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Prova TRT 6ª Preliminar AJAA

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 1 
 
PROVA: TRT 6ª Região 
Analista Judiciário - Área Administrativa 
Prova aplicada em 29/04/2018 
 
CADERNO DE PROVA ’C03’, TIPO 004 
61. Um dos instrumentos de controle, transparência e fiscalização previsto na Lei de 
Responsabilidade Fiscal (Lei complementar no 101/2000) consiste no Relatório de 
Gestão Fiscal, que 
(A) deve ser apresentado pelo Chefe do Executivo ao final do exercício, contendo os 
principais indicadores de endividamento e despesas de pessoal. 
(B) integra a prestação de contas do Chefe do Executivo, contendo, entre outros elementos, 
a comprovação de aplicação dos montantes previstos na Constituição Federal em despesas 
com Educação e Saúde. 
(C) deve ser publicado até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, contendo 
demonstrativo do resultado nominal e primário. 
(D) deve indicar os restos a pagar utilizados para cobertura da extrapolação dos limites 
fixados no referido diploma legal. 
(E) deve ser emitido ao final de cada quadrimestre pelos titulares dos Poderes e órgãos 
discriminados no referido diploma legal. 
Gabarito preliminar: E 
(A) Errada. O Relatório de Gestão Fiscal deve ser apresentado também (e não 
necessariamente e exclusivamente pelo Chefe do Executivo) ao final de 
cada quadrimestre, contendo: 
• Comparativo com os limites estabelecidos pela LRF em relação a: despesa 
total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas; dívidas 
consolidada e mobiliária; concessão de garantias; e, operações de crédito, 
inclusive por antecipação de receita. 
• Indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, caso seja 
ultrapassado qualquer dos limites. Observe que não há demonstrativos 
que acompanham o RGF (apenas o RREO é que tem esses 
demonstrativos). 
 
 (B) Errada. Não há previsão legal para esta atribuição. 
 
(C) Errada. O que deve ser apresentado pelo Chefe do Executivo é o Relatório Resumido 
da Execução Orçamentária, que deve ser publicado até 30 dias após o encerramento de 
cada bimestre, contendo, dentre outros, o demonstrativo do resultado nominal e primário. 
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(D) Errada. Não há tal atribuição relativa aos Restos a pagar. 
 
(E) Certa. De responsabilidade dos titulares dos Poderes e órgãos, o Relatório de Gestão 
Fiscal deve ser elaborado ao final de cada quadrimestre, e deve ser assinado pelo: chefe do 
Poder Executivo; Presidente e membros da Mesa Diretora dos Órgãos do Poder Legislativo; 
presidente de Tribunal e membros de Conselho de Administração dos Órgãos do Poder 
Judiciário; chefe do Ministério Público, da União e dos estados. Além dessas autoridades 
máximas, o relatório também deverá ser assinado pelas autoridades responsáveis pela 
administração financeira e pelo controle interno. 
 
 
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62. Os princípios orçamentários, extraídos da Constituição Federal e da legislação 
infraconstitucional que disciplina a matéria, contemplam, entre outros, o 
(A) da exclusividade, que proíbe a inclusão no orçamento de matéria estranha à previsão de 
receita e fixação de despesas para o exercício, determinando, assim, que as operações de 
crédito e receitas extraordinárias estejam previstas em peça autônoma. 
(B) da discriminação, que determina a alocação das receitas orçamentárias às despesas 
correspondentes, mediante empenho previsto na peça orçamentária, realizado de acordo 
com a categoria funcional correspondente. 
(C) da universalidade, de acordo com o qual o orçamento deve compreender 
obrigatoriamente as despesas e receitas relativas a todos os Poderes, órgãos, fundos, tanto 
da administração direta quanto da indireta, excluídas apenas as entidades que não recebam 
subvenções ou transferências à conta do orçamento. 
(D) da não afetação, de acordo com o qual o orçamento não pode consignar destinação de 
tributos, incluídas taxas, a fundos de despesa, vedando também a vinculação de produto de 
imposto a garantias perante a União. 
(E) do equilíbrio, que proíbe a aprovação de orçamento com previsão de déficit, salvo em 
comprovada situação de constrição econômica, condicionada a realizações de operações de 
antecipação de receita orçamentária; 
Gabarito preliminar: C 
(A) Errada. Previsto no § 8º do art. 165 da Constituição Federal, estabelece que a LOA não 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se 
dessa proibição a autorização para abertura de crédito suplementar e a contratação de 
operações de crédito, nos termos da lei. A Lei de Orçamento deverá tratar apenas de 
matéria financeira, excluindo-se dela qualquer outro dispositivo estranho. Assim, não pode 
o texto da lei orçamentária instituir tributo, por exemplo, nem qualquer outra 
determinação que fuja às finalidades específicas de previsão de receita e fixação de despesa. 
(B) Errada. Essa regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados 
e sem discriminação, e ainda, o início de programas ou projetos não incluídos na LOA; e 
exige o detalhamento das projeções de receitas e despesas. Esse princípio está consagrado 
no § 1º do art. 15 da Lei nº4.320/1964: 
"Na lei de orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por 
elementos; 
§ 1 Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, 
material, serviços, obras e outros meios de que se serve a Administração Pública 
para consecução dos seus fins". 
 
Também encontra amparo legal no art. 5º da Lei nº 4.320/1964: 
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"a lei de orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender 
indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, 
transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no art. 20 e seu 
parágrafo único". 
(C) Certa. Estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/ 1964, 
recepcionado e normatizado pelo § 5º do art. 165 da Constituição Federal, determina que a 
LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, 
órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Ele 
determina que o orçamento deve considerar todas as receitas e todas as despesas, e 
nenhuma instituição governamental deve ficar afastada do orçamento. 
Exceção: Orçamento operacional das Empresas Estatais INDEPENDENTES; e ingressos/ 
dispêndios extraorçamentários (ver Súmula 66 do STF). 
 
Além disso, o texto do Item (C) diz respeito ao art. 62 da EC 1/69, da Constituição Federal 
de 1967: 
Art. 62. O orçamento anual compreenderá obrigatoriamente as despesas e 
receitas relativas a todos os Poderes, órgãos e fundos, tanto da administração 
direta quanto da indireta, excluídas apenas as entidades que não recebam 
subvenções ou transferências à conta do orçamento. 
 
(D) Errada. A clássica pegadinha de Impostos x Tributos. O inciso IV do art. 167 da 
CF/1988 veda vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções 
estabelecidas pela própria Constituição Federal. 
(E) Errada. Este princípio está consagrado no art 4º-, inciso I, alínea a, da LRF que 
determina que a LDO disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa. Ele estabelece que 
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a despesa fixada não pode ser superior à receita prevista, ou seja, deve ser igual à receita 
prevista. A finalidade desse princípio é deter o crescimento desordenado dos gastos 
governamentais e impedir o déficit orçamentário. Praticamente em todos os anos esse 
princípio é apenas formalmente atendido nas LOA's, visto que o "equilíbrio" é mantido com 
as operações de crédito nele contidas e autorizadas - que são na verdade empréstimos que 
escondem o déficit existente. O princípio do equilíbrio é aferido no momento da 
aprovação do orçamento, e não durante sua execução. Durante a execução o equilíbrio 
será perseguido, mas não será exato porque a execução comporta variações envolvendo 
receitas e despesas. Esse princípio orçamentário com assento constitucional e comumente 
indicado pela doutrina é, em uma de suas acepções correntes, conhecido como “regra de 
ouro”, uma vez que veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou 
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. 
 
 
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63. O conceito de gestão fiscal responsável permeia todo o ciclo orçamentário, 
incluindo a elaboração das principais peças: Plano Plurianual (PPA); Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). Insere-se, nesse 
contexto, a obrigatoriedade de inclusão na LOA de 
(A) ações e programas com duração superior a dois exercícios financeiros que não tenham 
sido passíveis de previsão no PPA. 
(B) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada na hipótese de frustração de 
receitas que redunde em não cumprimento de resultado primário ou nominal. 
(C) anexo de riscos fiscais, em que serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos 
capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se 
concretizem. 
(D) reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na 
receita corrente líquida, são estabe lecidos na LDO, sendo destinada ao atendimento de 
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 
(E) anexo de metas fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e 
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da 
dívida pública. 
Gabarito preliminar: D 
(A) Errada. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá 
ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
pena de crime de responsabilidade. 
(B) Errada. Atribuição da LDO, conforme a LRF. 
(C) Errada. Integra a LDO, conforme a LRF. 
(D) Certa. De acordo com a LRF: 
 Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível 
com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas 
desta Lei Complementar: 
 III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, 
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias (...) 
(E) Errada. Integra a LDO, conforme a LRF. 
 
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64. Suponha que o Chefe do Executivo do Estado tenha decidido contemplar 
determinada carreira de servidores com a concessão de benefícios pecuniários, 
encaminhando ao Poder Legislativo projeto de lei nesse sentido. Ocorre que, estando 
no meio do exercício financeiro, constatou-se a insuficiência das dotações 
orçamentárias correspondentes para suportar a majoração de gastos. Diante de tal 
cenário, a solução para viabilizar, do ponto de vista orçamentário, a concessão e 
pagamento dos benefícios consiste em 
(A) utilização de restos a pagar, desde que ainda não processados, mediante ato próprio. 
(B) abertura de crédito adicional suplementar, necessitando de autorização legislativa. 
(C) abertura de crédito adicional especial, independente de autorização legislativa, desde 
que fundado em excesso de arrecadação. 
(D) remanejamento de outras dotações de custeio ou de capital, mediante decreto. 
(E) abertura de crédito adicional extraordinário, mediante cancelamento de outras 
dotações de custeio. 
Gabarito preliminar: B 
(A) Errada. Oi? O enunciado trata da insuficiência de dotações já previstas e isso nada tem 
a ver com Restos a Pagar. Coráááááááááááááágy da banca! rsrsrsrsrs 
(B) Certa. Créditos suplementares são destinados a reforço de dotação orçamentária. A 
LOA poderá conter autorização para abertura de créditos suplementares, limitados a 
determinado valor ou percentual, sem a necessidade de submissão ao Poder Legislativo. Os 
créditos suplementares terão vigência no exercício em que forem abertos. 
(C) Errada. Insuficiência de dotação e não dotação nova. 
(D) Errada. Remanejamentos devem ser feitos mediante lei, salvo situações elencadas pela 
própria constituição, nos casos de remanejamentos nas áreas de Ciência, Tecnologia e 
Inovação. 
(E) Errada. Não há no enunciado situação que exija o crédito extraordinário. 
 
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65. Os efeitos financeiros decorrentes das denominadas “despesas obrigatórias de 
caráter continuado”, salvo aquelas decorrentes do reajustamento anual dos 
servidores e do serviço da dívida, nos termos normatizados pela Lei de 
Responsabilidade Fiscal 
(A) serão suportados com recursos provenientes de alienação de ativos ou de operações de 
crédito, vedada a utilização de dotações do orçamento vigente. 
(B) devem ser compensados com aumento permanente de receita ou redução permanente 
de despesa. 
(C) serão excluídos para fins de cálculo do superávit financeiro, porém não do limite da 
dívida consolidada. 
(D) não são considerados para fins de cômputo do limite de comprometimento de despesa 
com pessoal. 
(E) somente poderão ocorrer no exercício subsequente à lei ou ato normativo que lhe der 
causa. 
Gabarito preliminar: B 
A despesa obrigatória de caráter continuado, segundo a LRF, é a despesa corrente derivada 
de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo, que fixa para o ente público a 
obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Lembre-se: 
Somente as despesas correntes assumidas por mais de dois exercícios podem ser 
consideradas de caráter continuado. Jamais uma despesa de capital poderá ser 
enquadrada nesse conceito. As despesas obrigatórias de caráter continuado têm 
características especiais, pois, uma vez assumidas, “tornam-se obrigatórias no mínimo por 
mais de dois anos”, por isso a LRF exige que o ato de sua criação ou aumento atenda as 
regras para a criação de despesas e, ainda, demonstre a origem dos recursos para o seu 
custeio. No momento de sua autorização deverá ser comprovado que a sua realização não 
afetará a meta de resultado fiscal estabelecida pela LDO respectiva. Nos exercícios 
seguintes poderão ser utilizadas duas medidas de compensação: aumento permanente 
de receita ou redução permanente de despesa. 
(A) Errada. As despesas obrigatórias de caráter continuado têm características especiais, 
pois, uma vez assumidas, “tornam-se obrigatórias no mínimo por mais de dois anos”, por 
isso a LRF exige que o ato de sua criação ou aumento atenda as regras para a criação de 
despesas e, ainda, demonstre a origem dos recursos para o seu custeio. 
(B) Certa. Já explicado acima.
(C) Errada. Não há relação entre o item e as Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado. 
(D) Errada. Não são excluídas, pois não há previsão legal para tal fato. 
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(E) Errado. A despesa obrigatória de caráter continuado, segundo a LRF, é a despesa 
corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo, porém não há 
previsão de que só ocorra no exercício subsequente.
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	PROVA: TRT 6ª Região Analista Judiciário - Área Administrativa Prova aplicada em 29/04/2018

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