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11 - Soldagem MIG MAG

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Mário Bittencourt – 2016.1 1 
Fundamentos do 
Processo MIG/MAG 
 
Docente: Mário Bittencourt 
Sumário 
 Descrição do processo 
 Instalação MIG/MAG 
 Transferência metálica 
 Efeito “PINCH” 
 Variáveis de soldagem 
 Vantagens e limitações do processo 
 Descontinuidades relativas ao processo 
 
Mário Bittencourt – 2016.1 2 
 “Operação que tem por objetivo a união de duas peças 
(ou mais), produzida por aquecimento até uma 
temperatura adequada, com ou sem a utilização de 
pressão e/ou material de adição, assegurando entre as 
peças uma perfeita continuidade metálica e mantendo, 
por conseqüência, suas propriedades.” 
 
Definição de Soldagem 
Descrição do Processo 
 No processo MIG/MAG o calor necessário para a 
soldagem provém do arco elétrico que é 
estabelecido entre um arame eletrodo sólido, 
alimentado continuamente com velocidade 
controlada, e a peça a ser soldada. 
 A poça de fusão e o arame fundido são protegidos da 
contaminação da atmosfera por uma cortina gasosa. 
 É considerado um processo de soldagem semi-
automático. 
 
Mário Bittencourt – 2016.1 3 
Arame Eletrodo Sólido 
 A abreviação MIG/MAG esta relacionada ao gás de 
proteção utilizado. 
 M etal M etal 
 I nert A ctive 
 G as G as 
 Também é conhecido pela sigla internacional GMAW, que 
significa “Gas Metal Arc Welding”, ou seja Soldagem a 
Arco com Proteção Gasosa e Eletrodo Metálico. 
 
Descrição do Processo 
Mário Bittencourt – 2016.1 4 
Descrição do Processo 
Regulador de vazão 
Arame MIG 
Alimentador 
de arame 
Tocha MIG 
Fonte de energia 
Gás de 
proteção 
Peça de trabalho 
Descrição do Processo 
Mário Bittencourt – 2016.1 5 
 A transferência metálica para poça de fusão ocorre no 
arco elétrico. 
 O contato elétrico é do tipo deslizante. 
 PROCESSO TIG 
Descrição do Processo 
PROCESSO MIG/MAG 
Descrição do Processo 
 A transferência metálica para poça de fusão ocorre no 
arco elétrico. 
 
Mário Bittencourt – 2016.1 6 
Descrição do Processo 
 O processo não gera escória, apresentando na 
superfície do cordão soldado silicato de manganês, 
reação entre o óxidos de silício e de manganês, quando 
da utilização de gases ativos (SiO2 + MnO > SiO3Mn). 
Descrição do Processo 
 O silicato de manganês possui ponto de fusão e 
densidade inferior ao metal de solda, permanecendo na 
superfície do cordão de solda. 
 Em soldagem multipasse não é necessário, na maioria 
das vezes, retirar esta “escória” formada nos cordões 
anteriores 
 
Mário Bittencourt – 2016.1 7 
Instalação MIG/MAG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalação MIG/MAG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte de Energia para Soldagem 
 1. Ligação à rede elétrica 
 2. Retificador de corrente para soldagem 
 Arame Eletrodo 
 3. Bobina (carretel) do arame eletrodo 
 4. Aparelho alimentador do arame eletrodo 
 Gás de Proteção 
 5. Cilindro para gás de proteção 
 6. Válvula redutora de pressão com indicador de 
 vazão 
 7. Válvula solenóide do gás de proteção 
 
Mário Bittencourt – 2016.1 8 
Instalação MIG/MAG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Multicabo 
 8. Cabo de comando da tocha ou pistola 
 9. Arame eletrodo 
 10. Condutor do gás de proteção 
 11. Condutor da corrente para soldagem 
 Tocha de Soldagem 
 12. Tocha ou Pistola com interruptor 
 Conexão com a Peça 
 13. Cabo-obra (cabo de ligação à peça de 
 trabalho) com grampo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte de Energia 
Fonte de Energia 
Mário Bittencourt – 2016.1 9 
 A unidade de alimentação do 
arame e a fonte de energia 
estão conjugadas de modo a 
fornecer uma a auto-regulagem 
para o comprimento do arco. 
Equipamento de Soldagem 
 O arame eletrodo é alimentado continuamente e a fonte 
de energia fornece o calor necessária para fundir o metal 
de base e o arame, alimentado a uma velocidade 
constante. 
Equipamento de Soldagem 
Mário Bittencourt – 2016.1 10 
 O equipamento de soldagem fornece a energia 
necessária para criar a poça de fusão no material de base 
e fundir o arame eletrodo. 
  Esta energia tem dois 
componentes: 
 - a energia que esta contida 
no arco elétrico 
 - a energia de aquecimento 
do arame eletrodo por 
efeito Joule 
 
Fonte de Energia 
 Fonte de energia de 
tensão constante. 
 Fornece uma curva 
tensão-corrente conjugada 
com uma velocidade 
constante de alimentação 
do arame. 
2 
1 
Fonte: GERDAU 
Fonte de Energia 
Mário Bittencourt – 2016.1 11 
Equipamento de Soldagem 
Fonte de Energia 
Mário Bittencourt – 2016.1 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alimentador de Arame Eletrodo 
Alimentação do Arame 
 Existem vários tipos de sistemas propulsores para a 
devida alimentação do arame na poça de fusão. 
 A adequada e contínua alimentação é fundamental para 
se obterem cordões sem falhas e com bom 
acabamento. 
 Considerando a dificuldade de se empurrar o arame 
eletrodo a grandes distâncias, devido ao atrito dos 
conduítes, existem sistemas que permitem a soldagem 
em locais afastados da fonte de energia. 
Alimentação do Arame 
Mário Bittencourt – 2016.1 13 
Alimentação do Arame 
 Alimentador no interior ou externo à fonte de energia, 
ambos empurrando o arame eletrodo. 
Alimentação do Arame 
 Alimentador na própria tocha de soldagem (empurrando o 
arame) e alimentador na fonte (empurrando) + sistema 
puxador na tocha (puxando o arame). 
Mário Bittencourt – 2016.1 14 
Alimentação do Arame 
1. Bobina (carretel) do arame eletrodo 
2. Bico-guia de alimentação do arame eletrodo 
3. Rolo alimentador do arame eletrodo 
4. Rolo de pressão 
5. Bico-guia de entrada do arame eletrodo para o conduíte 
 
Alimentação do Arame 
 Sistema de alimentação com DOIS ou QUATRO roletes. 
Mário Bittencourt – 2016.1 15 
 Roldanas de alimentação com ranhura prismática para 
arames eletrodo de aço. 
 Roldanas de alimentação com ranhuras semicirculares 
para arames eletrodo de alumínio. 
 
 
Alimentação do Arame 
Alimentação do Arame 
 Roldanas de alimentação ranhuradas para arames 
tubulares. 
Mário Bittencourt – 2016.1 16 
Ø ARAME 
 As pistas das roldanas de alimentação dos arames 
eletrodos devem ser de acordo com o diâmetro do 
eletrodo. 
Alimentação do Arame 
 Regulagem da pressão dos rolos de alimentação. 
Alimentação do Arame 
Mário Bittencourt – 2016.1 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tocha de Soldagem e Multicabo 
Multicabo 
Tocha de Soldagem 
Tocha ou Pistola de Soldagem 
Mário Bittencourt – 2016.1 18 
Tocha ou Pistola de Soldagem 
 6 
 5 
 7 
 9 
 8 
 9 
 2 3 13 
10 1 4 11 9 
13 
12 
11 
Tocha ou Pistola de Soldagem 
Mário Bittencourt – 2016.1 19 
Tocha ou Pistola de Soldagem 
 Tocha com sistema de ASPIRAÇÃO DE FUMOS. 
Tocha ou Pistola de Soldagem 
 Tocha com antepara de proteção, antes do porta-bico 
para evitar a convecção e irradiação do calor para a mão 
do soldador na soldagem de alumínio (aumenta 
produtividade). 
Mário Bittencourt – 2016.1 20 
Tocha ou Pistola de Soldagem 
 Tocha com sistema PUSH PULL. 
Tocha ou Pistola de Soldagem 
(para alumínio) 
 Tocha com rolo de arame e alimentador de arame 
acoplados 
Mário Bittencourt – 2016.1 21 
 Tocha dotada de dispositivo eletrônico capaz de analisar 
e controlar parâmetros do processo. 
Tochaou Pistola de Soldagem 
 Interagindo em tempo real com 
o soldador, alertando-o caso 
este utilize parâmetros fora da 
variabilidade do processo e 
bloqueando a máquina caso 
sejam atingidos valores 
considerados críticos. 
Fonte: https://www.sumig.com 
Tocha ou Pistola de Soldagem 
Fonte: https://www.sumig.com 
FILME 
Mário Bittencourt – 2016.1 22 
 Tocha DUPLO ARAME. 
 Com estas tochas podem-se alcançar altas velocidades 
de soldagem com altas taxas de deposição. 
 
 
 
Tocha ou Pistola de Soldagem 
Processo MIG/MAG Duplo Arame 
FILME 
Mário Bittencourt – 2016.1 23 
 Os tubos de contato são normalmente tubos de cobre 
estirados e encruados a frio, com um orifício por onde 
passa o eletrodo. 
Tubo de Contato 
 O bico de contato é um componente vital no sistema de 
soldagem MIG/MAG. 
 Ele desempenha duas funções: 
 - guia o arame eletrodo e garante a sua 
 centralização permanente no gás de proteção e, 
 - transfere a energia elétrica ao eletrodo quando este 
 passa através do orifício. 
Tubo de Contato 
Mário Bittencourt – 2016.1 24 
6 
1. Tocha 
2. Isolamento 
3. Difusor de gás 
4. TUBO DE CONTATO 
5. ARAME ELETRODO 
6. Bocal 
Tubo de Contato 
 O seu orifício deve ser grande o suficiente para permitir o 
livre movimento do eletrodo e pequeno o suficiente para 
servir como guia, bem como propiciar uma boa 
transferência de corrente. 
 Qualquer falha na transferência da corrente, mesmo que 
momentaneamente, provoca sérios distúrbios no arco 
elétrico. 
 Isto pode ocorrer se o arame, ao passar pelo tubo de 
contato, estiver muito retilíneo a ponto de não mais 
fornecer pressão de contato suficiente entre ele e o tubo. 
Tubo de Contato 
Mário Bittencourt – 2016.1 25 
Tubo de Contato 
Disponível em: http://binzel-abicor.com . Acesso em: 30 maio 2013. 
 
 Os bicos menores são os mais usuais na soldagem dos 
aços, porque eles restringem a absorção da corrente a 
um local específico, o qual é desejável quando aproveita-
se o aquecimento por resistência na extensão do eletrodo 
(stickout). 
 Entretanto, o mesmo não acontece na soldagem do 
alumínio, pois este é um bom condutor elétrico e o 
aquecimento por resistência é pouco significativo. 
Tubo de Contato 
Mário Bittencourt – 2016.1 26 
 Na soldagem de alumínio, os 
tubos de contato menores 
não propiciam pontos de 
contato suficiente para que 
haja uma boa transferência 
de corrente. 
 Desta forma, pode haver a 
formação de um arco 
elétrico entre o tubo de 
contato e o arame 
(burnback). 
Tubo de Contato 
 Escolha do conduíte. 
Conduíte 
Mário Bittencourt – 2016.1 27 
 Escolha do conduíte. 
Conduíte 
Disponível em: http://binzel-abicor.com . Acesso em: 30 maio 2013. 
 
Yes! 
No! 
Instalação do Conduíte 
Mário Bittencourt – 2016.1 28 
 Posição correta da guia (conduíte), em relação ao bico de 
contato. 
Conduíte 
 Existem diferentes tipos e tamanhos de bocais, 
adequados as diversas necessidades de utilização. 
Bocal 
Garrafa Cônico Cilíndrico 
Mário Bittencourt – 2016.1 29 
Bocal 
Disponível em: http://binzel-abicor.com . Acesso em: 30 maio 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fixação Cabo Terra 
Fixação Cabo Terra 
Mário Bittencourt – 2016.1 30 
Fixação Cabo Terra 
 Correto fechamento do circuito elétrico 
 Cabos de solda e conexões devem ser dimensionados 
para a corrente máxima do equipamento e o 
correspondente Fator de Trabalho e a distância máxima 
de operação. 
 
Fixação Cabo Terra 
Mário Bittencourt – 2016.1 31 
 Cabos de soldagem em relação a corrente de soldagem 
e o comprimento dos cabos. 
Fixação Cabo Terra 
Fixação Cabo Terra 
Mário Bittencourt – 2016.1 32 
Fixação Cabo Terra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arame Eletrodo ou Arame MIG 
Arame Eletrodo ou Arame MIG / MAG 
Mário Bittencourt – 2016.1 33 
 Um dos fatores mais importantes para ser considerado 
na soldagem GMAW é a seleção correta do arame 
eletrodo. 
Arame Eletrodo ou Arame MIG /MAG 
 Este arame combinado com o gás 
de proteção produz o depósito 
químico que determina as 
propriedades físicas e mecânicas 
do cordão de solda. 
 
 preparação superficial de um fio máquina; 
 trefilação, com redução na faixa de 60%, 
lubrificação seca com sabão; 
 retrefilação, com redução na faixa de 85%; 
 decapagem química e neutralização; 
 
Etapas Fabricação Arame Eletrodo 
de Aço Baixo Carbono 
Mário Bittencourt – 2016.1 34 
 cobreamento eletrolítico e 
polimento; 
 redução por trefilação da 
ordem de 10%, com 
lubrificação úmida; 
 reenrolamento do material, 
embalagem e armazenamento 
para despacho. 
 
Etapas Fabricação Arame Eletrodo 
de Aço Baixo Carbono 
 Durante a fabricação dos arames além dos controles da 
composição e pureza, as características de 
resistência a tração, dureza, rigidez, estado 
superficial e a geometria do arame, que influenciam 
no processo de soldagem, devem ser também 
acompanhadas. 
 A variação dessas características entre diferentes 
bobinas de arame pode provocar alimentação errática 
do arame, prejudicando o processo de soldagem. 
 
Arame Eletrodo ou Arame MIG /MAG 
Mário Bittencourt – 2016.1 35 
 O CAST e o HELIX são duas medidas utilizadas para 
avaliar o correto enrolamento/desenrolamento do arame 
eletrodo no carretel. 
 O desenrolamento errático dificulta a alimentação do 
arame e pode gerar problemas de contato elétrico. 
Arame Eletrodo ou Arame MIG /MAG 
 
 
Diâmetro do CAST 
400 à1200mm 
Altura do HELIX não 
exceder 25 mm 
 Os arames são disponíveis nos diâmetros de 
0,6-0,8-1,0-1,2-1,6 mm e em diversos tipos 
de embalagens. 
 São classificados de acordo com as especificações da 
norma americana AWS Filler Metal Specifications by 
Material and Welding Process. 
 
 
 
Arame Eletrodo ou Arame MIG /MAG 
Mário Bittencourt – 2016.1 36 
 Diversos tipos de embalagens. 
Arame Eletrodo ou Arame MIG /MAG 
Mário Bittencourt – 2016.1 37 
 Classificação AWS 
 
 AWS X1 X2 S X3 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
SÓLIDO 
RESISTÊNCIA A TRAÇÃO 
ARAME OU VARETA 
NORMA - AMERICAN 
WELDING SOCIETY 
Arame Eletrodo ou Arame MIG /MAG 
 Exemplo classificação AWS A5.18 para aço carbono: 
 
AWS ER 70 S 6 
0,15%C 1,15%Si 1,85%Mn (S-P-Cu) 
valores máximos 
SÓLIDO 
RESISTÊNCIA A TRAÇÃO 
MÍNIMA 70.000 psi 
ARAME OU VARETA 
AMERICAN WELDING SOCIETY 
Arame Eletrodo ou Arame MIG /MAG 
Mário Bittencourt – 2016.1 38 
MARCA COMERCIAL 
NORMA 
APLICADA 
Arame Eletrodo ou Arame MIG /MAG 
 Segundo a AWS são cinco os fatores que influenciam na 
escolha de um arame eletrodo para a soldagem GMAW: 
 - Metal de base; 
 - Propriedades mecânicas requeridas pelo 
 cordão de solda; 
 - Tipo de serviço e aplicações específicas 
 requeridas; 
 - Modo pretendido de transferência do metal; 
 - Gás de proteção utilizado; 
 
Arame Eletrodo ou Arame MIG /MAG 
Mário Bittencourt – 2016.1 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gás de Proteção 
Gases de Proteção 
 Podem ser agrupados em quatro grupos: 
 
 Inertes: Argônio, Hélio 
 Parcialmente inertes: Nitrogênio 
 Ativos (oxidantes): Oxigênio, Gás Carbônico 
 Redutores: Hidrogênio 
Gases de Proteção 
Mário Bittencourt – 2016.1 40 
Gases de Proteção 
Gas 
 
 
 
ArgonHelium 
 
CO2 
 
Oxygen 
 
Nitrogen 
 
Hydrogen 
 
 
Symbol 
 
 
 
Ar 
 
He 
 
CO2 
 
O2 
 
N2 
 
H2 
Purity 
% 
 
 
99,99 
 
99,99 
 
99,7 
 
99,5 
 
99,5 
 
99,5 
Dew point 
1b,°C 
 
 
-50 
 
-50 
 
-35 
 
-35 
 
-50 
 
-50 
Chem. reaction 
in welding 
 
 
inert 
 
inert 
 
oxydising 
 
oxydising 
 
low reactive 
 
reducing 
Gases de Proteção 
 Propriedades gerais dos gases: 
Mário Bittencourt – 2016.1 41 
 Protegem a poça de fusão da contaminação atmosférica 
 e promovem uma atmosfera conveniente e ionizável 
para o arco elétrico. 
 
Gases de Proteção 
 Entretanto um gás que proporciona uma 
perfeita proteção contra o ar, não 
necessariamente é o melhor para o 
arco de soldagem. 
 Existem, além do custo, outras 
propriedades que são importantes e 
devem ser consideradas para a escolha 
do gás de proteção. 
 Densidade relativa, condutividade 
térmica, potencial de ionização. 
Gases de Proteção 
Mário Bittencourt – 2016.1 42 
 Considera-se a densidade do 
AR igual a 1. 
 Um gás mais denso que o ar faz 
uma cobertura mais efetiva 
sobre a poça de fusão. 
 Gases mais leves que o ar 
tendem a subir para longe da 
área de solda e vazões maiores 
são necessárias, a menos que a 
soldagem seja sobre cabeça. 
Densidade Relativa ao AR 
at 15°C and 1b 
value 
 
 
Density kg/m3 
 
 
Relative density 
to air 
Argon 
 
 
1,669 
 
 
1,37 
He 
 
 
0,167 
 
 
0,14 
CO2 
 
 
1,849 
 
 
1,44 
O2 
 
 
1,337 
 
 
1,04 
N2 
 
 
1,17 
 
 
0,91 
H2 
 
 
0,085 
 
 
0,06 
Densidade Relativa ao AR 
Mário Bittencourt – 2016.1 43 
 O calor do arco elétrico é inicialmente concentrado na 
coluna de arco entre o eletrodo e a peça. 
 A extensão do calor transferido para a zona de 
soldagem depende da condutividade térmica do gás de 
proteção. 
Condutividade Térmica 
 Condutividade térmica BAIXA, o 
arco terá a região central mais 
quente, o calor não se espalha 
radialmente no arco, resultando em 
uma penetração de formato de 
nariz. 
 Condutividade ALTA, distribuição do 
calor mais uniforme, espalhando-se 
radialmente no arco, resultando em 
uma penetração de formato de 
concha. 
Condutividade Térmica 
Mário Bittencourt – 2016.1 44 
Condutividade Térmica 
0,04 
0,08 
0,12 
0,16 
H2 
Ar 
0 2000 4000 6000 8000 10000 °C 
T
H
E
R
M
A
L
 C
O
N
D
U
C
T
IV
IT
Y
 I
N
 W
/c
m
°C
 
CO2 
He 
O2 
 É a tensão necessária para 
remover um elétron da 
camada de um átomo. 
 A proximidade do elétron 
com o núcleo do átomo, 
determina se o potencial 
de ionização é ALTO ou 
BAIXO. 
Potencial de Ionização BAIXO 
Potencial de Ionização ALTO 
ARGÔNIO 
HÉLIO 
Potencial de Ionização 
Mário Bittencourt – 2016.1 45 
 BAIXO 
 O gás de proteção conduz melhor a energia elétrica, a 
abertura do arco elétrico é mais fácil e a estabilização é 
melhor. 
ALTO 
 A tensão do arco é mais alta para uma determinada 
corrente e comprimento de arco, e a energia produzida é, 
em parte, devida ao gás de proteção. 
 
 
Potencial de Ionização 
Gas Dissociation energy Ionisation energy 
 eV eV 
 
Ar -- 15,7 
 
He -- 24,5 
 
CO2 6,3 14,4 
 
02 8,05 12,5 
 
N2 9,76 15,8 
 
H2 4,48 15,4 
1 ( eV ) 
Potencial de Ionização 
Mário Bittencourt – 2016.1 46 
 3 5 10 20 30 
He 
N2 
Ar 
100 
 
 
 
10 
 
 
 
1 
Temperature 
P=1 b 
10 °K 
H2 He 
% 
Condutibilidade Elétrica do Gás Plasma 
 Baixa condutividade 
térmica, resultando em 
penetração na forma de 
“nariz”. 
 Gás pesado, que 
tende a formar uma 
cobertura mais efetiva 
sobre a área de solda. 
 É ionizado 
facilmente, com boa 
ignição e 
estabilidade de arco. 
 Muito leve, se dissipa 
rapidamente, vazões 
altas são necessárias. 
 Ignição difícil e 
estabilidade ruim 
do arco elétrico. 
Arco mais quente. 
 Alta condutividade 
térmica, resultando em 
uma penetração tipo 
“concha”. 
1,39 15,7 eV 0,015 
0,14 24,6 eV 0,130 
A
R
G
Ô
N
IO
 
H
É
L
IO
 
Densidade relativa Condutividade térmica1 Potencial ionização 
1(cm³/0C/sec) 
Comparação Gases de Proteção 
Mário Bittencourt – 2016.1 47 
Gases de Proteção 
Classificação ISO 14175 
Símbolo 1) Composição em volume (%) 
A (plicação Típica 
 
Observação Grupo Número de 
Identificação 
Oxidante Inerte Redutor Não reativo 
CO2 O2 Ar He H2 N2 
R 1 
2 
 Balanço 2) 
Balanço 2) 
 >0 a 15 
>15 a 35 
 TIG, soldagem 
plasma, corte 
plasma, gás de 
purga 
Redutor 
I 1 
2 
3 
 100 
 
Balanço 
 
100 
>0 a 95 
 MIG, TIG, soldagem 
plasma, gás de 
purga 
Inerte 
M1 1 
2 
3 
4 
>0 a 5 
>0 a 5 
 
>0 a 5 
 
 
>0 a 3 
>0 a 3 
Balanço 2) 
Balanço 2) 
Balanço 2) 
Balanço 2) 
 >0 a 5 
 
 
 
 
 
MAG 
Levemente 
oxidante 
M2 1 
2 
3 
4 
>5 a 25 
 
>0 a 5 
>5 a 25 
 
>3 a 10 
>3 a 10 
>0 a 8 
Balanço 2) 
Balanço 2) 
Balanço 2) 
Balanço 2) 
 
 
 
Fortemente 
oxidante M3 1 
2 
3 
>25 a 50 
 
>5 a 50 
 
>10 a 15 
>8 a 15 
Balanço 2) 
Balanço 2) 
Balanço 2) 
 
C 1 
2 
 
>0 a 30 
 
F 1 
2 
 >0 a 50 100 
Balanço 
Corte plasma e gás 
de purga 
Não reativo 
Redutor 
1) Para componentes que não estejam listados nos grupos desta tabela, a mistura é considerada como especial, e o prefixo S deverá ser utilizado. 
2) Balanço refere-se ao gás que completa a mistura. 
 
 velocidade e custos da 
soldagem 
 queima de elementos de liga 
e propriedades mecânicas 
Gases de Proteção 
 Os gases de proteção influenciam: 
 quantidade de respingos e fumos metálicos 
 tipo de transferência metálica 
 aspecto e geometria do cordão de solda 
Mário Bittencourt – 2016.1 48 
 Sua escolha depende: 
 processo de soldagem 
 material de base 
 espessura da chapa 
 estabilidade do arco elétrico 
 tipo de transferência 
desejado 
 penetração e geometria do 
cordão 
 velocidade de soldagem 
 acabamento 
Gases de Proteção 
 Depende de uma série de fatores, incluindo: 
 - Peso específico do gás 
 - Fluxo (vazão) 
 - Tipo de junta 
 - Diâmetro do bocal 
 - Comprimento do arco 
 - Superfície da peça 
 
Eficácia do Gás de Proteção 
Mário Bittencourt – 2016.1 49 
 A vazão de gás de proteção deve ser estabelecida 
em função de: deslocamento de ar, 
do tamanho do bocal e 
da dimensão da poça de fusão. 
Vazão do Gás de Proteção 
Vazão do Gás de Proteção 
 O slide a seguir mostra um exemplo de gráfico que é 
utilizado para determinar a vazão de gás de proteção 
necessária, em função da intensidade da corrente 
e do tipo de material que deverá ser protegido. 
 Neste gráfico, o valor de vazão irá indicar o 
diâmetro do bocal que garantirá uma adequada 
velocidade para o gás de proteção. 
Mário Bittencourt – 2016.1 50 
 Utilização de gráficos 
Ø Bocal (mm) 
F
o
n
te
: 
D
V
SCorrente (A) 
Alumínio 
Aço 
 Modo prático: Vazão (l/min.) = Ø Bocal (mm) 
 
Vazão do Gás de Proteção 
 Estas vazões são empíricas e devem ser adequadas em 
função de características próprias do tipo de junta, 
velocidade de soldagem, tamanho da poça de fusão, tipo 
de gás, posição de soldagem, etc. 
 A utilização de uma vazão de gás excessiva, em um 
bocal com pequeno diâmetro, acarretará numa 
velocidade de saída tão alta que o fluxo gasoso deixa de 
ser laminar, e entra em regime turbilhonar, ocasionando o 
arraste de ar atmosférico para a poça de fusão. 
Vazão do Gás de Proteção 
Mário Bittencourt – 2016.1 51 
 Divergências podem apresentar-se em virtude 
dos seguintes itens: 
1. dimensão da poça de fusão 
2. zona afetada pelo calor 
3. velocidade de soldagem 
4. movimento da tocha 
5. tipo de junta 
Vazão do Gás de Proteção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transferência Metálica 
Transferência Metálica 
Mário Bittencourt – 2016.1 52 
BOCAL 
GÁS DE 
PROTEÇÃO 
CORRENTE 
ELÉTRICA 
ARAME MIG 
POÇA DE 
FUSÃO 
TRANSFERÊNCIA 
METÁLICA 
TUBO DE 
CONTATO 
CORDÃO DE 
SOLDA 
Transferência Metálica 
Transferência Metálica 
 No processo GMAW a deposição do metal de solda é 
realizada através transferência de “gotas”de metal 
através da coluna do arco. 
 O tamanho,forma e freqüência desta deposição 
caracteriza um determinado tipo de transferência 
metálica. 
 
Mário Bittencourt – 2016.1 53 
Transferência Metálica 
 A gravidade e o efeito “PINCH” (forças eletromagnéticas) 
são as forças mais consideradas numa descrição simples 
do mecanismo de transferência. 
 A expansão dos gases gerados pelas elevadas 
temperaturas do arco elétrico (aproximadamente 6000ºC) 
e a tensão superficial do material, influenciam também na 
transferência metálica. 
 
 
Efeito PINCH 
 É um estrangulamento momentâneo da gota líquida na 
extremidade do arame que ocorre em função dos efeitos 
eletro-magnéticos da corrente. 
Mário Bittencourt – 2016.1 54 
Tipos de Transferência 
 Tipos de transferência mais comuns: 
 CURTO CIRCUITO 
 GLOBULAR 
 SPRAY 
 Depende de fatores, tais como: 
 tipo de gás de proteção 
 material e diâmetro do arame 
 ajuste da corrente e tensão 
 
VARIÁVEIS DE 
SOLDAGEM 
 Neste tipo de transferência ocorrem 
curto-circuito intermitentes entre 
uma grande gota do metal de 
adição que toca o metal de base. 
 Apresenta a taxa de alimentação do 
arame excedendo muito pouco a 
taxa de fusão. 
 Utiliza regulagens com menores 
faixas de corrente e tensão. 
Transferência Curto-circuito 
Mário Bittencourt – 2016.1 55 
Transferência Curto-circuito 
Inicia-se a 
formação da 
gota 
A gota avança 
em direção ao 
metal base 
A gota entra 
contato com a 
poça de fusão 
causando um 
curto-circuito 
O circuito é 
interrompido e 
inicia-se a 
formação de 
uma nova gota 
 Principais Características: 
 Solidificação rápida da poça de fusão. 
 Indicado para a soldagem de seções finas 
 e soldagem fora de posição (sobre cabeça). 
 Pequena distorção das peças soldadas. 
Transferência Curto-circuito 
Mário Bittencourt – 2016.1 56 
 Neste tipo de transferência, gotas 
com diâmetro maior do que o do 
arame transferem-se (geralmente 
com alguns curto-circuito). 
 Apresentam trajetória irregular. 
 Densidade de corrente e tensão 
relativamente baixas, mas 
maiores do que na transferência 
por curto-circuito. 
 
Transferência Globular 
respingos 
respingos 
Transferência Globular 
Mário Bittencourt – 2016.1 57 
 Transferência por gotas 
pequenas, na direção axial do 
eletrodo, em maior quantidade 
e menor tamanho que nos 
outros modos de transferência. 
 São necessários valores altos 
de tensão e corrente, 
associados com o tipo 
adequado de gás de proteção. 
 
Transferência Spray 
o arco elétrico não 
extingue 
Transferência Spray 
Mário Bittencourt – 2016.1 58 
Principais Características: 
 Apresenta alta taxa de deposição, com grande 
penetração e diluição conveniente para peças 
espessas e na posição plana. 
 
Transferência Spray 
 Controlam a geometria do cordão, 
acabamento, estabilidade do arco e a 
taxa de deposição. 
 
 
Variáveis de Soldagem 
 São determinadas em função do 
metal de base, posição de soldagem, 
tipo de transferência metálica 
desejada, taxa de deposição, etc. 
 
Mário Bittencourt – 2016.1 59 
As principais variáveis do processo são: 
 Intensidade da Corrente (I) 
 Tensão do Arco (V) 
 Stickout 
 Velocidade de soldagem 
 Ângulo da tocha 
 
Variáveis de Soldagem 
Intensidade da Corrente (A) 
 A corrente controla a penetração. 
 Está diretamente ligada à velocidade de alimentação do 
arame. Aumento na velocidade de alimentação do arame 
provoca aumento da corrente. 
 Influência da variação da velocidade de alimentação do 
arame para uma tensão fixa: 
 
CORRENTE BAIXA 
 MENOR PENETRAÇÃO 
 
CORRENTE ALTA 
 MAIOR PENETRAÇÃO 
Mário Bittencourt – 2016.1 60 
Intensidade da Corrente (A) 
 Controla o comprimento do arco. 
 Controla a largura e altura do cordão de solda. 
 Influência da variação da tensão com velocidade 
alimentação arame fixa: 
 
 
 
Tensão do Arco (V) 
TENSÃO ALTA 
CORDÃO LARGO E BAIXO 
TENSÃO BAIXA 
CORDÃO ESTREITO E ALTO 
Mário Bittencourt – 2016.1 61 
Velocidade de Soldagem 
 Influência direta sobre a penetração e acabamento do 
cordão de solda. 
 Controla taxa de deposição de material. 
 ALTA 
 falta de deposição 
 cordão estreito 
 falta de penetração 
 baixa resistência. 
 
 BAIXA 
 excesso deposição 
 cordão largo e alto 
 calor concentrado 
 empenos 
 mordeduras. 
Velocidade de Soldagem 
Mário Bittencourt – 2016.1 62 
Extensão Livre do Arame 
 Extensão livre do arame é a parte do arame que conduz a 
corrente elétrica. 
 Utiliza-se o termo STICKOUT, mas este NÃO é um termo 
padronizado. 
 A tensão do arco elétrico é diretamente dependente do 
comprimento do arco. 
Comprimento 
Arco Elétrico 
Extensão Livre 
do Arame 
Tubo de Contato Bocal 
Arame MIG 
Poça de Fusão 
Extensão Livre do Arame 
Mário Bittencourt – 2016.1 63 
Maior penetração 
Poucos respingos 
Menor aquecimento do 
arame pelo efeito Joule 
Menor penetração 
Muitos respingos 
Maior aquecimento do 
arame pelo efeito Joule 
 Mesmo comprimento do arco elétrico para variações da 
distância do bico de contato para a peça, afastando a 
tocha. 
Extensão Livre do Arame 
Ângulo da Tocha 
 É a posição que a tocha de soldagem é segurada em 
relação à junta soldada. 
 O posicionamento da tocha (ou pistola) afeta a 
penetração, a quantidade de respingos, a estabilidade 
do arco, o perfil do cordão e a largura do cordão. 
 A posição é usualmente descrita por duas direções: 
- o ângulo relativo ao comprimento do cordão de 
solda 
- o ângulo relativo às chapas 
Mário Bittencourt – 2016.1 64 
Ângulo da Tocha 
 O ângulo relativo ao comprimento do cordão de 
solda é definido por dois ângulos: 
- ângulo longitudinal (negativo), quando a solda é 
“empurrada” (forehand) e 
- ângulo transversal (positivo), quando a solda é “puxada” 
(backhand). 
 
 
 
Ângulo da Tocha 
 ângulo longitudinal (negativo) em relação ao cordão de 
solda, quando a solda é “empurrada” (forehand) 
 
 
Mário Bittencourt – 2016.1 65 
Ânguloda Tocha 
 O método “empurrando” (forehand) a tocha é 
posicionada de tal forma que o arame esta sendo 
alimentado no mesmo sentido ao da direção do 
deslocamento do arco elétrico. 
 
Deslocamento do 
Arco Elétrico 
Alimentação 
Arame 
 O metal de adição esta 
sendo depositado na 
junta a ser soldada. 
Ângulo da Tocha 
- ângulo transversal (positivo) em relação ao cordão de 
solda, quando a solda é “puxada” (backhand). 
 
 
 
Mário Bittencourt – 2016.1 66 
Ângulo da Tocha 
 O método “puxando” (backhand) significa que a tocha 
é posicionada de tal forma que o arame esta sendo 
alimentado em sentido oposto ao da direção do 
deslocamento do arco elétrico. 
 Deslocamento do Arco Elétrico 
Alimentação Arame 
 O metal de adição esta 
sendo depositado na 
solda previamente 
depositada. 
Ângulo da Tocha 
 Deve ser notado que a modificação na direção da 
soldagem não é necessária para fazer a soldagem 
“puxando” ou “empurrando” bastando um reverso no 
posicionamento longitudinal da tocha. 
SENTIDO DA SOLDAGEM 
“empurrando” 
(forehand) 
“puxando” 
(backhand) 
Mário Bittencourt – 2016.1 67 
Vantagem do Processo 
 Versatilidade 
 Facilidade de operação e automação 
 Alta taxa de deposição (produtividade) 
 Fácil estocagem e manuseio dos consumíveis 
 Baixo custo 
 Qualidade 
 Baixo “heat imput” 
Vantagem do Processo 
 Versatilidade, podendo realizar brazagem utilizando um 
arame eletrodo de menor ponto de fusão do que o metal 
de base - MIG Brazing. 
 Muito utilizado na indústria 
automobilística nas uniões 
que requerem baixa 
deformação (baixo heat 
input) e de chapas revestidas 
com zinco (danos menores ao 
revestimento). 
Mário Bittencourt – 2016.1 68 
Vantagem do Processo 
 Versatilidade, podendo ser utilizado em processos 
hibridos - LASER-MIG. 
Vantagem do Processo 
 Facilidade de operação e automação 
Mário Bittencourt – 2016.1 69 
Vantagem do Processo 
 Facilidade de operação e automação 
Vantagem do Processo 
 Facilidade de operação e automação 
Mário Bittencourt – 2016.1 70 
Vantagem do Processo 
 Facilidade de operação e automação 
FILME 
 Equipamento mais complexo 
 Aplicações ao ar livre mais limitadas 
 Acesso difícil, pelo formato da tocha 
 Velocidade de resfriamento elevada com 
possibilidades de trincas 
 
Limitações do Processo 
Mário Bittencourt – 2016.1 71 
Descontinuidades Relativas ao Processo 
 Porosidade 
 Falta de fusão 
 Problemas na alimentação do arame 
 Respingos 
 Arco elétrico instável 
 Vazio formado pelo aprisionamento de gás durante a 
solidificação. 
 Pode ser esférico ou cilindrico (alongado). 
 
Porosidade 
Mário Bittencourt – 2016.1 72 
CAUSA: Corrente de ar que 
impede a proteção completa 
da poça de fusão do gás de 
proteção 
SOLUÇÃO: Proteger o posto 
de soldagem da corrente de ar 
AR 
Porosidade - Proteção Gasosa Insuficiente 
CAUSA: Vazão 
insuficiente do gás de 
proteção 
SOLUÇÃO: Aumentar 
a vazão do gás para 
valores adequados 
Porosidade - Proteção Gasosa Insuficiente 
Mário Bittencourt – 2016.1 73 
CAUSA: Vazão 
excessiva do gás de 
proteção, provocando 
turbilhonamento do gás 
SOLUÇÃO: Diminuir a 
vazão do gás de 
proteção para valores 
adequados 
AR 
AR 
Porosidade - Proteção Gasosa Insuficiente 
 Vazão Excessiva 
Porosidade - Proteção Gasosa Insuficiente 
Mário Bittencourt – 2016.1 74 
CAUSA: Obstrução do 
bico de contato/bocal 
por acúmulo de 
respingos, provocando 
turbulência do gás 
SOLUÇÃO: Manter o 
bico e o bocal livre de 
respingos 
Porosidade - Proteção Gasosa Insuficiente 
CAUSA: Tocha muito 
inclinada. 
 
SOLUÇÃO: Posicionar 
corretamente a tocha. 
 
AR 
Porosidade - Proteção Gasosa Insuficiente 
Mário Bittencourt – 2016.1 75 
CAUSA: Afastamento 
demasiado entre a 
tocha e a peça. 
 
SOLUÇÃO: Utilizar 
distância adequada 
entre a tocha e a peça. 
 
Porosidade - Proteção Gasosa Insuficiente 
CAUSA: Desalinhamento do 
bico de contato em relação 
ao bocal e a poça de fusão. 
SOLUÇÃO: Realizar 
manutenção adequada nas 
tochas, centralizando 
corretamente o bico de 
contato/bocal. 
 
Porosidade - Proteção Gasosa Insuficiente 
Mário Bittencourt – 2016.1 76 
VAZAMENTO EM TUBULAÇÕES: 
• verificar sempre mangueiras e 
conexões para evitar aspiração de ar 
pelo furo. 
VAZAMENTO NAS TOCHAS: 
• qualquer saída de gases, é também 
uma entrada de impurezas. 
Porosidade – Contaminação Gás de Proteção 
* * * 
* 
* * * * * 
* 
* 
* 
* * 
* * * * * 
IMPUREZAS NAS CHAPAS: 
• graxas, umidade, óleo, carepa, oxidação, pintura e 
sujeira, causam poros. 
ARAME OU GUIAS SUJOS: 
• não soldar com arames sujos de graxas, resíduos ou 
umidade 
• limpar a guia com ar comprimido na troca do rolo de 
arame. 
Porosidade – Contaminação Poça de Fusão 
Mário Bittencourt – 2016.1 77 
COMPOSIÇÃO DO ARAME: 
adequada ao metal base. 
 
GÁS DE PROTEÇÃO: 
adequado ao processo. 
Porosidade – Especificações Inadequadas 
Falta de Fusão 
 É uma descontinuidade caracterizada pelo não 
coalescimento de parte do cordão na lateral do chanfro 
ou entre cordões na soldagem multipasse. 
 
Mário Bittencourt – 2016.1 78 
 
CAUSA: Passe de raiz com convexidade 
excessiva. 
 
SOLUÇÃO: Esmerilhar o passe de raiz obtendo 
certa concavidade em sua superfície, antes de 
executar o novo cordão. 
Falta de Fusão – Regulagem de Parâmetros 
CAUSA: Soldagem 
muito rápida ou taxa 
de deposição muito 
alta. 
SOLUÇÃO: Diminuir 
a velocidade de 
avanço ou diminuir a 
taxa de deposição. 
 O arco elétrico não alcança as faces do chanfro e não 
chega à superfície do metal de base, impedindo uma 
fusão perfeita. 
Falta de Fusão – Regulagem de Parâmetros 
Mário Bittencourt – 2016.1 79 
CAUSA: Na soldagem 
em posição vertical 
descendente, o metal de 
adição fundido ultra- 
passa a poça de fusão. 
 
SOLUÇÃO: Aumentar a 
velocidade de avanço da 
tocha; diminuir a taxa de 
deposição. 
Falta de Fusão – Regulagem de Parâmetros 
CAUSA: Excessiva inclinação da tocha, empurrando o 
metal de adição fundido para a frente da poça de fusão. 
 
SOLUÇÃO: Diminuir a inclinação da tocha. 
Falta de Fusão – Regulagem de Parâmetros 
Mário Bittencourt – 2016.1 80 
CAUSA: Posição da 
tocha fora do centro 
do chanfro. 
 
SOLUÇÃO: Alinhar a 
tocha no centro do 
chanfro. 
 O arco elétrico funde somente um dos 
membros da junta. 
Falta de Fusão – Posicionamento Incorreto Tocha 
CAUSA: Tocha muito 
inclinada para um dos 
membros da junta. 
 
SOLUÇÃO: Corrigir o 
ângulo de trabalho da 
tocha (900). 
 
 
Falta de Fusão – Posicionamento Incorreto Tocha 
Mário Bittencourt – 2016.1 81 
CAUSA: Espaço 
insuficiente para 
colocar a tocha em 
posição correta. 
 
SOLUÇÃO: Utilizar 
outro processo de 
soldagem ou, se 
possível, alterar a 
geometria da junta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Falta de Fusão – Posicionamento Incorreto Tocha 
CAUSA: Frenagem muito frouxa ou muito forte. 
CONSEQUÊNCIAS: O arame escapa do carretel; 
alimentação insatisfatória. 
SOLUÇÃO: Regular o freio para que o carretel desbobine 
sem agarrar ou ganhar velocidade. 
 
Alimentação de Arame – Bobina do Arame 
Mário Bittencourt – 2016.1 82 
CAUSAS: Canaleta grande (escolha 
inadequada ou canaleta 
desgastada), ou muito apertada. 
CONSEQUÊNCIA: 
canaleta grande,ocorre 
deslizamento do rolo alimentador do 
arame; alimentação irregular. 
canaleta apertada, o arame é 
deformado; alimentação é 
dificultada. 
Alimentação de Arame – Perfil Rolo 
Alimentador 
CAUSA: Pressão excessiva ou insuficiente. 
CONSEQUÊNCIA: 
pressão excessiva deforma o arame, 
deixando-o oval, arrancando a camada de 
cobre, contribuindo para entupir o conduíte. 
Desgaste excessivo do bico de contato. 
pressão insuficiente o arame patina nos 
roletes e não entra no conduíte. Alimentação 
irregular. 
Alimentação de Arame – Pressão do Rolo 
Alimentador 
Mário Bittencourt – 2016.1 83 
CAUSA: Distância até as roldanas ou diâmetro do furo do 
bico grande. Furo do bico muito grande. 
CONSEQUÊNCIA: 
• Estrangulamento do arame eletrodo; 
• Alimentação irregular. 
• Atrito excessivo: dificuldades na alimentação. 
Alimentação de Arame – Guia de Entrada do 
Arame 
CAUSA: Conduíte muito curto ou longo demais. 
CONSEQUÊNCIA: 
conduíte curto sobra espaço entre os pontos da guia, onde 
o arame agarra. Alimentação irregular. 
conduíte longo a guia fica curvada, dificultando a passagem 
do arame. Dificuldades de alimentação. 
Alimentação de Arame – Conduíte 
Mário Bittencourt – 2016.1 84 
CAUSA: Furo grande por erro de escolha ou desgaste. 
Furo pequeno. Bico de contato mal fixado ou frouxo. 
CONSEQUÊNCIA: 
furo muito grande o local de contato 
elétrico é instável 
furo muito pequeno o atrito é 
excessivo e a alimentação do arame é 
dificultada 
mal fixado aumenta resistência por 
mau contato, provocando aquecimento 
e desgaste elevado: arco elétrico 
instável. 
Alimentação de Arame – Bico de Contato 
CAUSA: Curvas muito 
fechadas e estrangulamento 
dos condutores. 
CONSEQUÊNCIAS: Atrito 
elevado do arame no cabo 
condutor, dificultando a 
alimentação. 
SOLUÇÃO: Endireitar os cabos 
e evitar que façam curvas muito 
acentuadas. 
 
Alimentação de Arame – Cabo da Tocha 
Dobrado 
Mário Bittencourt – 2016.1 85 
CAUSA: Poeira, limalha de cobre e 
esmeril, obstruem o conduíte e 
dificultam a alimentação do arame. 
SOLUÇÃO: Limpar a guia com ar 
comprimido quando ocorre a troca 
da bobina de arame. 
 
Alimentação de Arame – Guia Arame 
Obstruído 
Respingos 
 Partículas metálicas expelidas durante a soldagem por 
fusão e que não fazem parte da solda. 
 Podem ficar aderidas nas adjacências da solda ou não. 
Mário Bittencourt – 2016.1 86 
Respingos 
 Normalmente, o respingo, não é considerado um defeito 
sério, a não ser que sua presença interfira nas operações 
subsequentes. 
 Os respingos em excesso, também podem ser um 
indicativo de que o processo não está estável. 
SUJEIRA NO METAL BASE: impurezas (tintas, óxidos, 
graxas, etc) provocam isolamento entre o arame e o 
metal de base, causando instabilidade do arco e maior 
taxa de respingos. 
Respingos 
Mário Bittencourt – 2016.1 87 
DISTÂNCIA EXCESSIVA BOCAL / PEÇA: bocal 
afastado leva a um maior comprimento do arame e 
diminuição da corrente. A tensão aumenta e o arco 
começa a “pipocar”. 
Respingos 
provoca instabilidade e flutuações no arco, aumentando 
a taxa de respingos. 
TENSÃO MUITO ELEVADA: tensão alta aumenta o 
comprimento do arco, aumentando os respingos. 
ALTURA EXCESSIVA DE ARCO: 
BICO DE CONTATO: bicos danificados dificultam o 
contato do arame, criando instabilidade no arco. 
MAL CONTATO ENTRE CABOS E PEÇAS: limpar as 
superfícies a serem contatadas a fim de evitar 
instabilidade no arco. 
BOCAL: os respingos aderidos ao bocal dificultam o 
avanço do arame, provocam turbilhão no gás de 
proteção, resultando em instabilidade do arco. 
VAZÃO DE GÁS EXCESSIVA: provoca turbulência e 
flutuações no arco elétrico. 
Respingos 
Mário Bittencourt – 2016.1 88 
CONTROLE INADEQUADO DA INDUTÂNCIA: 
indutância alta diminui o número de respingos, porém 
seu volume aumenta e eles passam a agarrar na peça. 
indutância baixa aumenta o número de respingos, 
porém seu volume é bem menor e eles não ficam 
agarrados na peça, soltando-se com facilidade. 
Respingos 
AVANÇO DO ARAME ALTO OU BAIXO EM 
RELAÇÃO À TENSÃO DO ARCO: 
• avanço alto, provoca a ocorrência de curtos-circuitos 
constantes, espalhando o metal da poça de fusão e 
aumentando os respingos. 
• avanço baixo, provoca instabilidade e dificuldade de 
manutenção do arco elétrico. 
POSIÇÃO DA TOCHA: não inclinar muito a tocha e 
procurar manter, onde for possível, o arco mais 
perpendicular à linha de solda. 
 
Respingos 
Mário Bittencourt – 2016.1 89 
SUPERFÍCIE SUJA, OXIDADA OU PINTADA: causam o 
isolamento que impede a passagem de corrente. 
MAU CONTATO: todas as conexões devem estar firmes. 
Cabos frouxos, ou mau contato entre as conexões 
provocam arco irregular. 
 
Arco Instável 
Arco Instável 
ARAME OXIDADO, SUJO OU ÚMIDO: 
utilizar exclusivamente arames limpos e secos. 
Mário Bittencourt – 2016.1 90 
DISTÂNCIA EXCESSIVA BICO DE CONTATO PEÇA: 
provoca aquecimento do arame, impedindo-o de manter 
a coluna do arco na posição desejada. 
MOVIMENTOS BRUSCOS COM A TOCHA: evitar 
movimentos repentinos, pois estes impedem a 
estabilidade do arco. 
 
Arco Instável 
BICO DE CONTATO GASTO: bico muito gasto não 
permite um bom contato elétrico, além de contribuir para 
movimentação do arame na saída da tocha. 
 
Arco Instável 
Mário Bittencourt – 2016.1 91 
 SILVA, F. J. G., Tecnologia da soldadura, 1 ed., Porto, PRT, Editora 
Publindústria, 2014. 
 SENAI-SP, Soldagem, 1 ed., São Paulo, SP, Editora SENAI-SP, 2013. 
 WAINER, E.; BRANDI, S.; MELLO, F., Soldagem: processos e metalurgia, São 
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 MARQUES, P. V.; MODENESI, P. J.; BRACARENSE, A. Q., Soldagem 
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Bibliografia 
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 CRAMER, H., BAUM, L. e DUDZIAK, M., Uma revisão dos métodos de 
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Bibliografia

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