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Redação Técnica compilado

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Prévia do material em texto

Redação 
Técnica
SEST - Serviço Social do Transporte
SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
Qualquer parte dessa obra poderá ser reproduzida,
desde que citada a fonte.
Fale Conosco
0800 728 2891
ead.sestsenat.org.br
Curso online – Redação Técnica – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 
164 p. : il. – (EaD)
 1. Redação técnica - língua portuguesa. 2. Linguagem 
formal. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional 
de Aprendizagem do Transporte. 
CDU 001.81
3
Sumário
Apresentação 8
Unidade 1 | A Importância da Expressão Escrita 10
1. Sobre a Comunicação Escrita 12
1.1. A Importância de Escrever Bem 13
1.2. A Importância da Leitura para a Expressão Escrita 15
1.2.1. Alguns Tipos de Leitura de Texto 16
1.2.1.1. Exercício de Leitura de Texto 16
1.2.1.2. Exemplos de Leitura a Partir do Texto 17
1.2.2. Outros Tipos de Leitura (Decodificação de Mensagens) 18
Glossário 19
Atividades 20
Referências 22
Unidade 2 | Redação Discursiva 23
1. Tipos de Redação 25
2. Como Apresentar uma Redação Técnica Discursiva 26
3. Qualidades Fundamentais de uma Redação Técnica 27
3.1. Comparando Redação Técnica e Redação Literária 27
3.1.1. Exemplo de Texto Literário 28
4. Tipologia Textual 28
4.1. Tipos de Descrição 29
Atividades 30
Glossário 32
Referências 33
Unidade 3 | Redação Discursiva / Argumentação 34
1. O Que é Redação Discursiva 36
1.1. Redação Discursiva Objetiva (Dissertação) 36
2. Argumentação 37
2.1. Tipos de Argumentação 37
2.1.1. Argumento Baseado na Estrutura da Realidade 37
2.1.2. Argumento Baseado no Consenso 38
4
2.1.3. Argumento Baseado em Fatos 39
2.1.4. Argumento Lógico 39
2.2. Exercício para Mentalizar os Tipos de Argumentação 40
Atividades 41
Glossário 43
Referências 44
Unidade 4 | Progressão Discursiva / Dicas e Técnicas de Redação 45
1. Progressão Discursiva 47
1.1. Exemplos 47
2. Sugestões para Escrever Bem uma Dissertação 48
3. Técnica de Redação 49
Glossário 52
Atividades 52
Referências 54
Unidade 5 | Correspondência / Redação oficial 55
1. Correspondência 57
1.1. Correspondência Oficial 57
1.1.1. Tipos de Correspondência Oficial 58
2. Características da Redação Oficial 61
2.1. Sobre a Impessoalidade 62
2. 2. Padrão Culto da Linguagem 63
2.3. Clareza e Concisão 64
Glossário 66
Atividades 67
Referências 68
Unidade 6 | Formalidade e Padronização na Redação Oficial 69
1. Formalidade e Padronização 71
1.1. Pronomes de Tratamento 71
1.1.1. Concordância dos Pronomes de Tratamento 72
1.1.2. Emprego dos Pronomes de Tratamento 72
1.1.2.1. O Pronome de Tratamento Vossa Excelência 72
5
1.1.2.2. O Pronome de Tratamento Vossa Senhoria 75
1.1.2.3. O Pronome de Tratamento Vossa Magnificência 76
1.1.2.4. Os Pronomes de Tratamento para a Hierarquia Eclesiástica 76
Glossário 77
Atividades 78
Referências 79
Unidade 7 | O Padrão Ofício 80
1. Manual de Redação da Presidência da República e sua Revisão 82
2. O Padrão Ofício 83
2.1. Partes dos Documentos no Padrão Ofício 83
2.1.1. Tipo do Documento 84
2.1.2. Local e Data 84
2.1.3. Destinatário 84
2.1.4. Assunto 85
2.1.5. Texto 85
2.1.6. Fecho 86
2.1.7. Assinatura e Identificação do Signatário 87
Glossário 88
Atividades 89
Referências 91
Unidade 8 | Diagramação de Documentos e Comunicações Oficiais 92
1. Diagramação de Documentos no Padrão Ofício 94
2. Comunicações Oficiais 95
2.1. Apostila 95
2.1.1. Partes 96
2.2. Ata 96
2.2.1. Partes 98
Glossário 99
Atividades 100
Referências 102
Unidade 9 | Comunicações Oficiais: Aviso e Certidão 103
6
1. Aviso 105
2. Certidão 106
2.1 Características 106
2.2. Finalidade 106
2.3. Tipos 107
2.4. Forma 107
Glossário 108
Atividades 109
Referências 111
Unidade 10 | Comunicações Oficiais: Circular, Correio Eletrônico e Declaração 112
1. Circular 114
2. Correio Eletrônico em Comunicações Oficiais 114
2.1. Forma e Estrutura 114
2.2. Valor Documental 115
3. Declaração 115
Glossário 116
Atividades 117
Referências 119
Unidade 11 | Comunicações Oficiais: Edital e Exposição de Motivos 120
1. Edital 122
1.1. Objetivo 122
1.2. Partes do Documento 122
2. Exposição de Motivos 123
2.1. Partes do Documento 123
2.2. Forma e Estrutura 124
Glossário 125
Atividades 126
Referências 127
Unidade 12 | Comunicações Oficiais: Fax, Memorando e Mensagem 128
1. Fax 130
2. Memorando 130
7
3. Mensagem 131
Glossário 132
Atividades 133
Referências 134
Unidade 13 | Comunicações Oficiais: Ofício, Parecer e Requerimento 135
1. Ofício 137
2. Parecer 138
3. Requerimento 139
Glossário 140
Atividades 141
Referências 142
Unidade 14 | Comunicações Oficiais : Portaria, Ordem de Serviço, Procuração, Relatório e Telegrama 143
1. Portaria 145
2. Ordem de Serviço 146
3. Procuração 147
4. Relatório 148
5. Telegrama 149
Glossário 151
Atividades 152
Referências 153
Unidade 15 | Diploma, Certificado e Currículo 154
1. Diploma 156
2. Certificado 156
3. Currículo 156
3.1. Exemplo de Currículo 157
Glossário 160
Atividades 161
Referências 162
8
Apresentação
Prezado aluno,
Desejamos boas-vindas ao Curso Redação Técnica! Vamos trabalhar juntos para 
desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências que você já possui! 
No início de cada unidade, você será informado sobre o conteúdo que será abordado e 
os objetivos que se pretende alcançar. 
O texto contém ícones com a finalidade de orientar o estudo, estruturar o texto e 
ajudá-lo na compreensão do conteúdo. Você encontrará também situações extraídas 
do cotidiano, conceitos e, ao final da unidade, você encontrará exercícios propostos 
para a consolidação dos conteúdos.
O curso Redação Técnica contém 15 unidades de 4 horas-aula cada, estruturadas 
conforme a tabela a seguir:
Unidade 1 A importância da expressão escrita
Unidade 2 Redação Discursiva
Unidade 3 Redação Discursiva
Unidade 4 
Progressão Discursiva/ Dicas e Técnicas 
de Redação
Unidade 5 Correspondência Oficial e seus Tipos
Unidade 6 
Formalidade e padronização na redação 
oficial
Unidade 7 O Padrão-Ofício
Unidade 8 
Diagramação de Documentos / 
Comunicações Oficiais: Apostila e Ata
Unidade 9 Comunicações Oficiais: Aviso e Certidão
Unidade 10 
Comunicações Oficiais: Circular, Correio 
Eletrônico e Declaração
Unidade 11 
Comunicações Oficiais: Edital e 
Exposição de Motivos
Unidade 12 
Comunicações Oficiais: Fax, Memorando 
e Mensagem
9
Unidade 13 
Comunicações Oficiais: Ofício, Parecer e 
Requerimento
Unidade 14 
Comunicações Oficiais: Portaria, Ordem 
de Serviço, Procuração, Relatório e 
Telegrama
Unidade 15 Diploma / Certificado / Currículo
Esperamos que este Curso seja muito proveitoso para você! Nosso intuito maior é 
o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a resolver os 
problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.
Bom trabalho!
 
10
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA 
EXPRESSÃO ESCRITA
11
Unidade 1 | A Importância da Expressão Escrita
 f Discuta com seus colegas: O que você entende por comunicação? Você se comunica pela 
escrita? Que tipo de escrita você normalmente pratica? Há 
momentos em que você precisa escrever formalmente? Que 
tipos de escritas formais você conhece?
 
Prepare-se para aproveitar bem esta unidade do curso! É certo que você terá ganhos, 
sejam em seus relacionamentos cotidianos, sejam na ampliação das oportunidades 
profissionais. 
Nesta primeira parte, vamos ressaltar a importância da escrita como ferramenta 
indispensável de comunicação,relacionando-a com os processos de leitura. Ainda, 
apresentaremos alguns dos diversos tipos de leitura possíveis para um mesmo produto 
textual e a forma de utilizá-los na criação de um texto próprio. 
Fonte: www.shutterstock.com
12
1. Sobre a Comunicação Escrita
Se entendermos o termo sociedade como um agrupamento de pessoas que vivem em 
estado gregário (em bando) e de colaboração mútua, concluímos que o viver social 
só existe quando há comunicação entre os integrantes do grupo. Isso porque só 
ficamos juntos se há possibilidades de compartilhamento, seja de informações, ideias, 
conhecimentos, ou de anseios, emoções e outros sentimentos e propósitos.
 b Assista a este vídeo sobre comunicação e discuta sobre o poder das palavras: https://www.youtube.com/watch?v=lkoH3IKPWyA
A todo momento nosso cérebro cria pensamentos que vagam pelas lembranças e pela 
imaginação e, evidentemente, também se fixam nas situações e acontecimentos do 
presente. E mais: o cérebro permanece em contínua elaboração de pensamentos que 
julgam, fazem reflexões ou compõem raciocínios lógicos. 
Comunicação é um processo que envolve a transmissão e 
recepção de mensagens entre uma fonte emissora e um 
destinatário receptor, no qual as informações, transmitidas por 
intermédio de recursos físicos (fala, audição, visão, etc.) ou de 
aparelhos ou dispositivos técnicos, são codificadas na fonte e 
decodificadas no destino com o uso de sistemas convencionados 
de signos ou símbolos sonoros, escritos, iconográficos, gestuais, 
etc. (Houaiss, 2009)
13
 a
O ser humano, abastecido pela ininterrupta atividade mental, 
interage com seu semelhante utilizando várias formas de 
comunicação, sendo a escrita — conjunto de caracteres 
composto por letras, algarismos, sinais de pontuação e outros 
símbolos — um desses canais de expressão. 
1.1 A Importância de Escrever Bem
A facilidade ou disposição de comunicar é uma habilidade bastante valorizada no 
convívio social. Ser bastante comunicativo na linguagem falada, ou mesmo na escrita, 
pode indicar personalidade extrovertida, temperamento afável e convidativo. 
O falar bem é qualidade especialmente percebida em pessoas carismáticas, envolventes, 
comunicadores capazes de receber atenção, de obter boa vontade e simpatia por parte 
dos ouvintes. 
A necessidade da expressão escrita tomou proporções inéditas em nossas atuais 
ações cotidianas devido à intensificação das trocas de mensagem via celulares e 
outros equipamentos eletrônicos, e-mails, redes sociais, etc. Todo mundo recebe ou 
lê mensagens e quer ou precisa respondê-las por escrito. Como consequência, nosso 
nível de instrução, nossos conhecimentos adquiridos e nossa formação cultural ficam, 
a todo momento e lugar, francamente expostos.
 a
Então, como causar boa impressão ao escrever? A resposta 
está em cultivar o hábito cotidiano de leitura e uma prática 
constante de escrita — essas atitudes, aliadas a estudos sobre 
regras e normas que estruturam a língua, garantem uma 
interpretação correta de textos e a eficiência na expressão 
escrita.
14
Passando ao mundo dos negócios — empresarial e profissional —, é fácil constatar 
que as melhores posições e cargos estão com bons comunicadores. Falar e escrever 
bem são requisitos básicos nos indivíduos que se sobressaem como líderes, pessoas 
capazes de comandar e coordenar, que influenciam comportamentos e apresentam 
proposições na busca dos objetivos. 
Mas, embora escrever corretamente e com clareza seja muito relevante para a eficiência 
produtiva e, portanto, bastante apreciado em entrevistas de trabalho, tal habilidade 
não é facilmente encontrada nem mesmo entre executivos, conforme comprovam 
pesquisadores americanos.
 a
Em ambientes de trabalho, usar corretamente e com 
adequação tanto a linguagem escrita quanto a oral, e mesmo 
a visual e gestual, constituem diferenciais positivos nos 
relacionamentos com chefes, colegas e clientes.
Em qualquer área, sendo estudante ou profissional, você deve ser um bom conhecedor 
de seu idioma e das respectivas normas de escrita, habilitando-se para produzir textos 
concisos e bem elaborados, textos que exponham de forma clara seus objetivos, 
pensamentos e intenções. 
 g
Sabe-se que muitos vestibulandos apresentam performance 
insuficiente em questões dissertativas ainda que tenham 
consideráveis conhecimentos sobre determinada matéria. 
E as faculdades mais concorridas do país aplicam provas 
escritas além da redação, esta exigida também no Enem. A 
redação pode, facilmente, ser o motivo para uma aprovação 
ou reprovação.
15
 a
Quanto mais preparado você estiver para transferir suas 
ideias e seu conhecimento para o papel, melhores chances de 
sucesso você terá em qualquer área de atuação pessoal ou 
profissional.
1.2. A Importância da Leitura para a Expressão Escrita 
“Como ler é um hábito raro entre nós, e a meninada chega ao 
colégio achando o livro uma coisa quase esquisita, e a leitura 
uma chatice, talvez ela precise ser seduzida: percebendo que ler 
pode ser divertido, interessante, pode entusiasmar, distrair, dar 
prazer. Eu sugiro crônicas, pois temos grandes cronistas no Brasil, 
a começar por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, além dos 
vivos como Veríssimo e tantos outros. Além disso, cada um deve 
descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, talvez, pela vida afora. 
Não é preciso que todos amem os clássicos nem apreciem romance 
ou poesia. Há quem goste de ler sobre esportes, explorações, 
viagens, astronáutica ou astronomia, história, artes, computação, 
seja o que for.” (Lya Luft, revista Veja, ed. 2125, 2009)
Essa admirável colunista da revista Veja, Lya Luft, ainda nesse artigo, ressalta que a 
leitura exercita nosso cérebro, deixando-nos poderosos e fortes como indivíduos, 
curiosos e integrados com o mundo. Vamos seguir seus conselhos: ler muito, aprender 
a gostar de ler — assim chegaremos à compreensão e leitura correta do entorno e 
do contexto em que vivemos. Só então estaremos aptos a refletir, analisar, propor 
mudanças, inovar, contribuir.
A expansão dos limites da leitura não favorece apenas o desempenho profissional do 
indivíduo. Conduz também à compreensão de temas de interesse social, favorecendo 
a análise e formação de opiniões críticas sobre os mais variados assuntos. Ainda, serve 
16
de base e estímulo a atuações voltadas ao bem-estar coletivo e a melhorias do habitat. 
Também, e principalmente para alguns, o prazer da leitura possibilita o usufruto das 
preciosas e perenes obras de arte literárias.
1.2.1. Alguns Tipos de Leitura de Textos
Ao estudarmos um texto, praticamos vários tipos de leitura, dentre eles:
• Leitura exploratória — quando apreendemos informações específicas.
• Leitura analítica — quando comparamos e identificamos estilos, posições, 
argumentos.
• Leitura hierarquizadora — quando classificamos os aspectos relevantes por 
ordem de importância.
• Leitura de extrapolação — quando, com base no texto, concebemos nossas 
próprias ideias.
Com base no exposto, fica evidente a importância da leitura como facilitadora da 
produção textual, pois, a partir de anotações referentes a uma leitura, podemos 
interpretar informações, analisar argumentos e posições, atentar a aspectos relevantes, 
articular pensamentos e ideias, comparar conhecimentos, exercitar nossa capacidade 
de síntese. 
1.2.1.1 Exercício de Leitura de Texto
Texto — “A travessia mais perigosa da capital 
A Avenida Marechal Tito, em São Miguel Paulista, na Zona Leste, detém 
um título sinistro. Trata-se do local mais letal para pedestres na capital, 
em relação ao número de mortos no trânsito. Segundo a CET, em 2014, 
ocorreram onze mortes por atropelamento na via de 7,6 quilômetros, ou 
17
73%dos óbitos por acidentes de trânsito registrados ali. O índice médio 
da cidade é de 30% a 50%. Na esquina com a Rua Valdomiro Gonzaga 
Silva, a pavimentação está destruída e não há sinalização. “Aqui foi 
sempre assim” reclama a dona de casa Verônica Jesus, moradora do 
lugar há treze anos. “Para atravessar, só correndo, porque vem carro 
de um lado e ônibus do outro”, conta a vendedora Cristielaine Lucarelli, 
que diz socorrer acidentados toda semana. A prefeitura afirma que vem 
realizando intervenções de recuperação asfáltica e fará vistoria para a 
implantação de faixas de pedestres. No mês passado, parte da avenida 
teve a velocidade máxima reduzida de 50 para 40 quilômetros.”
(Adriana Farias e Bárbara Öberg, Encruzilhada Perigosa, Veja, 
São Paulo, 2015)
1.2.1.2 Exemplos de leituras a partir do texto:
— Exploratória: onze mortes por atropelamento em 2014 / via de 7,6 km / representa 
73% dos óbitos por acidentes de trânsito no local / o índice médio desse tipo de óbito 
é de 30% a 50% na cidade.
— Analítica: a reportagem organiza os fatos em etapas sucessivas, logicamente 
encadeadas, o que caracteriza uma redação discursiva; a reportagem, em primeiro lugar, 
esclarece a qual travessia faz referência, depois justifica o título por meio de dados 
estatísticos e depoimentos e, por último, transmite as respostas, dos responsáveis 
pela situação, sobre as ações em curso para uma possível solução do problema.
— Hierarquizadora: a Avenida Marechal Tito, em São Miguel Paulista, na Zona Leste, 
detém o título de local mais letal para pedestres da cidade de São Paulo.
— De extrapolação: as intervenções generalizadas da prefeitura chegarão a esse local 
específico? 
18
1.2.2 Outros tipos de leitura (decodificação de mensagens) 
São ainda possíveis outros e diferentes tipos de “leitura”, como:
a) de um ambiente: antigo ou novo, claro ou escuro, agradável ou sinistro; 
b) de uma situação: harmoniosa ou estressante, esperada ou não, conhecida ou 
inédita; 
c) de uma imagem: descuidada ou perfeita, surpreendente ou comum, sutil ou 
grosseira; 
d) de uma pessoa: pela observação atenta de detalhes em suas maneiras de vestir, 
agir, escolher. 
Essas leituras poderão ser mais ou menos corretas a depender da acuidade e da 
sensibilidade do observador. 
 c
Aprender a escrever não é só aprender a pensar, como se tem 
dito e redito; mas também — e principalmente — aprender a 
dizer bem o que foi pensado. E isso pode ensinar-se — mas ainda 
assim com renúncia a qualquer dogmatismo e sem a camisa 
de força de fórmulas e receitas fabricadas, que antes inibem, 
cerceiam e até anulam a livre afirmação da personalidade 
do estudante. Mais propriamente sugerir, estimular, apontar 
caminhos — numa palavra: guiar.
 b Acesse: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pol_l.php?t=001>
e aprecie ótimos textos sobre leitura e literatura.
19
Resumindo 
A comunicação é um processo que envolve a transmissão e recepção de 
mensagens, em que as informações são codificadas na fonte e decodificadas 
no destino. 
Usar corretamente as linguagens escrita e oral constitui diferenciais 
positivos nos relacionamentos profissionais.
Os principais tipos de leitura de texto que devemos praticar são: 
exploratória, analítica, hierarquizadora e de extrapolação.
Glossário
Cotidiano: que acontece diariamente; que é comum a todos os dias; diário.
Iconógrafos: Define o estudo dos assuntos representados por imagens artísticas, 
obras de arte, relacionando com as suas fontes e significados.
Habitat: conjunto de circunstâncias físicas e geográficas que oferece condições 
favoráveis à vida e ao desenvolvimento de determinada espécie animal ou vegetal.
20
 d
1) Classifique as afirmações a seguir como verdadeiras (V) ou 
falsas (F):
( ) Quem não gostava de ler quando criança nunca conseguirá 
escrever nem mesmo a mais simples poesia..
( ) O profissional que lê pouco escreve melhor, pois tem mais 
tempo para praticar a escrita.
( ) Boas leituras são transformadoras — podem diminuir 
atitudes conformistas e incentivar ações voltadas ao bem-estar 
da coletividade. 
( ) Não existe sociedade sem algum tipo de comunicação 
entre seus integrantes.
2) Assinale “V” para as afirmações verdadeiras ou “F” para 
as falsas:
( ) Um curso técnico nunca vai demandar habilidades em 
leitura porque só lida com conhecimentos e ações práticas. 
( ) A um mecânico de carros, por exemplo, nunca é necessário 
ler ou entender um manual de instruções, pois seu trabalho se 
limita a percepções sonoras e visuais.
( ) Expandir os limites de leitura gera crescimento pessoal e 
profissional ao trabalhador.
( ) Vivemos em um mercado muito competitivo, em que falar 
e escrever bem constituem diferenciais muito valorizados.
3) Com base no trecho extraído do artigo “Ler e escrever; 
pensar e existir” (Gustavo Iochpe, Folha de S.Paulo, 1999): 
“Ler é fundamental não só por razões práticas — aumenta o 
vocabulário, seu conhecimento geral, a capacidade de expressão e 
a possibilidade de sucesso com as mulheres —, mas especialmente 
por despertar áreas adormecidas de seu cérebro. Ler a boa 
leitura, assim como entrar em contato com as artes plásticas ou 
21
a música, ativa a imaginação, a capacidade de abstração. Mas, 
mais importante, ler desenvolve a única capacidade realmente 
importante nessa vida, que é a de pensar.”
Classifique as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Ler é fundamental, principalmente, porque desperta 
áreas adormecidas do cérebro.
( ) Ler a boa literatura ativa a imaginação e a capacidade de 
abstração.
( ) Ler desenvolve a capacidade de pensar.
( ) Ler não melhora a nossa capacidade de expressão. 
4) A respeito das leituras do texto “A travessia mais 
perigosa da capital”, já transcrito nesta unidade, complete 
com os seguintes tipos de leitura: exploratória, analítica, 
hierarquizadora, de extrapolação.
a) A Avenida Marechal Tito é o local mais letal para pedestres na 
capital: leitura ........................................ 
b) Em 2013, ocorreram onze mortes por atropelamento na via: 
leitura ........................................
c) O texto começa explicando por meio de estatísticas o porquê 
do título, depois expõe a situação vivida pelos usuários e, por 
fim, narra o que foi dito pela prefeitura, revelando uma sucessão 
e um encadeamento lógico de ideias: leitura ...................................
d) A referida área urbana recebe poucos cuidados por parte da 
prefeitura: leitura ........................................
 
 
22
Referências
BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação: 
oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília, 
2002.
CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48, 
n. 42. São Paulo: Abril, 2015. 
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem, 
gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.
CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>. 
Acesso em: 31 ago. 2016.
FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a. 
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.
FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.
LIMA, Rocha; NETO, Raimundo Barbadinho. Manual de Redação. Rio de Janeiro: Fae, 
1988.
LUFT, Lya. Brasileiro não gosta de ler? Portal da internet Educar para Crescer, 2009. 
Disponível em:<http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/brasileiro-nao-gosta-
ler-495455.shtml>.Acesso em: 2 de setembro de 2016.
ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos. 
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016. 
WIKICIONÁRIO. Comunicação. Portal da internet, 2016. Disponível em: <https://
pt.wiktionary.org/wiki/comunica%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 31 ago. 2016. 
23
UNIDADE 2 | REDAÇÃO 
DISCURSIVA
24
Unidade 2 | Redação Discursiva 
 f Muitas vezes, na produção de um texto que vai ser avaliado, surgem algumas dúvidas básicas, como: 
É preciso colocar o título? / Como posso corrigir meu erro se 
não existem chances de refazer o trabalho? / Que aspectos 
são analisados em uma redação? / Que tipo de texto deve ser 
apresentado? / Quais desacertos são considerados “fatais”? 
Discuta essas questões com seus colegas.
Nesta unidade, teremos como missão fornecer-lhe dicas sobre a forma de apresentar sua 
redação, bem como trazer esclarecimentos a respeito das características textuais a serem 
avaliadas pelo examinador ou professor. Vamos conceituar redação, suas variantes, e 
comentar tipologias textuais.
Fonte: www.shutterstock.com
25
1. Tipos de Redação
 a
Redação é a expressão por meio da escrita daquilo que 
concebemos e queremos externar.
Seus tipos são:
• Redação técnica é redigir com observância a um conjunto de procedimentos, 
ordens e métodos estabelecidos.
Vamos entender:
• Redação técnica é redigir com observância a um conjunto de procedimentos, 
ordem e métodos estabelecidos.
• Redação técnica discursiva é uma dissertação em que escrevemos e argumentamos 
a respeito de um tema específico. 
• Redação oficial é uma redação técnica com observância rigorosa às regras 
instituídas pelo Poder Público para a redação dos atos normativos e outras 
comunicações oficiais.
• Redação literária é redigir sem as limitações da objetividade, franquear-se o uso 
de figuras de linguagem, aspectos estéticos e tom emotivo ou pessoal. 
 b Assista a uma excelente aula de redação e aproveite para relembrar ou aprender um pouco mais sobre os tipos de textos de redação:
https://www.youtube.com/watch?v=BwO_AHktkiw
26
2. Como Apresentar uma Redação Técnica Discursiva
Vamos dirimir algumas dúvidas do aluno ou candidato a vagas e cargos a respeito da 
apresentação de uma redação ou texto discursivo:
• Título: Não coloque título, a menos que haja uma solicitação expressa. Se for 
pedido, somente sua 1ª letra deve ser maiúscula, exceto em casos de nomes 
próprios que iniciam sempre em maiúscula. Não destaque o título com traços 
mais grossos nem o sublinhe. Evite títulos longos.
• Letra: Deve-se utilizar apenas um tipo de letra em cada texto, já que em textos 
técnicos não se pode misturar tipos de letras. Lembrar que a legibilidade é fator 
importante.
• Linha: Não pule linha ao mudar de parágrafo. 
• Correção: Se cometer algum erro ao passar sua redação a limpo, faça somente 
um traço simples sobre o erro ou a palavra, a frase ou o parágrafo errado e, na 
sequência, coloque a forma certa.
• Escrever fora: Nunca escreva fora do espaço apropriado como, por exemplo, 
dentro da margem da folha. Sempre obedeça aos números mínimo e máximo de 
linhas estipuladas.
• Parágrafo: Todos os parágrafos devem ser marcados com espaço, e sempre com 
o mesmo alinhamento. Caso precise dividir uma palavra e não haja espaço para 
o hífen, você deve sublinhar a última sílaba da palavra a ser dividida. Exemplo: 
mecâni
co
27
3. Qualidades Fundamentais de uma Redação Técnica
 a
Clareza, concisão e correção são as qualidades indispensáveis 
a qualquer texto técnico.
• CLAREZA: propicia que se comunique o pensamento, finalidade primeira da 
linguagem. Quanto mais nítida for a mensagem, mais eficiente ela será.
• CONCISÃO: é a qualidade que faz diminuir a quantidade de palavras, sem prejuízo 
da comunicação eficiente.
• CORREÇÃO: é adotar a norma culta de linguagem, com sua correção gramatical, 
como instrumento geral de comunicação, de forma a estabelecer um padrão 
único de linguagem diante da diversidade decorrente de fatores individuais, 
sociais, temporais e geográficos.
3.1 Comparando Redação Técnica e Redação Literária
a) Quanto à CLAREZA
• Redação técnica: usa a linguagem denotativa (palavras utilizadas em seu sentido 
original), com um vocabulário preciso.
• Redação literária: seu vocabulário pode ser subjetivo e possibilitar uma 
multiplicidade de interpretações. 
b) Quanto à CONCISÃO
• A redação técnica caracteriza-se pela objetividade, fundamentando-se em dados 
concretos.
28
• A redação literária demonstra apego a aspectos estéticos da linguagem, 
podendo empregar as funções poética, metalinguística (descrevendo ou falando 
sobre uma outra linguagem) e emotiva, e revelar a subjetividade por parte do 
emissor.
c) Quanto à CORREÇÃO
• Ambas se pautam pela observância às regras vigentes da norma culta de 
linguagem.
3.1.1. Exemplo de Texto Literário
... “Se aquela de quem tanto gostava o rapaz estaria no baile; se 
lhe concederia a contradança predileta, a quarta, que se reserva 
para o escolhido, pela razão não somente de ser a infalível, como 
de dançar-se no momento da maior animação; se o Fernandinho 
conseguiria enfim dar-lhe a entender sua paixão, e como receberia 
a moça essa declaração; tais eram as graves preocupações dessas 
três criaturas, que privadas de toda a distração, trabalhavam à 
luz da candeia para ganhar uma parte do necessário.” ...
(Trecho do romance Senhora, de José de Alencar)
4. Tipologias Textuais
 a
São três os tipos básicos de textos: descritivo, narrativo, 
dissertativo.
29
• DESCRIÇÃO: relata o que vemos, sentimos e pensamos.
• NARRAÇÃO: relata acontecimentos, situando personagens no tempo e no 
espaço.
• DISSERTAÇÃO: expõe ideias, pontos de vista, proposições, por meio de 
argumentos e raciocínios baseados em leituras, abstrações e outras experiências.
4.1. Tipos de Descrição
A descrição pode ser:
a) objetiva 
ex.: Meu cãozinho é peludo.
b) subjetiva 
ex.: Meu cãozinho é fofo. 
A redação técnica discursiva ou dissertação — texto temático 
é a tipologia mais solicitada em concursos, outras provas e 
testes. Isso porque possibilita avaliar a habilidade, por parte do 
aluno ou candidato, em organizar ideias em torno do assunto 
proposto. 
 b <https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/texto-cientificotexto-tecnico/14204> para expandir seus conhecimentos sobre o assunto.
30
Resumindo 
Redigir com eficiência pressupõe habilidades, como o conhecimento das 
características exigidas quanto à estruturação dos textos e formas de 
apresentação, além do uso do padrão culto da linguagem. 
Redação é a expressão por meio da escrita daquilo que concebemos e 
queremos externar.
Clareza, concisão e correção são as qualidades indispensáveis a qualquer 
texto técnico.
 d
1) O seguinte texto foi extraído de um manual de instruções 
para uso de panela de pressão, na parte sobre cuidados e 
advertências.
“Nunca efetue modificações ou adaptações nas válvulas de 
segurança e nos demais componentes e sempre utilize peças de 
reposição originais correspondentes ao modelo de sua panela. O 
uso de peças não originais poderá ocasionar mau funcionamento 
do produto, além de acarretar a perda da garantia contratual. 
Essa orientação é extremamente importante para que acidentes 
sejam evitados.”
Assinale as qualidades que você encontrou no texto do manual:
( ) Clareza
( ) Subjetividade
( ) Correção de linguagem
( ) Concisão
31
2) Sobre o mesmo texto da questão anterior, classifique as 
afirmações como corretas (C) ou incorretas (I):
( ) Trata-se de um texto técnico.
( ) É uma narração porqueconta uma história.
( ) É uma dissertação porque expõe ideias (instruções) e 
argumentos baseados em experiências.
( ) É uma descrição porque descreve um acidente sério com 
a panela.
3) Ainda sobre o texto do manual de uso da panela de pressão, 
classifique as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) O texto é uma redação literária, assim como poesias e 
romances.
( ) O texto é uma redação técnica que usa uma linguagem 
denotativa.
( ) O texto é uma redação porque transmite, por meio da 
expressão escrita, a mensagem que um emissor (fabricante) 
deseja passar ao receptor (cliente).
( ) O texto é uma dissertação que tem as qualidades 
essenciais a uma redação técnica: clareza, concisão e correção.
4) Classifique como as afirmações como verdadeiras (V) ou 
falsas (F):
( ) Uma redação técnica discursiva eficiente deve apresentar 
introdução, desenvolvimento e conclusão.
( ) As mensagens transmitidas entre órgãos governamentais 
são redações técnicas oficiais.
( ) Qualquer formato é aceitável nas correspondências 
oficiais, desde que sem erros de ortografia.
( ) Histórias infantis devem ser escritas somente no formato 
de dissertação.
32
Glossário
Conceituar: tomar e/ou emitir um conceito ou uma opinião sobre; julgar, avaliar.
Conceber: formar uma ideia exata de (alguma coisa), compreender, perceber.
Externar: expor, tornar público toda e qualquer notícia ou informação.
Tipologia: que estuda os tipos, diferenças. 
33
Referências
BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação: 
oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília, 
2002.
CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48, 
n. 42. São Paulo: Abril, 2015. 
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem, 
gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.
CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>. 
Acesso em: 31 ago. 2016.
ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos. 
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016. 
FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a. 
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.
FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.
34
UNIDADE 3 | REDAÇÃO 
DISCURSIVA / ARGUMENTAÇÃO
35
Unidade 3 | Redação Discursiva / Argumentação 
 f Discuta com seus colegas: Como escrever de modo a persuadir o leitor a favor de minhas 
ideias? Quais as características necessárias ao texto que tem 
como propósito o convencimento? Como provar que minhas 
sugestões são boas para uma empresa, por exemplo? 
É comum surgirem as dúvidas aqui colocadas, mesmo por parte de pessoas muito 
autoconfiantes e cujos anseios são reconhecidamente dignos de aprovação e 
merecimento. 
Nesta unidade, vamos tornar claros os recursos argumentativos que podem ser utilizados 
em uma redação para atingir sua finalidade. O conhecimento sobre o tema facilitará a 
produção de textos com estrutura organizada, argumentos eficientes e proposições bem-
sucedidas.
Fonte: www.shutterstock.com
36
1 Definição de redação discursiva
Segundo o Portal Educação, um texto ou uma redação discursiva é caracterizado 
por sua informalidade ao explanar sobre um assunto discutível, onde o escritor deve 
mostrar os dois lados desse determinado assunto e, claro, tomar um lado para si e 
defendê-lo com argumentos válidos. Um texto discursivo não é tão extenso como um 
texto dissertativo e, além do mais, é um ótimo modo para aprender como desenvolver 
argumentos de forma direta sem perder a coerência. 
(https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/tecnica-de-
redacao-discursiva/48496)
 a
A redação discursiva, ou dissertativa, compõe-se de três partes 
— introdução, desenvolvimento e conclusão —, nas quais se 
expõem os conhecimentos adquiridos sobre certo assunto 
proposto. Normalmente se usam argumentos em favor de 
uma tese a fim de se buscar o convencimento do leitor. O 
sucesso da empreitada será facilitado se o texto se mostrar 
claro, fundamentado e coeso.
1.1 Redação discursiva (dissertação) objetiva
Podemos expressar uma ideia:
a) de modo objetivo: com a intenção de convencer o leitor;
b) de modo subjetivo: sem nenhuma intenção.
Uma dissertação objetiva tem o propósito de fazer com que o leitor aceite as ideias 
do escritor. Vale-se de recursos argumentativos, como a exposição de provas, para 
convencer ou persuadir o leitor.
37
2. Argumentação
Argumentar é apresentar fatos, ideias, razões lógicas, provas, 
entre outras, que comprovem uma afirmação, uma tese. 
(Houaiss, 2009)
A palavra argumentação vem do latim argumentum. Trata-se do raciocínio que se 
utiliza para demonstrar ou comprovar uma proposição ou para convenção outra pessoa 
daquilo que se afirma ou se nega. Então, argumento é tudo aquilo que ressalta, em um 
procedimento linguístico que tem o intuito de fazer aceitar, persuadir, levar a crer uma 
ideia.
 a
As bases da argumentação podem estar:
a) na estrutura da realidade;
b) no consenso;
c) em fatos; e
d) no raciocínio lógico.
2.1 Tipos de Argumentação
2.1.1. Argumento Baseado na Estrutura da Realidade
— Usam-se as relações “de causa e efeito” ou “de pessoa e ato”. 
Em relações “de causa e efeito”, empregamos argumentos trazidos da estrutura da 
realidade. 
Em relações “de pessoa e ato”, os argumentos são de autoridade. Aqui se utilizam 
a reputação ou o prestígio de um indivíduo em dado domínio. Citam-se pontos de 
vista de um autor reconhecido, em artigos de revista ou jornal ou em certo campo da 
experiência, como meio de prova para alguma tese. 
38
Exemplos:
• Um esforço concentrado por parte dos atletas pode levar a equipe às medalhas 
de ouro do campeonato (causa e efeito).
• As linhas e cores do mapa mostravam a realização dos grandes sonhos épicos, 
disse G. H. Grosvenor, da National Geographic, em 1888 (pessoa e ato).
• A ANS prorrogou o prazo de portabilidade para os clientes da Unimed Paulistana 
para atender às reclamações, conforme noticiou a Folha de S.Paulo (pessoa e 
ato).
2.1.2. Argumento Baseado no Consenso
É o argumento que todo mundo aceita, ou como verdade universal ou como axioma.
Axiomas são verdades inquestionáveis e universalmente 
válidas, muitas vezes utilizadas como princípios na construção 
de uma teoria ou como base para uma argumentação.
Exemplos: 
• Criança que estuda pode ter um futuro promissor.
• Para voar é preciso vencer a força de gravidade.
39
2.1.3. Argumento Baseado em Fatos
É o argumento apoiado em elementos da realidade.
Exemplo: A professora Joana deve ser muito competente, pois todos os seus alunos 
foram aprovados com notas acima da média.
Podemos trabalhar com:
• um exemplo (1) — do fato particular para uma tese geral; ou
• uma ilustração (2) — do geral para um caso particular.
Exemplos:
(1) Sempre que vamos à feira de domingo perto do meio-dia, logo antes do término, 
encontramos muitas frutas e verduras baratas. Final de feira é bom para economizar. 
(2) Sem estrutura sanitária não há saúde. Marlene vive doente, tem febre e dores de 
garganta com frequência, moradora que é daquela área próxima ao lixão.
2.1.4. Argumento Lógico
Utiliza a estrutura dos raciocínios lógicos formais.
Exemplo:
Gosto de crianças, tenho disposição para lidar com elas, interesso-me pelos seusassuntos, trato-as com atenção e carinho, logo, tenho o respeito das mães como 
professora da escolinha.
40
2.2 Exercício para Mentalizar os Tipos de Argumentação 
a) Leia o texto A Grande Heresia do Simples, de Cláudio de Moura Castro.
 b Para ler o texto indicado, acesse: http://tinyurl.com/j9esm3c
b) Sobre o texto A Grande Heresia do Simples:
Trata-se de uma dissertação objetiva, em que se abundam argumentos de todo tipo 
para convencimento do leitor. Podemos classificar alguns argumentos (numerados no 
texto).
(1) Argumento baseado no consenso
(2) Argumento baseado em fatos (exemplo)
(3) Argumento baseado em fatos (ilustração)
(4) Argumento baseado na estrutura da realidade
(5) Argumento lógico
 b Acesse <http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2012/11/exemplo-
de-dissertacao-argumentativa.html> para conhecer outro 
texto interessante para análise de argumentos.
41
Resumindo 
Uma dissertação constitui-se de três partes: introdução, desenvolvimento 
e conclusão. 
 Quando se tem como objetivo convencer o leitor a aceitar determinada 
tese, utilizam-se métodos argumentativos que podem ser identificados e 
classificados. 
 Para ser bem-sucedida, além de apresentar bons argumentos, a redação 
técnica discursiva não pode prescindir de clareza e coesão. 
 d
1) Assinale a única afirmativa INCORRETA:
( ) A dissertação subjetiva não tem a intenção de persuadir o 
leitor.
( ) A dissertação objetiva utiliza argumentos para convencer 
ou persuadir o leitor.
( ) Argumentar é apresentar fatos, provas, ideias, razões 
lógicas, entre outros, que comprovem uma afirmação, uma tese.
( ) Basta que o texto traga pelo menos dois argumentos para 
o leitor ser convencido. A clareza e a correção não influenciam 
nesse processo.
2) Assinale a única afirmativa CORRETA:
( ) Todos os argumentos devem ser baseados em 
acontecimentos vividos pelo autor.
( ) Argumento baseado no consenso é aquele que utiliza 
raciocínio lógico.
( ) Argumentar é fornecer razões para o leitor aceitar a tese 
ou a visão do escritor sobre um tema.
( ) A finalidade da argumentação é levar o autor à fama a 
qualquer custo.
Atividades
42
3) Sobre o texto A Grande Heresia do Simples, assinale a única 
afirmativa INCORRETA:
( ) No texto, o significado de heresia é “tolice”.
( ) O texto é uma dissertação objetiva, pois tem a intenção 
de convencer o leitor sobre a opinião do autor.
( ) A tese do autor é: a adoção de metas e processos de 
ensino e educação simples, benfeitos e racionais é o melhor 
caminho para o Brasil. 
( ) O autor pensa que o sistema educacional brasileiro 
deve proporcionar, prioritariamente, conhecimentos sobre 
navegações intergalácticas.
4) Assinale a afirmativa INCORRETA a respeito do texto A 
Grande Heresia do Simples:
( ) “Fazer bem o ‘feijão com arroz’ já seria uma revolução no 
nosso ensino. Mas, para muitos, o Simples é a Grande Heresia” 
— essa é a síntese da tese do autor.
( ) Nenhum argumento do autor se baseia em estruturas da 
realidade.
 
43
Glossário
Coeso: que apresenta harmonia; ajustado, concorde.
Axiomas: é digno ou válido. Em muitos contextos, axioma é sinónimo de postulado, 
lei ou princípio.
Arrostar: olhar (-se) de frente, encarar (-se) sem medo; defrontar (-se), afrontar (-se).
Alhures: em outro lugar, em outra parte.
Vertiginoso: que tem ou é sujeito a sofrer vertigem.
44
Referências
BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação: 
oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília, 
2002.
CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48, 
n. 42. São Paulo: Abril, 2015. 
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem, 
gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.
CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>. 
Acesso em: 31 ago. 2016.
ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos. 
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016. 
FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a. 
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.
FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.
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UNIDADE 4 | PROGRESSÃO 
DISCURSIVA / DICAS E 
TÉCNICAS DE REDAÇÃO
46
Unidade 4 | Progressão Discursiva / Dicas e Técnicas 
de Redação
 f Discuta com seu colega: Você sabe identificar coerência em uma dissertação? Qual a 
importância dessa qualidade para a progressão de um discurso? 
Já recebeu dicas para escrever bem? Quais? Que técnicas para 
escrever bem você conhece?
As qualidades básicas de um bom texto são a continuidade semântica e a progressão 
de ideias. A primeira é obtida pela unidade temática e, a segunda, pelo acréscimo de 
informação nova. Na Unidade 4, vamos tratar de regras sobre o assunto, dar dicas sobre 
como escrever bem, e apresentar os passos necessários para chegar à produção de textos 
exitosos.
Fonte: www.shutterstock.com
47
1. Progressão Discursiva
 
Coerência é ligação, nexo, harmonia entre dois ou mais fatos 
ou ideias.
Continuidade semântica: a continuidade semântica é a coerência. É ela que mantém a 
unidade, que dá sentido ao texto.
Progressão de ideias: como não se devem repetir ideias, cada segmento precisa somar 
uma informação nova à informação dada. 
O texto resulta da organização de partes distintas que produzem um conjunto uniforme.
1.1 Exemplos
a) Texto não recomendável, em que se repetem as ideias:
Morreu cedo aquele sujeito que só comia coisas não saudáveis, as que fazem mal, 
que os médicos não recomendam, que todos sabem que são prejudiciais. Por ingerir 
alimentos prejudiciais à saúde, impróprios em qualquer idade, que fazem mal a crianças, 
jovens e adultos, morreu sem atingir a idade média a que as pessoas costumam chegar. 
Teve morte prematura porque não seguiu os conselhos médicos, não tinha o hábito de 
comer os alimentos bons para a saúde.
b) Exemplo de texto coeso no trecho retirado de uma obra literária — nota-se uma 
sucessão de informações novas a descreverem o cenário e a expressarem as emoções 
que vão tomando conta do personagem.
48
... “Mas, no mesmo dia em que chegou ao vale, quase na 
mesma hora, cheio daquela luz, mais viva e animada agora pela 
proximidade do foco donde saía... nessa mesma hora, ir encontrar 
ali, naquela solidão, entre aquelas árvores, à tíbia e sedutora 
claridade do crepúsculo... a quem, santo deus! Não já a mesma 
Joaninha de há três anos, não a mesma imagem que ele trazia, 
como a levara, no coração; mas uma gentil e airosa donzela, uma 
mulher feita e perfeita, e que nada perdera, contudo, da graça, 
do encanto, do suave e delicioso perfume da inocência infantil em 
que a deixara!”...
 (Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra)
Almeida Garret foi um português típico da 1ª metade do século XIX e influente escritor 
do Portugal liberal e romântico.
2. Sugestões para escrever bem uma dissertação
Escrever não é um ato simples. Temos que nos preocupar com muitos detalhes para 
que o texto saia coeso e correto. Veja, a seguir, algumas dicas que podem ajudá-lo 
durante o processo.
 a
• Evite abreviaturas.
• Evite textos rebuscados.
• Evite o uso abusivo de fonemas idênticos ou parecidos no início de 
várias palavras de uma mesma frase (aliteração: Parti para participar 
da paixão pelo pai de santo.).
• Utilize letras maiúsculas conforme as normas ortográficasvigentes. 
• Evite chavões, isto é, frase ou dito ou ideia, banal, sem originalidade.
• Evite estrangeirismos.
• Não use gírias.
49
• Não use palavras de baixo calão.
• Evite generalizar.
• Evite repetir palavras.
• Não abuse de citações.
• Complete todas as frases.
• Não fique repetindo a mesma ideia (redundância).
• Seja específico.
• Evite frases com uma só palavra.
• Use corretamente a pontuação.
• Evite um estilo afetado (retórico).
• Não use siglas desconhecidas.
• Não seja exagerado quando citar quantitativos para dar ênfase 
(trilhões).
• Evite mesóclises (ex.: dá-las-ei).
• Não explore analogias, isto é, o uso de relações de semelhança 
entre coisas ou fatos distintos.
• Não abuse das exclamações.
• Evite frases longas.
• Seja cuidadoso com a ortografia.
• Seja coerente. 
3 Técnica de Redação
Redigir exige planejamento. Siga dez passos:
1º) Defina o tema e seu posicionamento em relação a ele.
Em primeiro lugar, identifique o tema ou a ideia central do texto motivador. 
50
Antes de começar a escrever, tome partido sobre a questão em pauta, trace uma linha 
de raciocínio e defina um ponto de chegada.
2º) Relacione, em forma de tópicos, todos os assuntos ligados ao tema.
Simplesmente anote-os, sem nenhuma preocupação, censura, e sem o modo de 
desenvolvimento.
3º) Corte alguns dos assuntos relacionados no passo anterior.
Reflita, censure e use o bom senso. 
Pergunte-se: Sei falar disso? Isso é importante? Isso vai consumir muito tempo? Isso é 
coerente com meu posicionamento? Isso não me tira do tema?
4º) Agrupe os assuntos que se relacionam em blocos de ideias.
Cada bloco de itens representará um parágrafo.
5º) Organize os blocos em sequência lógico-progressiva.
Veja o que vem antes e o que pode ser consequência. Essa maneira linear de desenvolver 
a escrita evita riscos e é boa para qualquer redação. 
De forma sintética, o desenvolvimento de sua redação estará pronto e organizado.
6º) Crie o parágrafo de introdução.
A introdução deve ser clara, concisa e objetiva. Deve somente apresentar o seu 
posicionamento, sem divagações nem apresentação de provas.
7º) Trabalhe com os parágrafos de desenvolvimento.
Cada argumento introduzido no primeiro parágrafo, que é o de introdução, deverá servir 
de tema central para diferentes parágrafos nesta fase de desenvolvimento. Então, por 
exemplo, se você introduziu três ideias diferentes no primeiro parágrafo, cada uma 
dessas ideias se transformará em um parágrafo diferente aqui no desenvolvimento. 
Transforme os blocos de ideias em frases, orações e períodos. Acrescente verbos, 
adjetivos, advérbios. 
Transforme cada ideia em períodos simples ou compostos.
51
8º) Escreva a conclusão.
Retome as ideias mencionadas na introdução, mas com outras palavras. Em algumas 
dissertações, torna-se necessário criar soluções para os problemas levantados e 
apontar os agentes que devem estar envolvidos em resolver essas questões. Também 
deve-se estabelecer prazos para a conclusão dessas questões. E, muito importante: 
não utilize frases clichês nas conclusões. Exemplo de frases clichês: abrir com chave de 
ouro, descascar o abacaxi, cair de maduro, pisar na bola, etc.
9º) Revise
Por meio da releitura do texto pronto, faça uma revisão gramatical quanto a: ortografia, 
acentuação, pontuação, concordância, regência, crase, colocação pronominal. Verifique 
a organização das frases para não haver ambiguidades (duplo sentido). Substitua 
palavras exageradamente repetidas. Lembramos que há casos em que a repetição de 
palavras é uma boa maneira de retomar ideias para lembrar o leitor do tema, muito 
embora essa forma de coesão deve ser evitada. Corte rimas, ecos, aliterações.
10º) Passe a limpo.
A estética é importante. Faça a marcação adequada dos parágrafos, respeite as 
margens, utilize letras legíveis e evite rasuras.
Resumindo
As qualidades básicas de um bom texto são a continuidade semântica e a 
progressão de ideias.
 A continuidade semântica e a progressão de ideias são objetivos alcançáveis 
pela prática e pelo uso das técnicas de redação. 
 A continuidade temática de um texto demonstra a sua coerência. É ela que 
mantém a unidade, que dá sentido ao texto.
52
Glossário
Semântica: estudo sincrônico ou diacrônico da significação como parte dos sistemas 
das línguas naturais. 
Divagações: significa fazer digreções, falando ou escrevendo. Devanear. Fugir do 
assunto. Um passeio no campo mental e dissertativo sobre as possibilidades a serem 
esclarecidas. Andar sem rumo.
Rasuras: emendas que são feitas sobre a escrita.
 d
1) Assinale a única afirmativa INCORRETA.
( ) A continuidade semântica é o encadeamento de ideias de 
modo a dar sentido ao texto.
( ) A progressão de ideias significa acrescentar informações 
novas ao desenvolvimento do texto.
( ) Em geral, os textos revelam uma progressão de ideias, 
exceto quando são textos dissertativos.
( ) Utilizar técnicas de redação facilita a produção de bons 
textos.
2) Ao escrever um texto, devemos:
( ) Usar generalizações do tipo “Criança chora por qualquer 
coisa”. 
( ) Usar estrangeirismos para tornar o texto mais sofisticado.
( ) Em qualquer hipótese, somente deve-se usar letras 
maiúsculas no início dos parágrafos.
( ) Evitar mesóclises.
Atividades
53
3) Em relação à redação discursiva, assinale a única alternativa 
INCORRETA:
( ) Ser redundante é ficar repetindo a mesma ideia.
( ) Não exagere no uso das exclamações.
( ) Não se deve utilizar palavras de baixo calão.
( ) Quanto mais citações, melhor é o texto. 
4) Enumere utilizando 1º, 2º, 3º e 4º para fazer a sequência 
correta de passos referentes à técnica para elaborar uma 
dissertação:
( ) Criar a introdução / Escrever os parágrafos do 
desenvolvimento / Escrever a conclusão.
( ) Cortar assuntos preparados / Agrupar os assuntos em 
blocos / Organizar os blocos em sequência lógico-progressiva. 
( ) Fazer a revisão do texto por meio da releitura do texto 
pronto / Passar a limpo lembrando que a estética é importante.
( ) Definir o tema / Posicionar-se perante o tema / Relacionar 
assuntos ligados ao tema.
 
54
Referências
BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação: 
oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília, 
2002.
CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48, 
n. 42. São Paulo: Abril, 2015. 
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem, 
gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.
CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>. 
Acesso em: 31 ago. 2016.
FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a. 
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.
FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.
GARRETT, Almeida. Viagens na Minha Terra. São Paulo: Nova Alexandria, 2012.
ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos. 
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016. 
55
UNIDADE 5 | 
CORRESPONDÊNCIA / REDAÇÃO 
OFICIAL
56
Unidade 5 | Correspondência / Redação oficial
 f Discuta com seus colegas: Discuta com seus colegas: O que vem a ser uma correspondência 
oficial? Toda correspondência é oficial? O que caracteriza uma 
redação oficial? Preciso ter bons conhecimentos de gramática 
para esse tipo de redação?
Emnosso dia a dia, enviamos diversas correspondências, até mesmo sem percebermos. 
Tanto um simples bilhete informal e íntimo enviado a um amigo ou familiar, quanto um 
ofício formal e sóbrio, constituem uma correspondência. Pela sua importância em nossas 
atividades profissionais e pessoais, vamos conhecer nesta unidade as correspondências 
oficiais, seus tipos e suas características. Também abordaremos as razões que justificam o 
cumprimento de determinados requisitos na redação oficial.
Fonte: www.shutterstock.com
57
1. Correspondência
Correspondência é qualquer forma de comunicação, pela 
expressão escrita, entre duas pessoas ou duas entidades.
Podemos destacar três tipos de correspondência como sendo os mais utilizados: a 
correspondência oficial, a comercial e a particular.
1.1 Correspondência Oficial 
Acontece entre:
a) órgãos públicos; e
b) pessoas/empresas e órgãos públicos.
A correspondência oficial inclui textos que têm caráter documental e jurídico, mesmo 
quando tramitam somente entre pessoas. Exemplos: declaração, ata, atestado, 
parecer, etc.
58
1.1.1 Tipos de Correspondência Oficial
Os principais tipos são:
Tipo Descrição
Abaixo-assinado
Documento que, por conter a assinatura 
de várias pessoas, expressa a opinião de 
um grupo, representando seus interesses. 
Normalmente, tem caráter público e de 
protesto.
Acórdão
A última sentença ou decisão final que, 
atribuída por uma instância superior, 
começa a valer como modelo para 
resolver casos, questões e/ou situações 
análogas. É o mesmo que aresto.
Alvará
Documento de autorização. Documento 
que, emitido por uma autoridade judicial 
ou administrativa, dá autorização para a 
prática de certos atos: alvará de soltura; 
alvará judiciário.
Ato
Documento público em que se acham 
expressas as decisões da autoridade: ato 
de anistia.
Auto
Termo ou narração circunstanciada 
de determinada diligência judicial ou 
administrativa, escrita e autenticada 
por tabelião ou escrivão, passando a 
constituir prova, registro ou evidência de 
uma ocorrência.
Boletim
Texto breve para circulação interna 
ou divulgação ao público: boletim 
informativo.
Certificado
Documento oficial assinado por 
autoridade competente, que atesta um 
fato. Ex.: um certificado de conclusão de 
curso, por exemplo.
59
Citação
Intimação de alguém, numa data 
determinada, para que essa pessoa 
compareça e responda por suas ações 
diante de um juiz ou de uma autoridade. 
A ausência da citação anula a sentença.
Comunicação
Aviso ou notificação que se envia a 
alguém. Ex.: comunicação de casamento.
Consulta
Parecer ou ponto de vista especializado. 
Ex.: consulta jurídica.
Convenção
Acordo, pacto, contrato, convenção 
verbal.
Decisão
Resolução que se toma após deliberação. 
Ex.: sentença ou juízo.
Diploma
Documento pelo qual se reconhece ou se 
confere oficialmente um privilégio, um 
título, uma dignidade, um poder.
Ementa
Síntese. Texto curto e resumido que 
contém o essencial. Ex.: ementa do curso. 
Texto que resume o conteúdo de uma lei, 
colocado em seu início.
Estatuto
Lei orgânica ou regulamento de um 
Estado, uma associação, etc. Ex.: o 
estatuto dos servidores públicos.
Texto que regulamenta o funcionamento 
de uma associação: os estatutos de um 
clube, de um grêmio.
Fórmula
Preceito estabelecido para regular 
qualquer ato.
Modelo que contém os termos formais 
por que um ato deve ser concebido: 
fórmula legal.
60
Guia
Documento que acompanha a 
correspondência oficial.
Formulário usado em repartições públicas 
para pagamentos, notificações, etc.
Indicação
Documento legislativo que tem como 
objetivo sugerir a outro Poder que adote 
providências, ou sugerir que uma ou 
mais Comissões se manifestem sobre 
determinado assunto.
Manifesto
Declaração formal que, geralmente 
escrita, transmite intenções, opiniões, 
decisões ou ideias políticas, particulares 
a uma pessoa ou a um grupo de pessoas. 
Ex: manifesto de apoio ao presidente.
Memorial
Exposição escrita, dirigida a autoridade 
pública, na qual se pleiteia alguma coisa.
Memória ou nota para a instrução de uma 
questão diplomática.
Moção
Documento cuja proposta ou proposição 
é feita numa assembleia, e cujo teor deve 
ser submetido a votação para que seja 
aprovada. 
Norma Princípio que serve de regra, de lei.
Notificação
Documento pelo qual se notifica alguém 
sobre algo.
Procuração
Documento de autorização. Poder que 
uma pessoa atribui a outra de agir em 
seu nome, assumindo responsabilidades, 
tomando providências ou tratando de 
assuntos que são de seu interesse.
Proposição
Documento contendo propostas que 
serão submetidas a análise e aprovação.
61
Protocolo
Ata, nota ou registro dos documentos 
governamentais, dos atos oficiais, da 
correspondência de um governo ou 
tribunal, de uma empresa, universidade, 
etc.
Recibo que registra o número e a data 
em que um processo ou requerimento foi 
catalogado e registrado.
Provisão
Documento oficial administrativo por 
meio do qual o chefe de Estado atribui 
ofício, cargo — autorizando o exercício 
de uma profissão ou emitindo instruções.
Recomendação
Documento que exprime um conselho ou 
que se usa para advertir, para avisar. Ex.: 
seguir recomendações médicas.
Registro
Transcrição, em livro próprio, de 
documentos, nomes, títulos, etc., 
públicos ou privados, como prova de 
autenticidade.
Requisição
Pedido, exigência legal. Ex.: fazer 
requisição de material, de força armada. 
Fonte: adaptado de Dicionário Online Português (2015), Michaelis (2015), Houaiss (2015). 
São classificados como comunicações oficiais: apostila, ata, aviso, certidão, circular, 
contrato, convênio, declaração, decreto, edital, exposição de motivos, instrução, 
lei, memorando, mensagem, ofício, ordem de serviço ou instrução, parecer, petição, 
portaria, relatório, requerimento, resolução, telegrama.
2. Características da Redação Oficial
 “Art.37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
62
moralidade, publicidade e eficiência (...).” (BRASIL. Constituição 
Federal de 1988)
O Manual de Redação da Presidência da República estabelece que na administração 
pública, direta, indireta ou fundacional, uma redação técnica oficial deve apresentar as 
seguintes características: 
a) impessoalidade
b) uso do padrão-culto da linguagem
c) clareza
d) concisão
e) formalidade
f) padronização
2.1 Sobre a Impessoalidade
 a
Uma comunicação se realiza envolvendo três elementos: 
a) emissor – quem comunica.
b) mensagem – aquilo que se comunica.
c) receptor – quem recebe a comunicação.
• Em uma redação oficial:
 a) O emissor é sempre o Serviço Público – pode ser um Ministério, Secretaria, 
Departamento, Divisão, Serviço, Seção etc.
 b) A mensagem relaciona-se com as atribuições do órgão que comunica.
63
 c) O receptor é o público, o conjunto de cidadãos, ou outro órgão público.
• A impessoalidade decorre:
 a) da ausência de impressões individuais de quem comunica. Dessa forma, os 
diferentes setores da Administração vão elaborar comunicações padronizadas 
(uniformidade).
 b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação. A comunicação é concebida 
de forma homogênea e impessoal para um cidadão (público) ou outro órgão 
público.
 c) do caráter impessoal do assunto. O tema das comunicações oficiais se restringe 
a questões de interesse público.
2. 2 Padrão Culto da Linguagem
 a
No padrão culto:
a) as regrasda gramática formal são observadas;
b) emprega-se um vocabulário comum ao conjunto de usuários 
do idioma.
A necessidade do emprego de uma linguagem padrão na redação oficial decorre dos 
seguintes fatores:
 a) Os atos oficiais estabelecem regras para a conduta dos cidadãos e regulam o 
funcionamento dos órgãos públicos sendo, portanto, de caráter normativo. 
 b)Os expedientes oficiais têm como finalidade principal a transmissão de 
informações de modo claro e objetivo. 
64
Os documentodocumentos de caráter normativo são aqueles que têm força de regra 
ou norma. Ou, ou seja, devem obrigatoriamente ser seguidos.
 
A obrigatoriedade do uso do padrão culto da língua proporciona 
o caráter impessoal necessário e cumpre a finalidade de 
informar com clareza e concisão nos textos oficiais. 
O padrão culto da língua se sobrepõe às diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas 
regionais, aos modismos vocabulares e às idiossincrasias linguísticas, permitindo que 
se atinja a compreensão de todos os cidadãos.
A idiossincrasia é uma particularidade comportamental própria 
de um indivíduo ou de um grupo de pessoas. Nesse sentido, 
uma idiossincrasia linguística está relacionada a aspectos 
linguísticos que podem ser atribuídos especificamente a um 
grupo de pessoas que adotam uma maneira diferenciada de se 
comunicar. 
Como as comunicações emitidas por um órgão público devem ser compreendidas por 
todo e qualquer cidadão brasileiro, fica proibido o emprego de gírias, regionalismos 
vocabulares, jargões técnicos ou qualquer outro tipo de linguagem própria a um 
grupo específico. 
2.3. Clareza e Concisão
• A clareza é qualidade essencial a todo texto oficial. Um texto claro possibilita 
imediata compreensão por parte do leitor. A clareza depende das demais 
características da redação oficial.
65
 a
Um texto com clareza apresenta:
a) impessoalidade; 
b) uso do padrão culto da linguagem;
c) formalidade e padronização; 
d) concisão.
• A concisão em um texto é a qualidade de transmitir um máximo de informações 
por meio de um mínimo de palavras.
Essa observância ao princípio de economia linguística consiste em cortar as palavras 
inúteis ou redundantes e as passagens que nada acrescentam ao conteúdo.
Resumindo
Na redação oficial não há lugar para impressões pessoais.
A clareza é a qualidade fundamental de uma redação oficial. No entanto, 
ela depende das demais características necessárias a esse tipo de redação: 
impessoalidade, uso do padrão culto da língua, formalidade, padronização 
e concisão.
A redação oficial não precisa ser dura, fria, árida, e nem rejeitar a evolução da 
língua. Acontece que a sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade 
e máxima clareza – faz com que se adotem certos parâmetros no uso da 
língua, diferentemente do que acontece na correspondência particular, no 
texto jornalístico e na literatura, por exemplo.
66
Glossário
Tramitam: verbo tramitar, encaminhar ou enviar algo.
Impessoalidade: qualidade, caráter ou condição de impessoal;
Jargões técnicos: significa uma linguagem pouco compreensível, em muitos casos por 
ser específica de determinado grupo profissional ou sociocultural. 
67
 d
1. Um e-mail enviado para um parente próximo, normalmente, 
é uma correspondência do tipo:
( ) Oficial.
( ) Particular.
( ) Comercial.
( ) Governamental.
2. A comunicação conhecida por correspondência oficial 
usualmente acontece:
( ) Entre amigos.
( ) Entre casais de namorados.
( ) Entre dois órgãos públicos.
( ) Entre uma prefeitura e o cidadão.
3. Na redação oficial não pode haver:
( ) Opiniões pessoais sobre o assunto.
( ) Gírias.
( ) Erros de gramática.
( ) Clareza nas informações.
4. Concisão é:
( ) Transmitir o mínimo de informações com o máximo de 
palavras.
( ) Dividir a ideia central de um texto em duas partes.
( ) Transmitir as informações necessárias com o mínimo de 
palavras.
( ) Deixar o texto bonito, não importando como. 
Atividades
68
Referências
BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação: 
oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 
1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 6 set. 2016.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília, 
2002.
CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48, 
n. 42. São Paulo: Abril, 2015. 
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem, 
gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.
CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>. 
Acesso em: 31 ago. 2016.
ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos. 
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016. 
FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a. 
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.
FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.
69
UNIDADE 6 | FORMALIDADE E 
PADRONIZAÇÃO NA REDAÇÃO 
OFICIAL
70
Unidade 6 | Formalidade e Padronização na Redação 
Oficial
 f Discuta com seu colega: Você já escreveu para alguma autoridade? Se sim, quais 
palavras e termos usou? Quando escrevemos a um vereador, 
a um juiz, a um cardeal, quais tratamentos devemos utilizar? 
Quais outros pronomes de tratamento você conhece e a quem 
dirigi-los?
Existem pronomes de tratamento específicos para cada grupo de autoridade. Até 
mesmo as regras de concordância verbal, nominal e pronominal são peculiares a cada 
autoridade. Apesar de alguns soarem estranhos atualmente, o tratamento especial devido 
às autoridades ainda é norma a ser seguida por todos, bem como as demonstrações de 
cortesia e polidez no trato de assuntos públicos. 
Fonte: www.shutterstock.com
71
1. Formalidade e Padronização
• Nas comunicações oficiais é necessário certa formalidade. Isso significa:
a) usar os pronomes de tratamento adequados a cada autoridade;
b) manifestar polidez;
c) demonstrar civilidade no enfoque do assunto a que se refere a comunicação.
• A formalidade de tratamento vincula-se à ideia de que a administração federal, 
sendo única, deve trabalhar com padrões estabelecidos de comunicação.
• A padronização do texto oficial remete-se:
a) clareza gráfica (impressão);
b) uso de papéis uniformes;
c) diagramação correta do texto.
1.1 Pronomes de Tratamento
 a
Usamos os pronomes de tratamento para tratarmos de forma 
respeitosa as autoridades civis, militares e eclesiásticas.
72
1.1.1 Concordância dos Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento apresentam peculiaridades nas concordâncias verbal, 
nominal e pronominal. Referem-se à segunda pessoa gramatical, isto é, à pessoa com 
quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação, mas devem concordar com a terceira 
pessoa, isto é, com aquele de quem se fala.
Dessa forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são 
sempre os da terceira pessoa.
Exemplo: Vossa Senhoria gostaria de carregar seu celular?
Vossas Senhorias receberão advogados em seus apartamentos?
Vossas Excelências se manifestaram de acordo com suas consciências.
Os adjetivos que se referem aos pronomes de tratamento concordam com o sexo da 
pessoa a quem a comunicação é dirigida.
Exemplo: Vossa Senhoria continua muito dedicado aos trabalhos. (frase destinadaa um interlocutor do sexo masculino)
Vossa Excelência anda preocupada com seu pai. (frase dedicada a uma interlocutora) 
1.1.2 Emprego dos Pronomes de Tratamento
1.1.2.1 O Pronome de Tratamento Vossa Excelência
A seguir vamos conhecer as maneiras corretas de utilizar o pronome de tratamento 
Vossa Excelência, conforme estabelece o Manual de Redação da Presidência da 
República (BRASIL, 2002).
a) É usado para as seguintes autoridades:
73
Do Poder Executivo Presidente da República 
Vice-Presidente da República
Ministros de Estado
Governadores (e Vices) de Estado e do 
Distrito Federal 
Oficiais-Generais das Forças Armadas
Embaixadores
Secretários-Executivos de Ministérios
Secretários de Estado dos Governos 
Estaduais
Prefeitos Municipais 
Do Poder Judiciário Deputados Federais
Senadores
Ministro do Tribunal de Contas da União
Deputados Estaduais e Distritais
Conselheiros dos Tribunais de Contas 
Estaduais
Presidentes das Câmaras Legislativas 
Municipais
Do Poder Judiciário Ministros dos Tribunais Superiores
Membros de Tribunais
Juízes
Auditores da Justiça Militar
Fonte: Brasil (2002)
74
b) Os vocativos 
Para Chefes de Poder: 
Excelentíssimo Senhor ...
Excelentíssimo Senhor Presidente da 
República
Excelentíssimo Senhor Presidente do 
Congresso Nacional
Excelentíssimo Senhor Presidente do 
Supremo Tribunal Federal
Para as demais autoridades tratadas 
com esse pronome: Senhor ...
Senhor Senador
Senhor Juiz
Senhor Ministro
Senhor Governador
Fonte: Brasil (2002)
c) Endereçamento nos envelopes
Exemplos:
A Sua Excelência o Senhor
Horácio ...
Ministro de Estado da ...
70064-900 — Brasília-DF
A Sua Excelência o Senhor
Senador Bruno ...
Senado Federal
70165-900 — Brasília-DF
75
A Sua Excelência o Senhor
Joviano ...
Juiz de Direito da 9ª Vara Cível
Rua Samuel ..., nº 523
01219-012 — São Paulo-SP
1.1.2.2 Pronome de Tratamento Vossa Senhoria 
A seguir vamos conhecer as maneiras corretas de utilizar o pronome de tratamento 
Vossa Senhoria, conforme estabelece o Manual de Redação da Presidência da República 
(BRASIL, 2002).
a) É usado para:
• As demais autoridades não referidas no quadro relativo às autoridades 
merecedoras do tratamento Vossa Excelência (exemplos: chefes de 
departamento, diretores, coordenadores); e
• Particulares (pessoas em geral).
b) Vocativos
Para autoridades: Senhor... Senhor Chefe da Divisão de 
Serviços Gerais Etc.
Para particulares: Senhor fulano de tal Senhor Francisco 
Soares Etc.
Fonte: Brasil (2002)
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República (BRASIL, 2002), o título 
acadêmico doutor somente é utilizado para destinatários que tenham concluído o 
curso universitário de doutorado.
c) Endereçamento nos envelopes
76
Exemplo:
Ao Senhor
José de Andrade Ferraz
Rua Vitória, nº 17
06743-010 – São Paulo. SP
1.1.2.3 Pronome de Tratamento Vossa Magnificência
a) Utilizado para reitores de universidade.
b) Vocativo: Magnífico Reitor
1.1.2.4 Pronomes de Tratamento para a Hierarquia 
Eclesiástica
Autoridade eclesiástica Pronome de tratamento Vocativo
Papa Vossa Santidade Santíssimo Padre
Cardeal Vossa Eminência;
Vossa Eminência
 Reverendíssima
Eminentíssimo Senhor 
Cardeal;
Reverendíssimo Senhor 
Cardeal
Arcebispo e Bispo Vossa Excelência
Reverendíssima
77
Monsenhores, Cônegos e 
superiores religiosos
Vossa Reverendíssima;
Vossa Senhoria
Reverendíssima
Sacerdotes, clérigos e 
demais religiosos
Vossa Reverência
 
 g
Conhecer as particularidades da redação oficial é importante 
para todos os profissionais, e crucial para aqueles que 
pretendem prestar concursos e seguir carreiras públicas.
Resumindo
Nas comunicações oficiais é necessária certa formalidade. Isso significa: usar 
os pronomes de tratamento adequados, manifestar polidez e demonstrar 
civilidade.
A padronização do texto oficial remete-se a: clareza gráfica, uso de papéis 
uniformes e diagramação correta do texto.
O título acadêmico doutor somente é utilizado para destinatários que 
tenham concluído o curso universitário de doutorado.
Glossário
Peculiaridade: característica de alguém ou de algo que se distingue por traços 
particulares; originalidade, singularidade, particularidade.
Crucial: de opção inevitável; decisivo.
78
 d
1. Classifique as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Toda correspondência precisa ser formal.
( ) Normatizar o uso dos pronomes de tratamento facilita a 
padronização das comunicações oficiais.
( ) O uso dos pronomes de tratamento é uma forma respeitosa de 
nos dirigirmos às autoridades.
( ) Polidez e civilidade são qualidades desejáveis no trato dos 
assuntos públicos.
2. Assinale a única alternativa escrita corretamente.
( ) Vossa Excelência sempre foi, também, um bom professor.
( ) Vossa Excelência estais estudando há horas. 
( ) Vossas Senhorias deveis descansar antes das palestras.
( ) Vossa Senhoria, justamente por ser mulher, não poderia ser 
contrário a essa nova proposta. 
3. O pronome de tratamento Vossa Excelência é utilizado para:
( ) Prefeitos Municipais
( ) Engenheiros
( ) Deputados Estaduais
( ) Juízes
4. Assinale certo (C) ou errado (E):
( ) Senhor Senador
( ) Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal
( ) Excelentíssimo Senhor Governador
( ) Senhor Deputado Federal
Atividades
79
Referências
BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação: 
oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).
BRASIL. Manual de Redação da Presidência da República. Brasília, 2002. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm>. Acesso em: 8 set. 
2016.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília, 
2002.
CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48, 
n. 42. São Paulo: Abril, 2015. 
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem, 
gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.
CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>. 
Acesso em: 31 ago. 2016.
ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos. 
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016. 
FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a. 
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.
FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.
80
UNIDADE 7 | O PADRÃO OFÍCIO
81
Unidade 7 | O Padrão Ofício
 f Discuta com seus colegas: Quais as dimensões de um papel-ofício? / Como diagramar 
uma mensagem pelo padrão ofício? / Se você já leu algum 
documento oficial, diga quais são as suas características. / 
Se você precisar redigir um documento oficial, onde pode 
procurar esclarecimentos sobre o assunto? O que você entende 
por “padrão ofício”?
Esta unidade é voltada ao estudo das normas relativas à redação oficial e tem a finalidade 
de trazer os esclarecimentos necessários a quem vai redigir um texto oficial.
Em 1991, foi criada uma comissão para simplificar, uniformizar e atualizar os critérios 
adotados desde 1937 para a redação dos atos e comunicações oficiais. Como resultado dos 
trabalhos, foi elaborado o Manual de Redação da Presidência da República, constituído 
por duas partes:
1ª) comunicações oficiais;
2ª) atos normativos no âmbito Executivo.
Fonte: www.shutterstock.com

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