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UNIVERSIDADE SANTO AMARO – UNISA Curso: Ciências Biológicas BRUNO FRÕES BERMUDES PRODUÇÃO DE ETANOL RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS – BIOTECNOLOGIA São Paulo 2018 UNIVERSIDADE SANTO AMARO – UNISA Curso: Ciências Biológicas BRUNO FRÕES BERMUDES PRODUÇÃO DE ETANOL RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA – BIOTECNOLOGIA Relatório de aula prática – Produção de Etanol - Ciências Biológicas da Universidade Santo Amaro, da disciplina Biotecnologia, sob a orientação da Prof. Marco Aurélio Sivero Mayworm. São Paulo 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 4 2. OBJETIVOS ............................................................................................ 5 3. MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................... 5 4. RESULTADOS E DISCUSÃO ................................................................. 9 5. CONCLUSÃO ....................................................................................... 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .......................................................... 12 4 1. INTRODUÇÃO Nos países industrializados comprometidos com as metas do Protocolo de Kyoto, a utilização de biocombustíveis representa uma das formas mais efetivas para a redução da emissão dos gases de efeito estufa, associados ao consumo energético no setor dos transportes. A elevação do preço do barril de petróleo e as questões ambientais associadas à queima de combustíveis fósseis, também tem contribuído para que a humanidade coloque a frente à necessidade de novas fontes energéticas.1 Um desses biocombustíveis é o Etanol, um composto também conhecido por Álcool comum ou Álcool etílico, no qual, possui uma diversidade muito ampla de aplicações, como: Fabricação de remédios, solvente, combustível, solvente de tintas, vernizes, bebidas alcoólicas e etc.2 O etanol pertence à classe dos álcoois, ou seja, ele é um composto orgânico que possui o grupo funcional hidroxila (-OH) preso a um ou mais carbonos saturados.3 O etanol é um produto que não pode ser encontrado de forma pura na natureza e, para produção do mesmo é necessário a extração do álcool de outras substâncias. Uma das formas mais simples de se obter é através de moléculas de açúcar.4 As principais matérias-primas para a obtenção do etanol são cana- de-açúcar, milho, aveia, arroz, cevada, trigo e sorgo. O Brasil é um dos maiores produtores do mundo de etanol através da cana-de-açúcar, porém, pesquisas mais recentes vêm buscando novas fontes e processos para a produção do etanol, o bagaço por exemplo, pode ser utilizado para aumentar a produção do etanol sem a necessidade de aumentar a área plantada. O bagaço é constituído por celulose (polímero de glicose), hemicelulose (açúcares de 5 carbonos) e lignina, uma estrutura complexa e compacta que através de um tipod e fermentação especifico dão origem ao etanol lignocelulósico, um combustível que é considerado uma segunda geração de biocombustíveis.5 A produção e etanol deve crescer até quatro bilhões de litros e atingir a marca de 30 bilhões de litros na safra de 2018/2019, maior volume já registrado na história.6 5 2. OBJETIVO Fermentação e produção de Etanol a partir do caldo da cana-de-açúcar. 3. MATERIAIS E MÉTODOS Inicialmente foram separados 100 mL de caldo de cana, e em seguida transferidos para um Béquer FIGURA 1. Em seguida, em outro Béquer, foi solubilizado 3g de fermento biológico em 10 mL de água destilada com o auxílio de um bastão de vidro FIGURA 2. Figura 1: 100 mL de caldo de cana transferidos para um Béquer. 6 Figura 2: Solubilização do fermento biológico em água destilada. Após este procedimento, a solução contendo a levedura foi acrescentada ao caldo de cana, no qual foi misturado e logo em seguida medido e anotado o pH da solução, que foi de 5, FIGURA 3. Por fim, a solução foi transferida para um kitassato e fechado com uma rolha FIGURA 4. Figura 3: Medição do pH da solução de caldo de cana. 7 Figura 4: Transferência da solução para um Kitassato. Em um tubo de ensaio, foi adicionado à solução de Fenolftaleína correspondente a ¾ do volume do tubo, e acrescentado 3 gotas de Hidróxido de Sódio (NaOH). Em seguida foi medido e anotado o pH que foi de 12, FIGURA 5. Por último foi conectado a mangueira do Kitassato ao tubo de ensaio, e mantido ao abrigo de luz por um período de 7 dias. Figura 5: Tubo de ensaio contendo Fenolftaleína e medição do pH. Após o período de 7 dias de fermentação, o pH da solução do caldo de cana e do tubo de ensaio contendo Fenolftaleína foram medidos novamente e anotados para comparação. A mistura fermentada foi então transferida para um 8 destilador e aquecida a 70ºC, para se obter o álcool através do processo de destilação, FIGURA 6. Figura 6: Destilador utilizado na obtenção do etanol hidratado. Ao final do processo de destilação, o álcool destilado foi filtrado em um Erlenmeyer com o auxílio de um funil contendo Sulfato de Sódio, para a eliminação da água residual FIGURA 7. E por fim, uma amostra do álcool destilado anidro foi transferido para um gral para realização do teste de combustão. Figura 7: Funil contendo Sulfato de Sódio para eliminação do excesso de água. 9 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Uma tabela foi elaborada após as medições dos pH para comparação, essa tabela se encontra a seguir: Tabela 1: Comparação inicial e final entre pH e coloração pH Inicial pH Final pH Inicial pH Final 5 4,5 12 7 - - Cor rosa Transparente Caldo de cana Solução de Fenolftaleína A fermentação ocorre devido a utilização das leveduras, sendo a mais comum a levedura de Saccharomyces cerevisia. Elas consomem o açúcar presente no caldo de cana, quebrando as moléculas de glicose, produzindo Etanol e Gás Carbônico.4 Além da produção de Etanol e Gás Carbônico, também ocorre a formação de subprodutos da fermentação como: biomassa, glicerol e ácidos orgânicos/acidez.7 Isso explica a mudança inicial do pH de 5 para 4,5, que ocorreu devido à formação de ácidos orgânicos no processo da fermentação. A Fenolftaleína é um indicador ácido-base, que tem a propriedade de cor em função do pH do meio, ou seja, em meio básico terá uma determinada cor, e no meio ácido a sua cor será outra, nesse caso temos a cor incolor em meio ácido e rosa intenso em meio básico.8,9 Na preparação do tubo de ensaio contendo a fenolftaleína, foi acrescentado algumas gotas de NaOH (Hidróxido de Sódio) que apresentou pH básico inicial de 12, o que explica a coloração rosa do líquido conforme indicado na tabela. Após o período de fermentação de 7 dias, foi observado que o tubo contendo fenolftaleína apresentou um pH de 7, e a coloração do tubo estava incolor FIGURA 8. Como dito anteriormente, no processo de fermentação além do Etanol, também é gerado o Gás Carbônico (CO2). Esse CO2 ao entrar em contato com a solução através do tubo inserido, vai se dissolver na água e forma uma solução ácida, pois cria o ácido carbônico, conforme mostrado a seguir: CO2(g) + H2O(l)→ H2CO3(aq) 10 Como o meio fica ácido, o pH da fenolftaleína vai caindo até atingir o pH final de 7, fazendo com que a coloraçãoinicial que era rosa intenso, fique incolor conforme apresentado na tabela.8 Figura 8: Solução de Fenolftaleína após o período de fermentação de 7 dias. Após o processo de destilação, no qual é um processo de separação dos componentes de misturas homogêneas,2 teremos um álcool hidratado cuja a composição será de: 96% etanol e 4% de água.3 Para a eliminação desse excesso de água, utilizamos o Sulfato de sódio que através de um processo denominado “desidratação”, teremos o etanol anidro com graduação alcoólica em cerca de 99,5%. Para encerrar o experimento, realizamos o teste de combustão, onde o etanol foi colocado em um gral e aceso com o auxílio de fósforos FIGURA 9. Como mostrado na imagem, o etanol apresentou uma chama azul e facilidade na combustão, mostrando assim seu alto grau de pureza. 11 Figura 9: Teste de combustão do etanol anidro. 5. CONCLUSÃO O processo de fermentação e produção de etanol a partir do caldo de cana, apresentou os resultados esperados no decorrer do experimento, mostrando de forma simples e eficaz a produção deste biocombustível, reforçando assim, a ideia de que podemos reduzir a utilização de combustíveis fosseis no setor do transporte, através da utilização de fontes alternativas, reduzindo assim, os seus impactos. 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Lôbo I, Ferreira S, Cruz R. Biodiesel: quality parameters and analytical methods. Quim Nova [Internet]. 2009;32(6):1596–608. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100- 40422009000600044&script=sci_arttext 2. FOGAÇA JRV. Processo de produção de álcool. Fabricação e produção de álcool - Mundo Educação [Internet]. [cited 2018 May 1]. Available from: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/processo-producao- alcool.htm 3. SOUZA LA. Produção de Etanol - Brasil Escola [Internet]. [cited 2018 May 1]. Available from: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/producao- etanol.htm 4. Processos de fabricação do etanol [Internet]. [cited 2018 May 1]. Available from: https://www.novacana.com/etanol/fabricacao/ 5. Barros TD. Etanol. [cited 2018 May 1]; Available from: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT0 00fj1fm1eu02wyiv802hvm3jw2v4wj9.html 6. Produção de etanol deve bater recorde na safra 2018/2019 | Canal Rural [Internet]. [cited 2018 May 1]. Available from: http://www.canalrural.com.br/noticias/rural-noticias/producao-etanol-deve- bater-recorde-safra-2018-2019-71676 7. Ambiental E, Santos C. Coleção UAB−UFSCar. 8. FOGAÇA J. Aula experimental sobre indicador ácido-base - Brasil Escola [Internet]. [cited 2018 May 3]. Available from: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/aula- experimental-sobre-indicador-acido-base.htm 9. FOGAÇA J. Indicadores ácido-base. Indicadores de pH - Mundo Educação [Internet]. [cited 2018 May 1]. Available from: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/indicadores-acido-base.htm
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