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Taxonomia de Protozoa SARCOMASTIGOPHORA Eimeriina Haemosporina Eucoccidiida Sarcocystidae Eimeridae Cryptosporidiida Plamodiidae Piroplasmida APICOMPLEXA CILIOPHORA PROTOZOA Toxoplasma Neospora Sarcocystis Isospora Eimeria Cyclospora Cryptosporidium Plasmodium Babesia Babesiidae BABESIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE BIOLOGIA DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA Profa. Nara Amélia Farias 2016 • hematozoário • 1888 – Victor Babés, Romênia - bovinos com febre e hemoglobinúria • 1893 – Smith & Kilborne, EUA – transmissão por carrapato – primeiro registro de artrópodo transmitir agente infeccioso para vertebrado • humanos – 1957 – fazendeiro ioguslavo esplenectomizado morreu por infecção por B. divergens (bov.) - 1983 - 1º caso diagnosticado no Brasil (PE) – B. microti (roedores e cervídeos) INTRODUÇÃO Meio século mais tarde... • distribuição mundial (HI) • causam grandes perdas econômicas - mortalidade - longa convalescença - queda de produção (carne e leite) - redução de fertilidade - queda de rendimento (equinos) - problemas no transporte de animais – risco de perdas (bovinos) e limitação de melhoramento genético (equinos) - medicamentos e serviços técnicos • mais de 100 espécies descritas em animais • babesiose humana – risco emergente de saúde pública (EUA, Europa e Ásia) Casos esporádicos na Am. do Sul, África e Austrália REINO: Protista SUB-REINO: Protozoa FILO: Apicomplexa CLASSE: Sporozoea ORDEM: Piroplasmida FAMÍLIA: Babesiidae GÊNERO: Babesia ESPÉCIES: B. bigemina B. bovis B. caballi Theileria (B.) equi B. canis - cães B. microti – roedores, cervídeos e humanos TAXONOMIA bovinos equinos MORFOLOGIA Grandes babesias - 3 µm Pequenas babesias - 2,5 µm B. bigemina B. caballi B. canis B. bovis T. (B.) equi FORMAS EVOLUTIVAS MEROZOÍTOS E ESPOROZOÍTOS HV E HI extracelulares TROFOZOÍTOS HV intracelular VERMÍCULOS HI extracelular BIOLOGIA Ciclo no Bovino FORMAS VARIADAS NAS HEMÁCIAS – MOMENTO DA DIVISÃO Ciclo no Carrapato gametogonia merogonia (gametócitos) Larvas – inoculam B. bovis Ninfas e adultos – B. bigemina Infecção do carrapato – teleóginas nas últimas horas de parasitismo CARRAPATOS TRANSMISSORES Boophilus (R.) microplus B. bovis B. bigemina B. canis Amblyomma spp. Rhipicephalus sanguineus TRANSMISSÃO • transovariana (monoxenos) • transestadial (trioxenos) TRANSMISSÃO TRANSESTADIAL (e transovariana) EPIDEMIOLOGIA Agente Hospedeiro Vetor Ambiente Áreas livres Áreas de instabilidade enzoótica Áreas endêmicas SAÚDE/DOENÇA EQUILÍBRIO - carrapatos - vacinas DESEQUILÍBRIO - redução das defesas do bovino - aumento do inóculo SURTOS • animais livres áreas infectadas • animais infectados áreas livres • redução da população de carrapatos clima homem banhos agricultura REGIÃO SUL DO RS Instabilidade Enzoótica + Predomínio de gado europeu SURTOS (LRD – Laborat. Parasitol.) TPB outras PARASITÁRIAS 57,4% 42,6% 87% 13% DIAGNÓSTICOS Casuística dos últimos 25 anos parasitárias outras 13% 87% Agentes causadores dos surtos Babesia bovis (41,1%) Babesia bigemina (4,9%) Infecção mista (9,6%) Babesia sp. (14,9%) Anaplasma marginale (29,5%) Influência da idade do hospedeiro Distribuição dos surtos de TPB diagnosticados no LRD de 1978- 2005, segundo a faixa etária dos bovinos hospedeiros 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 < 1 ano 1-3 anos 3-4 anos > 4 anos várias Babesia bovis Outono Bovinos de 1-3 anos MECANISMOS DE ESCAPE DE Babesia • variação dos antígenos de superfície do parasito • adesão celular e sequestro – viscerotrópica – evita a destruição de hemácias parasitadas no baço • ligação de proteínas do hospedeiro às hemácias infectadas – ficam “invisíveis” ao sistema imune espécie cepa inóculo Agente Hospedeiro Fatores Hiperaguda ....................sub-clínica PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS idade raça stress estado nutricional Destruição de hemácias saída de parasitas + SRE + fragilid.da membr. + mecan. imunológicos anemia hemolítica hemoglobinúria Ativação de substâncias farmacologicamente ativas calicreína - cinina CHOQUE fatores de coagulação ANÓXIA MORTE * Anemia - anóxia anêmica - comprometimento de: cérebro rins fígado coração PECULIARIDADES DE Babesia bovis • proteínas do parasito modificam componentes da membrana das hemácias parasitadas – tornam-se rígidas, acumulando-se nos capilares • maior tempo de passagem das hemácias pelos capilares (congestão), facilitando o sequestro e reduzindo a destruição no baço • parasitadas com rugosidades na membrana – aumentam a adesão ao endotélio vascular B. bovis B. bigemina SINAIS CLÍNICOS • apatia, prostração • orelhas caídas • hipertermia • anorexia • fraqueza • taquicardia • taquipnéia • atonia ruminal • mucosas pálidas • hemoglobinúria • incoordenação, mov. de pedalar, agressividade CÃES • similar ao bovino • sinais inespecíficos frequentes • pode ter sangramento nas orelhas • animais da cidade e do campo • animais jovens e adultos • forma aguda é a comum NECROPSIA • mucosas anêmicas • hepato e esplenomegalia com congestão • vesícula biliar distendida - bile densa, escura • leve icterícia • congestão renal • urina vermelho-escura (B. bigemina) ou avermelhada (B. bovis) B. bovis • edema cerebral • capilares congestos DIAGNÓSTICO - CLÍNICO • apresentação • sinais clínicos - LABORATORIAL • direto (deteção do parasito) • indireto (detecção de anticorpos) DIAGNÓSTICO DIRETO Esfregaço sanguíneo corado Impressão de órgãos Hemolinfa corada PCR capilar congesto de hemácias com B. bovis Babesia bovis Babesia bigemina Babesia canis Babesia (T.) equi Babesia caballi Vermículos na hemolinfa de carrapato 5º ao 10º dia de postura DIAGNÓSTICO INDIRETO Imunofluorescência Indireta Elisa CONTROLE • controle de carrapatos • diagnóstico e tratamento precoces * induzir e manter resposta imune • infestação de terneiros • manter infestação mínima • cuidados no transporte de animais • cuidadosna entrada de animais (carrapatos) PREMUNIÇÃO QUIMIOPROFILAXIA VACINAS BABESIOSE EM HUMANOS 1º relato – 1957 – B. bovis em fazendeiro esplenectomizado, na Iugoslávia EUA e América do Sul – B. microti Europa – B. divergens (mais rara e mais letal – 50%) Brasil – 1983, PE casos em SP, MG, RJ e BA (mortes por diagnóstico tardio) B. microti formas variadas Formas em anel similares a Plasmodium - sem pigmento - multiformes B. microti - biologia Hospedeiro Vertebrado Hospedeiro Invertebrado Ixodes spp. (trioxenos) O homem é hospedeiro acidental Transmissão Vetorial - Ixodes spp. Transfusional (larva ninfa adulto) Transplacentária PARASITO OPORTUNISTA • AIDS • quimioterapia • corticoterapia longa • esplenectomia Fatores determinantes presentes (ambiente, vetor, reservatórios) Infecção humana existe (20 a 30%) Diante de fatores desencadeantes DOENÇA • expansão das populações de cervídeos • falta de predadores • maiores populações de carrapatos devido a invernos mais amenos • aumento da entrada de humanos em áreas reflorestadas, trilhas • conscientização da população – busca de médico – notificação (EUA, Europa e Ásia) - risco emergente de saúde pública Sinais Clínicos Similares à malária: • febre intermitente • anemia hemolítica • problemas intestinais • cansaço • dor no corpo • dor de cabeça • calafrios • hemoglobunúria Se não diagnosticada e tratada pode levar à morte (RJ, 2014). Forma benigna – sem sinais clínicos Diagnóstico Clínico – sinais em adultos ou crianças de áreas endêmicas Esfregaço sanguíneo corado - formas em anel, em cruz, variadas - parasitemia de 1 a 85% PCR – doadores Sorologia - RIFI Controle - evitar entrar em matas e cerrados - uso de roupas adequadas - uso de protetores e repelentes - limpeza peri-domiciliar (roedores) - sorologia e PCR em doadores - diagnóstico e tratamento precoces
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