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TRABALHO RESUMO FILME JUSTIÇA

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INTRODUÇÃO
O filme “Justiça”, de Maria Augusta Ramos, mostra a dura realidade do sistema prisional brasileiro e também retrata o andamento de alguns processos criminais que estão em andamento. No decorrer do filme podemos perceber que a maioria dos indivíduos que seguem como réus destes processos criminais são de origem pobre, não possuem perspectiva de vida e têm algum tipo de envolvimento com o uso / tráfico de entorpecentes.
O filme em questão trata diretamente de três processos em andamento e tem como partes envolvidas nestes processos três acusados, uma defensora pública, duas promotoras de justiça e três juízes.No primeiro processo o réu, negro, pobre e cadeirante, foi detido pela polícia em dia de carnaval por roubo; o segundo réu é Carlos Eduardo que ao bater com o carro foi preso quando a polícia identificou o carro como roubado, Carlos Eduardo já tinha passagem por roubo e uso de entorpecentes; o terceiro processo possui 2 réus, Paulo Cesar e Alan, o último descreve o fato ocorrido se declarando inocente, afirmando que soltava pipa sozinho no local e alega que não estava com posse das duas armas encontradas e que não estava em posse dos entorpecentes supostamente encontrados pelos policiais na comunidade Bandeira Dois, em Del Castilho, o mesmo alega também ter sido agredido pelos policiais num dos becos da comunidade.
 2. OBJETIVO GERAL
2.1- REALIDADE DA SOCIEDADE BRASILEIRA
O Brasil, hoje, possui um índice de 8,3% de desemprego e possui a 4ª maior população carcerária do mundo, atrás somente de Estados Unidos, Rússia e Tailândia, respectivamente. Estima-se de 60,8% da população carcerária é negra, demonstrando um desequilíbrio em nossa sociedade já que a grande maioria dos indivíduos residindo em comunidades em contato direto com o tráfico é negra, o que pode explicar esse desequilíbrio em nosso sistema prisional.
2.2 –O SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO
Podemos observar durante o filme que o sistema carcerário brasileiro encontra-se superlotado e em condições precárias, dificultando ainda mais a recuperação destes indivíduos e impossibilitando de vez a reinserção deles novamente em nossa sociedade. 
De acordo com o artigo 41 da Lei de Execução Penal constituem direitos do preso:
“I - alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III - previdência social;
IV - constituição de pecúlio;
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
Vl - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena;
Vll - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
Vlll - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
Xl - chamamento nominal;
Xll - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
Xlll - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
Parágrafo único - Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.”
O indivíduo que se encontra preso tem direito a assistência como uma forma de começar com ele um processo de reabilitação, resgatando os valores humanos, ensinando ainda no trato enquanto indivíduo, enquanto ser humano. Tanto o preso, o internado, quanto o egresso devem ter assistência material, à saúde, assistência jurídica, educacional, social e religiosa.
Observando friamente as imagens realizadas dentro do presídio constatamos, no mínimo, a violação do item “VII” no que diz respeito à saúde e ao social já que não há mínimas condições de saúde e de interação social “saudável” nesse meio.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3.1- DOS PROCESSOS JUDICIAIS
O primeiro caso se trata de um indivíduo negro, pobre e que se tornou cadeirante 7 anos antes do ocorrido devido a problemas arteriais, o mesmo tem problemas de locomoção, de realizar sua necessidades fisiológicas sozinho e até mesmo de tomar devidamente um banho para que possa se higienizar adequadamente. Ao fim de seu depoimento solicitou ao juiz a possibilidade de lhe ser concedida ajuda médica durante o andamento de seu processo e o juiz o informou de que isso não cabia a ele decidir e que ele precisaria de um aval médico para tomar tal decisão. Sabe-se por nós, estudantes de Direito, a falta de condições básicas de vida para com a saúde fere os Direitos Humanos e que o juiz poderia sim conceder este benefício ao réu.
O segundo caso (julgado por uma juíza que tem um comportamento soberbo com relação o réu), de Carlos Eduardo, vem reafirmando problemas de corrupção já conhecidos pela nossa sociedade. Carlos Eduardo, pai de uma menina e com sua namorada esperando mais um filho, responde por posse de veículo roubado. Toma-se conhecimento de que o mesmo já foi acusado e condenado por roubo e processado por uso de entorpecentes, o que exclui as possibilidades de “relaxamento” durante o curso de seu processo. No decorrer da resolução do processo de Carlos Eduardo a mãe do réu revelou que quando o mesmo foi detido em outra ocasião os policiais envolvidos na prisão a procuraram e tentaram coagi-la dizendo que para que seu filho não fosse preso ela teria que conseguir dois fuzis para eles, mas a mãe não tinha nem mesmo conhecimento do que vinham a ser fuzis. Como represália os policiais mataram todos os indivíduos que andavam com Carlos Eduardo, que conseguiu se salvar. Posteriormente foi a vez do réu revelar que já havia sido coagido pelos policiais anteriormente, os policiais foram em sua casa e receberam determinada quantia para libera-lo, no mesmo dia a noite o mesmo grupo de policiais tentou coagi-lo novamente, sem sucesso, e o prenderam. No caso de Carlos Eduardo podemos ver um sistema policial extremamente falho e corrupto onde traficantes e bandidos perigosos (e de baixa periculosidade como o réu) podem ser facilmente liberados para continuar a pratica de crimes se dispondo a ceder a coação policial. Os agentes que deveriam servir e proteger a sociedade não passam de pessoas tão sujas quanto aqueles que nos roubam e matam nas ruas do país.
O terceiro caso é o de Alan. O réu alega não ter envolvimento com o tráfico de drogas e diz estar apenas soltando pipa no momento em que os policiais chegaram e o acusaram de pertencer ao movimento. O réu ainda era menor no momento da prisão e o policial diz ter encontrado com ele cocaína, maconha e armas. Alan diz que podem ser feitas perícias nas drogas e nas armas e que se forem encontrados indícios de seu envolvimento, que ele seja condenado a dez anos de prisão se assim for a vontade da justiça. A tia de Alan, que o criou pois o mesmo é órfão de pai e mãe, diz que o réu já foi usuário de drogas e possui problemas graves de saúde mas que o mesmo já não usa drogas a mais de 6 meses, o que bateu exatamente com o que o réu disse ao juiz. Alan denuncia também que policiais o levaram para um beco e foi agredido com socos, chutes e tapas. O réu nunca teve problemas para com a justiça, o que o torna réu primário. O caso de Alan denuncia o abuso de poder da Policia Militar, algo já conhecido por nós, e a intenção de incriminar o réu por envolvimento com tráfico de drogas. O réu recebeu pena de 4 anos e 68 dias de reclusão convertidos em trabalhos comunitários, foram levados em consideração o fato de que o mesmo era menor de idade no ato da prisão e que o mesmo era réu primário.
CONCLUSÃO
Foram observados diversos aspectos no documentário em questão, podemos ver como funciona o sistema judiciário brasileiro bem como o sistema prisional e como agem os agentes de segurança. 
Podemos concluir que o sistema não é justopara todos, e que a corrupção precisa ser combatida. Foram infligidos os Direitos Humanos ao se negar e/ou dificultar o acesso a saúde para um cidadão, agentes de segurança pública agem como criminosos tentando coagir pessoas que já se encontram em condições desfavoráveis perante a sociedade em que vivemos e não satisfeitos ainda praticam crimes de execução como represália àqueles que não se submetem a sua coação e estes mesmos “agentes de segurança” incriminam um rapaz até então menor de idade e com problemas de saúde por simples necessidade de ter resultados a mostrar. 
É necessária uma reforma não só no sistema judiciário brasileiro como também em nossa política de segurança pública. Juízes devem fazer valer o que lhes é ensinado ao longo de 5 anos de estudo e tratar a todos imparcialmente e agentes de segurança devem fazer valer seu juramento de servir e proteger com honra os cidadãos brasileiros e aqueles que não agirem de acordo com a lei que sejam devidamente punidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
www.ambito-juridico.com.br;
www.humanrights.com;
www.jus.com.br; e
www.cnj.jus.br

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