Buscar

TRABALHO CURATIVOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

52
 
 
 ENFERMAGEM
ESTUDO DE CASO
OURINHOS
2018
 
ESTUDO DE CASO
Trabalho apresentado à disciplina de Sistematização do Cuidar 3 do 5º Semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos.
Docente: Profº Eduardo
OURINHOS
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................3
ESTUDO DE CASO..................................................................................................4
FERIDAS....................................................................................................................5
2.1 Classificação de Feridas.........................................................................................5
2.2. Principais tipos de Feridas.....................................................................................5
3. CURATIVOS................................................................................................................6
3.1 Tipos de Curativos.......................................................................................................6
3.2 Classificação de Curativos...........................................................................................8
4.AVC ISQUÊMICO.......................................................................................................9
5 AVC HEMORRÁGICO..............................................................................................10
6. DIABETES TIPO 2.....................................................................................................14
7. HIPERTENSÃO ARTERIAL ( HAS) ......................................................................16
8. ACAMADOS................................................................................................................23
9.HEMIPLEGIA..............................................................................................................28
10.SONDA NASOGÁSTRICA.......................................................................................29
11.ACESSO VENOS PERIFÉRICO..............................................................................34
12.ALIMENTAÇÃO NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS.......................................38
13.ESCARAS....................................................................................................................42
14.CONCLUSÃO.............................................................................................................46
14.REFERÊNCIAS..........................................................................................................43
3
INTRODUÇÃO
 O interesse da medicina pelos cuidados com as perdas de continuidade do tegumento cutâneo vem desde a antiguidade. O tratamento das feridas inclui métodos clínicos e cirúrgicos e o curativo é o tratamento clínico mais frequentemente utilizado para auxiliar a reparação tecidual. A escolha do material adequado para o curativo decorre do conhecimento tanto fisiopatológico como bioquímico dos mecanismos de cicatrização e reparação tissular. Feridas são representadas não apenas pela ruptura da pele e do tecido celular subcutâneo, mas também, em alguns casos, por lesões em músculos, tendões e ossos. As feridas podem ser classificadas quanto a etiologia, complexidade e tempo de existência.
4
1.Estudo de caso
J.A, 84 anos, diagnóstico (DX), AVCI, diabetes tipo 11, HAS. Encontra-se acamado a mais de 7 dias, hemiplegia a direita. Disfagia, pouco comunicativo, sonda nasogástrica, cateter venoso periférico a mais de cinco dias com presença de sinais flogísticos, SVD com diurese de coloração amarelo escuro, com 75 mi nas últimas doze horas. Apresenta escaras em regiões: trocontérica direita e esquerda, sacral com bordas distantes e com doze cm de diâmetro, calcâneo direito. Faz uso de insulina regular 30u pela manhã, HCT 25 mg pela manhã, captopril 5º mg à noite. Dieta por SNG 80 ml de 4/4h.
OBS: Totalmente dependente dos cuidados de enfermagem
5
2.FERIDAS
 Ferida é qualquer lesão que interrompa a continuidade da pele. Pode atingir a epiderme, a derme, tecido subcutâneo, fáscia muscular, chegando a expor estruturas profundas.
2.1 Classificação de Feridas
Abertas: Cicatrização por segunda ou terceira intenção.
Fechadas: Cicatrização por primeira intenção.
2.2 Principais tipos de Feridas Abertas
Úlceras por Pressão UPP : Área localizada de necrose celular - compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por período prolongado.
Úlceras Venosas: Úlceras resultantes da hipertensão venosa crônica, que produz e estase venose e edema. Localiza-se perto do maléolo medial, evolui lentamente, normalmente não é profunda, a perna é hipergimentada e com edema.
Úlcera Diabética: Seu surgimento pode ocorrer por dois mecanismos: Perda da sensibilidade e doença vascular.
Queimaduras: Lesão causada por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos que agem no tecido de revestimento do corpo humano.
6
3.CURATIVOS
 Compreende todo o processo de limpeza, desbridamento e também a seleção da cobertura e/ou tratamento tópico do local.
 Cobertura
 É todo material, substância ou produto que se aplica sobre a ferida, como finalização do curativo que forma uma barreira física capaz de, pelo menos , cobrir e proteger o seu leito.
 O curativo ideal é todo aquele que tem por meio:
Limpar a ferida;
Proteger a ferida de traumatismo mecânico;
Manter meio úmido;
Prevenir contaminação exógena;
Absorver secreções;
Imobilizar o membro afetado;
Promover o conforto físico e psicológico do paciente;
Realizar o desbridamento da ferida;
Promover o isolamento térmico;
Facilitar a cicatrização trabalhando a favor da natureza;
Permitir a troca gasosa;
Permitir sua remoção sem causar traumas na ferida e pele ao redor.
 3.1 Tipos de Curativos
 Existem, atualmente, muitos tipos de curativos, com formas e propriedades. É importante antes da realização do curativo, a avaliação da ferida e aplicação do tipo de curativo que melhor convier ao estágio que se encontra, a fim de facilitar a cura.
Alginatos;
7
Carvão Ativado;
Hidrocóide;
Hidrogel;
Filmes;
Papaína;
Antissépticos;
Ácidos Graxos Essenciais;
Alginato: São indicados para feridas exudativas, com sangramento, limpas ou infectadas, agudas ou crônicas, superficiais ou profundas.
Carvão Ativado: É indicado para feridas exudativas, limpas ou infectadas, crônicas ou agudas, superficiais ou profundas e com odor desagradável.
Hidrocolóide: Indicado para o tratamento de feridas com leve a moderada exsudação, como abrasões e lacerações superficiais, rachaduras da pele, úlceras de perna ( venosas, arteriaise mistas), úlceras diabéticas e por pressão ( parcial e total), prevenção de úlceras por pressão, excisões dermatológicas, áreas doadoras, incisões cirurigicas e feridas causadas por traumas.
Hidrogel: Indicado para promover o desbridamento autolítico a cicatrização em feridas secas, superficiais ou profundas,com ou sem infecção, necrose ou esfacelo.
Filmes: É indicado como curativo primário, curativo secundário aos curativos não aderentes e para fixação de cateter.
8
Papaina: É indicada como desbridamento químico e facilitador do processo cicatricial, como coadjuvante de anbioticoterapia sistêmica de feridas infectadas.
Antissepticos: Antisséptico é um produto utilizado na superfície do corpo que interrompe e impede o desenvolvimento de bactérias e vírus.
Ácidos Graxos Essenciais: Produto a base de óleo vegetal, possui grande capacidade de promover a regeneração dos tecidos, acelerandoo processo de cicatrização. Indicado para prevenção de lesões de pressão e todos os tipos de feridas, apresentando melhores resultados quando há desbridamento prévio das lesões.
3.2 Classificações de Curativos
Aberto;
Oclusivo;
Seco;
Úmido;
Compressivo;
Curativo Aberto
 É aquele no qual utiliza-se apenas o antisséptico, mantendo a ferida exposta.
Curativo Oclusivo: Curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento, é fechado ou ocluído com gaze ou atadura.
Curativo Seco: Curativo fechado com gaze ou compressa seca. Não se usa nada na gase.
Curativo Úmido: Curativo fechado com gase ou compressa umidecida com pomada ou soluções prescritas.
Curativo Compressivo: É aquele no qual é mantida compressão sobre a ferida para estancar hemorragias e viscerações, etc.
9
4.AVC ISQUÊMICO
 É o tipo de AVC mais comum, presente em cerca de 80% dos casos. Ocorre pela falta de fluxo sanguíneo cerebral, levando ao sofrimento e enfarte do parênquima do sistema nervoso. Essa queda no fluxo sanguíneo pode ser decorrente de:
Uma obstrução arterial: um trombo ou, mais comumente, um êmbolo;
Queda na pressão de perfusão sanguínea, como nos estados de choque;
Uma obstrução na drenagem do sangue venoso, como na trombose venosa, causando dificuldade de entrada do sangue arterial no cérebro.
 Nos primeiros momentos do AVC isquêmico não há morte de tecido cerebral, mas a falta de suprimento sanguíneo provoca a rápida degeneração do tecido cerebral, um tecido metabolicamente muito ativo e que demanda muito oxigênio e glicose para manter seus neurônios vivos. A área central do acidente vascular morre em pouco tempo, pois está praticamente sem nenhum fluxo de sangue. Todavia, existe uma região ao redor do infarto central que possui um fluxo de sangue reduzido, que se mantém viável por mais tempo. A essa área dá-se o nome de penumbra. É na penumbra, uma área parcialmente profundida, mas ainda viável, que deve-se concentrar os esforços terapêuticos. É por isso também que o tempo do início do ataque vascular cerebral até a reversão da obstrução de sangue é importante na evolução do AVC isquêmico. O AIT ou ataque isquêmico transitório pode ser considerado um tipo de AVC isquêmico. Corresponde a uma isquemia (entupimento) passageira que não chega a constituir uma lesão neurológica definitiva e não deixa sequela. Ou seja, é um episódio súbito de déficit sanguíneo em uma região do cérebro com manifestações neurológicas que se revertem em minutos ou em até 24 horas sem deixar sequelas (se deixar sequelas por mais de 24 horas, passa a se chamar acidente isquêmico vascular por definição). Constitui um fator de risco muito importante, visto que uma elevada porcentagem dos pacientes com AIT apresentam um AVC nos dias subsequentes. É possível que a definição de AIT venha a sofrer alterações, pois com exames mais acurados já é possível identificar lesões/sequelas 
10
cerebrais antes imperceptíveis em alguns AITs e, além disso, estudos clínicos mostram que a maioria dos AITs dura menos de 1 hora. Assim, o AIT que dura mais de uma hora provavelmente será um AVC e talvez possa provocar uma lesão cerebral, mesmo que imperceptível
5.AVC HEMORRÁGICO
 É o acidente vascular cerebral menos comum presente em cerca de 20% dos casos, mas não menos grave. Ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano. O sangue em contato com o parênquima nervoso tem ação irritativa. Além disso, a inflamação e o efeito de massa ou pressão exercida pelo coágulo de sangue no tecido nervoso prejudica e degenera o cérebro e a função cerebral. Pode ser divido em dois tipos, O sangramento intraparênquimatoso ou a hemorragia subaracnóidea:
 O sangramento intraparênquimatoso ocorre por ruptura dos aneurismas de Charcot-Burchard, pequenas formações saculares das artérias cerebrais na transição da substância branca com o córtex cerebral que se formam pela hipertensão arterial descontrolada ou não tratada.
 A hemorragia subaracnóide ocorre por sangramento de aneurismas cerebrais (defeito ou formações saculares das artérias) no espaço licórico ou subaracnóideo. Eles tem provavelmente origem congênita.
Diagnóstico
O diagnóstico do AVC é clínico, ou seja, é feito pela história e exame físico do paciente. Os principais sintomas são:
Dificuldade de mover o rosto;
Dificuldade em movimentar os braços adequadamente;
Dificuldade de falar e se expressar;
11
Fraqueza nas pernas;
Problemas de visão.
 Durante um exame pode-se pedir ao paciente que sorria, levante os dois braços e repita uma frase (como "trinta e três"). Diante desses sintomas, quanto mais rápido o socorro, menor a probabilidade de sequelas. Outros sintomas menos específicos, como queda do estado geral e coma, também elevam o risco de AVC.
 Os médicos recomendam que a hipótese seja confirmada por um exame de imagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética, que permitem ao médico identificar a área do cérebro afetada e o tipo de AVC.
 A tomografia pode ser o exame inicial de escolha por sua disponibilidade e rapidez. Serve principalmente para diferenciar o AVC por entupimento/isquemia do hemorrágico, o que muda radicalmente a conduta médica. Uma tomografia normal dentro das primeiras 24 horas de um AVC isquêmico é algo esperado e confirma o diagnóstico, pois a maioria dos ataques isquêmicos não provoca lesões visíveis tão precoces nesse exame. Apenas lesões extensas ou mais antigas podem ser vistas na tomografia no AVC isquêmico ou, ainda, sinais indiretos de AVC como edema cerebral. Já o AVC hemorrágico costuma vir com imagem na tomografia indicando vazamento de sangue. Pode-se, ainda que menos comum, usar mão da retirada por punção lombar do líquor para o diagnóstico de AVC hemorrágico com tomografia normal. Embora mais precisa que a tomografia, a ressonância magnética não costuma mudar a conduta médica e pode ainda atrasar o tratamento correto, o que pode ter impacto na recuperação do paciente. Contudo, é uma opção que pode ser útil em casos selecionados.
.Fatores de Risco
Hipertensão arterial: é o principal fator de risco para AVC. Na população, o valor médio é de "120 por 80" (ou o que popularmente é conhecido como 12 por 8); porém, cada pessoa tem um valor de pressão, que deve ser determinado pelo seu médico. Para estabelecê-lo, são necessárias algumas medidas para que se determine o valor 
12
médio. Quando este valor estiver acima do normal daquela pessoa, tem-se a hipertensão arterial. Tanto a pressão elevada quanto a baixa são prejudiciais; a melhor solução é a prevenção. Deve-se entender que qualquer um pode se tornar hipertenso. Não é porque aferiu (mediu) uma vez, estava boa e nunca mais tem que se preocupar. Além disso, existem muitas pessoas que tomam corretamente a medicação determinada porém uma só caixa. A pressão está boa e, então, cessam a medicação. Ora, a pressão está boa justamente porque está seguindo o tratamento. Geralmente, é preciso cuidar-se sempre, para que ela não suba inesperadamente. A hipertensão 
arterial acelera o processo de aterosclerose, além de poder levar a uma ruptura de um vaso sanguíneo ou a uma isquemia.
Doença cardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVC. "Se o coração não bater direito"; vai ocorrer uma dificuldade para o sangue alcançar o cérebro, além dos outros órgãos, podendo levar a uma isquemia. As principais situações em que isto pode ocorrer são arritmias, infarto do miocárdio, doença de Chagas, problemas nas válvulas, etc.
Colesterol: o colesterol é uma substância existente em todo o nosso corpo, presente nas gorduras animais; ele é produzido principalmente no fígado e adquirido através da dieta rica em gorduras. Seus níveis alterados, especialmente a elevação da fração LDL (mau colesterol, presente nas gorduras saturadas, ou seja, aquelas de origem animal, como carnes, gema de ovo etc.) ou a redução da fração HDL (bom colesterol) estão relacionados à formação das placas de aterosclerose.Tabagismo: O hábito é prejudicial à saúde em todos os aspectos, principalmente naquelas pessoas que já têm outros fatores de risco. O fumo acelera o processo de aterosclerose, diminui a oxigenação do sangue e aumenta o risco de hipertensão arterial.
Consumo excessivo de bebidas alcoólicas: quando isso ocorre por muito tempo, os níveis de colesterol se elevam; além disso, a pessoa tem maior propensão à hipertensão arterial.
13
Diabetes: é uma doença em que o nível de açúcar (glicose) no sangue está elevado. A medida da glicose no sangue é o exame de glicemia. Se um portador desta doença tiver sua glicemia controlada, tem AVC menos grave do que aquele que não o controla.
Idade: quanto mais idosa uma pessoa, maior a sua probabilidade de ter um AVC. Isso não impede que uma pessoa jovem possa ter.
Sexo: até aproximadamente 50 anos de idade os homens têm maior propensão do que as mulheres; depois desta idade, o risco praticamente se iguala.
Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose; assim, indiretamente, aumenta o risco de AVC.
Anticoncepcionais hormonais: Atualmente acredita-se que as pílulas com baixo teor hormonal, em mulheres que não fumam e não tenham outros fatores de risco, não aumentem, significativamente, a ocorrência de AVC.
Condições de vida: Uma pesquisa da Associação Americana Derrame, sugere que homens solteiros ou infelizes no casamento correm mais risco de sofrer AVC.
Malformação arteriovenosa cerebral: Distúrbio congênito dos vasos sanguíneos do cérebro nos sítios onde exista uma conexão anormal entre as artérias e as veias.
Tratamento: Acidente vascular cerebral é uma emergência médica. O paciente deve ser encaminhado imediatamente para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a extensão dos danos. A cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo (endarterectomia), aliviar a pressão cerebral ou revascularizar veias ou artérias comprometidas.
 Infelizmente, células cerebrais não se regeneram nem há tratamento que possa recuperá-las. No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, movimentos e fala e, quanto antes começarem a ser aplicados, melhores serão os resultados.
14
6.DIABETES TIPO 2
 É também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequência em jovens , em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro.
 O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, principal fonte de energia do corpo. A pessoa com diabetes tipo 2 pode ter uma resistência aos efeitos da insulina - hormônio que regula a entrada de açúcar nas células - ou não produz insulina suficiente para manter um nível de glicose normal. Quando não tratado, o diabetes pode ser fatal.
Causas
 Ao contrário das pessoas com diabetes tipo 1, as pessoas com diabetes tipo 2 produzem insulina. Entretanto, o corpo pode criar uma resistência à insulina – ou seja, ele não responde da forma como deveria à ação da insulina e não a utiliza corretamente. Também pode acontecer de o paciente com diabetes tipo 2 não produzir insulina suficiente para suprir as demandas do seu corpo. Nesse processo, a insulina insuficiente não consegue carregar todo o açúcar para dentro das células, e ele acaba se acumulando no sangue.
15
 Quando se tem diabetes tipo 2, os adipócitos (células de gordura), os miócitos (células dos músculos) e os hepatócitos (células do fígado) não respondem corretamente à insulina, e por isso o açúcar não entra nessas células, ficando na corrente sanguínea.
 O adipócito é a nossa célula de estoque de gordura. Quando ele é sensível a insulina, significa que ele reconhece a glicose circulante e ativa mecanismos de "poupar", ou seja, ele não retira a gordura de dentro dele para disponibiliza-la ao corpo como forma de energia. Quando o adipócito é resistente a ação da insulina, ele não reconhece a glicose circulante e entende que o organismo está com falta de energia, com isso ele libera a gordura que está no seu interior para o sangue, é por isso que o paciente com diabetes além de ter glicose alta pode também ter colesterol alto.
 Os hepatócitos também funcionam de forma semelhante, isto é, quando são sensíveis à ação da insulina absorvem glicose e a estocam. Quando são resistentes, eles não reconhecem a glicose alta no sangue e entendem que existe falta de glicose, liberando mais glicose para o sangue e piorando o processo.
 As células dos músculos também: com a insulina elas absorvem glicose para usar como energia, sem a insulina entendem que está faltando e sinalizam para o corpo a necessidade de queimar gordura para fornecer energia.
Fatores de risco
Qualquer pessoa pode ter diabetes tipo 2. Mas existem algumas condições que aumentam o risco:
Idade acima de 45 anos
Obesidade e sobrepeso
Diabetes gestacional anterior
Histórico familiar de diabetes tipo 2
Pré-diabetes
16
Sedentarismo
Baixos níveis de colesterol HDL
Triglicerídeos elevados
Hipertensão
Consumo elevado de álcool.
7.HIPERTENSÃO ARTERIAL ( HAS)
A pressão arterial é a pressão do sangue exercida contra a parede interna das artérias, sendo o resultado dos efeitos do volume de sangue ejetado pelo coração e da resistência vascular. Segundo os valores estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a pressão arterial ótima é de 120 x 80 mmHg (ou, 12 x 8 no Brasil).
O primeiro valor é chamado de pressão arterial sistólica e o segundo de pressão arterial diastólica. 
Sintomas de Hipertensão
Na sua maioria os pacientes hipertensos são assintomáticos, podendo ocorrer: dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, visão turva.
Fatores de risco
Histórico de hipertensão na família;
Obesidade;
Diabetes;
Dieta rica em sódio;
Tabagismo;
Excesso de gordura no sangue;
Excesso de bebida alcoolica;
Sedentarismo;
Estresse.
17 
Riscos
Insuficiência cardíaca;
Infarto do miocárdio;
Arritmias cardíacas;
Morte súbita;
Aneurismas;
Perda da visão;
Insuficiência renal crônica;
AVC isquêmico e hemorrágico;
Demência por micro infartos cerebrais;
Arteriosclerose.
Diagnóstico
O diagnóstico de hipertensão é feito pela v erificacao da pressão. A forma mais comum é a medida casual, feita no consultório com aparelhos manuais ou automáticos. A hipertensão também pode ser diagnosticada por aparelhos que fazem aproximadamente 100 medidas de pressão durante 24 horas.
Como já mencionado, muitas vezes os sintomas da hipertensão não são detectados, porém existem exames laboratoriais que os detectam de forma precoce, como os seguintes:
Urinálise;
Hematócrito;
Ureia e/ou Creatinina;
Potássio;
Glicose em jejum;
Cálcio;
18
TSH e T4;
Lipidograma;
Tratamentos medicamentosos
O objetivo do tratamento medicamentoso é reduzir a resistência vascular periférica, promovendo vasodilatação. Os diferentes agentes anti-hipertensivos o fazem por diferentes mecanismos.
O que fazer se foi diagnosticado como hipertenso
Meça sua pressão regularmente;
Diminua a quantidade de sal na comida. Use no máximo a quantidade de uma colher de chá (10g) para toda a alimentação diária. Não utilize saleiro à mesa e não acrescente sal no alimento depois de pronto;
Evite açúcares e doces, frituras, derivados de leite na forma integral com gorduras, carnes vermelhas com gordura aparente e vísceras; temperos prontos, alimentos industrializados que vêm em latasou vidros, alimentos processados e industrializados como embutidos, conservas, enlatados, defumados, charque; e bebida alcoólica;
Prefira alimentos saudáveis; alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados, temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha; frutas, verduras e legumes; e produtos lácteos desnatados;
Pratique atividade física pelo menos 5 dias por semana; faça caminhadas, suba escadas ao invés de usar o elevador, ande de bicicleta, nade, dance;
Não fume! Depois da hipertensão, o fumo é o principal fator de risco de doenças cardiovasculares;
Siga as orientações do seu médico, pois elas contribuirão para o controle da pressão arterial e para a diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares;
 Tome as medicações conforme a orientação médica;
19
Técnicas para Aferição de Pressão Arterial (PA)
Explicar o procedimento à pessoa.
Certificar-se de que a pessoa:
não estar com a bexiga cheia;
não praticou exercícios físicos;
não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida.
Deixar a pessoa descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável.
Localizar a artéria braquial por palpação.
Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço da pessoa.
Manter o braço da pessoa na altura do coração.
Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide.
Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar novamente.
Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para frente.
Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva.
Solicitar a pessoa que não fale durante o procedimento de medição.
Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até o nível estimado da pressão arterial.
20
Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4 mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para a pessoa.
Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação.
Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff).
Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, complementando com a posição da pessoa, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a mensuração. Deverá ser registrado sempre o valor da pressão obtido na escala do manômetro, que varia de 2 mmHg em 2 mmHg, evitando-se arredondamentos e valores de pressão terminados em “5”.>
Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.
A pessoa deve ser informada sobre os valores da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Consulta de enfermagem: visando medida e controle da pressão arterial; investigação sobre os fatores de risco e hábitos de vida; estratificação do risco individual; orientação sobre a doença, o uso de medicamentos e seus efeitos adversos; avaliação dos sintomas e orientações sobre os hábitos de vida pessoais e familiares.
Acompanhamento do tratamento dos pacientes com pressão arterial sob controle;
21
Encaminhamento ao médico pelo menos anualmente, e com maior frequência nos casos em que a pressão não estiver devidamente controlada ou na presença de outras intercorrências;
Administração do serviço (controle de retornos, busca de faltosos e controle de consultas agendadas);
Durante a Consulta de Enfermagem, cabe ao enfermeiro aplicar o processo de enfermagem, constatando dados de identificação, percepções e expectativas, atendimento das necessidades básicas, exame físico, queixas e dúvidas do cliente, impressões da enfermeira sobre o cliente, dados clínicos de interesse para a Enfermagem.
As consultas de enfermagem devem ser regulares, podendo o enfermeiro fazer os encaminhamentos que forem necessários, como ao nutricionista ou ao psicólogo. Durante as consultas, deve-se identificar as necessidades afetadas, como o déficit de conhecimento em relação à doença e ao programa de tratamento, além de alertar quanto à importância da adesão ao tratamento devido à cronicidade da doença.
É importante também realizar uma cuidadosa monitorização da pressão arterial, assim como identificação dos sinais e sintomas apresentados, que indiquem se outros sistemas foram afetados pela hipertensão arterial.
Quanto ao plano assistencial, este é, segundo Horta23, resultante da análise do diagnóstico de enfermagem, examinando-se os problemas de enfermagem, as necessidades afetadas e o grau de dependência. Para o hipertenso, há a educação do cliente para o autocuidado, estimulando-se uma alimentação adequada, controle do peso, mudanças no estilo de vida, indicação de programas de exercícios e acompanhamento regular.
22
A família deve ser envolvida nos programas educacionais a fim de tornar-se capaz de oferecer apoio aos esforços do paciente em controlar a hipertensão.
CAPTOPRIL
O captopril é indicado para tratar pacientes com:
hipertensão;
 insuficiência cardíaca congestiva (usado com outros medicamentos - diuréticos e digitálicos);
infarto do miocárdio;
nefropatia diabética (doença renal causada por diabetes).
Mecanismo de Ação
Captopril é um composto que diminui a pressão arterial, promovendo reduções máximas de pressão arterial cerca de 60 a 90 minutos após a ingestão oral da dose recomendada.
Pode ser triturado. A administração simultânea a nutrição enteral reduz absorção em 30 a 40%;
23
8. PACIENTES ACAMADOS
	Cuidar de pacientes acamados é uma tarefa que requer uma atenção especial. Devido ao estado de saúde, essas pessoas, na maioria dos casos, encontram-se debilitadas e precisam de apoio, paciência e compreensão. 
Os cuidados com a higiene, alimentação e transporte são fundamentais para evitar problemas que podem surgir durante o tratamento. Manter a limpeza do ambiente, do leito e o cuidado nas trocas de roupas, no banho e no preparo dosalimentos devem ser rotina para evitar infecções e complicações. Não só o cuidador, mas todas as pessoas que têm contato com acamado devem manter a higiene e sempre lavar bem as mãos antes de tocar em qualquer utensílio ou alimento do paciente. 
Mais do que cuidar do corpo, essas pessoas precisam também de apoio moral, para que não se sintam um “peso” para seus familiares e cuidadores. Trabalhar a auto-estima pode ajudar muito na melhora do estado do paciente. Por isso, é função de todos que convivem com ele garantir que se sinta sempre querido e, sempre que possível, integrá-lo às atividades da família. 
Higiene Bucal e Corporal
Banho 
Deixe que o paciente escolha a melhor hora para seu banho; 
Se ele puder fazê-lo sozinho, organize todo o material necessário e coloque próximo dele; 
Não o deixe completamente só, pois ele pode precisar de sua ajuda se algo errado acontecer; 
24
Verifique a temperatura da água. O paciente pode não perceber a temperatura, se alguma parte do corpo dele estiver menos sensível; 
Aproveite para, depois do banho, massagear a pele dele com um creme hidratante, a massagem ajudar a ativar a circulação.
Cuidados com a Pele
Observe se há lugares onde a pele parece avermelhada (ombros, nádegas, calcanhar etc.);Caso observe essas regiões avermelhadas, talvez seja necessário providenciar um colchão do tipo “caixa de ovo”. Coxins bem macios ou protetores de espuma também podem ser úteis (peça orientações e sugestões à equipe de enfermagem).
Higiene Bucal
A higiene bucal deve ser feita pela manhã, noite e após cada refeição; 
Procure uma escova de dentes bem macia, que se adapte melhor às necessidades do paciente; 
Alterações na saliva (boca seca).
Cuidados nas refeições
Estimule o paciente a fazer suas refeições sozinho (sempre que isso for possível) mesmo que no começo ele o faça muito lentamente; 
O prato, os talheres, o copo ou a xícara devem estar adaptados para facilitar o seu uso; 
25 
Coloque-o com a cabeceira bem elevada se a refeição for feita no leito (travesseiros podem ajudar a alcançar a melhor posição);
Não esqueça de oferecer líquidos, mesmo que ele não os solicite. Lembre-se que é importante mantê-lo hidratado; 
Observe a temperatura do alimento antes de servi-lo. Lembre-se que o paciente pode ter alguma redução na sensibilidade que dificulte a percepção da temperatura;
Observe se as refeições estão sendo bem aceitas, caso contrário, procure a nutricionista para conhecer outras alternativas de dieta; 
A dor desestimula o apetite. Portanto, certifique-se de que o paciente esteja medicado com os analgésicos prescritos pelo médico para que a dor não dificulte a alimentação; 
Se for possível, ofereça sempre pequenas quantidades de comida e permita que o paciente escolha entre várias opções de alimentos; 
No caso dos pacientes com problemas na movimentação dos braços, lembre-se sempre de colocar os alimentos e a água próximos ao lado não afetado.
Cuidados na hora de administrar os medicamentos
A organização dos remédios (com suas doses e horários) deve ser feita com muita atenção. Esclareça suas dúvidas com os médicos antes de oferecer os remédios; 
Não ofereça comprimidos, cápsulas ou outros medicamentos que devem ser engolidos quando o paciente estiver deitado. Mantenha a cabeceira bem elevada para isso. Se não for possível conseguir uma cama adaptada, use travesseiros ou almofadas grandes; 
Se não for possível elevar a cabeceira, vire-o de lado; 
26
Se houver dificuldade de engolir os comprimidos, triture-os e dissolva o pó em uma pequena quantidade de água. Não esqueça de verificar sempre a data de validade dos medicamentos. 
Lavagem das mãos
Embora as mãos pareçam limpas, existem milhões de bactérias e micróbios que podem se esconder embaixo das unhas, mesmo depois de lavar as mãos com
bastante água. A forma descrita abaixo é a mais eficiente para eliminar grande parte dos germes. Se não for possível fazer exatamente deste jeito em todas as ocasiões, tente seguir essas instruções na hora de preparar as refeições e fazer curativos.
Como lavar as mãos:
Pegue um sabonete ou o próprio sabão de lavar roupa e esfregue as mãos por um minuto mais ou menos; enxágüe-as, tirando todo o sabão desta primeira lavagem; 
Ensaboe-as novamente e, desta vez, concentre-se nos dedos e unhas; 
Procure lavar dedo por dedo de todos os lados; 
Com uma espátula de unhas (igual a que se usa para tirar o excesso de esmalte), limpe embaixo das mesmas; 
Com as mãos ainda cheias de sabão, lave a parte da torneira que você vai tocar para fechá-la; 
Enxágue as mãos e a torneira; 
Após fechar a torneira, seque suas mãos com uma toalha bem limpa.
TRANSPORTE PARA A CADEIRA DE RODAS OU PARA A CAMA
Coloque a poltrona ou cadeira de rodas bem próxima à cama, de preferência do lado não afetado; 
27
Quando for transferir o paciente para a poltrona, traga-o para a beirada do leito. Não se afaste nesse momento, pois ele poderá ter tonteiras e cair; 
Para ter uma boa base de apoio, mantenha seus pés um pouco afastados: um apontando para a cama e o outro para a cadeira de rodas; 
Apoie os braços dele sobre os ombros; 
Os seus joelhos devem estar um pouco flexionados e suas mãos devem segurar a cintura do paciente; 
Se quiser melhorar o apoio, coloque nele um cinto bem largo para poder segurá-lo com mais firmeza;
Caso ele não possa sair do leito, procure mudá-lo de posição várias vezes durante o dia (deitar de lado ou de costas); 
Para colocá-lo novamente no leito é só seguir esses passos em sequência invertida. 
COMO AJUDAR A IR AO BANHEIRO
O enfermo vai precisar frequentemente de ajuda para ir ao banheiro. Ele deve sentir-se à vontade para chamar o cuidador quando precisar. Procure lhe dar a maior privacidade possível. Se houver pessoas no quarto, peça para saírem por um instante. 
Em vez de fazer suas necessidades no leito, é preferível que o paciente vá ao banheiro (sozinho ou acompanhado) mesmo que seja com algumas dificuldades. 
Coloque no banheiro todo o material de higiene que ele poderá precisar em um lugar que seja fácil alcançar. 
Peça orientações à equipe de enfermagem sobre como limpar o paciente após as evacuações.
28
 ÚLCERA DE PRESSÃO
	É uma ferida bastante dolorosa causada pela pressão ou pelo atrito prolongado nas regiões da pele em que os ossos são mais salientes. Para preveni-las, é necessária a mobilização e massageamento constante para ativar a circulação dos pacientes acamados por longos períodos.
POSIÇÃO TOTALMENTE DEITADA (DECÚBITO DORSAL)
	A permanência prolongada nesta posição pode facilitar o aparecimento de escaras. Procure mudá-lo de posição várias vezes por dia.
POSIÇÃO SENTADA: Use uma almofada de espuma ou outro material macio. As costas e os pés também devem ficar sobre algum acolchoado. Uma banqueta estufada (com espuma) para os pés também pode ser útil
POSIÇÃO LATERAL : Observe na figura os pontos expostos ao aparecimento de escaras. Pode ser útil colocar um travesseiro na cabeça e um menor entre as pernas, para atenuar o atrito causado pelo peso de uma perna sobre a outra.
POSIÇÃO DE FOWLER (SENTADO MEIO INCLINADO) : Na posição Fowler, os travesseiros, acolchoados ou almofadas de espuma também são muito úteis.
COMO FAZER UM CURATIVO
Lave muito bem as mãos; 
Retire o curativo com cuidado para que ele não encoste na ferida e lave novamente as mãos (para o caso de contato acidental com a lesão); 
Lave bem a lesão com soro fisiológico (solução de cloreto de sódio a 0,9%);
Com uma gaze estéril (totalmente livre de bactérias) limpe ao redor da ferida, sem encostar na lesão; 
Cubra a ferida, sem apertar, com outras gazes e coloque o esparadrapo; 
Volte a lavar as mãos.
29
 9.HEMIPLEGIA
 Hemiplegia é um conceito que deriva da língua grega e que se usa no âmbito da medicina para evocar a paralisia de todo um lado do corpo. Isto significa que a pessoa que sofra de hemiplegia verá paralisada uma metade lateral do seu corpo.
 A hemiplegia pode produzir-se por diversos fatores, como um acidente vascular cerebral (AVC), um tumor cerebral, um traumatismo craniano, uma encefalite, uma meningite ou uma patologia na espinha dorsal.
 Quando uma pessoa sofre uma diminuição da força motora ou uma paralisia parcial, num lado do corpo, é caso de hemiparesia. A hemiparesia, por conseguinte, é menos grave do que a hemiplegia, uma vez que não há imobilidade mas debilidade/limitação.
 A hemiplegia não só anula o movimento e a sensibilidade de parte do rosto, de um braço e/ou de uma perna, como também pode afetar outras funções corporais, como a fala, a visão, a audição e até a capacidade de raciocínio
. É importante destacar que a hemiplegia implica uma incapacidade para controlar certos músculos apesar de estes não estarem danificados, devido ao problema cerebral. Ao não mover estes músculos, tornam-se rígidos e atrofiam com a falta de uso. Para evitar ou minimizar a espasticidade (a rigidez) dos músculos, o paciente pode realizar diversos exercícios físicos por recomendação do seu médico ou terapeuta.
 A fisioterapia, a acupuntura e as massagens podem fazer parte de um tratamento de reabilitação da hemiplegia para fortalecer os músculos e conseguirque o paciente se sinta melhor.
30
10.SONDA NASOGÁSTRICA
A sonda nasogástrica é introduzida pelo nariz e posicionada no estômago para fins de administração de medicamentos e alimentos, obter amostra de conteúdo gástrico e prevenir náuseas e vômitos.
Inserção da Sonda Nasogástrica
 Materiais necessários:
Sonda de calibre adequado;
Lubrificante hidrossolúve (xilocaína a 2% sem vasoconstritor);
Gazes;
Seringa de 20 ml;
Toalha;
Recipiente com água;
Estetoscópio;
Luvas de Procedimento;
Tiras de fita adesiva (micropore, etc).
31
Realização do procedimento
Posicionar o paciente em decúbito elevado ou sentado para prevenir bronco aspiração de conteúdo gástrico se houver vômitos. 
Medir o comprimento da sonda.
Para posicionar a sonda adequadamente no interior do estômago do paciente, é necessário medir o comprimento da sonda a ser introduzido seguindo os seguintes etapas:
1 – Coloca-se a extremidade da sonda na ponta do nariz do paciente;
2 – Alonga-se até a extremidade do lóbulo da orelha;
3 – Em seguida alonga-se até o processo xifóide;
4 – No apêndice xifoide marca-se com uma tira de esparadrapo;
Lubrificar a sonda com solução hidrossolúvel.
A sonda nasogástrica deve ser lubrificada antes da sua introdução na narina. O lubrificante facilita a realização do procedimento e diminui o atrito da sonda com a mucosa nasal minimizando traumatismos e incômodos
Flexionar a cabeça do paciente para diminuir probabilidade da sonda adentrar a traquéia;
Pólipos nasais e edemas podem podem contraindicar a passagem de sonda por uma ou duas narinas;
32
Introduzir a sonda até a marcação com esparadrapo.
Para que a sonda passe pelo esfincter cricofaríngeo, peça ao paciente para degluta. Isto irá facilitar a progressão da sonda no tubo digestivo. Se o paciente apresentar sinais de sufocamento, cianose ou agitação, suspender a sondagem e reiniciá-la após a sua melhora;
Verificar a localização da sonda.
 Para verificar se a sonda está no estômago, pode-se fazer um dos testes a seguir:
 Aspiração de suco gástrico;
 Introdução de 10 ml de ar por meio de seringa e realização concomitante de ausculta na região epigástrica;
 Mergulhar extremidade da sonda em água. Se borbulhar, a sonda provalmente foi intruduzida em vias respiratórias e não no estômago. Caso isto aconteça, deve ser retirada imediatamente.
Fixação da sonda nasogástrica.
Após certificar-se que a sonda está posicionada corretamente, deve-se proceder a sua fixação com segurança e sem compressão de modo a evitar irritação e lesão na pele;
Aspirar conteúdo gástrico para avaliar se há anormalidades e contraindicação do uso da sonda;
33
Orientações de enfermagem ao paciente com sonda nasogástrica
Orientar ao paciente para se manter na posição sentada ou em decúbito elevado para prevenção de refluxo gastroesofágico durante o período de permanência da sonda;
Lubrificar os lábios do paciente no mínimo, três vezes ao dia. Os pacientes com sonda nasogástrica comumente respiram pela boca, fator que causa o ressecamento, fissuras nos lábios, infecção e halitose;
Providenciar a limpeza dos orifícios nasais do paciente, pelo menos uma vez ao dia e verificação se não há ponto de pressão entre a sonda e a mucosa. A retirada de crostas que podem se acumular ao redor da sonda e a retirada de pontos de pressão provocados pela sonda previne ulcerações.
Orientação para a retirada da sonda
Antes de retirar a sonda nasogástrica, o profissional de enfermagem deve primeiro fechá-la a fim de evitar o derramamento de conteúdo gástrico no trato digestivo alto, fator que provoca irritação.
34
11.ACESSO VENOSO PERIFÉRICO 
 A utilização do dispositivo de infusão intravenosa, conhecido pelos profissionais de saúde como scalp e popularmente como butterfly, teve início em meados dos anos 1940. A princípio, o tempo de permanência desse dispositivo no acesso do paciente ultrapassava 24 horas. Esta ação causava certo desconforto, pois durante o tempo em que o paciente permanecia com o acesso, o braço e o antebraço (ou a mão) ficava sob uma tala que era fixada com esparadrapo. Esse procedimento era necessário para que não houvesse a dobra ou a perda do acesso durante algum movimento, como, por exemplo, no caso de o paciente precisar ir ao banheiro. No caso decrianças, era ainda mais complicado, pois elas tentavam arrancar o acesso, o local ficava quente e a pele marcada.
Scalp
 É composto de agulha nos calibres 19G, 21G, 23G, 25G e 27G, que é acoplada a uma aleta para empunhadura (apelidado de butterfly) que, por sua vez, está ligada a uma mangueira extensora que tem um conector 6% luer onde se conecta a seringa ou equipo para a administração da medicação. Essa extremidade vem com uma tampa de proteção que deve ser removida no momento em que a medicação será infundida. Como esta tampa serve apenas para proteção e não para vedação, os profissionais de enfermagem heparinizavam o dispositivo para evitar coágulos e obstruções no caso dos pacientes que necessitavam permanecer com o acesso por um período prolongado. Além disso, havia o risco de vazamento de sangue, o que aumentava muito o risco de contaminação no paciente e no profissional.
35
Cateteres Venosos Periféricos 
 Proporcionam maior conforto e segurança aos pacientes e aos profissionais. Eles são recomendados na utilização por períodos prolongados ou que exijam a administração de medicamentos com maior risco de causar inflamações nas veias ou lesões na pele do paciente. E também no caso de extravasamento, quando podem causar contaminação do profissional, como no caso das medicações quimioterápicas.
 A agulha é confeccionada em aço inoxidável com bísel trifacetado com a finalidade de perfurar a pele até chegar ao acesso venoso, preservando a integridade do cilindro,
evitando que ele se dobre ou se quebre até chegar ao vaso. Ele é confeccionado de polímero policloreto de vinila, ou polímero poliuretano (PU), ambos flexíveis, de 
calibres que vão de 14G a 24G. Em uma das extremidades possui um conector 6% luer onde se observa o retorno sanguíneo e promove a conexão com a seringa, equipo, multivias, etc. para que se inicie a infusão.
O destaque para o cateter 24G é que a sua cânula é bem fina e pode ser utilizado em neonatos sem causar o rompimento do vaso. O cateter é fixado com o auxílio de fita microporosa ou curativo transparente, dispensando o uso de talas. Para o cateter confeccionado em polímero policloreto de vinila, o tempo de permanência é de até 48 horas, enquanto que o cateter confeccionado em polímero poliuretano pode permanecer por até 72 horas.
 Portanto, o scalp deve ser utilizado para administração imediata de medicação, onde não há necessidade de se manter o acesso no paciente. Já o cateter deve ser empregado para utilização intermitente de fluídos, onde há a necessidade de se manter o acesso no paciente por um período prolongado.
36
Via de Acesso
 Dá-se preferência às veias dos membros superiores do antebraço por acomodar cateteres mais calibrosos:
Veia cefálica;
Veia basílica;
Veias medianas do antebraço e cotovelo;
Veias do dorso da mão;
Não conseguiu com nenhuma dessas veias? Calma! tente as veias dos membros inferiores:
Veia safena magna e parva;
Veias dorsais dos pés
Contraindicações
Devem ser consideradas antes da tentativa de realizar o procedimento, sendo elas:
Infecção;
Flebite;
Esclerose de veias;
Infiltração intravenosa prévia;
Queimaduras ou lesões traumáticas próximas ao local de inserção do cateter;
Fístula arteriovenosa.
Técnica
Separar os materiais necessários para a realização do procedimento (luva, garrote, solução antisséptica à base de clorexidina, gaze estéril, cateteres de tamanhos apropriados e materiais específicos);
37
Explicar ao paciente consciente toda a sequência do procedimento;
Escolher a veia apropriada
Colocar um torniquete (garrote) acima (proximal) do local escolhido para punção;
Fazer antissepsia do local da punção;
Segurar olocal de forma firme com a mão não dominante e usar o polegar para puxar suavemente a veia;
 Segurar o cateter com a mão dominante entre o polegar e o dedo indicador com o bisel voltado para cima.
 Punção: Introdução da agulha tangencialmente à pele, formando um ângulo de 10 a 30° com a pele. A agulha deve ser introduzida gentilmente até se observar correta canulação da veia puncionada;
Posicionar a ponta do dedo indicador da mão dominante contra a pequena aba que se prolonga pelo topo do eixo do cateter. Avançar o cateter dentro da veia estendendo o dedo indicador dominante exercendo pressão contra a pequena aba com a ponta do dedo. Manter tração leve na veia com a mão não dominante para a veia não se movimentar enquanto o cateter é avançado;
Observar o retorno venoso;
 Uma vez o cateter inserido, deve-se empurrar o botão no protetor da agulha para ela retirar a fim de prevenir lesões;
Remover o garrote;
.Segurar o cateter e anexar o conjunto apropriado do cateter intravenoso;
 Fixar o cateter com curativo oclusivo e do equipo em alça.
38
12.A ALIMENTAÇÃO NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
A alimentação balanceada pode ser uma forte aliada no processo de cicatrização
Para fechar uma ferida, o organismo precisa depositar colágeno na região, o que depende essencialmente da quantidade de proteína disponível. Daí a importância de uma dieta rica em proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais
Alimentos que atrapalham a cicatrização
Importante excluir da alimentação tudo que tenha gordura e principalmente açúcar, como:
Açúcar em pó, mel, melaço de cana;
Refrigerante, balas, chocolate, sorvete e biscoitos, recheados ou não;
Iogurte, leite achocolatado, compotas com açúcar;
Carnes gordurosas, carne de porco, salsicha, linguiça, bacon. 
O tabagismo e o consumo de álcool em excesso devem ser evitados, já que essas substâncias dificultam a regeneração dos tecidos.
A pele compõe-se, essencialmente, de três grandes camadas: uma superior – a epiderme; uma camada intermediária – a derme; e uma camada profunda, a hipoderme. A pele é o maior órgão do corpo humano.
A pele tem varias funções:
Proteger o organismo contra a acao dos agentes externos (físicos,químicos e biológicos;
Impedir a perda excessiva de agua;
Manter a temperatura corporal;
Sintetizar a vitamina D;
39
E agir como órgão dos sentidos.
Classificação das feridas
As feridas podem ser classificadas a partir de sua espessura, etiologia, evolução, presença de infecção, comprometimento tecidual.
a) Espessura   
Superficial:  danos teciduais na epiderme e derme.
 Profunda superficial: ocorre a destruição da epiderme, da derme e do tecido subcutâneo.
Profunda total:  as camadas atingidas são mais profundas, apresenta danos em tecido muscular e as estruturas adjacentes, como tendões, cartilagens, ossos, etc.
b) Etiologia
Acidentais ou traumáticas:  provenientes de situações imprevistas,   com objetos cortantes, perfurantes, lacerantes, contundentes ou por inoculações de venenos, mordeduras e queimaduras.
Intencionais ou cirúrgicas: quando for realizada alguma intervenção em cirurgias, com intuito terapêutico.
Patológicas: são lesões secundárias, provenientes de doença básica.
Iatrogênicas: ocorrem em situações e resultados inadequados em situações de intervenções, procedimentos ou tratamentos.
Por fatores causais externos: podem resultar de pressões locais, como  peso do corpo, cisalhamentos, fricções e umidade excessiva, geralmente em casos de úlceras de pressão.
40
c) Evolução 
Agudas:  processo imediato, onde ocorre o rompimento do sistema de  vascularização, ocorre o imediato processo de hemostasia.
Crônicas: considerada-se crônicas as feridas de longa duração ou que retornam diversas vezes, são de difícil cicatrização,  é um processo lento e usualmente há situações de desvios, como doenças, infecções, etc.
d) Infecção Presente 
Assépticas:  as feridas não possui microorganismos, observa-se  a presença de sinais flogísticos: dor, rubor, calor, no interesse de identificar se iniciou-se um processo infeccioso.
Limpas contaminadas: feridas com uma contaminação pouco significativa, os tecidos atingidos são de pouco colonização. A maior ocorrência são em feridas traumáticas com um tempo menor de 6 horas.
Contaminadas: feridas contaminadas em atos cirúrgicos ou pós trauma com tempo superior a 6 horas.
Sépticas: são aquelas feridas em que os tecidos são potencialmente colonizadas, ou seja, com contaminação grosseira por detritos ou por microorganismos como parasitas, bactérias, vírus, fungos. A proliferação desses ocorre geralmente quando há uma imunidade baixa. Há evidências de processo infeccioso, por presença de tecido desvitalizado, exsudação purulenta e odor característico, forte e muitas vezes fétido.
41
 
Comprometimento tecidual 
Estágio I: o tecido apresenta-se hiperemiado, com áreas de descoloração  e endurecimento local.
Estágio II:  ruptura e perda da epiderme ou derme, são superficiais e podem apresentar bolhas ou crateras rasas.
Estágio III: ferida com maior profundidade por perda total de tecido cutâneo, geralmente apresenta-se com necrose do tecido subcutâneo até a fáscia muscular, tem odor característico de tecido necrótico.
Estágio IV:  ferida em cavitação, profunda que atinge músculos, tendões e ossos, com necrose e odor característico.
42
13.ESCARAS
 As escaras de decúbito, também conhecidas como úlceras de pressão, são feridas que aparecem na pele de pessoas que permanecem muito tempo na mesma posição, como acontece em pacientes internados em hospitais ou que ficam acamados dentro de casa, sendo muito comum também nos paraplégicos, já que passam muito tempo sentados na mesma posição.
As escaras podem ser classificadas de acordo com a sua gravidade, podendo ser:
Grau 1: Vermelhidão na pele que, mesmo após o alívio da pressão, não desaparece;
Grau 2: Formação de bolha com conteúdo aquoso;
Grau 3: Aparecimento de necrose do tecido subcutâneo;
Grau 4: Acometimento de estruturas profundas, necrose de músculos e tendões, aparecimento de estrutura óssea.
Os locais mais frequentes para o surgimento de escaras são a região sacral, logo acima do bumbum, as laterais do quadril, os calcanhares, as orelhas, os ombros e os joelhos, pois são locais do corpo que ficam mais facilmente sobre superfícies duras, dificultando a circulação de sangue.
O maior perigo é a infecção que pode ocorrer nessas feridas. Bactérias podem entrar facilmente no corpo através de uma escara aberta e mal cuidada, trazendo maiores complicações para o estado de saúde.
Como evitar o surgimento de escaras
A prevenção das escaras pode ser feita através da mudança frequente de decúbitos, isto é, da mudança da posição do corpo de 2 em 2 horas. Além disso, o uso de almofadas ou de um colchão chamado popularmente de casca de ovo, também pode ajudar a reduzir bastante o risco de ter uma úlcera de pressão.
43
A alimentação adequada e a boa hidratação também são muito importantes para manter a pele saudável e evitar o surgimento de escaras.
Como tratar as escaras
O tratamento para escaras que ainda não estão abertas consiste em melhorar a circulação sanguínea local, através de massagem suave com óleo de girassol ou creme hidratante, por exemplo.
No entanto, nas escaras que já estão abertas é aconselhado que o tratamento seja feito por um médico ou enfermeiro, no hospital ou no posto de saúde, já que o uso de pomadas erradas ou a realização de um curativo sujo podem levar ao surgimento de uma escara infectada e muito difícil de tratar, que pode colocar a vida em risco.
Tratamento para escaras
 O tratamento para escara ou úlcera de decúbito, como é conhecida cientificamente, pode ser feito com laser, açúcar, pomada de papaína, fisioterapia ou óleo dersani, por exemplo, dependendo da profundidade da escara.
Estes tratamentos podem ser utilizados em separado ou juntos, dependendo das características da ferida e, por isso, a escaradeve ser sempre avaliada por um médico ou enfermeiro.
Porém, independentemente do tratamento, os princípios gerais para o tratamento de escaras incluem:
Remover o tecido morto;
Limpar a ferida com soro fisiológico;
Aplicar o produto para facilitar a cicatrização;
Colocar um curativo.
44
Além disso, a fisioterapia também pode ser associada para diminuir a pressão e melhorar a circulação sanguínea no local, podendo ser indicada na maioria dos casos.
No caso das escaras mais superficiais, de grau 1, elas podem-se curar apenas com o alívio da pressão no local, virando o paciente acamado de 3 em 3 horas. 
Tratamento de escara com laser
 O tratamento para escara com laser consiste no uso de um aparelho de laser, de baixa intensidade, para melhorar a circulação sanguínea do local e acelerar a cicatrização da escara. A aplicação do laser deve ser feita numa clínica especializada por um enfermeiro ou fisioterapeuta.
Pomadas para tratamento de escaras.
 O tratamento para escara com pomada pode ajudar a cicatrizar a escara mais rapidamente. Um bom remédio é o óleo Dersani, que pode ser comprado em qualquer farmácia. Basta aplicar o óleo nas regiões com escaras superficias e nas regiões mais propensas ao seu desenvolvimento. Existem ainda outras pomadas, como a papaína, que podem ser utilizadas, mas que devem ser prescritas pelo médico.
 Depois da colocação da pomada na ferida deve também ser aplicado um creme hidratante na pele ao redor para impedir o aumento da escara.
Como tratar uma escara infectada
O tratamento de uma escara infectada deve ser sempre orientado por um dermatologista, uma vez que é preciso identificar o microorganismo que está infectando os tecidos para escolher o melhor produto a ser aplicado no curativo.
O açúcar refinado e as pomadas com prata podem ser algumas das opções para curar a escara infectada, pois possuem ação antibiótica que elimina os micro-organismos, facilitando a cicatrização. Normalmente, neste tipo de escara, o curativo deve ser trocado todos os dias para facilitar a cicatrização.
45
Sinais de melhora
 Nota-se que a escara está fechando e cicatrizando corretamente quando, ao redor da ferida, vão surgindo pequenos grânulos de tecido vermelho, parecidos com uma amora. Esta é uma condição normal, pois a ferida fecha-se de fora para dentro.
Sinais de piora
 Os sinais de piora surgem quando a escara não está sendo tratada ou quando o produto utilizado para sua cicatrização não está tendo o efeito desejado. Nesses casos, os primeiros sinais incluem aumento da vermelhidão em volta da escara e aparecimento de tecido amarelado ou marrom no interior da ferida. Depois disso, podem surgir mais sinais de infecção como pús ou cheiro fétido, por exemplo.
46
14.CONCLUSÂO
 A equipe de enfermagem desempenha um papel importante no tratamento de feridas sendo que 80% dos casos são acompanhados a nível primário ou ambulatorial onde a realização dos curativos é feita pela equipe de enfermagem em um processo dinâmico e gradativo, sendo necessário domínio no conhecimento teórico para um acompanhamento e tratamento eficaz, pois a escolha de um tratamento equivocado pode prolongar ainda mais o tratamento da ferida.
47
REFERÊNCIAS
Jones JE, Nelson EA. Skin grafting for venous leg ulcers. Cochrane Database Syst Rev. 2005;25(1):CD001737. 2. Chung KC, Glori AK. Systematic review of skin graft donor-site dressings. Plast Reconstr Surg. 2009;124(1):307-8. 3. Kanj LF, Wilking SV, Phillips TJ. Pressure ulcers. J Am Acad Dermatol. 1998;38(4):517-36. 4. Isaac C, Ladeira PRS, Rego FMP, Aldunate JCB, Ferreira MC. Processo de cura das feridas: cicatrização fisiológica. Rev Med. 2010;89(3/4): 125-31. 5. Ferreira MC, Tuma Jr. P, Carvalho VF, Kamamoto F. Feridas complexas. Clinics. 2006;61(6):571-8. 6. Harding KG, Morris HL, Patel GK. Science, medicine and future: hea - ling chronic wounds. BMJ. 2002;324(7330):160-3. 7. Fan K, Tang J, Escandon J, Kirsner RS. State of the art in topical woundhealing products. Plast Reconstr Surg. 2011;127 Suppl 1:44S-59S. 8. Grazul-Bilska AT, Johnson ML, Bilski JJ, Redmer DA, Reynolds LP, Abdullah A, et al. Wound healing: the role of growth factors. Drugs Today. 2003;39(10):787-800. 9. Harding KG, Morris HL, Patel GK. Science, medicine and future: hea - ling chronic wounds. BMJ. 2002;324(7330):160-3. 10. Ferreira MC, Paggiaro AO, Isaac C, Teixeira Neto N, Santos GB. Substitutos cutâneos: conceitos atuais e proposta de classificação. Rev Bras Cir Plást. 2011;26(4):696-702. 11. Winter GD. Formation of the scab and the rate of epithelization of superficial wounds in the skin of the young domestic pig. Nature. 1962;
Winter GD. Formation of the scab and the rate of epithelization of superficial wounds in the skin of the young domestic pig. Nature. 1962; 193:293-4. 12. Hinman CD, Maibach H. Effect of air exposure and occlusion on experimental human skin wounds. Nature. 1963;200:377-8. 13. Franco D, Gonçalves LF. Feridas cutâneas: a escolha do curativo adequado. Rev Col Bras Cir. 2008;35(3):203-6. 14. Alves HR, Almeida PC, Grillo VA, Smaniotto P, Santos DV, Ferreira MC. Clinical experiences of using a cellulose dressing on burns and donor site wounds. J Wound Care. 2009;18(1):27-30. 15. Lindford AJ, Kaartinen IS, Virolainen S, Kuokkanen HO, Vuola J. The dermis graft: another autologous option for acute burn wound coverage. Burns. 2012;38(2):274-82. 16. Argenta LC, Morikwas MJ. Vacuum-assisted closure: a new method for wound control and treatment: clinical experience. Ann Plast Surg. 1997;38(6):563-76. 17. Ferreira MC, Wada A, Tuma Jr P. The vacuum assisted closure of complex wounds: report of 3 cases. Clinics. 2003;58(4):277-30.
FERREIRA DE MENEZES - Luzia Regina - Orientações aos Cuidadores de Pacientes Acamados

Outros materiais