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Direito Civil III 1º BIMESTRE Aula 02 – 31/07/14 Direito das Obrigações – Teoria Geral (art. 233 CC) - Complexo de normas que rege relações jurídicas de ordem patrimonial, as quais têm por objeto prestações de um sujeito em proveito de outro. Reconhecimento do vínculo entre credor e devedor. - Direitos Patrimoniais Relativos Prestação + ou – Direitos obrigacionais = A > B (entre indivíduos) + Direitos reais (coisa) = A > Casa do Proprietário Direito real = sujeito-coisa Obs: Posse não é direito real e não está no CC. Figuras Híbridas - Obrigações “propter rem ou res” (própria da coisa) = obrigação ambulatória, ou obrigação que acompanha a coisa. Ex: Dívida de condomínio - Transmissão automática = Quem assumir essa “coisa”, assumirá a obrigação. Conceito de Obrigação = corresponde a uma relação de natureza pessoal, de crédito e débito, de caráter transitório, cujo objeto consiste em uma prestação economicamente aferível. - Pode ser transferido em valor (indenização) - Monetarização (indenização) Para o direito interessa o descumprimento do valor, interessa o conflito, a lide. Proprietário pode: - Usar - Fruir - Dispor Possuidor (posse) pode: - Usar - Fruir - Não pode dispor Usufruto = usar e fruir. Aula 03 – 06/08/14 Elementos das Obrigações art. 104 CC Subjetivo = sujeitos - capaz - determinado - determináveis Não se sabe quem é o credor Sujeito Ativo > Credor Sujeito Passivo > Devedor Objeto da Relação Obrigacional - Prestação = ação ou omissão (limite) a que o devedor fica adstrito (ligado) e que o credor tem o direito de exigir. Obs: prestação é o objeto imediato de dar, fazer ou não fazer. Requisitos Objeto - lícito: contraria o ordenamento jurídico. Ex: Não posso vender um rim na internet. - possível ou impossibilidade: física ou jurídica. Ex1: Não posso comprar um terreno na lua. Ex2: Bens públicos não podem ser vendidos. - determinado (ável): determinado há pólo ativo e pólo passivo. Determinável não há pólo ativo (credor), mas já há pólo passivo (devedor). Ex: cachorros - $ Ser economicamente apreciável. Monetarização. Objeto Mediato: coisa. Aula 04 – 13/08/14 Obrigação de dar coisa certa (entregar ou restituir) Art. 233 a 242 CC “res perit domino” – responsabilidade do dono, quando não por culpa do devedor, a coisa perece ao dono. - Art. 233: princípio da gravitação jurídica. Bens acessórios seguirão o principal, salvo se as partes combinarem diferente. Ex: Árvores que estão dentro da fazenda não podem se separar. - Consequências do Inadimplemento Sem culpa: caso fortuito ou força maior Antes da tradição = real ficta. 1) Perdendo-se a coisa sem culpa (sentido estrito) do devedor, antes da tradição (entrega), resolve-se a obrigação para ambas as partes, sem perdas e danos – art. 234 Afasta a indenização, mas nem sempre a inexistência de culpa afasta o dever de indenizar. Ex: Incêndio na concessionária e pegou fogo no carro do credor (prejuízo deles). 2) Ocorrendo a perda da coisa com culpa (sentido amplo) do devedor, o credor poderá exigir o equivalente ao valor da coisa, mais perdas e danos – art. 234 Indenização pelo que se perdeu e pelo deixou de ganhar. 3) Se a coisa se deteriorar sem culpa do devedor, o credor poderá: - resolver a obrigação: extinguir o vínculo ou voltar ao status anterior (desfazer o negócio) - ou ficar com a coisa como abatimento do preço. 4) Deterioração da coisa com culpa do devedor – art. 236 CC - obrigação de restituir Mesmo recendo a coisa ou o equivalente, ainda poderá reclamar a indenização. 5) Na obrigação de restituir, ocorrendo a perda da coisa sem culpa e antes da tradição (entrega), suportará o credor o prejuízo – art. 238 CC “res perit domino” Se houver culpa, haveria o dever de indenizar. Obs: Perda é diferente de deterioração Perda = a coisa se acabou, perda total. Deterioração = destruição parcial Indenização = perdas e danos (dano moral, dano material, etc.). Aula 05 – 14/08/14 Obrigação de dar coisa incerta (determinável, gênero ou quantidade) Art. 243 a 246 - Art. 243 – a partir da escolha da coisa, a coisa será certa, determinada. Escolha = concentração (- qualidade) - Art. 244 – deve-se entregar a coisa, o termo médio. Não se pode obrigar a entregar a coisa melhor. Exemplos no caderno. Certo > determinado (aquela coisa, não tem termo médio). Incerto > variação de qualidade. Aula 06 – 20/08/14 Obrigação de fazer conduta do agente Ex: pintor terminar minha parede Astreíntes = multa O juiz pode aumentar a multa não paga, via ofício. - Art. 247 a 249 247. infungível: terá o dever de indenizar (com culpa) Ex: banda que encheu a cara e não cumpriu o show. 248. Resolverá a obrigação (se for sem culpa). Ex: banda que não conseguiu chegar à cidade a tempo. 249. fungível: para que se possa passar a obrigação a terceiro deve ser via judicial e depois mandar a conta para o devedor (pode ser substituído). Parágrafo único = urgência. Obrigação de Não Fazer (indenização) Dever de abstenção (não se deve fazer algo) Conduta negativa do devedor Ex: o trabalhador sai da empresa e não deve trabalhar em outra empresa do mesmo ramo durante um tempo. - Art. 250 e 251 250. Se não for feita de forma culposa deverá resolver a obrigação Ex: Construir um muro muito alto no condomínio, pois a prefeitura mandou. 251. É feita de forma culposa. Ex: Construir muro muito alto no condomínio. Pode-se mandar desfazer e mandar a conta para o devedor. A obrigação à terceiro deve ser via judicial e depois mandar a conta para o devedor. Parágrafo único = urgência Aula 07 – 21/08/14 Classificação Especial das Obrigações Obrigações Alternativas (art. 252 CC) Prestações auto excludentes, a escolha de uma delas exclui as outras. Ex: docinhos ou bolo para a festa. - A escolha cabe ao devedor se o contrário não se convencionar. Princípio da Indivisibilidade do pagamento - art. 252 § 1º CC - O credor não é obrigado a receber a metade de nenhuma das prestações. - O “pagamento” de uma das prestações se dá o cumprimento da obrigação. Prestações Periódicas (art. 252, §2º) - A primeira escolha não vincula as demais. Ex: Posso fazer escolhas diferentes todo mês, não é porque escolhi algo uma vez, que todas as outras vezes será igual. Escolha deferida a terceiro (art. 253, §3º) - Se não exercer o direito de escolha entre as partes o juiz poderá escolher (decidir). Escolha deferida a terceiro (art. 253, §4º) - Se não exercer o direito de escolha entre as partes ou se nem um terceiro individuo ajudar a resolver, o juiz poderá escolher (decidir). Ex: O veterinário chamado para ajudar a escolher a raça do cavalo. Impossibilidade das Prestações - Hipótese de escolha do devedor - Impossibilidade material (art. 253 CC) Se não puder pagar a prestação com um dos objetos, automaticamente paga com o objeto que sobrou (prometido). Ex: Se quebrou o computador, paga com a impressora. - Se a impossibilidade for de todas as prestações, sem culpa do devedor, a obrigação será extinta (art. 256 CC). Ausência de culpa extingue a obrigação. Ex: Roubaram o carro com o bolo e os docinhos, impossibilita a entrega por caso fortuito, extingue a obrigação se for provado. Mas terá a possibilidade de indenização. - Se se perder as duas prestações, indeniza-se o valor da ultima coisa que se perdeu, mais perdas e danos. Ex: Se quebrou primeiro o computador e depois impressora, se paga o valor da impressora, mais perdas e danos. Se não há a possibilidade de escolha e houve culpa, indeniza-se o valor das duas coisas. Ex: Se as duas coisas quebraramao mesmo tempo. - Hipótese de escolha do credor - Se somente uma das prestações se tornarem impossível por culpa do devedor, cabendo ao credor a escolha, terá este o direito de exigir ou a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos (art. 255 CC) -O credor não é obrigado a ficar com o objeto remanescente, pois a escolha era sua. - Se ambas as prestações se tornarem impossível por culpa do devedor, o credor poderá escolher o valor de qualquer uma das duas, mais perdas e danos. Qual a diferença de coisa incerta e obrigação alternativa? A coisa incerta é determinável para a individualização (ainda não se sabe o que é). A obrigação alternativa tem a multiplicidade de escolha (igual a coisa incerta). Obrigações Facultativas (Não está no Código, é doutrinário) Subespécie da Obrigação Alternativa. Cabe a escolha somente ao devedor. - Trata-se de obrigação simples, em que é devida uma única prestação, ficando, porém, facultando ao devedor, e só a ele, exonerar-se mediante o cumprimento de prestação diversa e predeterminada. Ex: Art. 157, §2º CC Ex: O devedor pode trocar as barras de ouro por dinheiro para o credor. - Se as barras de ouro forem roubadas (com culpa do devedor), resolve a obrigação, pois o devedor pode pagar de outra forma, mas responde por perdas e danos. Mas se por caso fortuito (sem culpa) mão é obrigado a indenizar. Aula 08 – 03/09/2014 Obrigações Divisíveis e Indivisíveis Pagamento – forma de extinção das obrigações (cumprimento). Divisível – pode-se fracionar sem perder a essência Indivisível – Não se pode fracionar sem perder a essência. Problema em entrega para múltiplos credores. Será natural, legal ou convencional. 1) Obrigação de dívida toda. Pluralidade de Sujeitos – art. 259 Sub-roga – passa a ser credor dentre os devedores 30 30 30 D1 – D2 – D3 – Cavalo Paga os 90 § ÚNICO Se for entre credores, o devedor deverá fazer uma garantia escrita. C1 – C2 – C3 Ele vai prometer que irá dividir o que foi recebido. Art. 261 – Se o C3 quiser ficar com a prestação por inteiro, ele deverá pagar o restante para os demais credores. Art. 262 – É a forma de extinguir a obrigação, mas sem o credor perdoar, remitir. Remissão (perdão) – remitir. Remição – pagamento – remir. Se um credor perdoa, não quer dizer quer dizer que não tem que pagar o restante para os outros credores. C1 – C2 – C3 → DEVEDOR 3 3 3 Para vedar o enriquecimento ilícito, ganho mais do que deveria, faz-se a devolução da quota. * No caso do Direito a Luz não tem o dever de restituir.
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