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1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Ciências Econômicas Introdução à Economia II 1º. semestre 2014 Nota de aula 16 – Sistema financeiro 1. O que é sistema financeiro O sistema financeiro é composto por instituições que ajudam a promover o encontro entre poupadores e investidores. 2. Poupança e investimento em economia fechada Y = C + I + G Y – C – G = I S = I Poupadores Sistema financeiro Bancos Cooperativas de crédito Sociedades de crédito, financiamento e investimento Outros Investidores Mercados financeiros Títulos Ações Outros 2 A poupança nacional (S) é composta de duas partes: Poupança privada SP = Y – T – C Poupança do governo SG = T – G 2.1 Equilíbrio entre poupança e investimento A igualdade entre investimento e poupança é determinada pela taxa de juros real. 2.2 Incentivo à poupança Governo: reduz o imposto de renda cobrado sobre os juros recebidos iR iR1 I S I, S I1 = S1 iR iR1 I S1 I, S I1 = S1 S2 I2 = S2 iR2 Mercado eficiente: financia os projetos de investimento mais rentáveis 3 2.3 Incentivo ao investimento Governo: oferece crédito tributário sobre a compra de máquinas e equipamentos novos 2.4 Déficit do governo Governo: aumenta gastos e gera déficit no orçamento 3. Poupança e investimento em economia aberta Supondo perfeita mobilidade de capitais em uma economia pequena, teremos em equilíbrio: iR = iRM onde iRM = taxa de juros real mundial. iR iR1 I1 S1 I, S I1 = S1 I2 = S2 iR2 I2 iR iR1 I1 S1 I, S I1 = S1 I2 = S2 iR2 S2 4 Economia pequena: o país não consegue influenciar a taxa de juros mundial. O equilíbrio no mercado de bens e serviços em uma economia aberta é dada por: Y = C + I + G + X Y – C – G – I = X Lembrando que S = Y- C – G, tem-se: S – I = X Agora, vamos introduzir o conceito de fluxo líquido de capitais externos ou investimento externo líquido (IEL); IEL = compra de ativos externos por residentes internos menos compra de ativos internos por residentes externos Compra de ativos externos por residentes internos: Exemplos: uma empresa brasileira compra uma empresa no exterior; um investidor residente no Brasil compra ações de empresas dos Estados Unidos. Compra de ativos internos por residentes externos: Exemplos: quando um investidor residente na Alemanha compra ações das empresas brasileiras; quando um investidor norte americano compra títulos do tesouro brasileiro. A contabilidade das transações com exterior, seja na compra e venda de bens e serviços, seja na compra e venda de ativos é feita de modo que tem-se a seguinte identidade: IEL = X Em uma identidade, a igualdade é sempre assegurada pela maneira como as variáveis são definidas e registradas. Para entender, considere um aumento nas exportações líquidas de US$ 1, portanto, ΔX = 1. Pela identidade, ΔIEL = 1 Como esta identidade é garantida? Para responder, pergunte o que o exportador pode fazer com US$ 1. Há várias coisas que o exportador pode fazer: 5 a) ele mantém o dólar no exterior e aplica em alguma instituição financeira (compra um ativo externo): ΔIEL = 1 b) ele traz o dólar para o Brasil e troca por reais. O dólar é adquirido pelo Banco Central e guardado como reservas internacionais, o Banco Central tem um ativo externo: ΔIEL = 1 c) ele traz o dólar para o Brasil e troca por reais. O dólar é utilizado por investidor para comprar um título no exterior: ΔIEL = 1 Note que se o dólar for utilizado para importação de bens e serviços, ΔX = 0. Em resumo: ΔIEL = ΔIX Voltando a equação das contas nacionais tem-se: S – I = IEL = X Assim, se: ΔX > 0 (superávit na balança comercial) S > I e ΔIEL > 0 O equilibrio entre poupança e investimeno em uma economia aberta e pequena é apresentado no seguinte gráfico. Se a taxa de juros mundial for: iRM1 país terá superávit na balança comercial e será exportador de capitais; iR iRM1 I S I, S Superávit na balança comercial = exportação de capital Déficit na balança comercial = importação de capital iRM2 iRM3 6 iRM2 país terá equilíbrio na balança comercial e terá equillíbrio na conta de capitais; iRM3 país terá déficit na balança comercial e será imxportador de capitais; 3.1 Aumento autônomo na poupança em país com exportações líquidas positivas 3.2 Aumento autônomo no investimento em país com exportações líquidas positivas iR iRM1 I S1 I, S X1 = IEL1 S2 X12 = IEL2 iR iRM1 I1 S1 I, S X1 = IEL1 X12 = IEL2 I2 7 3.3 Déficit gêmeos Déficit fiscal e déficit na balança comercial: denominação surgida em 1971 nos EUA Referências bibliográficas Mankiw, G. N. Princípios de macroeconomia. São Paulo: Cengage Learning, 2013 (6ª. edição), cap. 13, p. 245-260; cap. 18, p. 364-368. Mishkin, F. S. Macroeconomics: Policy and Practice. Addison-Wesley, 2012, cap. 4, p. 67-89. iR I S1 I, S X1 = IEL1 iRM1 S2 X12= IEL2
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