dos produtos culturais
O s produtos da indústria cultural, a partir do filme sonoro, paralisam (imaginação e espontaneidade) pela sua própria constituição objetiva. Eles são feitos de modo que sua apreensão adequada exija intuição rápida, observação, competência específica, mas também proiba por completo a atividade mental do espectador, se ele não quiser perder os fatos que passam rapidamente à sua frente (Horkheimer-Adorno,1947,p. 137).
O espectador não deve trabalhar por conta própria: o produto prescreve toda reação: não pelo seu contexto objetivo - que se desfaz tão logo se dirige à capacidade de pensar..., mas mediante sinais. Toda conexão lógica, que requeira intuição intelectual, é escrupulosamente evitada (Horkheimer-Adorno,1947,p. 148).
Os efeitos dos meios de comunicação de massa
Os meios de comunicação de massa não são simplesmente a soma total das ações que descrevem ou das mensagens desenvolvidas. Eles, os meios, consistem também em vários significados sobrepostos uns aos outros: todos colaboram para o resultado (Adorno, 1954, p. 384).
...na indústria cultural a mensagem foi por ela organizada, com o objetivo de encantar os espectadores simultaneamente em vários níveis psicológicos. De fato, a mensagem escondida pode ser mais importante do que a evidente, pois escapará aos controles da consciência, não será evitada pelas resistências psicológicas nos consumos, mas provavelmente penetrará no cérebro dos espectadores.
Os gêneros
A estratégia de domínio da indústria cultural dispõe de muitas táticas. 
Uma delas consiste na estereotipia.
Os estereótipos são indispensáveis na organização e antecipação das experiências da realidade social.
Eles impedem o caos cognitivo, a desorganização mental, eles representam um instrumento necessário de economia na aprendizagem.
Teoria Crítica X pesquisa administrativa
Pensadores não foram contra a tecnologia (e as mídias), mas contra o seu uso: ao invés do bem comum, estava a serviço do militarismo, do Estado e do poder econômico organizado. Se fossem usadas para a revolução socialista, eles iam adorar. 
Não criticaram cultura de massa porque ela era popular, mas porque viam que boa parte dessa cultura conserva as marcas das violências e da exploração a que as massas têm sido submetidas: menosprezo da inteligência, promoção de nosso piores instintos, linguagem rebaixada etc. 
Melhor herança: conceito de indústria cultural, continua muito atual e válido (mesmo num contexto em que o receptor tem sido percebido como sujeito). E ela existe com o consentimento da sociedade, que consome seus produtos, cada vez mais.
Pesquisa administrativa não orientada para servir aos interesses do poder estatal, dos empresários e das empresas de comunicação. 
Preocupação central não era melhorar o conhecimento dos processos com que se envolvem os meios e, assim, facilitar seu uso e exploração. 
Desejavam problematizar os processos em que se envolvem os meios do ponto de vista crítico e utópico (abordagem mais especulativa e menos empírica).

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