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* BIOQUÍMICA CLÍNICA fidelis_fabio@yahoo.com.br Prof. Dr. Fábio Fidélis * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL O Rim direito fica em uma posição anatômica inferior ao esquerdo devido a presença do Fígado no lado direito do Corpo. São órgãos RETROPERITONEAIS. As costelas flutuantes e o tecido adiposo protegem os Rins contra choques. Os Rins filtram 180 litros de Sangue por dia onde 99% são reabsorvidos. O que não for reabsorvido, forma a Urina (1,5 a 2 Litros por dia). A bexiga comporta aproximadamente 800mL de urina. Principais Funções: Filtração, Reabsorção, Secreção e Excreção HOMEOSTASE Equilíbrio Hidroeletrolítico, Manutenção do pH Sanguíneo e Manutenção da Pressão Arterial. Age em conjunto com o Sistema Cardiovascular. Nefrologista Especialista em Fisiologia Renal. CURIOSIDADES Embora a grande maioria de pessoas nasça com dois rins, um deles basta para desempenhar todas as funções de modo eficaz. * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL O sistema Urinário é constituído pelos ÓRGÃOS UROPOÉTICOS, isto é, incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. Na urina encontramos água (95%), ácido úrico, ureia, creatinina, sódio, potássio, bicarbonato, etc. Este aparelho pode ser dividido em ÓRGÃOS SECRETORES - que produzem a urina - e ÓRGÃOS EXCRETORES - que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo. * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL Os Órgãos Urinários compreendem: os RINS (2), que produzem a urina, os URETERES (2) ou ductos, que transportam a urina para a BEXIGA (1), onde fica retida por algum tempo, e a URETRA (1), através da qual é expelida do corpo. Além dos RINS, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam como um ENCANAMENTO constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas – Ureteres, Bexiga e Uretra – NÃO MODIFICAM a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas ARMAZENAM e CONDUZEM a urina dos RINS para o Meio Externo. * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL ANATOMIA MACROSCÓPICA Artérias Renais Veias Renais * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL ANATOMIA MACROSCÓPICA (externa) FACES Anterior e Posterior. BORDAS Medial (Côncava) e Lateral (Convexa). EXTREMIDADES Superior (Glândula Suprarrenal) e Inferior. * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL ANATOMIA MACROSCÓPICA (interna) FLUXO DA URINA: Néfrons Grandes Ductos Papilares Cálices Renais (menor e maior) Pelve Renal Ureter Bexiga Urinária Uretra Meio Externo. * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL O NÉFRON é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do RIM. Cada RIM contém cerca de 1 milhão de NÉFRONS. A forma do NÉFRON é peculiar, inconfundível, e admiravelmente adequada para sua função de produzir urina. O NÉFRON é formado por DOIS Componentes Principais: 1. CORPÚSCULO RENAL: Cápsula Glomerular (de Bowman). Glomérulo – rede de capilares sanguíneos enovelados dentro da cápsula glomerular. 2. TÚBULO RENAL: Túbulo Contorcido Proximal. Alça do Néfron (de Henle) Descendente e Ascendente. Túbulo Contorcido Distal. Túbulo Coletor. * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL 1. CORPÚSCULO RENAL: Cápsula Glomerular (de Bowman). Glomérulo. 2. TÚBULO RENAL: Túbulo Contorcido Proximal. Alça do Néfron (de Henle). Túbulo Contorcido Distal. Túbulo Coletor. * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL FILTRAÇÃO REABSORÇÃO SECREÇÃO EXCREÇÃO EXCRETADO (Urina) = FILTRADO - REABSORVIDO + SECRETADO http://www.youtube.com/watch?v=EL3_OqqggDs * Prof. Dr. Fábio Fidélis FISIOLOGIA RENAL Os rins são órgãos vitais, seu MAU FUNCIONAMENTO pode resultar em Doença Grave, ou mesmo em Morte. Por que o rim é ESSENCIAL para o corpo? Consumimos diariamente comida de diversos tipos e em diferentes quantidades. A quantidade de água, sal e ácidos em nosso corpo também varia a cada dia. O processo contínuo de converter o alimento em energia produz TOXINAS prejudiciais ao corpo. Esses fatores levam à alteração da quantidade dos fluidos, eletrólitos e ácidos no organismo. O acúmulo de elementos tóxicos e nocivos pode colocar a vida em risco. Os rins têm a importante função de ELIMINAR as toxinas e os ácidos prejudiciais ao corpo. Ao mesmo tempo REGULAM e MANTÊM o equilíbrio e o nível de água, de eletrólitos, dos ácidos e das bases. * Prof. Dr. Fábio Fidélis FUNÇÕES DOS RINS Eliminar produtos finais do metabolismo eliminar URÉIA e a CREATININA, cuja quantidade no organismo se pode medir no sangue. Seus índices refletem a função do rim. Quando ambos os rins param de funcionar, o exame de sangue mostrará ALTOS valores de uréia e creatinina. Eliminar os fluidos em excesso eliminar o excesso de ÁGUA em forma de urina e retendo a quantidade necessária para o corpo. Equilibrar substâncias minerais e químicas Na+, K+, H+ e Bicarbonato, etc. Controlar a pressão arterial Os rins produzem vários hormônios (Renina, Angiotensina, Aldosterona, Prostaglandina, etc) e regulam a água e o sal no corpo. Produzir células vermelhas no sangue Eritropoietina . Manter ossos saudáveis O rim converte a vitamina D em sua forma ativa, o que é essencial para a absorção do cálcio presente na comida. * Prof. Dr. Fábio Fidélis SINTOMAS DE DOENÇAS RENAIS Os sintomas das doenças renais variam em cada pessoa, dependendo muito da causa fundamental e da gravidade do problema. Frequentemente os sintomas são generalizados e vagos, sendo difícil o diagnóstico nos primeiros estágios. Entretanto, existe alguns sintomas comuns das doenças renais: O inchaço do rosto, dos pés e do ventre é um sintoma frequente da doença renal. No rosto, o inchaço característico devido à doença renal começa abaixo da pálpebra e é mais evidente pela manhã. Apesar de ser um sintoma de deficiência renal, o inchaço no rosto nem sempre é indicativo desse mal. Em certas doenças renais, embora o rim esteja funcionando normalmente, o inchaço pode ocorrer (por exemplo, na síndrome nefrótica). É importante notar que há doentes com doença renal significativa que não apresentam esse sintoma. * Prof. Dr. Fábio Fidélis SINTOMAS DE DOENÇAS RENAIS Perda de apetite, enjôo, vômitos: Perda de apetite, gosto anormal na boca e pouca ingestão de alimentos são sintomas de doença renal que, ao se agravar, com o aumento de substâncias tóxicas, causa náuseas, vômitos e soluços. Pressão alta- hipertensão: E comum a hipertensão em doentes com insuficiência renal. Se ocorrer em pessoas abaixo de 30 anos, ou se for muito elevada na ocasião do diagnóstico, a causa pode ser um problema renal. Anemia e Fraqueza: Fraqueza generalizada, fadiga matinal, pouca concentração no trabalho e palidez são características comuns de pessoas com anemia (baixos níveis de hemoglobina); às vezes estes sintomas podem ser as únicas queixas de uma pessoa com problema renal. Se a anemia não regredir com o tratamento normal, e essencial descartar a possibilidade de insuficiência renal. * Prof. Dr. Fábio Fidélis SINTOMAS DE DOENÇAS RENAIS Queixas referentes ao aparelho urinário Volume de urina reduzido, o que causa inchaço, é comum em várias doenças renais. Ardência ao urinar, urinação frequente e presença de sangue ou pus na urina são sintomas de infecção na passagem urinária. A obstrução do fluxo de urina pode causar dificuldade e dor na passagem ou na eliminação da urina, fluxo escasso ou fluxo gota por gota. Em casos graves, é comum haver total obstrução. Obs.: Mesmo se a pessoa apresentar alguns dos sintomas acima, não significa que sofra de doença renal, mas é aconselhável consultar o médico para eliminar dúvidas, submetendo-se a exames. É importante lembrar que problemas renais graves podem ser assintomáticos. * Prof. Dr. Fábio Fidélis PRINCIPAIS DOENÇAS RENAISAs doenças dos rins consistem de dois grupos: Doenças tratáveis pela medicina: Insuficiência renal aguda (IRA), doença renal crônica (DRC), infecções do trato urinário e a síndrome nefrótica são tratadas com medicamentos por nefrologistas. Doentes em estado adiantado da doença renal necessitam de Diálise ou de Transplante Renal. Doenças que levam a cirurgias: Os urologistas tratam de doenças como pedras nos rins, problemas da próstata e câncer do trato urinário por via de cirurgia, endoscopia e litotripsia. Qual a diferença entre tratamento urológico e nefrológico? Os nefrologistas são clínicos e os urologistas são cirurgiões especializados em doenças renais. * Prof. Dr. Fábio Fidélis PRINCIPAIS DOENÇAS RENAIS Insuficiência Renal Aguda (IRA) A repentina redução ou perda em funções renais chama-se Insuficiência Renal Aguda ou Injúria Renal Aguda. O volume de urina diminui na maioria dos doentes com o problema, que tem como principais causas diarréia (desidratação), vômitos, queimaduras, pedras nos rins, hipotensão, septicemia, certos medicamentos inibidores da enzima de conversão (IECAs) e anti-inflamatórios não hormonais (AINEs), etc. Com tratamento médico adequado (e às vezes com diálise) as funções retornam ao normal na maioria dos casos. * Prof. Dr. Fábio Fidélis PRINCIPAIS DOENÇAS RENAIS Doença Renal Crônica (DRC) – Insuficiência Renal Crônica (IRC) Trata-se da perda das funções dos rins gradual, progressiva e irreversível durante vários meses e podendo se arrastar por anos. As funções renais se reduzem até o rim parar de funcionar completamente. Quanto mais avançada, mais perigosa. É uma doença SILENCIOSA e IMPERCEPTÍVEL. Nos primeiros estágios, são poucos os sintomas, podendo-se citar fraqueza, perda de apetite, náusea, inchaço, pressão alta etc. Mas suas principais causas são DIABETES (Nefropatia) e HIPERTENSÃO seguidas pelas GLOMERULONEFRITES. O índice de CREATININA e URÉIA refletem a gravidade da doença, eles aumentam com a sua gravidade. Nos primeiros estágios da DRC, o doente necessita de medicamentos adequados e modificações na dieta. Não existe tratamento que possa curar esta doença. O tratamento visa a diminuir a progressão da doença e evitar complicações e, desta maneira, ajudar o doente a viver melhor e por muito tempo, apesar da gravidade da doença. * Prof. Dr. Fábio Fidélis PRINCIPAIS DOENÇAS RENAIS Doença Renal Crônica (DRC) – Insuficiência Renal Crônica (IRC) Fase 1 (função renal cerca 90-100%) Fase precoce e assintomática, sem dano ao rim (creatinina normal). Fase 2 (função renal cerca 60-89%) Doença renal crônica branda. Fase 3 (função renal cerca 30-59%) Doença renal crônica moderada. Fase 4 (função renal < que 15%-29%) Doença dos rins grave. Fase 5 (função renal < que 15% ) Muito Grave. Obs.: Pressão arterial alta e não controlada na juventude é indicativa comum de DRC. * Prof. Dr. Fábio Fidélis PRINCIPAIS DOENÇAS RENAIS Doença Renal Crônica (DRC) – Insuficiência Renal Crônica (IRC) Quando a doença chega a um estágio avançado, os rins perdem cerca de 90% das suas funções (a creatinina está geralmente > que 8-10 mg/dl). Nesse caso, as únicas opções de tratamento é a Hemodiálise, além do Transplante Renal. A Hemodiálise (HD) é o método mais popular utilizado na DRC em fase avançada. É realizada com a ajuda de um filtro de diálise e de uma máquina onde produtos finais do metabolismo, fluidos em excesso e sal são removidos, ou seja, o sangue é purificado. O Transplante Renal é a melhor opção no estágio final da doença dos rins (estágio adiantado da doença renal crônica). É A ÚNICA CHANCE DE CURA. * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS "Melhor prevenir que remediar" é um ditado verdadeiro no que se refere às doenças renais. A Doença Renal Crônica (DRC) NÃO TEM CURA, e o custo do tratamento nos últimos estágios da doença é muito alto. Uma pessoa com DRC pode ser assintomática, ou seja, não apresenta sintomas. Se o diagnóstico for feito no início, é possível tratar a doença facilmente. Portanto, havendo suspeita de problema renal, consulte o médico imediatamente. * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS Quem deve ter os rins examinados? Quem corre grande risco de desenvolver uma DOENÇA RENAL? Qualquer pessoa pode desenvolver um problema renal, mas o risco é maior em: Pessoas com sintomas de doença renal. Pessoas com diabetes. Pessoas com hipertensão não controlada. Existência de antecedentes na família de doença renal, diabetes e hipertensão. Pessoa com mais de 60 anos de idade, fumante e obesa. Tratamento prolongado com analgésicos. Historia de defeito congênital do trato urinário. Obs.: Os exames médicos em pessoas com alto risco de desenvolver problemas renais podem ajudar no diagnóstico precoce. * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS Como se deve diagnosticar a doença renal? Quais os exames feitos normalmente? Para diagnosticar casos diversos de doenças renais, o médico estuda o histórico do doente, que será examinado detalhadamente, verifica a pressão arterial e, a seguir, aconselha exames adequados. Normalmente os exames pedidos e que são de grande utilidade são os de urina, sangue e os radiológicos. Obs.: Os estágios iniciais da insuficiência renal crônica em geral são assintomáticos; a detecção da doença só é possível por meio de Exames Laboratoriais. * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS EXAMES DE SANGUE Vários exames de sangue são necessários para estabelecer o diagnóstico correto para diversas doenças renais. Creatinina e Uréia Os níveis de creatinina e uréia no sangue espelham, se alterados, o funcionamento dos rins. São produtos finais do metabolismo eliminados do sangue pelos rins. Quando a atividade dos rins DIMINUI, AUMENTA no sangue o valor de creatinina e uréia. Obs.: Note-se que os índices da CREATININA são mais confiáveis na indicação de problemas renais já que a URÉIA pode vir alterada em casos de desidratação, uso de diuréticos, sangramento digestivo, alimentação rica em proteínas, doença do fígado, etc. * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS Creatinina e Uréia O raciocínio é simples: as duas substâncias (Uréia e Creatinina) são produzidas constantemente pelo organismo e são eliminadas pelos rins. Deste modo, a sua concentração mantém-se sempre estável. Se os rins passam a não funcionar bem, elas começam a acumular no sangue. Portanto, quanto pior for a função renal, mais elevados serão os valores de URÉIA e CREATININA. O índice normal da CREATININA é de 0.6 a 1.3 mg/dl e o de URÉIA é 10 a 40 mg/dl. Índices maiores que esses podem sugerir danos nos rins. Porém, esses valores da CREATININA não são absolutos e devem ser interpretados pelo seu médico. Como a creatinina é produzida pelos músculos, pessoas musculosas apresentam taxas basais maiores. Um jovem esportista e musculoso pode apresentar até 1,4 mg/dl de creatinina sem ter doença renal, enquanto que uma senhora idosa e magra, com 1,2 mg/dl, pode ter rins doentes. * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS Clearance Creatinina (Depuração) O que é? O Clearance de Creatinina é usado para avaliar a função dos rins. É usado para ajudar a diagnosticar disfunções renais. O exame é um comparativo entre a dosagem de Creatinina no SANGUE e os níveis dessa substância na URINA. O exame de Clearance de Creatinina, portanto, mostra quanta creatinina está sendo produzida (sangue) e quanta creatinina está sendo excretada (urina). Isso ajuda a entender se a função renal está mesmo comprometida, uma vez que algumas pessoas podem apresentar níveis mais baixos ou mais altos de creatinina no sangue sem apresentar problemas na função, e os resultados da amostra de urina comprovam que a creatinina está sendo adequadamente filtrada. * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAISClearance Creatinina (Depuração) Como é feito? Para o Clearance de Creatinina é necessário um jejum mínimo de três horas para a coleta de sangue. O prazo MÁXIMO entre a coleta de sangue e a entrega da amostra de urina (ou vice-versa) é de 72 horas. O Clearance de Creatinina exige a coleta de urina durante 24 horas. Isso quer dizer que a pessoa passará um dia urinando exclusivamente em um recipiente de plástico fornecida pelo laboratório ou hospital. Obs.: O paciente pode ser orientado a fazer a coleta da urina no dia anterior ao do exame de sangue. Dessa forma, o paciente comparece para retirada da amostra de sangue já com a urina coletada. * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS Clearance Creatinina (Depuração) Na fisiologia renal, a depuração de Creatinina é o volume de plasma sanguíneo que é depurado de creatinina por unidade de tempo. Clinicamente, a depuração de creatinina é uma medida útil para ESTIMAR a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) dos rins. Mede-se o volume urinário, faz-se a dosagem da creatinina no soro ou plasma obtido do sangue, e na urina. A quantidade de creatinina excretada através da urina pode ser calculada multiplicando-se o valor do analito encontrado na urina pelo volume urinário de 24 horas. Dividindo a quantidade de creatinina excretada pela concentração plasmática do analito, se obtém o volume de plasma que depurado. Esse resultado se relaciona diretamente com a Taxa de Filtração Glomerular (TFG). * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS Clearance Creatinina (Depuração) A Fórmula de Cockcroft-Gault pode ser usada para calcular a depuração plasmática de creatinina estimada, que por sua vez faz uma estimativa da TFG. Os valores de referência para o Clearance de Creatinina são: Crianças: 70 - 140 mL/min/1,73 m2 Homem: 85 - 125 mL/min/1,73 m2 Mulher: 75 - 115 mL/min/1,73 m2. * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS Cistatina C Alguns fatores LIMITAM a capacidade dos marcadores tradicionais para ESTIMAR a Taxa de Filtração Glomerular (TFG): influência da massa muscular na produção endógena de creatinina; influência da quantidade de proteínas ingeridas; do fluxo sanguíneo renal; da secreção e reabsorção tubular da creatinina; da ingestão de creatina e creatinina. O Clearance de Creatinina, apesar de mais sensível que a dosagem sérica isolada, é frequentemente influenciado por erros durante a coleta de urina de 24h (ex: pacientes incontinentes). * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS Cistatina C A Cistatina C é uma proteína não glicosilada, de baixo peso molecular produzida de forma contínua e estável por todas as células nucleadas. É filtrada livremente pelo glomérulo renal, sendo, a seguir, reabsorvida e catabolizada pelas células do túbulo proximal. Assim, sua concentração sérica dependerá quase que exclusivamente da capacidade de filtração glomerular. Ao CONTRÁRIO da Uréia e Creatinina, sua concentração INDEPENDE da massa muscular, do sexo ou da alimentação. Sua produção parece não ser afetada por processos inflamatórios ou febre. A partir de 1 ano de idade, as concentrações de Cistatina C sérica são estáveis. Evidências atuais colocam a Cistatina C como um novo marcador endógeno da função renal, com sensibilidade SUPERIOR à Creatinina Sérica, sendo, portanto, capaz de detectar pequenas alterações da TFG. * Prof. Dr. Fábio Fidélis DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS Hemoglobina Os rins saudáveis ajudam a produzir células vermelhas no sangue, células que contêm hemoglobina. Se o exame de sangue apresenta níveis baixos de hemoglobina, o caso é de anemia, que é um sinal comum e importante da doença renal crônica, se deve à redução da Eritropoietina produzida pelos rins. Como a anemia ocorre frequentemente em outras doenças, sua presença num exame não é um fator decisivo para indicar doença renal. Outros exames de sangue Vários exames feitos com frequência em pacientes renais são: glicose (açúcar no sangue), proteína, colesterol, eletrólitos (sódio, potássio e cloreto), cálcio, fósforo, bicarbonato, antiestreptolisina O, fatores do complemento, etc.
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