Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Os Efeitos biológicos da radiação Os efeitos biológicos da radiação História da radioatividade: Em 1896, observava-se que a exposição a um campo de radiação causava vermelhidão na pele, inchaço dos tecidos devido ao acúmulo de fluídos e perda de pelos Final de 1896, já havia muitas reportagens sobre o aparecimento de queimaduras na pele exposta aos raios X, criando polêmica Buscando esclarecimentos, Elihu Thomson expôs seu dedo mínimo esquerdo durante meia hora por dia, a um feixe direto de raios X ( 3 cm) Em uma semana começou a sentir dores e notou uma inflamação com formação de bolhas no dedo Thomson concluiu que a exposição a raios X, além de certo limite, podia causar sérios problemas Os efeitos cancerígenos da radiação foram observados em seguida (até 1911, havia o registro de 94 casos de tumor gerado por radiação, 50 deles em radiologistas) Até 1922, cerca de 100 radiologistas haviam morrido devido a câncer radioinduzido A incidência de leucemia era maior entre médicos radiologistas do que em outras especialidades médicas As estatísticas mostravam que havia uma redução no tempo de vida dos radiologistas Atualmente, com o aumento do conhecimento e a adoção de práticas seguras este quadro foi alterado e entre os radiologistas, não se observa nenhuma diferença com relação às outras especialidades médicas Efeitos em células vivas: As células quando expostas à radiação sofrem ação de fenômenos físicos, químicos e biológicos Alteram as funções específicas das células,como a sua capacidade e sucesso no processo de mitose e meiose (divisão celular) Ocorre mutações genéticas e modificações Sendo,cada célula, formada por 85% de água,como no caso do corpo humano, a probabilidade da radiação interagir com a água é muito maior Quando a radiação interage com a água quebram-se as ligações que mantêm a molécula de água unida, produzindo fragmentos que podem se recombinar formando substâncias tóxicas Agentes oxidantes próximos do DNA interagem quimicamente destruindo partes da molécula, destruindo, por sua vez, os genes Resultados: destruição , danos irreparáveis ou acumulativos Fatores que influem os efeitos radiobiológicos: A extensão dos danos causados depende basicamente: Do tipo de radiação; Do tempo de exposição; Da forma de exposição; Do órgão irradiado; Intervalo entre irradiações; Classificação dos fatores: • Em função do nível de dano: Efeitos somáticos: Efeitos hereditários: Efeitos tardios: Efeitos imediatos: • Em função do tempo de exposição: • Em função das doses recebidas e das formas de resposta: Efeitos estocásticos Efeitos determinísticos Exposição local Exposição de corpo inteiro (SAR)* SÍNDROME DE RADIAÇÃO AGUDA (SAR): Conjunto de sintomas que indicam alterações profundas no organismo humano devido à exposições que resultam em doses absorvidas elevadas do corpo em sua totalidade Ex.: vômitos, diarréia, insuficiência respiratória, coma; Contaminação interna por radionuclídeos Mutações: Alterações ou modificações súbitas em genes ou cromossomos, podendo acarretar variação hereditária. São espontâneas e podem ser silenciosas, ou seja, não alterar a proteína ou sua ação. Podem ainda ser letais, quando provocam a morte, ou ainda acarretar doenças ou anomalias. Também promovem a evolução já que determinam aumento na variabilidade genética. Gênicas: Alteram uma ou mais bases do DNA, o que afetará a leitura durante a replicação ou durante a transcrição. Podem ser transmitidas hereditariamente quando ocorrem nas células germinativas. Quando ocorrem em células somáticas podem provocar a formação de tumores. Cromossômicas: Também chamadas de aberrações cromossômicas, são alterações na estrutura ou no número de cromossomos normal da espécie. Podem provocar anomalias e má formações no organismo ou até a inviabilidade dele. Alterações funcionais mais frequentes: Motilidade Reprodução Metabolismo Alta Radiosensibilidade Média Radiosensibilidade Alta Radiorresistência
Compartilhar