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1 Sistema_de_custeio_Variavel_Direto Partindo do princípio de que os custos da produção são, em geral, apurados mensalmente e de que os gastos imputados aos custos devem ser aqueles efetivamente incorridos e registrados contabilmente, esse sistema de apuração de custos depende de um adequado suporte do sistema contábil, na forma de um plano de contas que separe, já no estágio de registro dos gastos, os custos variáveis e os custos fixos de produção, com o rigor adequado. O termo gastos variáveis designa os custos que, em valor absoluto, são proporcionais ao volume da produção, isto é, oscilam na razão direta dos aumentos ou reduções das quantidades produzidas. Assim, teríamos: $ 100.000,00 para produzir 100 unidades, ou $ 200.000,00 para produzir 200 unidades. Quando convertido em custos por unidade de produto, o valor desses custos torna-se estável ou fixo, pois redunda no mesmo custo unitário de $ 1.000,00. O termo ‘’gastos fixos’’ designa os custos que , em valor absoluto, são estáveis, isto é, não sofrem oscilações proporcionais ao volume da produção, dentro de certos limites. Quando convertidos em custos por unidade de produto, o valor desses custos torna-se variável, pois $ 150.000,00 imputados a 100 unidades dão um custo de $ 1.500,00 por unidade, e imputados a 200 unidades dão um custo unitário de $ 750,00. São custos que sofrem uma diluição tanto maior quanto maiores forem as quantidades produzidas. A defesa do custeio variável repousa nos seguintes argumentos principais: Os custos fixos, por sua própria natureza, existem independentemente da fabricação ou não de determinado produto ou do aumento, ou redução (dentro de certa faixa) da quantidade produzida. Os custos fixos podem ser encarados como encargos necessários para que a empresa tenha condições de produzir, e não como encargo de um produto específico; Por não estarem vinculados a nenhum produto específico ou a uma unidade de produção, eles sempre são distribuídos aos produtos por meio de critérios de rateio, que contêm, em maior ou menor grau, a arbitrariedade. A maioria dos rateios é feita por meio da utilização de fatores que, na realidade, não vinculam cada custo a cada produto. Em termos de avaliação de estoque, o rateio é mais ou menos lógico. Todavia, para a tomada de decisão, o rateio (por melhores que sejam os critérios) mais atrapalha que ajuda. 5 Basta verificar que a simples modificação de critérios de rateio pode fazer um produto não rentável passar a ser rentável e, é claro, isto não está correto; E, finalmente, o valor dos custos fixos a ser distribuído para cada produto depende do volume de produção, além dos critérios de rateio. Assim, qualquer decisão em base de custo deve levar em consideração também o volume de produção. Pior que isso, o custo de um produto pode variar em função da variação de quantidade produzida de outro produto. 2 Por essas razões e por sua grande utilidade para otimizar decisões, o custeio direto (ou variável) tende a ser cada vez mais utilizado. Todavia, tendo em vista que esse sistema não atende aos princípios fundamentais de contabilidade e não é aceito pelas autoridades fiscais, sua utilização é limitada à contabilidade para efeitos internos da empresa. (Gerenciais).
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