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FMU Licenciatura em Artes Visuais Introdução à IMPRESSÃO COM MATRIZES EM RELEVO LINÓLEOGRAVURALINÓLEOGRAVURA XILOGRAVURAXILOGRAVURA Prof. Leonardo G. Gomes Profa. Maria Fernanda Azevedo Ramos Ferramentas de gravaçãoFerramentas de gravação As ferramentas de corte são: goivas, facas e formões, para madeira de fio. Cada família de ferramentas tem aberturas variadas e são empregadas conjuntamente de modo a evitar um resultado único. • Faca: confere precisão e nitidez nos contornos. • Goiva em V: também serve para os contornos e para criar hachuras finas. • Goiva em U (arredondadas): utilizada em contornos sem a precisão proporcionada pelas facas e pelas goivas em V. Servem especialmente para abrir luzes nos fundos. • Formão reto: serve para desbaste de grandes áreas, deixando irregularidades na superfície, nos intervalos de cada corte. Exemplo de GoivasExemplo de Goivas FERRAMENTA: BURIL Usados em frequentemente em Xilogravura de Topo e na Calcogravura (gravura em metal). • Os buris de haste curva e ponta losangular são manejados com maior mobilidade em todas as direções. • Buris retos dificultam as curvas, porém se adaptam às linhas longas. • Os buris de seção triangular também, servem à gravação de linhas. • O buril de ponta arredondada desbasta fundos e produz texturas aproximadas à gravura de fio. • Os meios-tons são feitos com buris raiados, os quais possuem linhas paralelas em sua base. A quantidade de linhas dos raiados varia de acordo com a numeração. Exemplos de buris Vale destacar que outros instrumentos podem ser utilizados na gravação como, por exemplo, pregos, riscadores de azulejo, brocas, lixas, dentre outros. Rolo, tintas e entintamento O material do rolo utilizado para entintar a matriz é comumente de borracha, visando aderência à tinta, transferência de tinta para a matriz sem entintar o sulco, bem como sua limpeza e durabilidade. Rolo de borracha para gravuraRolo de borracha para gravura TINTAS À BASE DE ÓLEO De modo geral, comumente se utiliza tinta tipográfica e tinta de off-set em impressões de gravuras em relevo. Devido sua viscosidade, a tinta a óleo confere grande densidade de pigmento à gravura e solicita o uso de materiais solventes para a limpeza (thinner, águarras, terebintina, detergentes, dentre outros). Possui secagem mais demorada que à base de água. TINTAS À BASE DE ÁGUA Na tradição oriental, a tinta é composta por uma pasta de arroz pigmentada. Atualmente, uma série de tintas para gravura estão disponíveis no mercado à base de água. Suas vantagens consistem: na limpeza e no odor (mais leves); na secagem mais rápida*; em possibilidades de maior transparência e de aquarelamento. Entintamento da Matriz em RelevoEntintamento da Matriz em Relevo Antes de se aplicar a tinta com o rolo de borracha, se prepara a tinta sobre um vidro, esticando-a com uma espátula, afim de torná-la mais maleável (plástica) e facilitar a passagem do rolo. Por fim, passa-se o rolo sobre a tinta "esticada", de modo a uniformizá-la tanto no vidro quanto no rolo. Seguem-se várias passadas de rolo na matriz, até que esta adquira uma homogeneidade, sem tinta em excesso. IMPRESSÃO • A impressão da gravura em relevo poderá ser realizada manualmente com uma colher achatada de madeira, de osso ou de bambu, ou por meio de um Baren. • A impressão mecânica se faz com a prensa para gravura em metal (prensa de cilindros). O uso da prensa na xilogravura contribui para que a pressão se distribua uniformemente por toda a matriz. Uma manta de feltro deverá ser interposta entre o cilindro e o papel que está sobre a matriz. Baren & colher de madeira Instrumentos para pressionar e tirar impressões de gravura PRENSAS MECÂNICAS Prensa mecânica para xilogravura, 1568 Tiragens & ProvasTiragens & Provas Com relação à impressão da gravura deve-se levar em consideração alguns pontos que se referem à tiragem e às provas. Pode ser uma impressão de Prova de Estado (P.E): são impressões que o artista tira para verificar o estado da gravura, se está finalizada ou necessita de mais gravação; de Prova de Artista (P.A): são impressões do artista que podem ser guardadas, doadas e até vendidas; de Tiragem definida e marcada: 1/50, 2/50, 3/50, assim por diante, até 50/50, no caso de 50 impressões por exemplo. Existem casos sem referência ou sinalização. PAPÉIS PARA IMPRESSÃO • Para gravuras em relevo usa-se papel com grande capacidade de dilatação e que não se rompa. O papel tipo Canson é o mais indicado. • A impressão manual requer papéis de gramatura baixa, sendo que a impressão mecânica pede papéis mais encorpados (gramatura alta). • Muitos tipos de papéis servem para a gravura em relevo como: sulfite, canson, vergê, Kraft, papel arroz japonês, papéis importados para desenho, dentre outros. • Independentemente da qualidade do papel, este deve ser de superfície lisa e absorvente. ReferênciasReferências COSTELLA, A. F. Introdução à Gravura e sua história. Campos do Jordão: COSTELLA, A. F. Introdução à Gravura e sua história. Campos do Jordão: Editora Mantiqueira, 2006.Editora Mantiqueira, 2006. COSTELLA, A. F. Breve História Ilustrada da Xilogravura. Campos do Jordão: Mantiqueira, COSTELLA, A. F. Breve História Ilustrada da Xilogravura. Campos do Jordão: Mantiqueira, 2003.2003. COSTA FERREIRA, O. Imagem e letra: introdução à bibliologia brasileira: A imagem COSTA FERREIRA, O. Imagem e letra: introdução à bibliologia brasileira: A imagem gravada. São Paulo: Edusp, 1994.gravada. São Paulo: Edusp, 1994. GORDINHO, M. C. (et al.) Gráfica: Arte e indústria no Brasil: 180 anos de história. São GORDINHO, M. C. (et al.) Gráfica: Arte e indústria no Brasil: 180 anos de história. São Paulo: Bandeirante Editora, 1991.Paulo: Bandeirante Editora, 1991. MARTINS, I. Gravura: arte e técnica. São Paulo: Laserprint: Fundação Nestlé de Cultura, MARTINS, I. Gravura: arte e técnica. São Paulo: Laserprint: Fundação Nestlé de Cultura, 1987.1987. ROCHA, C. S; NOGUEIRA, M. M. Panorâmica das Artes Gráficas. Lisboa: ROCHA, C. S; NOGUEIRA, M. M. Panorâmica das Artes Gráficas. Lisboa: Plátano, 1993.Plátano, 1993. ROSSI FILHO, S. GRAPHOS: glossário técnico de termos técnicos em ROSSI FILHO, S. GRAPHOS: glossário técnico de termos técnicos em comunicação gráfica. São Paulo: Editorial Cone Sul, 2009.comunicação gráfica. São Paulo: Editorial Cone Sul, 2009. SODRÉ, N. W. A História da Imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, SODRÉ, N. W. A História da Imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.1966. http://www.centrovirtualgoeldi.com/paginas.aspx?Menu=agravurahttp://www.centrovirtualgoeldi.com/paginas.aspx?Menu=agravura Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15
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