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Armazenagem, Transporte e Distribuição Completa

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Armazenagem, 
Transporte e 
Distribuição
Cláudio Alves da Silva
Adaptada por Cláudio Alves da Silva (setembro/2012)
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Armazenagem, Transporte 
e Distribuição, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e 
autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) 
uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 A ORIGEM DO TERMO ‘LOGÍSTICA’ ........................................................................................... 7
1.1 A Logística no Brasil ........................................................................................................................................................7
1.2 As Atividades Principais e Secundárias na Logística ..........................................................................................8
1.3 Algumas Definições e Conceitos Básicos ..............................................................................................................9
1.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................11
1.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................11
2 ARMAZENAGEM................................................................................................................................... 13
2.1 A Armazenagem e a sua Importância ..................................................................................................................14
2.2 A Armazenagem e Algumas Estratégias ..............................................................................................................15
2.3 A Armazenagem e Algumas Vantagens ..............................................................................................................18
2.4 A Armazenagem e Algumas Desvantagens .......................................................................................................19
2.5 A Armazenagem e os seus Elementos ..................................................................................................................19
2.6 A Armazenagem e seus Custos ...............................................................................................................................20
2.7 A Armazenagem e as suas Prioridades Práticas ................................................................................................22
2.8 A Armazenagem e os seus Tipos ............................................................................................................................23
2.9 A Armazenagem e a sua Movimentação .............................................................................................................23
2.10 A Armazenagem e a Influência dos Materiais .................................................................................................24
2.11 A Armazenagem e a sua Classificação ...............................................................................................................25
2.12 A Armazenagem e Algumas Considerações sobre a sua Construção ...................................................26
2.13 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................28
2.14 Atividades Propostas ................................................................................................................................................29
3 TRANSPORTES ....................................................................................................................................... 31
3.1 Modais De Transportes ...............................................................................................................................................32
3.2 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................34
3.3 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................34
4 A TECNOLOGIA NA LOGÍSTICA.................................................................................................. 35
4.1 A Informação na Logística .........................................................................................................................................35
4.2 As Informações e o Planejamento Estratégico ..................................................................................................36
4.3 Gerenciamento e Rastreamento de Veículos com o Sistema de GPS .......................................................36
4.4 Gerenciamento com o uso de Roteirizador .......................................................................................................37
4.5 Recursos Tecnológicos para a Área de Logística...............................................................................................38
4.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................39
4.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................39
5 A DISTRIBUIÇÃO .................................................................................................................................. 41
5.1 Cross Docking ...............................................................................................................................................................43
5.2 Eletronic Data Interchange (EDI) ..............................................................................................................................43
5.3 Logística Reversa ..........................................................................................................................................................44
5.4 Coleta Programada (MIlk Run)...............................................................................................................................44
5.5 Terceirização (OuTsOuRCIng) ................................................................................................................................44
5.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................45
5.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................466 ARRANJO FÍSICO (LAYOUT) .......................................................................................................... 47
6.1 Tipos de layout .............................................................................................................................................................48
6.2 Fundamentos Básicos de um layout ....................................................................................................................48
6.3 Visualizações do layout ............................................................................................................................................49
6.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................50
6.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................50
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 51
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 53
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 57
ANEXOS .......................................................................................................................................................... 59
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), a Logística é entendida como a área designada para realizar a administração de 
materiais, equipamentos e informações necessários para a execução de todas as atividades existentes 
em uma empresa, ou seja, a responsabilidade do planejamento das operações e o controle de todo o flu-
xo de mercadorias e das informações, desde a origem até o consumo final, estão sob a responsabilidade 
da logística.
O termo ‘logística’ não é específico do ramo público ou privado. Os conceitos básicos de logística, 
muitas vezes, também são aplicados em empresas, quer sejam elas de caráter público ou privado. Por 
isso, são perceptíveis o uso e a aplicação de algumas das ferramentas administrativas básicas de logística 
(que serão apresentadas nesta apostila) no gerenciamento e controle de: processos e atividades existen-
tes nas divisões, áreas, departamentos e estruturas de Armazenagem, Transporte e distribuição de tais 
empresas. 
Com o tempo, vários termos e definições foram e são utilizados para descrever todo ou parte dos 
assuntos atrelados à logística. 
Em 1991, a antiga definição de logística, muito utilizada e difundida em 1976 e entendida como 
“administração da distribuição física”, foi alterada pelo Council of logistics Management, alterando, dessa 
forma, o primeiro termo para logística e, em seguida, alterando a definição para: Logística é o processo 
de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo de armazenagem de mercadorias, 
serviços e informações relacionados, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo 
de atender às necessidades do cliente (BOWERSOX; CLOSS, 2008).
Pela definição anterior e pela ótica da empresa moderna, fica fácil perceber que o básico da ativi-
dade logística é o atendimento ao cliente. Por isso que uma das preocupações é manter um bom nível 
de serviço, por meio de uma distribuição estrategicamente eficaz e com o uso de tecnologias aplicadas 
à logística, porque, de fato, ela inicia no instante em que o cliente resolve transformar um desejo em 
realidade. 
Como há estruturas utilizadas para estocar ou armazenar ferramentas, materiais, produtos ou quais-
quer outros tipos de mercadorias essenciais para a realização de suas atividades, as empresas modernas, 
para controlar e administrar os fluxos físicos e de informação, fazem uso de sistemas de gerenciamento 
de estoques ou de armazéns e, como exemplo, podemos citar que uma das principais ferramentas de uso 
da gestão logística é o Warehouse Management system (WMS), que em português significa: sistema de 
automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção. 
O seu uso é de fundamental importância para a gestão da cadeia de suprimentos (supply Chain); 
ele fornece o giro de estoques, comandos inteligentes de separação de pedidos (picking), consolidação 
automática e transbordo, conhecido como cross docking, para que, de forma racional, lógica e estrutura-
da, seja feita a devida utilização dos espaços destinados à estocagem e armazenagem.
Para ajudá-lo(la) na construção do seu aprendizado, com a leitura e uso desta apostila nas aulas e 
na resolução das atividades que serão propostas durante a realização do curso, pretendemos que você 
entenda e compreenda os demais temas e assuntos que fazem parte da área de logística. 
Cláudio Alves da Silva
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
6
O curso, por meio do conteúdo programático da disciplina Armazenagem, Transporte e Distribui-
ção, tem como objetivos:
 
ƒƒ Correlacionar os fatores de custos, riscos, qualidade e segurança na armazenagem, transporte 
e movimentação de materiais;
ƒƒ Aplicar as técnicas e ferramentas para dimensionar instalações e definir os modais de trans-
porte e canais de distribuição dos produtos e materiais que compõem a cadeia logística da 
empresa;
ƒƒ Elaborar e interpretar planos para armazenagem, transporte e distribuição, utilizando, inclusi-
ve, a terceirização dos serviços logísticos;
ƒƒ Planejar o uso dos diferentes canais de distribuição, considerando as necessidades dos clientes 
internos e externos da organização;
ƒƒ Identificar os conflitos no relacionamento com prestadores de serviços e planejar soluções para 
imprevistos no sistema logístico, minimizando eventuais prejuízos para a empresa;
ƒƒ Entender e aplicar modelos logísticos compatíveis com a infraestrutura logística brasileira.
Oferecendo, dessa forma, subsídios para um estudo crítico sobre o papel estratégico das atividades 
logísticas desempenhadas e realizadas pelas empresas e nas empresas.
Dentro dessa perspectiva, o conteúdo está organizado da seguinte forma: no primeiro capítulo, são 
apresentados a origem do termo “logística”, a logística no Brasil, as atividades principais e secundárias 
na logística e algumas definições e conceitos básicos que fazem parte do meio logístico. No segundo 
capítulo, são exploradas as características que envolvem a armazenagem, tais como: a sua importância 
estratégica, as suas vantagens e desvantagens, os seus elementos, seus custos, as suas prioridades prá-
ticas, os seus tipos e classificação, bem como a influência dos materiais, a movimentação de materiais 
e, por fim, algumas considerações sobre a construção de um armazém. No terceiro capítulo, são apre-
sentados a importância dos transportes, a forma como é realizada a maioria dos transportes de carga 
no Brasil, a funcionalidade do transporte, os princípios fundamentais que norteiam as suas operações e 
gerenciamento, os seus modais, as suas características, vantagens, limitações e custos. No quarto capítu-
lo, abordaremos assuntos que envolvem: a tecnologia, a informação, a sua influência e importância para 
a logística e para o planejamento estratégico, gerenciamento de transportes com o uso de roteirizador, 
rastreamento de veículos com o sistema de GPS e os recursos tecnológicos para a área de logística. No 
quinto capítulo, é apresentada a distribuição, juntamente aos seus canais, conflitos existentes e princi-
pais práticas apontadas como tendências nesta e nas demais áreas da logística, tais como: Cross Docking, 
Eletronic Data Interchange (EDI), logística reversa, Milk Run e terceirização (outsourcing). No último capí-
tulo, são apresentados os tipos básicos de layout (arranjo físico), os objetivos,fundamentos básicos e as 
formas de visualizações de um layout. Ao final, são apresentadas as respostas comentadas das atividades 
propostas e existentes em cada capítulo, as referências e materiais anexos que o(a) ajudarão na sua em-
preitada estudantil e profissional.
Será um prazer acompanhá-lo(la) ao longo de mais uma etapa rumo à sua formação acadêmica.
Cláudio Alves da silva
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7
A ORIGEM DO TERMO ‘LOGÍSTICA’1 
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, trataremos de apresentar a 
origem do termo ‘logística’, a logística no Brasil, 
as atividades principais e secundárias na logística 
e algumas definições e conceitos básicos que fa-
zem parte do meio logístico.
A origem da palavra ‘logística’, de acordo 
com Ferreira (1986), vem do francês logistique e 
tem como uma de suas definições a parte da arte 
da guerra que trata do planejamento, realização 
de projetos e desenvolvimento, obtenção, arma-
zenamento, transporte, distribuição, reparação, 
manutenção e evacuação de materiais para fins 
operativos ou administrativos. 
Com base nessa ótica, fica fácil de perceber-
mos que o termo ‘logística’ está intimamente liga-
do à estratégia e este é um dos principais motivos 
do uso dessa palavra no meio empresarial. 
Inicialmente, nas empresas, a logística era 
baseada no transporte, movimentação e armaze-
nagem de materiais, concentrando sua atenção 
mais na função do que no processo. No decorrer 
dos anos, as empresas perceberam que precisa-
vam enxergar os processos como um todo, dan-
do, dessa forma, uma maior importância ao tipo 
de serviço ofertado aos clientes.
No Brasil, as exigências para a atividade lo-
gística passam pelo maior controle e identifica-
ção de oportunidades, bem como pela necessi-
dade de maximização dos resultados. Diante de 
tais necessidades, as empresas, no mercado bra-
sileiro, passaram a demandar profissionais mais 
qualificados e preparados, capazes de lidar com 
novas tecnologias, novos produtos, novos servi-
ços e novos negócios.
Com a missão de ter melhores resultados, a 
implementação de novas ferramentas tecnológi-
cas e técnicas administrativas na área de logística 
passou a ser algo comum e perceptível nas em-
presas. 
A implantação de tais ferramentas e técni-
cas tem como um dos objetivos ajudar a realizar 
a redução de seus custos operacionais e adminis-
trativos, bem como de seus prazos de entrega. 
Tais medidas contribuem para que haja o aumen-
to da qualidade no nível de serviços ofertados. 
Para tanto, as empresas do ramo levaram 
em conta o cumprimento dos prazos de entrega, 
a programação das entregas para atender às “co-
nhecidas janelas de entrega”, as restrições encon-
tradas na distribuição urbana de grandes centros, 
a flexibilização da fabricação, novas metodolo-
gias de custeio e novas ferramentas para redefi-
nição de processos e adequação dos negócios; 
como exemplos, podemos citar: os roteirizadores, 
rastreadores e a resposta eficiente ao consumi-
dor (Efficient Consumer Response), entre outros. 
Tudo isso sem deixar faltar os produtos e, ainda, 
demonstrando facilidade na gestão dos pedidos, 
produção e serviços.
1.1 A Logística no Brasil
Cláudio Alves da Silva
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
8
Hoje, mesmo em meio a tanta evolução, até 
a década de 1940, havia pouquíssimos estudos 
e publicações atrelados ao tema. A satisfação do 
cliente começou a ser vista pelas empresas a par-
tir das décadas de 1950 e 1960. Tudo foi motivado 
por uma nova atitude do consumidor, surgindo, 
dessa forma, o conceito de logística empresarial. 
Podemos dizer que, no Brasil, a logística apa-
receu de forma mais expressiva nos anos 1970, por 
causa da distribuição física, tanto interna quanto 
externa. Nessa época, as indústrias faziam muito 
uso de conceitos, ferramentas e sistemas geren-
ciais, tais como Material Requirements Planning 
(MRP), Kanban (sistema de cartões) e Just in time 
(método de produção e de gestão desenvolvido 
pela Toyota).
A logística passou a ter uma revolução em 
seu desenvolvimento e operações nos anos 1980, 
motivada pelas necessidades ocasionadas pela 
globalização, pela alteração da economia mun-
dial e pelo uso de sistemas computadorizados e 
integrados para administrar as suas operações e 
os seus negócios, em seus diversos pontos e es-
tabelecimentos existentes ao longo de sua cadeia 
produtiva.
Nessa nova realidade econômica e mundial, 
as empresas passaram a concorrer de forma glo-
balizada, mesmo em seu mercado local, sendo 
obrigadas a repensar os conceitos e estratégias 
de negócios. 
DicionárioDicionário
Efficient Consumer Response: conforme a Associa-
ção ECR Brasil (2011), é “uma estratégia da indústria 
supermercadista na qual distribuidores e fornece-
dores trabalham em conjunto para proporcionar 
maior valor ao consumidor.” Pode ser traduzida 
como Resposta Eficiente ao Consumidor.
DicionárioDicionário
Material Requirements Planning (MRP): é um siste-
ma computacional utilizado para fazer o planeja-
mento de necessidades de materiais, ou seja, é um 
sistema lógico de cálculo, que converte a previsão 
de demanda de determinados produtos acabados 
em programação das quantidades e necessidades 
de componentes que serão necessários para reali-
zar a sua produção.
Kanban: o sistema kanban tem o seu funciona-
mento baseado no uso de cartões. Tais cartões 
servem de sinalizadores para agilizar a produção e 
a movimentação dos itens que são utilizados pelos 
processos e atividades existentes na fábrica. 
Just in time: método de produção e de gestão 
desenvolvido pela Toyota, que utiliza somente a 
quantidade necessária de matéria-prima e com-
ponentes, eliminando, dessa forma, a formação de 
estoques.
Conforme Carvalho (2002), a logística é divi-
dida em dois tipos de atividades, as principais e 
as secundárias:
ƒƒ Principais: transportes, manutenção de 
estoques, processamento de pedidos; 
ƒƒ Secundárias: armazenagem, manuseio 
de materiais, embalagem, suprimentos, 
planejamento e sistema de informação. 
Por isso, a logística é uma área muito abran-
gente e técnica, porque, dentro desses grupos, 
existem outras atividades e funções, que variam 
de uma empresa para outra, conforme o seu ramo 
e setor de atividade. 
Conforme veremos adiante, os transportes 
variam conforme os seus modais; com relação aos 
suprimentos, estoques e armazéns, cada empresa 
possui os seus tipos, as suas políticas e estruturas.
1.2 As Atividades Principais e Secundárias na Logística
Armazenagem, Transporte e Distribuição
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9
Em qualquer resumo ou glossário existente 
na literatura acadêmica e técnica, é possível en-
contrar termos usados nas atividades logísticas. 
Com o objetivo de facilitar o entendimento de 
tais termos, obviamente presentes também na 
nossa disciplina, apresentaremos, de forma sucin-
ta, algumas definições e conceitos básicos da área 
de logística. 
Conforme Martins e Alt (2002), temos:
ƒƒ Logística interna: administra o fluxo 
interno de abastecimento, movimen-
tação e distribuição, e está ligada às 
áreas de suprimento, produção e dis-
tribuição. Esse tipo de atividade visa a 
atender às necessidades operacionais 
e administrativas internas da empresa, 
bem como de suas filiais;
ƒƒ Logística reversa: responsável pela 
substituição e conserto dos produtos 
com defeitos ou avarias, bem como pelo 
recolhimento de produtos que causam 
danos à natureza e ao meio ambiente 
(exemplos: bateria, óleo automotivo 
usado) e de embalagens (exemplos: pa-
letes, tambores etc.). Apoia o marketing, 
para assegurar a imagem da empresa. 
Esse tipo de atividade logística visa a 
auxiliar as empresas a preservar o meio 
ambiente e, consequentemente, a sua 
imagem perante os seus clientes. É co-mum chamá-la logística verde;
ƒƒ Logística de distribuição: área respon-
sável pela distribuição física dos pro-
dutos, bem como por seu manuseio, 
movimentação e embalagem. Esse tipo 
de atividade logística visa a atender às 
necessidades e compromissos externos 
das empresas, ou seja, as vendas, rea-
bastecimento de lojas, filiais etc. Por ser 
de distribuição, este “tipo” de logística é 
utilizado pela área de marketing, visando 
a garantir o nível de serviço ofertado pela 
empresa e, consequentemente, a satisfa-
ção do cliente;
ƒƒ Armazéns: estruturas físicas sob a guar-
da de um fiel depositário, em que estão 
fisicamente localizados e guardados os 
estoques de uma ou várias empresas. 
Geralmente, pertencem à própria em-
presa, Governo (Alfandegados), coope-
rativas ou operadores logísticos;
ƒƒ Estoque: considerado uma porção ar-
mazenada de materiais ou produtos, 
destinada à produção, consumo inter-
no ou externo. Essa porção armazenada 
pode ser de materiais de escritório, de 
matéria-prima, de produtos em proces-
so, peças etc.;
ƒƒ Centro de Distribuição (CD): uma ins-
talação física, ou prédio, por onde são 
movimentados os estoques de uma 
ou várias empresas. A sua localização é 
estratégica, pois geralmente fica loca-
lizado entre os locais onde foram pro-
duzidos bens (serviços ou produtos) 
e os mercados consumidores destes. 
Tal estrutura é muito utilizada por al-
gumas empresas para estocar os pro-
dutos em trânsito por períodos curtos, 
transferi-los de um meio de transporte 
para outro (transbordo), consolidá-los 
ou desconsolidá-los, realizar pequenos 
beneficiamentos e reembalagem. Se-
melhante aos armazéns, um CD pode 
pertencer a uma empresa, a uma coo-
perativa, Governo ou operador logístico 
autônomo;
ƒƒ Transporte: termo utilizado para referir-
-se à atividade responsável por movi-
mentar as pessoas ou mercadorias de 
uma localidade a outra. Exemplo: de 
um bairro, cidade, estado ou país para 
outro;
1.3 Algumas Definições e Conceitos Básicos 
Cláudio Alves da Silva
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
10
ƒƒ Modal de transporte: termo utiliza-
do para referir-se ao meio (modo) de 
transporte usado pelas empresas para 
a realização da movimentação física de 
pessoas, mercadorias e produtos. Por 
exemplo, temos: os marítimos (navios 
oceânicos ou de cabotagem), fluviais 
(navios de pequeno porte ou barca-
ças), rodoviários (carros, caminhões e 
carretas), ferroviários (trens de carga e 
de passageiros), aeroviários (aviões de 
carga e de passageiros) e dutoviários 
(oleodutos, gasodutos e minerodutos);
ƒƒ Movimentação interna de materiais: 
considerada o conjunto de princípios, 
técnicas e equipamentos usados para 
movimentação física de materiais, den-
tro das fábricas ou indústrias, ou de ser-
viços, em armazéns, aeroportos ou co-
merciais, como lojas e supermercados. 
O projeto adequado de movimentação 
é fator determinante do bom arranjo 
físico (layout) e constitui campo privi-
legiado para os estudos de otimização 
do processo, já que o transporte inter-
no de materiais é uma atividade que só 
agrega custo ao produto, devendo ser 
minimizado ao máximo ou eliminado, 
quando possível. A redução de custos é 
a meta de qualquer empresa e a logísti-
ca é grande auxiliadora para alcançá-la, 
entre outros objetivos, através do uso 
de técnicas modernas e sofisticadas de 
movimentação;
ƒƒ Abastecimento: considerado o ato de 
suprir as necessidades e de atender 
às demandas existentes por materiais, 
bens ou serviços essenciais para a exis-
tência de uma empresa ou a realização 
de uma atividade, processo e produção;
ƒƒ Cadeia de suprimentos: vista e percebi-
da como redes de empresas que se in-
tercalam e se repetem, desde a extração 
de recursos naturais, sua transformação 
em materiais primários, fabricação de 
componentes, subconjuntos, conjun-
tos, montagens finais, armazenagem e 
distribuição, até a chegada do produto 
nas mãos do cliente, visto como con-
sumidor final. Essa parte da logística, 
dependendo do tipo de empresa e das 
obrigações legais, preocupa-se tam-
bém com o ciclo de vida útil do produto. 
Nesses casos, serão comuns a existência 
e a administração de atividades respon-
sáveis pelo seu recolhimento, a sua reci-
clagem, bem como atividades respon-
sáveis pelo fluxo inverso de materiais 
e informações. Como tais atividades 
contribuem para a redução de custos 
nas empresas, acabam representando 
um grande campo de atuação dos ad-
ministradores, dos profissionais da área 
de logística, engenheiros de produção 
e profissionais de marketing.
Tais termos e definições não exprimem a to-
talidade do assunto, mas nos ajudam a entender 
alguns dos elementos que são estudados e que 
estão presentes na área e no campo de atuação 
da logística.
AtençãoAtenção
Redução de custos é a meta de qualquer empresa 
e a logística é grande auxiliadora para alcançá-la, 
entre outros objetivos estratégicos e gerenciais.
Armazenagem, Transporte e Distribuição
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
11
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, estudamos que:
1. A logística trata do planejamento, da realização de projetos e desenvolvimento, obtenção, 
armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e distribuição de materiais 
para fins operativos ou empresariais;
2. No passado, a ênfase da logística era concentrada mais na função do que no processo;
3. No decorrer dos anos, as empresas perceberam que precisavam enxergar os processos como 
um todo, dando, dessa forma, uma maior importância para o tipo de serviço ofertado aos 
clientes;
4. A logística passou por uma grande revolução no Brasil, devido ao atendimento das necessida-
des ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo uso de siste-
mas computadorizados e integrados para administrar as suas operações e os seus negócios, 
em seus diversos pontos e estabelecimentos existentes ao longo de sua cadeia produtiva;
5. Existem definições e conceitos básicos que nos ajudam a entender alguns dos elementos que 
fazem parte da área e do campo de atuação da logística.
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
1.4 Resumo do Capítulo
1.5 Atividades Propostas
1. Por que o projeto adequado de movimentação é fator determinante do bom arranjo físico (la-
yout)? Explique.
2. A Logística reversa é responsável por quais atividades?
3. Por que as novas ferramentas tecnológicas e técnicas administrativas na área de logística pas-
saram a ser algo comum e perceptível nas empresas? 
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
13
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, trataremos de apresentar 
as características que envolvem a armazenagem, 
tais como: a sua importância estratégica, as suas 
vantagens e desvantagens, os seus elementos, os 
seus custos, as suas prioridades práticas, os seus 
tipos e classificação, bem como a influência dos 
materiais, a movimentação de materiais e algu-
mas considerações sobre a construção de um ar-
mazém.
Vista parcial de armazéns e de suas partes
 
 
Podemos dizer que a armazenagem é consti-
tuída por um conjunto de áreas e funções de recebi-
mento do material, descarregamento ou descarga, 
inspeção e separação, movimentação, arrumação, 
segurança, conservação, consolidação, unitização 
ou paletização, expedição, conferência e resolução 
de documentação envolvendo matérias-primas, 
produtos acabados ou semiacabados.
Os benefícios e as vantagens oriundos e ob-
tidos com a armazenagem estratégica são classi-
ficados e definidos com base nos custos e servi-
ços. Os benefícios econômicos da armazenagem 
ocorrem quando os custos totais são reduzidos. 
Estrategicamente, as empresas armazenam por 
razões de serviços e por razões econômicas. 
Qual a definição de armazenagem?
ParaLambert (1998, p. 264), 
pode-se definir armazenagem como a 
parte do sistema logístico da empresa 
que estoca produtos (matérias-primas, 
peças, produtos semi-acabados e acaba-
dos) entre o ponto de origem e o ponto 
de consumo e proporciona informações 
à diretoria sobre a situação, condição e 
disposição dos itens estocados.
Por outro lado, de acordo com Lacerda 
(2000), podemos citar como operações de arma-
zenagem: recebimento, posicionamento, estoca-
gem, picking e expedição. 
Já para Banzato (1998), consultor e diretor 
da Imam Consultoria, podemos acrescentar ain-
da outras três funções à armazenagem; são elas: 
logística de produção, distribuição e serviço ao 
cliente. 
Com a definição de tais autores e de entida-
des da área de logística, fica claro que a armazena-
gem faz parte do sistema logístico das empresas 
como um todo e consiste em várias atividades e 
funções consideradas importantes para as decisões 
empresariais e estratégicas, porque, além de cuidar 
do fluxo físico, cuida do fluxo de informações, da 
ARMAZENAGEM2 
Cláudio Alves da Silva
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guarda e da conservação de diversos bens, produ-
tos e mercadorias.
Tais atividades e procedimentos visam não 
só a garantir o nível de serviço estabelecido pela 
empresa e exigido pelos clientes, como também 
maximizar os resultados da empresa com o uso 
de novos conceitos e ferramentas de gestão.
No Brasil, por existir uma vasta extensão de 
terras, é comum observar que a ocupação física 
de armazenagem adotada se concentrava mais 
na utilização de grande área, ou seja, mais na me-
tragem quadrada do que na altura, ao contrário 
do conceito vertical, muito usado em países eu-
ropeus, por possuírem territórios pequenos, tor-
nando a ocupação muito cara e concorrida. Anti-
gamente, de forma geral, o espaço destinado ao 
estoque e à armazenagem era sempre atrelado a 
locais não apropriados. Com o advento de novos 
conceitos e tecnologias, a necessidade de novas 
atitudes empresariais e, principalmente, a neces-
sidade de redução de custos, o mau aproveita-
mento do espaço virou coisa do passado.
As empresas perceberam também que não 
era mais suficiente apenas guardar e conservar 
os produtos e mercadorias com o maior cuidado 
possível. Utilizar a armazenagem vertical, ou seja, 
utilizar a altura, foi e está sendo a solução pratica-
da pelas empresas para reduzir a extensão territo-
rial ocupada anteriormente pelo conceito antigo.
Conforme falamos anteriormente, a arma-
zenagem assumiu, então, uma grande importân-
cia estratégica na obtenção de maiores lucros e 
uma melhora significativa nos níveis de serviços 
logísticos. O nível de serviço é denominado o con-
junto de variáveis, ou fatores, que demonstram o 
desempenho do sistema logístico.
Qual a diferença entre armazenagem e es-
tocagem?
Podemos diferenciar os termos ‘armazena-
gem’ e ‘estocagem’ da seguinte forma: armazena-
gem refere-se à guarda de produtos acabados, 
enquanto a estocagem refere-se à guarda de 
matérias-primas e subcomponentes necessários 
para produção ou consumo.
A armazenagem nas empresas é uma das 
funções que fazem parte do sistema logístico, 
pois, na área de suprimentos, o uso de um siste-
ma de armazenagem racional de matérias-primas 
e de insumos adquiridos é algo fundamental. 
Após o processo de produção, é comum a 
geração de estoques de produtos em processo 
ou em elaboração; consequentemente, na área 
de distribuição, a empresa tem a necessidade da 
armazenagem de produtos acabados, que neces-
sitarão de distribuição, e a função de distribuição, 
com certeza para algumas empresas, é uma das 
atividades mais complexas em termos logísticos, 
por demandar grande velocidade nas operações 
e flexibilidade para atender às exigências, flutua-
ções e sazonalidades do mercado, bem como às 
janelas de entregas existentes.
A gestão da armazenagem em uma cadeia 
logística é de grande importância, pois mostra a 
integração e a interação entre as áreas de supri-
mentos, produção e distribuição.
Para realizar tal integração e movimentação 
com êxito, fazem-se necessários a implementa-
ção e o uso de um bom planejamento, que deve 
ser elaborado e efetuado segundo as variáveis de 
localização, entre outros aspectos técnicos, atra-
vés de estudos operacionais, gerenciais e estraté-
gicos, tais como arranjo físico (layout), produção, 
armazenagem, transporte e distribuição. 
AtençãoAtenção
Os benefícios econômicos da armazenagem 
ocorrem quando os custos totais são reduzidos.
2.1 A Armazenagem e a sua Importância
Armazenagem, Transporte e Distribuição
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15
Com o objetivo de reduzir custos, maximi-
zar resultados e aumentar a satisfação do cliente, 
a armazenagem, feita de forma correta, fornece 
muitos outros resultados e benefícios indiretos 
e estes variam de empresa para empresa, ramo e 
setor empresarial.
Uma prática comum adotada nas empresas 
é a utilização de relatório de pedidos em aberto, 
extraído do sistema de controle e utilizado para 
medir o impacto dos atrasos de produção em 
operações de remessas e atendimento ao cliente. 
Essas informações são utilizadas para identificar e 
corrigir problemas durante o processo de arma-
zenagem, assim como para manter os clientes in-
formados da situação do seu pedido, permitindo, 
dessa forma, que a empresa, de forma eficaz, ge-
rencie as questões de pedidos em aberto e que as 
outras áreas, como vendas, percam menos tempo 
resolvendo problemas de outras áreas.
2.2 A Armazenagem e Algumas Estratégias
Podemos dizer que a distância e a posição 
geográfica existentes entre as localizações dos 
fornecedores, das unidades produtoras, atacadis-
tas, CDs, varejistas e clientes finais fazem parte de 
um dos maiores problemas logísticos existentes 
na grande maioria das empresas, para que haja o 
cumprimento de prazos, porque uma das missões 
da área de logística é reduzir tempo e distância. 
Tanto para os clientes quanto para as em-
presas, o fator tempo é sinônimo de competitivi-
dade e, como tal, representa uma vantagem em-
presarial.
Por envolver custos, algumas empresas são 
forçadas a reduzir os estoques e, paralelamente, 
ter ou criar um melhor desenvolvimento e parce-
ria com seus fornecedores.
Conforme Fonseca (2011), que
qualquer pessoa, como consumidor, tem 
claro o que espera dos produtos que 
compra: querem produtos que cada dia 
atenda melhor às suas necessidades, os 
querem quando necessitam, a um preço 
adequado e com altos níveis de qualida-
de. Clientes cada vez melhor informados 
e mais exigentes estão provocando a mu-
dança dos mercados e consumo e, com 
eles, como um efeito dominó, de todos 
os demais mercados industriais e de ser-
viços.
Fica fácil perceber que essa mudança de 
comportamento do consumidor e do mercado 
faz com que as empresas venham a fazer uso de 
estratégias logísticas cada vez mais sofisticadas e 
aprimoradas.
Como as empresas fazem parte de um ce-
nário altamente concorrido e competitivo, é co-
mum a utilização de sistemas sofisticados de 
gerenciamento de armazéns, transportes e distri-
buição. Dessa forma, tais ferramentas propiciam 
uma análise e reflexão sobre a necessidade de re-
posicionamento estratégico devido à grande ex-
pansão do volume e da grande variabilidade de 
produtos estocados, como o aumento de pontos 
de entregas e de vendas.
Todos esses fatores causam certo impacto 
no que diz respeito ao posicionamento geográ-
fico do fornecedor e dos demais elementos e 
estruturas que fazem parte da empresa e, con-
sequentemente, às decisões, tendo em vista que 
estas não pertencem a uma determinada área ou 
departamento isoladamente, mas sim à organiza-
ção como um todo.
Tais fatores advindos de novos conceitos e 
tecnologias, atreladosaos produtos, aos proces-
sos, à gestão e à informação, além de melhorarem 
os processos e fluxos, estão permitindo a real glo-
balização da economia, explicando, dessa forma, 
tal evolução e mudança no ambiente corporativo 
e, principalmente, na área de logística.
Cláudio Alves da Silva
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Tal evolução na fabricação e demais proces-
sos empresariais está mudando os mercados para 
um ambiente extremamente dinâmico, de máxi-
ma flexibilidade, acompanhando e atendendo às 
flutuações da demanda e tornando as empresas 
mais competitivas e globalizadas. 
Para serem globalizadas, as empresas ne-
cessitam fazer a integração das suas operações e 
estruturas, e o gerenciamento da cadeia de supri-
mentos envolve administrar o sistema de logística 
integrada da empresa, com o uso de tecnologias 
avançadas, entre elas, de informação e de pes-
quisa operacional, para, dessa forma, planejar e 
controlar uma complexa rede de fatores, visando 
a produzir e distribuir produtos e serviços para sa-
tisfazer o cliente, equilibrando os gastos de modo 
a alcançar os objetivos empresariais atrelados aos 
negócios.
Ainda conforme Fonseca (2011), numa ca-
deia logística, é possível observar a sua divisão 
em três partes essenciais para o funcionamento 
de qualquer estrutura empresarial e essa cadeia 
geralmente é dividida nas seguintes partes:
ƒƒ Suprimentos: área que trata da aquisi-
ção e do gerenciamento da matéria-pri-
ma e dos itens utilizados pela empresa. 
Nesta área, encontramos atividades 
como de elaboração do pedido ao for-
necedor; escolha ideal dos equipamen-
tos de movimentação e do modal de 
transporte; armazenagem e distribui-
ção de diversos itens essenciais para a 
existência e o bom funcionamento da 
empresa;
ƒƒ Produção: através do setor de Plane-
jamento, Programação e Controle da 
Produção (PPCP), administra o estoque 
do produto semiacabado no processo 
de fabricação. Compreende o fluxo de 
materiais dentro da fábrica, os arma-
zéns intermediários, o abastecimento 
do posto de trabalho e a expedição do 
produto acabado;
ƒƒ Distribuição: atividade auxiliadora da 
área de vendas e de marketing, que ad-
ministra a demanda dos clientes e os 
canais de distribuição, nos respectivos 
pontos de venda. Abrange o estoque 
do produto acabado, a armazenagem, 
o transporte e a entrega ao cliente.
A mensuração da quantidade e da variabi-
lidade de produtos de uma cadeia de suprimen-
tos depende, em grande parte, da quantidade de 
movimentações e manuseios que sofrem os ma-
teriais, das distâncias que percorrem de uma lo-
calidade a outra, bem como do tempo (lead time) 
gasto em tais distâncias e dos níveis de estoques 
existentes nos diversos armazéns pertencentes à 
cadeia de suprimentos. 
A empresa, para realizar tal mensuração da 
quantidade de material, utiliza duas formas de 
medida:
ƒƒ Em dinheiro: representada pelo mon-
tante financeiro de todos os materiais 
que chegam ao canal. Esta medida, ob-
viamente, permite avaliar e quantificar 
o capital aplicado nos diversos estoques 
existentes na cadeia como um todo;
ƒƒ Em tempo (lead time): ou seja, o tempo 
em que um determinado item, ou in-
formação, levaria para percorrer todo 
o canal ou o percurso, desde que entra 
até sair da empresa. Esta forma serve 
de parâmetro para nos dizer qual é o 
tempo e a nossa distância em relação 
ao cliente, para que, dessa forma, haja a 
possibilidade de reação frente às novas 
necessidades e exigências de mercado.
Atualmente, é possível observar que as es-
tratégias logísticas estão evoluindo rapidamente 
e, entre os vários fatores que facilitam e contri-
buem para que essa mudança aconteça, pode-
mos citar a profissionalização e a especialização 
da nova geração de estudantes e profissionais, le-
vando-se em consideração que a logística é uma 
fonte importante de oportunidades. A antiga vi-
são, chamada de tradicional, que fazia a gestão 
burocrática de estoques, armazéns e transporte, 
está com os dias contados.
Armazenagem, Transporte e Distribuição
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Com a aparição de novas técnicas e de no-
vos conceitos, surgem, então, outros modelos de 
organização, que estão atuando forte e estrate-
gicamente em nosso mercado nacional, implan-
tando e incentivando uma mudança substancial 
nos conceitos logísticos a partir da teoria de que 
o estoque é sempre sinal de problemas a serem 
resolvidos; hoje, a nova visão é que ele também é 
fonte de lucro. 
Bowersox e Closs (2008) afirmam que não 
existe uma maneira única e ideal para atender a 
todos os clientes. Cada cliente requer e espera ser 
atendido de forma particular. 
Por existirem muitas necessidades empre-
sariais e, por outro lado, estratégias logísticas 
variadas, apresentaremos somente algumas das 
mais importantes, a título de exemplo, ilustrando, 
dessa forma, o que existe no dia a dia das empre-
sas em geral.
Na área industrial, uma estratégia muito uti-
lizada na armazenagem e na distribuição é a ges-
tão do fluxo puxado, sendo esse tipo de gestão 
da cadeia logística uma das contribuições funda-
mentais do Just in time. 
O diferencial entre o fluxo puxado e o fluxo 
empurrado é que o fluxo puxado se baseia em or-
ganizar a produção a partir do que o cliente real-
mente tem consumido, ou seja, no seu pedido ou 
em função do seu consumo.
A aplicação do fluxo puxado na totalidade 
de uma cadeia logística não é um projeto fácil, 
pois implica uma forte parceria (outsourcing) e 
estreitamento com os fornecedores e, também, 
com os clientes, o que, para uma grande maio-
ria das empresas, é uma atividade impossível. Tal 
estratégia pode ser utilizada para gerenciar os 
processos e os fluxos internos, se tornando, dessa 
forma, uma excelente ferramenta na redução do 
estoque em processo.
Outra estratégia muito utilizada pelas em-
presas é a da terceirização. Dessa forma, a empre-
sa irá se preocupar somente com o que é prepon-
derante para os negócios (core business), ou seja, 
foco nas atividades principais e não secundárias 
da empresa. 
Tal procedimento permite com que a em-
presa agregue valor aos seus produtos e serviços, 
mantendo, dessa forma, a competitividade em 
relação às demais empresas concorrentes. Dessa 
forma, percebemos alguns dos motivos que fa-
zem com que a terceirização seja muito utilizada 
e adotada pelas empresas. 
Para não correr riscos, as empresas contra-
tantes dos serviços de terceiros devem imple-
mentá-la de um modo gradual e controlado, ou 
seja, antes de decidir pela terceirização, é neces-
sário que a empresa contratante tenha o devido 
domínio das atividades e processos existentes 
nas áreas que serão alvo e objeto da terceirização. 
Devido a diversos problemas de estrutura 
e falta de recursos, a maioria das atividades e es-
truturas existentes em uma cadeia logística, nos 
dias de hoje, está terceirizada. Como exemplos, 
podemos citar: os armazéns, o transporte, a dis-
tribuição do produto, incluindo o fluxo interno, e 
os abastecimentos dos postos de trabalho, tanto 
internos quanto externos, como também na área 
de varejo.
Outra estratégia muito utilizada é a transfe-
rência do estoque para o fornecedor (consigna-
ção). Para tal, existem muitas formas de realizar 
a transferência do estoque para o fornecedor. 
Como exemplo, podemos mencionar que, devido 
à distância do fornecedor e de ele não ter como 
se adaptar à entrega de pequenos lotes, utiliza-se, 
dessa forma e frequentemente, a estratégia do 
estoque no depósito. O fornecedor, diante desse 
contexto, faz a entrega do seu estoque em um ar-
mazém próximo ao cliente ou muitas vezes, como 
é comum vermos nas redes de hipermercados, o 
faz dentro do próprio cliente. Dessa forma, tal es-
toque é considerado propriedade do fornecedor, 
até que haja o consumo,e nesse momento reali-
za-se a fatura. Nesse procedimento, o fornecedor 
fica responsável pela gestão dos estoques. 
DicionárioDicionário
Core business: pode ser entendido como foco no 
negócio, ou seja, está relacionado à especialidade 
do negócio. A empresa preocupa-se somente com 
o que é essencial e primordial.
Cláudio Alves da Silva
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É comum, em algumas situações, a empresa 
fornecedora ser responsável pela compra de sub-
componentes; em outras situações, esse material 
está consignado pelo cliente. Tais estratégias são 
utilizadas com o objetivo de maximizar espaços 
na indústria, mas não contribuem muito para so-
lucionar problemas de estoques.
Outra técnica muito utilizada, mas que afe-
ta toda a cadeia de distribuição, é a centralização 
dos estoques e da distribuição. Num contexto em 
que se têm muitos canais distintos e se produz de 
forma específica para cada um deles, é comum 
e até obrigatório manter um estoque específico 
para cada canal. Imagine se a demanda desse ca-
nal venha a alterar-se ou flutuar muito, em um de-
terminado momento ou época do ano, a empresa 
irá se deparar com uma ruptura de estoque; em 
outras palavras, faltará material ou produto.
Tanto essas estratégias de armazenagem 
quanto outras existentes na distribuição e no 
contexto de cada ramo ou setor empresarial fa-
zem a diferença para que as empresas venham a 
se manter no mercado e criar novas competitivi-
dades.
DicionárioDicionário
Consignação: pode ser entendida como o ato 
ou procedimento de entrega de mercado-
rias feitas por uma empresa ou pessoa para 
um terceiro (outra empresa ou pessoa), pas-
sando este a ser denominado consignatário, 
para vendê-las. O pagamento para quem 
entregou ocorrerá somente após a realiza-
ção da venda, ou seja, esse terceiro deno-
minado consignatário deverá reembolsar o 
consignador.
2.3 A Armazenagem e Algumas Vantagens
De forma lógica, como apregoa a logística, 
a armazenagem, quando efetuada de forma pla-
nejada e estruturada, poderá contribuir para ma-
ximizar resultados e, principalmente, minimizar 
custos. Dessa forma, com o uso de boas ferramen-
tas e técnicas de gestão, a empresa poderá:
ƒƒ Minimizar custos com acidentes de tra-
balho e, evidentemente, maximizar a 
segurança no ambiente de trabalho;
ƒƒ Aumentar a produção com o uso de 
tecnologias de processos e produtos; 
ƒƒ Manter ou aumentar o nível de serviço 
estabelecido pela empresa ou exigido 
pelo cliente;
ƒƒ Maximizar o espaço disponível, com o 
uso de política de estocagem aleatória, 
dedica ou mista; 
ƒƒ Minimizar os custos de movimentações 
e transporte;
ƒƒ Garantir o consumo ou as vendas, em 
períodos de oscilação ou de escassez 
no mercado; 
ƒƒ Melhorar a gestão e controle das ativi-
dades, facilitando também a fiscaliza-
ção e auditoria do processo, diminuin-
do, dessa forma, erros; 
ƒƒ Minimizar os custos com perdas, rou-
bos ou furtos. 
Com tais práticas logísticas, as empresas te-
rão condições de extrair muitas outras vantagens, 
bem como agregar valor aos seus produtos e ser-
viços, que se traduzirá em melhores resultados.
Armazenagem, Transporte e Distribuição
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Novaes (2004) diz que, quando desejamos 
melhorar o nível de serviço, é natural que espere-
mos custos mais elevados, ou seja, para uma me-
lhoria de padrão, é de se esperar um acréscimo 
correspondente nos custos.
Diante de tal desejo de melhoria nos servi-
ços, para se alcançar este e outros objetivos que 
se traduzem em vantagens, com certeza surgirão 
algumas desvantagens na empresa como um 
todo e, também, na prática de armazenagem. Al-
guns dos motivos que contribuem para agravar a 
situação são:
ƒƒ A empresa empregará ou investirá 
quantias vultosas de capitais, ou seja, 
dependendo do giro de alguns mate-
riais e produtos, tal gasto implicará di-
nheiro parado e, consequentemente, 
por não obter receitas, pagará juros e 
multas para alguns dos seus fornecedo-
res ou bancos e isso resultará também 
em perda de investimento; 
ƒƒ Devido à deficiência estrutural e de lo-
gística existente, uma grande maioria 
das empresas, para realizar a armazena-
gem de seus materiais ou produtos, re-
corre à ocupação de estruturas próprias 
ou de terceiros; nesse último caso, terá 
um gasto com locação e com terceiriza-
ção acima das vantagens e dos resulta-
dos esperados; 
ƒƒ Por causa de grandes cifras financeiras 
aplicadas em materiais e produtos, a 
armazenagem requererá serviços admi-
nistrativos, de segurança e, em alguns 
casos, serviços específicos e diferencia-
dos para acondicionar, usar ou movi-
mentar tais produtos ou mercadorias;
ƒƒ Por existir uma grande quantidade e 
variabilidade de produtos e por existir a 
necessidade por espaços ou armazéns 
com metragens cada vez maiores, com 
certeza, existirão altos custos com mo-
vimentação e localização de materiais; 
ƒƒ Dependendo do giro, do tipo de pro-
duto ou mercadoria armazenada, os 
prazos de validade deverão ser devi-
damente administrados, senão haverá 
perdas com a deterioração de produtos.
Como cada empresa se depara com a sua 
situação contingencial, com certeza, em seu con-
texto, essas e muitas outras desvantagens devem 
ser levadas em consideração na hora que se dese-
jar ou necessitar buscar vantagens operacionais e 
competitivas.
2.4 A Armazenagem e Algumas Desvantagens
DicionárioDicionário
Quando as empresas desejam melhorar o nível de 
serviço, é natural que, inicialmente, elas venham 
a ter custos de melhoria mais elevados, ou seja, 
para uma melhoria de padrão, é de ser esperar um 
acréscimo correspondente nos custos.
2.5 A Armazenagem e os seus Elementos
Na atividade de armazenagem, há elemen-
tos que são de fundamental importância, contri-
buindo, dessa forma, para que haja o sucesso ou 
os resultados tão almejados, pois, de uma forma 
ou de outra, sem eles a sua prática e existência se-
riam impossíveis. 
Entre eles, podemos citar o material como 
o principal elemento da armazenagem, devido à 
Cláudio Alves da Silva
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sua diferenciação, variabilidade e utilização, bem 
como o consumo, a apresentação e outras carac-
terísticas especiais, como as suas dimensões, que 
podem ser determinantes nas medidas a serem 
adaptadas, devendo-se, dessa forma, elaborar 
uma classificação de materiais levando em conta 
seu grupo, subgrupo etc. 
Outro elemento que podemos destacar é a 
espera, porque ela irá ditar o ritmo das atividades 
e do fluxo de materiais e informações, permitindo 
a identificação na antecipação com que os mate-
riais devem ser entregues ou colocados na em-
presa, em relação à espera de serem utilizados ou 
consumidos no processo. 
Outro elemento que tem grande destaque 
na armazenagem é a acumulação ou reunião de 
materiais em situação de espera, situação muito 
comum encontrada no ramo industrial ou em 
grandes centros de distribuição, podendo ser 
entendida também como a quantidade de cada 
material existente, estocado e em espera num ar-
mazém.
Por fim, nós temos o tráfego de operadores, 
máquinas, equipamentos e materiais nas insta-
lações de armazenagem. Esse elemento envolve 
operações tanto internas quanto externas e refle-
te diretamente nos custos e atividades de movi-
mentação.
Ficando atento a tais elementos, todo ope-
rador logístico terá condições de fazer uma boa 
gestão de armazenagem, bem como das demais 
operações nela existentes.
Conforme Novaes (2004), o custo constitui 
a soma dos insumos (mão de obra, energia, ma-
teriais diversos, equipamentos, instalações fixas 
etc.) necessários para realizar um determinado 
serviço ou operação, avaliados monetariamente.
Uma grande maioria das empresas opera 
de forma queos custos com armazenagem pos-
sam ser compensados com os custos de trans-
porte e de produção. Agindo assim, as empresas 
têm como justificá-los. Para tal, uma determina-
da empresa pode reduzir seus custos produtivos 
a tal ponto que seus estoques absorvem as flu-
tuações dos níveis de produção. Por outro lado, 
os estoques podem reduzir custos de transpor-
te, pois permitem o uso de lotes econômicos de 
compras ou de produção, em seu carregamento. 
Dessa forma, com o uso da armazenagem estraté-
gica, haverá a possibilidade do aumento no nível 
de serviço ao cliente, uma vez que, ao estocar o 
produto mais próximo ao cliente, podem-se con-
seguir entregas mais rápidas. 
Geralmente, na armazenagem, os custos 
envolvidos são fixos, variáveis, diretos e indiretos, 
e a gestão de custos é uma tarefa árdua, devido 
à dificuldade da gestão das operações e, princi-
palmente, do seu rateio e impacto nos custos. 
Todavia, a alta parcela dos custos fixos na armaze-
nagem permite com que os custos sejam propor-
cionais à capacidade existente no armazém, ou 
seja, estando vazio ou cheio, os custos continua-
rão os mesmos, uma vez que o espaço, os traba-
lhadores, os equipamentos e outros investimen-
tos continuam a existir. 
Para uma boa análise de custos, deve-se 
começar pela identificação dos itens principais e 
responsáveis, que podem ser equipamentos, lo-
cações de armazém, entre outros.
Para realizar um bom rateio dos custos, é 
necessário que haja uma maior sofisticação e sis-
tematização contábil, sinalizando, dessa forma, a 
necessidade de haver critérios e procedimentos 
bem definidos e estruturados no momento de 
decidir sobre o nível de detalhamento e de sofis-
ticação do sistema de custeio a ser implantado ou 
utilizado na empresa.
Independentemente do grau de sofistica-
ção e sistematização contábil, tudo está e será 
baseado em procedimentos e etapas que, sendo 
2.6 A Armazenagem e seus Custos
Armazenagem, Transporte e Distribuição
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seguidas, ajudarão para que seja feita a devida 
alocação de custos nas atividades de armazena-
gem, conforme veremos a seguir.
A principal etapa é, com certeza, identificar 
os itens de custos. Para tal, devem-se selecionar 
os itens de custos que serão considerados e men-
surados, como, por exemplo, operadores de em-
pilhadeiras, hora/homem, hora/máquina, hora/
veículo parado se for o caso, supervisores, depre-
ciação e custo de oportunidade das empilhadei-
ras, aluguel do armazém etc.
A devida classificação das contas e dos ele-
mentos é importante, evitando, dessa forma, que 
as contas sejam agrupadas. Tal classificação deve-
rá ser feita de acordo com a sua natureza e indivi-
dualização, ou seja, em vez de utilizar uma única 
conta, deve-se considerar cada elemento, cada 
ativo a ser feito o rateio.
Alguns itens, como locação de máquinas, 
locação de instalações, despesa com pessoal, be-
nefícios, manutenção, aluguel e outros, são ob-
tidos com facilidade junto ao departamento de 
contabilidade gerencial ou de custos. 
Para Iudícibus (1995, p. 21),
a contabilidade gerencial pode ser carac-
terizada, superficialmente, como um en-
foque especial conferido a várias técnicas 
e procedimentos contábeis já conheci-
dos e tratados na contabilidade financei-
ra, na contabilidade de custos, na análise 
financeira e de balanços etc., colocados 
numa perspectiva diferente, num grau de 
detalhe mais analítico ou numa forma de 
apresentação e classificação diferencia-
da, de maneira a auxiliar os gerentes das 
entidades em seu processo decisório.
A contabilidade gerencial é importante, 
porque, além de fornecer informações, consegue 
abranger todas as operações e movimentações 
existentes na empresa, registrando-as e transfor-
mando-as em caráter contábil e financeiro. 
Outros itens, como a depreciação de veí-
culos, máquinas e equipamentos e o custo de 
oportunidade, precisam ser calculados segundo 
a visão operacional e gerencial, levando em conta 
que o tempo utilizado para depreciação não deve 
ser o tempo (fiscal) contábil legal, mas sim o de 
vida útil real do ativo, ou seja, deve-se levar em 
conta o tempo que a empresa utiliza um determi-
nado ativo antes de trocá-lo. 
Outros critérios de alocação e de rateio são 
utilizados nas funções básicas da armazenagem, 
como a movimentação de materiais, cujos custos, 
mesmo que indiretamente, referem-se à quanti-
dade de carga recebida e expedida. Nesse con-
texto, o número de paletes recebidos e expedidos 
de cada produto pode ser utilizado com um bom 
critério de rateio para esses custos de movimen-
tação.
Podemos observar que a maioria dos cus-
tos com movimentação é proveniente do uso 
de equipamentos e de empilhadeiras, que, em 
suas atividades, indubitavelmente fazem a movi-
mentação de somente um palete por vez, inde-
pendentemente da quantidade de produtos ou 
caixas nele contido. Nesse contexto, será possí-
vel realizar a mensuração e o cálculo do custo de 
cada movimentação fazendo a divisão do custo 
total pertencente à movimentação ou transpor-
te pela soma dos paletes recebidos e expedidos. 
Com essa divisão, o gestor logístico terá como re-
sultado uma média aritmética. 
A consideração de todos os paletes recebi-
dos e expedidos será importante, porque, mesmo 
que estejam incompletos, os custos mensurados 
e o trabalho de movimentação e transporte serão 
praticamente os mesmos estando o palete com-
pleto ou não. 
Após a definição e identificação de tais cus-
tos unitários com movimentação, basta acompa-
nhar e verificar a quantidade de cada produto que 
foi movimentada, ou seja, quantos paletes foram 
recebidos e expedidos no final de um determina-
do período (por turno, diário, semanal e mensal), 
e realizar a multiplicação desta pelo custo unitá-
rio, atrelado à movimentação. 
Temos que tomar cuidado, porque uma de-
terminada linha de produto pode estar utilizan-
do o espaço em um armazém e não ter nenhum 
consumo unitário ou de vendas, enquanto outra 
linha pode ocupar um espaço menor e ter um alto 
volume de consumo ou de vendas. Tal cuidado se 
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faz necessário devido a possíveis distorções que 
possam existir no rateio e porque não são propor-
cionais ao volume expedido, ou seja, os custos, 
dessa forma, foram apurados somente na entra-
da, não sendo realizados e apurados devidamen-
te, porque não houve uma saída. 
Diante dessa situação, devemos considerar 
o limite e a capacidade de armazenagem de cada 
item por metragem quadrada, que são realizados 
levando em conta a dimensão e o empilhamento 
máximo de cada produto. 
Na ocupação de espaço e alocação de cada 
produto, temos que destacar que a razão existen-
te entre as vendas e o estoque é de grande rele-
vância. Sendo assim, o giro de um produto em 
um determinado período é calculado dividindo 
o volume total de consumo ou de vendas des-
se produto pelo seu estoque médio, sendo este 
obviamente considerado dentro do mesmo de-
terminado período, podendo ser diário, semanal, 
mensal etc.
Outro ponto importante é que o custo uni-
tário com espaço será menor quanto menor for 
o espaço de ocupação demandado por esse pro-
duto; também será menor quanto maior for o seu 
giro. 
Conforme mencionamos anteriormente, na 
devida administração do fluxo de bens, os custos 
relativos à administração do armazém, usualmen-
te, não estão relacionados ao volume de carga 
expedido, nem à quantidade dos produtos em 
estoque, mas sim ao número de processamentos 
realizados. 
É possível notar que a devida alocação dos 
custos dessa função específica, com certeza, terá 
variações conforme o contexto empresarial de 
cada organização e, para tanto, se faz necessário 
o uso de critério, como o custeio ABC, e a atuaçãode uma equipe multidisciplinar, para que haja a 
correta definição de critérios de rateio.
Geralmente, as empresas estabelecem e 
definem as suas prioridades relativas à armazena-
gem; diante disso, fica clara a não existência de 
norma que regulamente a forma como os mate-
riais devem estar dispostos no armazém, o que 
existem são políticas e definições estabelecidas e 
implantadas com base em sua experiência e suas 
necessidades operacionais e estratégicas. 
Por essas e outras razões, é comum verificar 
certa desorganização em alguns armazéns e pro-
blemas com arranjo físico e de movimentação, 
porém essas prioridades dependem de alguns 
fatores, como a forma de agrupamento, a qual fa-
cilita muito a arrumação e a busca de materiais. 
Tal procedimento é uma política de arma-
zenagem, conhecida como dedicada, ou seja, 
posições predefinidas. Com o seu uso, o aprovei-
tamento do espaço do armazém pode ficar pre-
judicado. 
Outra prática utilizada pelas empresas é a 
armazenagem por dimensões do produto ou ma-
terial, levando em conta o seu tamanho, peso e 
características. Esse procedimento é denominado 
aleatório e critério permite um melhor aproveita-
mento do espaço, mas apresenta um custo maior 
de movimentação e de controle.
Como há uma grande frequência de mate-
riais nas instalações de armazenagem, é comum 
a determinação do local e do controle através das 
fichas ou planilhas técnicas, levando em conta a 
frequência com que esse material é recebido, mo-
vimentado e expedido. Tais planilhas e fichas, por 
serem técnicas, permitem a verificação prévia do 
tamanho necessário das instalações e acessórios, 
como racks, estantes, portas, paletes etc., maximi-
zando o aproveitamento do espaço.
Outra prática comum na armazenagem é a 
constituição de outro espaço ou instalação, po-
dendo ser outro armazém específico para lotes 
2.7 A Armazenagem e as suas Prioridades Práticas
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destinados para atender às necessidades diárias 
ou de reserva das empresas.
Como as estruturas são grandes e a quanti-
dade e a variabilidade de produtos maiores ainda, 
é comum a prática de armazenagem por peças ou 
por conjunto de peças, englobando-as num só 
grupo, constituindo, dessa forma, uma linha ou 
uma produção por família. Tal procedimento leva 
à organização das peças por prioridades dentro 
de cada grupo ou família.
Todos esses procedimentos e práticas na ar-
mazenagem também contribuem para que haja 
a devida sistematização e automação dos proces-
sos de armazenagem, demonstrando o percurso 
mais curto ou os produtos de menor giro, para 
que sejam levados em conta na implementação 
e controle de novas técnicas de movimentação 
horizontal ou vertical.
2.8 A Armazenagem e os seus Tipos
2.9 A Armazenagem e a sua Movimentação
O conjunto de atividades na armazenagem, 
mesmo esta sendo do tipo temporário ou per-
manente, permite a realização de procedimentos 
que visam à melhora da movimentação e do nível 
de serviço, com a minimização dos custos opera-
cionais existentes. 
Porém há outro tipo de armazenagem feito 
no interior da empresa ou nas suas áreas externas 
– nesse último caso, feito ao ar livre –, muito uti-
lizado para grandes volumes, como pedras, areia, 
minérios, veículos, máquinas pesadas ou gás de 
cozinha. 
Novaes (2004) diz que a armazenagem de 
produtos se apoia, atualmente, no conceito de 
garantia plena de mobilidade, tanto para os equi-
pamentos de movimentação quanto para os ma-
teriais estocados.
Na armazenagem, a movimentação é um 
fator importantíssimo, porém, para realizá-la, as 
empresas fazem uso de alguns equipamentos, 
tentando, dessa forma, reduzir o tempo e os cus-
tos operacionais. 
Para facilitar o entendimento, as fotos de 
alguns desses equipamentos são mostradas nas 
aulas web e satélite e nos anexos desta apostila. 
Entre tais equipamentos, podemos citar:
ƒƒ Transpalete, podendo ser manual ou 
elétrico;
ƒƒ Empilhadeira lateral, bilateral, trilateral, 
articulada ou frontal, sendo essa última 
conhecida como contrapeso;
ƒƒ Ponte móvel ou ponte rolante, que, 
com a utilização de trilhos, faz com que 
os materiais, geralmente de muito peso, 
como, por exemplo, bobinas de aço, se-
jam movimentados de forma vertical;
ƒƒ Guindastes, podendo ser portuários, fi-
xos ou móveis;
ƒƒ Transcontêiner, muito utilizado em por-
tos ou áreas alfandegadas;
ƒƒ Transportadores aéreos, utilizados tam-
bém para movimentar frangos ou ou-
tros tipos de animais que, após o abate, 
seguem uma linha de produção prede-
finida, fazendo com que haja uma série 
de procedimentos e manuseios, trans-
formando-os em produtos;
ƒƒ Esteiras rolantes, muito utilizadas em li-
nha de produção e distribuição; 
ƒƒ Transelevador ou miniload, muito uti-
lizado em estruturas automatizadas e 
armazéns verticais.
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Estes são apenas exemplos comuns dos 
principais equipamentos utilizados na movimen-
tação e na armazenagem de materiais e produtos, 
existentes nas empresas. 
De acordo com as necessidades existentes 
nas empresas e características específicas dos 
produtos, será possível observarmos outros tipos 
de equipamentos, utilizados no dia a dia de suas 
atividades operacionais.
Para que seja feito o uso racional do arma-
zém, devemos levar em conta o tipo e as caracte-
rísticas básicas atreladas aos produtos e mercado-
rias, porque tais elementos vão contribuir muito 
para que haja a sua devida classificação.
Conforme Krippendorff (1972), os materiais 
podem ser classificados como materiais diversos, 
quando a principal finalidade é agrupar o mate-
rial em unidades de embalagens comerciais ou 
logísticas, visando a facilitar o transporte e a ar-
mazenagem.
Alguns materiais recebem essa classificação, 
porque, se não fosse assim, a movimentação e o 
preenchimento dos veículos ficariam comprome-
tidos, ou seja, essa classificação permite com que 
as empresas façam um melhor aproveitamen-
to da capacidade de carga, tanto dos armazéns 
quanto dos veículos, por existir uma grande va-
riabilidade de produtos e mercadorias; podemos 
chamar esse aproveitamento de produtividade. 
Outra classificação que exerce influência na 
armazenagem está relacionada aos granéis, ou 
seja, produtos no seu estado natural, como grãos, 
minérios, entre outros. A armazenagem desses 
materiais deve ocorrer o mais próximo possível 
dos locais de sua utilização, pois a movimentação 
e o transporte desse tipo de material são muito 
custosos. Para grandes quantidades desse ma-
terial, a armazenagem geralmente é feita em si-
los ou reservatórios de grandes dimensões. Para 
quantidades menores, utilizam-se latas, caixas ou 
outro tipo de recipiente adequado para o seu ar-
mazenamento. Como exemplo, temos também 
tambores contendo azeitonas ou grãos em con-
serva. 
Com relação a produtos em estado líqui-
do, emprega-se a mesma sistemática utilizada 
no material ou produto a granel. Como é feita a 
utilização de grandes tanques, silos ou grandes 
recipientes, estes podem ser conduzidos direta-
mente do local de armazenagem para a unidade 
produtora através de dutos. 
Uma classificação que merece um cuidado 
muito especial em sua armazenagem é a dos pro-
dutos gasosos, que deve obedecer às medidas e 
normas especiais de segurança. Tal procedimen-
to é feito como forma de precaução, pois alguns, 
além de serem perigosos, são também inflamá-
veis e, muitas vezes, acondicionados sob altas 
pressões. Por sua vez, a armazenagem de tubos 
e cilindros de gás está sujeita a normas e regras 
específicas conforme cada tipo desse material. As 
unidades de armazenagem e de transporte, por 
sua vez, também estão sujeitas a tais normas e 
leis e, em obediênciaa tais requisitos, muitas pos-
suem grandes dimensões e características pró-
prias.
A classificação de materiais, como podemos 
perceber, além de influenciar na armazenagem, 
também apresenta informações importantes 
para que ela seja feita da melhor maneira possí-
vel. Levando em conta tais características e cui-
dados, a empresa estará facilitando e otimizando 
também, em alguns casos, a sua devida identifi-
cação e localização no sistema de endereçamen-
to existente. 
2.10 A Armazenagem e a Influência dos Materiais
Armazenagem, Transporte e Distribuição
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Nem toda empresa ou indústria possui 
instalações de armazenagem, mas, independen-
temente de ser uma estrutura própria ou de ter-
ceiros, é possível verificar vários tipos e configu-
rações de armazéns, permitindo, dessa forma, ser 
feita certa classificação de tipos de armazéns. 
Conforme Krippendorff (1972), há o arma-
zém da produção, destinado à guarda de maté-
ria-prima, de material em processo, peças em ela-
boração e produtos acabados; de abastecimento 
diário; e, para atender às oscilações na demanda, 
o armazém chamado de segurança. 
O armazém da produção é utilizado para 
armazenar os chamados materiais diretos, que 
serão utilizados diretamente nas linhas de pro-
dução; por outro lado, há o armazém de material 
indireto ou auxiliar da produção, utilizado para 
abrigar ferramentas, graxas, óleos e quaisquer 
outros tipos de produtos necessários para auxiliar 
a produção. 
Nas empresas que fazem parte do ramo 
petroquímico, além do armazém para guarda de 
materiais sólidos ou pastosos, há também a exis-
tência de armazéns para líquidos e, dependendo 
do material, é comum o uso de silos.
Nas empresas do ramo comercial, setor de 
vendas e, principalmente, de prestação de servi-
ços logísticos, é comum observar estruturas pro-
jetadas e utilizadas para realizar a distribuição de 
diversos produtos e de diversas mercadorias. Tal 
distribuição é feita de acordo com as suas estra-
tégias e necessidades operacionais. Nessas es-
truturas, é comum a existência de mercadorias 
e produtos de terceiros, nesse caso, não sendo 
investimento da própria empresa armazenadora 
e sim dos seus clientes e, em alguns casos, de for-
necedores.
De outra maneira, Ferreira (1998) classifica 
os armazéns, conforme o uso, da seguinte forma:
ƒƒ Armazéns de uso geral: geralmente co-
bertos e fechados, não possuem meca-
nismos de climatização e são utilizados 
para armazenagem de diferentes tipos 
de materiais e produtos. Pela própria 
descrição, podemos perceber que este 
tipo de estrutura é a mais utilizada pela 
maioria das empresas para realizar as 
suas funções de armazenagem. Por não 
serem climatizados, ou seja, por não 
possuírem o controle de temperatura 
e umidade, o seu uso se torna restrito 
para alguns tipos de produtos. Como 
exemplo, podemos citar os produtos 
farmacêuticos;
ƒƒ Armazéns frigorificados: são aqueles 
que possuem todo um sistema de refri-
geração e de congelamento e contro-
le de temperaturas. Este tipo, como se 
pode perceber, é muito utilizado pelas 
empresas do setor alimentício em ge-
ral, principalmente para armazenar la-
ticínios, carnes e produtos derivados e 
2.11 A Armazenagem e a sua Classificação
Saiba maisSaiba mais
•	Os armazéns são classificados conforme o uso e tipo de estrutura;
•	O tipo e as características básicas atreladas aos produtos e mercadorias devem ser levados em conta, para que seja 
feito o uso racional do armazém. Tais elementos contribuem muito para que haja a devida classificação dos armazéns;
•	Não existe uma maneira única e ideal para atender a todos os clientes. Cada cliente requer e espera ser atendido de 
forma particular;
•	O conjunto de atividades na armazenagem, mesmo esta sendo do tipo temporário ou permanente, permite a reali-
zação de procedimentos que visam à diminuição dos custos e aumento do nível de serviço e da qualidade.
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sorvetes. Tal controle é feito, porque a 
temperatura é exigida por normas, leis 
de saúde e de vigilância sanitária, con-
forme o tipo de produto;
ƒƒ Armazéns para guarda de materiais in-
flamáveis: são construídos em material 
não inflamável, ou seja, materiais que 
não podem contribuir para a propaga-
ção do fogo, obviamente por motivos 
de segurança; além disso, devem ser 
providos de portas corta-fogo com ca-
pacidade de resistência de até quatro 
horas de fogo ou mais. A principal forma 
de proteção é obtida com a instalação 
de um sistema de alarme, de retenção e 
de uma rede de alagamento automáti-
co, tipo sprinklers (instalação aérea con-
tra incêndio), sistema de paralisação do 
bombeamento e escoamento;
ƒƒ Galpões: estes tipos de estruturas, ge-
ralmente, não possuem paredes ou 
portas, ou seja, são semiabertos e até, 
em alguns casos, semicobertos, sendo 
utilizados para a guarda e armazena-
gem de itens ou materiais que necessi-
tam de máxima ventilação ou que não 
necessitem de completa proteção das 
intempéries, como, por exemplo, pe-
dras decorativas;
ƒƒ Abrigos transitórios: geralmente, são 
pré-fabricados em estruturas metálicas 
e, também, em material vinil (lona plás-
tica) e possuem paredes laterais, teto, 
portas etc., podendo ser facilmente 
desmontados para transporte e remon-
tagem. Este tipo de estrutura é muito 
utilizado quando há excesso ou uma 
grande flutuação na demanda de deter-
minados produtos; consequentemente, 
a produção é aumentada e a necessida-
de de armazenagem também, sendo, 
dessa forma, uma opção para atender a 
tal necessidade. Havendo possibilidade, 
tal estrutura poderá ser adquirida ou, se 
for o caso, alugada, por causa de a sua 
utilização, às vezes, ser temporária;
ƒƒ Armazéns elevados: como o próprio 
nome sugere, é o tipo de armazém 
construído a certa medida acima do 
solo, podendo essa medida ser de 0,50 
metro ou mais acima do chão, ou seja, 
possuem um piso elevado como forma 
de melhorar a ventilação da área de ar-
mazenagem, com circulação de ar sob 
o piso. Conforme o autor, este tipo de 
armazenagem é específico para a guar-
da de munição, explosivos e fogos de 
artifícios.
Na mídia, é comum ouvirmos falar de aci-
dentes e explosões devido à utilização de estru-
tura não adequada e ao desrespeito às normas 
de segurança. Por essa e outras razões, empresas 
que produzem e comercializam produtos explo-
sivos são obrigadas a estar devidamente cadas-
tradas e habilitadas pelos órgãos fiscalizadores e 
reguladores, como, por exemplo, exército e Corpo 
de Bombeiros.
O objetivo desta parte não é torná-lo(la) 
um(a) construtor(a), mas sim demonstrar algumas 
características importantes para o conhecimento 
pessoal e profissional. Como há muitas empresas 
que possuem problemas estruturais, quem sabe 
um dia você será convidado(a) a participar do 
projeto ou acompanhá-lo em sua execução.
Diante desse contexto, surgem problemas 
associados à infraestrutura dos armazéns ou de 
outras instalações logísticas. Por exemplo, pode-
mos citar a falta de espaço para acomodação de 
produtos semielaborados, para que seja feita a 
movimentação de produtos pelos corredores, de 
pessoas e equipamentos de movimentação, bem 
2.12 A Armazenagem e Algumas Considerações sobre a sua Construção
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como em áreas externas, o que provoca diversos 
problemas e transtornos operacionais, tais como 
dificuldades na recepção dos materiais, atrasos na 
expedição e, por fim, a impossibilidade da realiza-
ção de uma organização adequada do armazém. 
A seguir, algumas considerações impor-
tantes, que podem ajudar na elaboração ou no 
acompanhamento de um projeto:
 
ƒƒ Em primeiro lugar, temos

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