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Implicação social, da greve dos trabalhadores 
do Hospital Juscelino de Alcântara 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACADÊMICO: RUTE CRISTINA BARBOSA – RA: 2809651133 
 
TUTOR A DISTÂNCIA: ANTONIO JOÃO FERREIRA 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
 
POLO: VILA MARIANA 
 
ACADÊMICO: RUTE CRISTINA BARBOSA – RA: 2809651133 
 
TUTOR A DISTÂNCIA: ANTONIO JOÃO FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESAFIO PROFISSIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO/SP 
 
Novembro/2017
 
 
ACADÊMICO: RUTE CRISTINA BARBOSA – RA: 2809651133 
 
TUTOR A DISTÂNCIA: ANTONIO JOÃO FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESAFIO PROFISSIONAL 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Tecnologia em Gestão 
Hospitalar do Centro de Educação a Distancia - CEAD 
da Universidade Anhanguera - UNIDERP, como 
requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas de 
Biossegurança; Planejamento e Desenvolvimento 
Organizacional Hospitalar; Direito Hospitalar; 
Empreendedorismo e Técnicas de Negociação; Sistema 
de Acreditação Hospitalar e Tecnologia em Gestão 
Hospitalar III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO – SP 
Novembro/2017 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Este estudo teve como objetivo colaborar com a resolução da greve dos trabalhadores instalada no Hospital 
Juscelino de Alcântara. O fato se deu em virtude de os trabalhadores estarem com seus salários atrasados, 
defasados, além de outras reivindicações como a construção de banheiro dentro do estar médico, uma sala de 
enfermagem e do fornecimento de materiais de consumo como luvas, aventais, dentre outros. Através do 
desenvolvimento de estratégias para resolver a situação, levando em consideração os direitos dos usuários, dos 
trabalhadores, da Instituição de Saúde na tentativa de conseguir a retomada do atendimento, minimizando assim 
as consequências da greve. Em virtude de uma explanação sobre o direito do trabalhador em receber condições 
dignas para cumprimento de suas funções e a garantia de sua saúde levando em conta a Biossegurança dentro do 
Ambiente Hospitalar, foi possível elaborar um Manual de Biossegurança resumido. O estudo nos ofereceu ainda 
a possibilidade de angariar mais conhecimento à cerca do assunto “Greve” e sua legalidade, através da 
exploração da responsabilidade legal, etapas de negociação e indicadores de acordo com a Lei nº 7.783/89. 
Pudemos constatar que houveram vários responsáveis pelas consequências dessa greve. Tanto os profissionais 
quanto o hospital pecaram, um por não atentar para o princípio da continuidade dos serviços públicos, garantindo 
o atendimento aos casos críticos, lesando a população, pois apesar dos trabalhadores reivindicavam pagamentos 
de salários atrasados e deste atraso causar vários transtornos, como impossibilidade que honrar compromissos 
como aluguel, ou custeio de transporte, combustível, alimentação etc., e desta situação ferir a Lei Municipal n° 
1463/2003 no Art. 55 §3° que diz que: o pagamento dos vencimentos do pessoal regido por esta Lei dar-se-á até 
o 5° dia útil do mês subsequente ao trabalho, o serviço de saúde não poderia ser interrompido em sua totalidade. 
O outro pela ingerência do Departamento financeiro, uma vez que deveria manter reserva de recursos para 
qualquer eventualidade, como a ocorrida pela falta de repasse pela Prefeitura, além de um controle rigorosos dos 
processos, não dando vazão à erros que levaram a esta situação. Temos ainda o fato da diretoria clínica não ter 
mantido um serviço de classificação de risco, onde em casos de necessidade, fosse providenciado remoção para 
outro serviço, garantindo a integridade dos usuários. 
Até o presente em virtude da não conclusão da auditoria, o Hospital segue em greve, porém obedecendo a 
garantia de 30% de seu efetivo em campo. 
Quanto as demais reivindicações, há-se que aguardar a conclusão da auditoria para que os devidos repasses 
sejam regularizados e assim os termos postos em pauta novamente para as devidas adequações. 
 
Palavras chave: greve, biossegurança, negociação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SIGLAS 
 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
BCI - Brigada Contra Incêndio 
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Incidentes 
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho 
EPI - Equipamento de proteção individual 
INSS - Instituto Nacional do Seguro Social 
NBR - Norma Brasileira 
NR - Norma regulamentador 
PCMSO - Programa de Controle Médico Ocupacional 
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
RDC - Resolução De Diretoria Colegiada 
SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho 
SUS - Sistema Único de Saúde 
UBS’s - Unidades Básicas de Saúde 
UPA - Unidades de Pronto Atendimento 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 07 
2. ESTUDO DE CASO ......................................................................................... 09 
3. DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 11 
4. CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................ 32 
5. RESPONSABILIDADE LEGAL ..................................................................... 37 
6. ETAPAS DA NEGOCIAÇÃO ......................................................................... 44 
7. INDICADORES DE PRIORIDADES E PLANO DE AÇÃO ......................... 49 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 53 
9. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 55 
 ANEXOS 57 
 
 
 
 
7 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Segundo Momezzo, 2007, a greve é tolerada como fato social, pois a lei não interfere 
e nem o Estado intervém; ela não é permitida, mas não chega a ser punida. 
A primeira lei brasileira a tratar do instinto da greve foi o código penal de 1890, que 
proibia a greve, ainda que pacífica, prevendo a pena de prisão de um a três meses. Dois meses 
após a decretação do Código, essa diretriz foi modificada pelo Decreto 1162, de 12/12/1890 
que mantém a punição apenas para aqueles que desviassem trabalhadores dos 
estabelecimentos onde fossem empregados, através de ameaças ou constrangimentos. Assim, 
punindo a violência e não a greve. 
 
https://radiohulhanegra.com.br/hospital-santa-teresinha-inicia-semana-em-greve-em-braco-do-norte 
 
Em publicação de Momezzo, 2007, no ano de 1935, a Lei 38 e 04/04/1935 Lei de 
Segurança Nacional, pune a greve do funcionalismo público e nos serviços essenciais. Em 
1937 a Constituição Federal foi a primeira Lei Maior a cuidar do tema estabelecendo, no art. 
139, que a greve e o lockout são declarados recursos anti sociais, nocivos ao trabalho e ao 
capital e incompatíveis com os superiores interesses da produção nacional. 
Com o Decreto Lei 9070 de 15/03/1946, voltou o país a tradição liberal, 
reconhecendo o direito de greve. A Constituição de 1946, seguindo esta orientação 
democrática, permitiu a greve, deixando seu exercício para a regulamentação de lei (art. 158). 
8 
 
Com a promulgação da Carta de 1946, o Decreto Lei 9070 foi julgado constitucional pelo 
STF, devido a ampla interpretação que podia ser dada ao art. 158 desta Carta, que dizia: “é 
reconhecido o direito de greve, cujo exercícioa lei regulará...”. 
No governo de João Goulart, o receio dos golpistas fez editar a lei 4.330/64, que 
alterou o Decreto 9070, permitindo a greve nas atividades normais, embora mediante muitas 
restrições. 
As Cartas de 1967 e 1969 reconheceram o direito de greve, proibindo nos serviços 
públicos e atividades essenciais. 
A Constituição de 1988 dá maior abertura à greve (art. 9), caracterizando como 
direito dos trabalhadores, a quem cabe a oportunidade de decidir quais interesses devem 
defender por meio de greve. Além disso, foi afastada a proibição da greve nos serviços 
essenciais, nestes exigindo a manutenção do trabalho mínimo para garantir a continuidade das 
atividades indispensáveis aos interesses da sociedade. Somente para o militar, e isso de forma 
explicita, o art. 142 da Constituição (inciso IV) proibiu a sindicalização e o direito de greve. 
(Domínio público, 2017) 
O exercício da greve constitui direito inalienável dos trabalhadores públicos ou 
privados. Envolve, contudo, uma série de particularidades que devem ser observadas pela 
organização do movimento, especialmente no que diz respeito ao funcionalismo público. 
(Sinasefe, 2011) 
 
9 
 
2. ESTUDO DE CASO 
 
 
O objetivo deste estudo de caso é colaborar com a resolução da greve instalada no 
Hospital Juscelino de Alcântara. Além de compreender a importância da análise 
administrativa e das soluções de problemas desenvolvendo estratégias para resolver a 
situação, analisando o cenário apresentado, levando em consideração os direitos dos usuários, 
dos trabalhadores, da Instituição de Saúde e tentando retomar o atendimento, minimizando as 
consequências da greve. 
Vamos realizar o estudo do caso na implicação social, da greve dos trabalhadores do 
Hospital Juscelino de Alcântara, que reivindicam melhores condições de trabalho e o 
pagamento de salários atrasados. 
O Hospital Juscelino de Alcântara, um dos hospitais que oferecem atendimento pelo 
Sistema Único de Saúde (SUS) em um município no sul do país, está sem atendimento por 
causa da greve. Os usuários da rede pública ficaram surpresos com a notícia e estão 
preocupados com os inúmeros transtornos decorrentes desta situação. 
A situação é bastante delicada para aqueles que dependem de atendimento público 
em saúde. Apenas as pessoas que já estão internadas estão sendo atendidas, mas quem precisa 
de exames ou consultas, não estão recebendo atendimento. 
Na porta de entrada do hospital existe um aviso sobre a greve dos colaboradores, 
informando que a mesma é por tempo indeterminado. “Infelizmente não consegui ser 
atendida, eu acho um descaso com a população. Tudo bem estar em greve, mas a sociedade 
deveria ter sido avisada com antecedência”, afirma a cozinheira Rita Pinheiro. 
O marceneiro José dos Santos saiu cedo de sua cidade para garantir sua consulta com 
o ortopedista, marcada há meses, mas infelizmente também não recebeu atendimento. “Daqui 
há alguns dias eu tenho agendado perícia no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e 
necessito do atestado médico, agora, além de perder a consulta, eu ficarei sem a perícia 
também”, afirma o mesmo. 
Nas reivindicações estão os grevistas estão reivindicando: 
 Pagamentos de salários atrasados; 
 Mais enfermeiros e médicos; 
 Banheiro no repouso dos médicos; 
 Consultório de enfermagem; 
 Readequação salarial; 
10 
 
 Materiais de consumo (luvas, aventais e máscaras), fundamentais para o atendimento em 
saúde, além de garantirem a segurança para os trabalhadores. 
 
Os profissionais, junto à direção do Hospital, protocolaram um Aviso de 
Possibilidade de Greve, no entanto, as exigências não foram atendidas, apenas uma, e ainda 
parcialmente, foi atendida. Desta forma, os colaboradores não encontraram outra alternativa, a 
não ser iniciar a greve. 
A greve teve início há quatro dias. A prefeitura do município refere não ter recebido 
o repasse financeiro, e sem esse dinheiro, a direção do hospital alega não ter condições de 
pagar os funcionários e, muito menos, os fornecedores, além de não conseguir atender às 
exigências realizadas pelos mesmos. A demanda mensal de atendimento do hospital é de sete 
mil pessoas pelo SUS. 
A costureira Joana dos Santos refere dor e necessita de uma cirurgia na vesícula, para 
isso, teria que passar com o especialista, mas não foi atendida. A orientação do hospital é a de 
que os pacientes retornem para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou Unidades 
Básicas de Saúde (UBS’s), onde serão realizados os agendamentos em outro serviço. 
Entretanto o tempo de espera será longo, devido à grande demanda. “Já realizei todos os 
exames e não sei o que fazer, não estou bem, fui à UPA e me medicaram, agora só me resta 
esperar o agendamento da consulta com o especialista, em outro hospital e então realizar a 
cirurgia”, afirma Joana. Infelizmente, o quadro clínico de Joana, piorou e a mesma precisou 
ser atendida em caráter de urgência em um hospital da região, a mesma se encontra internada 
na Unidade de Terapia Intensiva em estado grave, com diagnóstico de Sepse. A família de 
Joana, entrou com uma ação judicial, na tentativa de processar o Hospital Juscelino de 
Alcântara, por não ter realizado a consulta com o especialista e a situação ter piorado, levando 
Joana a um estado clínico bastante crítico, podendo ter consequências maiores para a mesma. 
O hospital não recebeu da prefeitura o valor mensal de R$ 1,5 milhão, em razão da 
lei 13.019 que proíbe repasses financeiros a instituições que tenham contas avaliadas como 
irregulares, assim como é o caso do hospital em questão. 
Este hospital justifica que o processo sempre foi conduzido pela prefeitura e que só 
ficou sabendo tardiamente do resultado. O Tribunal de Contas encontrou irregularidades e 
questionou a prefeitura, mas por formalidade, já que no relatório eles enfatizaram que não há 
indícios de mau uso do dinheiro. 
O Hospital em questão resolveu instalar uma auditoria que está em fase de 
conclusão. Até o momento, a prefeitura permanece impedida de realizar o repasse financeiro. 
11 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
 
 
 
https://www.slideshare.net/gcmunhoz/biossegurana-hospitalar 
 
 
De acordo com o Artigo 2 da *CLT – Compete ao empregador dirigir a forma como 
o trabalho é conduzido. 
Para início deste trabalho, vamos argumentar um pouco sobre o direito do 
trabalhador a receber condições dignas para realização de suas funções e garantia de sua 
saúde no que tange a Biossegurança no Ambiente Hospitalar com a elaboração de um 
pequeno Manual de Biossegurança. 
Biossegurança, de acordo com Teixeira e Valle (1996) é o conjunto de medidas 
destinadas a prevenção, eliminação ou diminuição de riscos relacionados às atividades de 
produção, ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que podem 
comprometer a qualidade dos trabalhos realizados ou a saúde dos animais, meio ambiente e 
do homem, ou seja, os trabalhadores através dessas ações podem prevenir, diminuir e até 
mesmo eliminar os riscos a que se encontra exposto no ambiente de trabalho. (Moura, 2010) 
Alguns enfermeiros expressaram que a Biossegurança, segundo afirma Soares et al., 
(2008), possui fundamental importância nos serviços de saúde para redução geral de riscos e 
acidentes ocupacionais, visto que, aborda medidas para proteção da equipe e usuários, estando 
ligada a preservação do meio ambiente, manipulação e o descarte de diversos tipos de 
12 
 
resíduos. O último ponto abordado pelos autores, meio ambiente e resíduos, não foi lembrado 
pelos profissionais. (Moura, 2010) 
 
A NR 6.6 e NR 6.6.1 - Dispõe que cabe ao empregador: 
 
 Adequar os trabalhos de acordo com o risco decada atividade; 
 Fornecer EPI’s e exigir seu uso; 
 Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho; 
Oorientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação. 
 
Enquanto a NR 6.7 e NR 6.7.1 – Delega ao trabalhador a responsabilidade de: 
 
 usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; 
 responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
 comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, 
 cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. (Segurança e 
Educação, 2017). 
 
Outras Normas e RDC’s estabelecem planos de ação para uma gestão eficiente no 
que se refere a Biossegurança no ambiente hospitalar e a segurança do trabalhador da saúde, 
tais como: 
Em virtude das constantes mudanças na legislação, que passa a se torna mais extensa 
e detalhada, mudando constantemente, recomenda-se aos interessados, que em caso de 
necessidade, consultem a seguinte bibliografia ou edições similares: Segurança e Medicina do 
Trabalho Manuais de Legislação ATLAS Editora Atlas. 
 
1. Lei 6.514/77 
Seção I Disposições gerais. 
Seção II Da inspeção prévia e do embargo ou interdição. 
Seção III Dos órgãos de segurança e de medicina do trabalho nas empresas. 
13 
 
Seção IV Do equipamento de proteção individual. 
Seção V Das medidas preventivas de medicina do trabalho. 
Seção VI Das edificações. 
Seção VII Da iluminação. 
Seção VIII Do conforto térmico. 
Seção IX Das instalações elétricas. 
Seção X Da movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. 
Seção XI Das máquinas e equipamentos. 
Seção XII Das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão. 
Seção XIII Das atividades insalubres ou perigosas. 
Seção XIV Da prevenção da fadiga. 
Seção XV Das outras medidas especiais de proteção. Seção XVI Das penalidades. 
 
2. Portaria nº 3.214 de 1978 
NR 1 Disposições gerais. 
 
http://slideplayer.com.br/slide/10654901 
 
NR 2 Inspeção prévia. 
NR 3 Embargo ou interdição. 
14 
 
NR 4 Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT. 
NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Incidentes – CIPA. 
NR 6 Equipamento de Proteção Individual – EPI. 
NR 7 Exames médicos. 
NR 8 Edificações. 
NR 9 Riscos ambientais. 
NR 10 Instalações e serviços em eletricidade. 
NR 11 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. 
NR 12 Máquinas e equipamentos. 
NR 13 Vasos sob pressão. 
NR 14 Fornos. 
NR 15 Atividades e operações insalubres. 
NR 16 Atividades e operações perigosas. 
NR 17 Ergonomia. 
NR 18 Obras de construção, demolição e reparos. 
NR 19 Explosivos. 
NR 20 Combustíveis líquidos e inflamáveis. 
NR 21 Trabalhos a céu aberto. 
NR 22 Trabalhos subterrâneos. 
NR 23 Proteção contra incêndios. 
NR 24 Condições sanitárias dos locais de trabalho. 
NR 25 Resíduos industriais. 
NR 26 Sinalização de segurança. 
NR 27 Revogada. 
NR 28 Fiscalização e penalidades. 
15 
 
3. Outras informações legais, de igual importância, são obtidas de decretos, leis e outras 
portarias. 
 
Portaria nº 12, de 12 de novembro de 1979, acrescentou à NR-15 o anexo 14, Agentes 
Biológicos sendo incluídos como elementos causadores de insalubridade no ambiente de 
trabalho. 
Instrução Normativa nº 001, de 17 de maio de 1983 – Dispõe sobre o mecanismo de 
funcionamento da "Declaração de Instalações" da empresa, para obtenção do CAI 
(Certificado de Aprovação de Instalações). 
Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985 – Institui salário adicional para os empregados no 
setor de energia elétrica, em condições de periculosidade. 
Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985 – Dispõe sobre a especialização de engenheiros e 
Arquitetos, em Engenharia de Segurança do Trabalho, a profissão de Técnico de Segurança 
do Trabalho e apresenta outras providências. 
Decreto nº 93.530, de 09 de abril de 1986 – Regulamenta a Lei nº 7410, de 27.11.1985, que 
dispõe sobre a especialização de Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurança do 
trabalho, a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho. 
Decreto nº 93.412, de 14 de outubro de 1986 – Revoga o Decreto nº 92.212, de 26.12.1985, 
regulamenta a Lei nº 7.369, de 20.09.1985, que institui salário adicional para empregados do 
setor de energia elétrica, em condições de periculosidade e existe outras providências. 
Decreto nº 93.413, de 15 de outubro de 1986 – Promulga a Convenção nº 148 (Organização 
Internacional do Trabalho – OIT) sobre a proteção do trabalhador Contra os Riscos 
Profissionais devidos à contaminação do ar, ao ruído, às vibrações no local de trabalho. 
Resolução nº 325, de 27 de novembro de 1987 – Dispõe sobre o exercício profissional, o 
registro e as atividades do engenheiro de Segurança do Trabalho, e lança outras providências. 
Portaria nº 3.393, de 17 de dezembro de 1987 – Quadro de atividades e operações perigosas 
com radiações ionizantes ou substâncias radiativas – NR-16. 
Portaria Interministerial nº 3.195, de 10 de agosto de 1988 – Institui a Campanha Interna de 
Prevenção de AIDS – CIPAS. 
16 
 
Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1985 que traça as determinações aos médicos que 
praticam anestesia. Portaria nº 05/92 – MTA (12.08.92) – Mapeamento de Risco. Portaria nº 
04, de 31 de julho de 1991 – Uso do óxido de etileno. (ANVISA, 2017) 
 
https://www.youtube.com/watch?v=B_uKc8hiZ0Y 
 
NR 7 - PCMSO - Programa de Controle Médico Ocupacional – Diz que a realização é 
obrigatória dos exames médicos: 
 Admissional; periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional. 
 
Essas medidas devem ser utilizadas na manipulação de artigos médico-hospitalares e 
na assistência a todos os pacientes, independente do diagnóstico definido ou presumido de 
doença infecciosa (HIV/aids, hepatites B e C). Recomenda-se o uso de EPI’s. (Bvsms, 2017) 
NR-32 Estabelece a obrigatoriedade da capacitação dos trabalhadores, para minimizar os 
riscos provenientes do exercício profissional e determina ser esta uma obrigação imediata e 
permanente do empregador. 
O principal objetivo de um hospital é a prestação de serviços na área da saúde, com 
qualidade, eficiência e eficácia. Uma breve introdução ao assunto é dada a seguir: 
Qualidade: Aplicação apropriada do conhecimento disponível, bem como da tecnologia, no 
cuidado da saúde. 
Eficácia: A habilidade do cuidado, no seu máximo, para incrementar saúde. 
Eficiência: A habilidade de obter o máximo de saúde com um mínimo custo. 
17 
 
Efetividade: O grau no qual a atenção à saúde é realizado. 
 
Não chegamos a este objetivo sem um programa de prevenção de acidentes que 
proporcione condições ambientais seguras para o paciente e para os profissionais que aí 
desenvolvem suas atividades de trabalho. 
O Hospital deve promover e reforçar práticas seguras de trabalho e proporcionar 
ambientes livres de riscos, em acordo com as obrigatoriedades das legislações municipais, 
estaduais e federais. (ANVISA, 2017) 
 
Tópicos a serem elencados para elaboração de um manual sobre Biossegurança no 
Ambiente 
 
 As obrigações legais referentes a segurança do trabalho devem ser cumpridas e 
resultar em níveis de segurança aceitáveis; 
 Garantir que os equipamentos sejam tecnologicamente compatíveis com a demanda e 
seus operadores devidamente capacitados para operá-los; 
 Promover programas de treinamento e reciclagem adequados para uso da tecnologia 
médica; 
 Criar uma equipe de manutenção e prover recursos necessários para a manutenção de 
equipamentosmédicos e de infraestrutura, 
 Zelar pela manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos; 
 Formar Brigada Contra Incêndio (BCI) eficientes e suficientes, estabelecendo 
protocolo de orientação sobre como agir em caso de incêndio; 
 Manter gerador de energia elétrica de emergência; 
 Formar equipe exclusiva na área de segurança; 
 Capacitar profissionais e garantir o uso dos equipamentos de segurança de acordo com 
os riscos ambientais; 
 Manter os projetos de arquitetura e engenharia atualizados para que possibilitem a 
tomada de decisões com maior precisão e segurança; 
 Criar planos de emergência para enfrentar situações críticas como falta de energia 
elétrica, água, incêndio e inundações; 
 Montar lista de empresas prestadoras de serviços, que estejam aptas a prestar serviços 
aos equipamentos e instalações de acordo com as normas de segurança aplicáveis; 
18 
 
 Realizar, frequentemente, pelo menos mensalmente, reuniões com a comunidade de 
saúde, para discutir problemas de segurança existentes em sua unidade de saúde. 
 
O SESMT, a CIPA e a segurança 
 
São obrigadas a manter os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e 
Medicina do trabalho (SESMT) e as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA) 
as empresas privadas e públicas (incluindo os hospitais) que possuem empregados regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
A CIPA e o SESMT são regulamentados legalmente pelos artigos 162 a 165 da CLT 
e pela Portaria 3214/78 baixada pelo Ministério do trabalho, em suas NR-5 E NR-4, 
respectivamente. 
 
São responsabilidades inerentes à CIPA e SESMT: 
 
 
http://segurancaesaudeocupacional.blogspot.com.br/2014/07/curso-de-cipa.html 
 
 
 Zelar pela saúde e integridade física do trabalhador; 
 Antever todos os acidentes envolvendo visitantes, pacientes e funcionários, bem como 
manter relatórios e estatísticas de todos os danos; 
 Investigar e analisar acidentes, recomendando medidas preventivas e corretivas para 
evitá-los; 
19 
 
 Apoiar a área gerencial como consultor na área de segurança do trabalho e atividades 
afins; 
 Coordenar e treinar a equipe de brigada contra incêndio, bem como a população 
envolvida em situações de incêndio 
. 
A Portaria nº 5 de 17 de agosto de 1992, do Ministério do trabalho, estabelece que a 
CIPA terá como obrigatoriedade a confecção do "Mapa de Riscos", com o auxílio do SESMT 
e terá como finalidade básica fazer uma representação gráfica do reconhecimento dos riscos 
existentes nos diversos locais de trabalho, a conscientização e informação dos trabalhadores 
através da fácil visualização dos riscos existentes na Empresa. 
Os riscos serão simbolizados por círculos de três tamanhos: pequeno com diâmetro 
de 2,5 cm; médio com diâmetro de 5 cm e grande com diâmetro de 10 cm, conforme sua 
gravidade e em cores, conforme o tipo de risco, relacionados no quadro seguinte (Fonte: 
Portaria nº 5, de 17.08.92, do Diretor do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do 
Trabalhador, publicada no Diário Oficial da União em 20.08.92). 
Esses círculos serão representados em planta baixa ou esboço do local de trabalho 
analisado. O "Mapa de Riscos", completo ou setorial, permanecerá afixado em cada local 
analisado, para informação dos que ali trabalhem. 
Após a identificação dos riscos, a CIPA encaminhará á direção da empresa, um 
relatório descrevendo a situação e aguardará a manifestação por parte da empresa, em um 
prazo de no máximo 30 dias. Havendo necessidade de medidas corretivas, a direção 
estabelecerá o prazo para providenciar as alterações propostas, através de negociação com os 
membros da CIPA e SESMT da empresa. Esses prazos e datas deverão ficar registrados em 
Atas da CIPA. (ANVISA, 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Aspectos legais 
 
Legislação brasileira – Lei 6.514/77 de Portaria nº 3.214/78 – Garante o direito dos 
trabalhadores à segurança e medicina no trabalho. Sua regulamentação foi feita através da 
Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho. 
 
A NR-9 da Portaria nº 3214/78 estabelece: 
 
 
http://slideplayer.com.br/slide/2840249/ 
 
 
 Consideram-se agentes físicos, dentre outros: ruídos, vibrações, temperaturas 
anormais, pressões anormais, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes, 
iluminação e umidade. 
 Consideram-se agentes químicos, dentre outros: névoas, neblinas, poeiras, fumaça, 
gases e vapores. 
 Consideram-se agentes biológicos, dentre outros: bactérias, fungos, "rickettsia", 
helmintos, protozoários e vírus. 
 Consideram-se, ainda, como riscos ambientais, para efeito das Normas 
Regulamentadoras da Portaria 3.214, os agentes mecânicos e outras condições de 
21 
 
insegurança existentes nos locais de trabalho capazes de provocar lesões à integridade 
física do trabalhador. 
 O risco, onde quer que se encontre, deve e pode ser facilmente analisado, visando sua 
eliminação ou controle. 
 
Investigação e Análise Ambiental - A tomada de decisão, deve ser fundamentada 
tecnicamente em três conceitos básicos que são: 
 
 Reconhecer (riscos): identificar, caracterizar, saber apontar qual dos agentes de risco 
de dano à saúde estão presentes no ambiente de trabalho; 
 Avaliar (riscos): é saber quantificar e verificar, de acordo com determinadas técnicas, 
a magnitude do risco. Se é maior ou menor, se é grande ou pequeno, comparado com 
determinados padrões; 
 Controlar (riscos): é adotar medidas técnicas, administrativas, preventivas ou 
corretivas de diversas naturezas, que tendem a eliminar ou atenuar os riscos existentes 
no ambiente de trabalho. 
 
Reconhecer riscos 
 
 Calor - É uma forma de energia que pode ser transmitida de um corpo para outro, por 
radiação, condução ou convecção. A transmissão por radiação é feita através de ondas 
eletromagnéticas que transmite através do ar e do vácuo. A transmissão de calor por 
radiação é feita através do contato direto entre as partes que recebem e as que cedem 
calor. A transmissão de calor por convecção se faz através de massas de ar que ao se 
aquecerem diminuem sua densidade, de modo que tornando-se mais leves, sobem, 
dando lugar a massas de ar mais frias que a primeira. 
O calor é largamente utilizado nas operações de limpeza, desinfecção e esterilização 
dos artigos e áreas hospitalares, preparo de alimentação, laboratórios de análise clínica no 
preparo de soluções especiais, nos berços aquecidos e incubadoras utilizados nos tratamentos 
de recém-nascidos, entre outros. 
O calor, quando em quantidade excessiva (sobrecarga térmica) pode causar efeitos 
indesejáveis como: 
22 
 
 Golpe de calor: Ocorre quando realizam-se tarefas pesadas em ambientes muito 
quentes. São sintomas: o colapso, convulsões, delírio, alucinações e coma sem aviso 
prévio. 
 Prostração térmica por queda do teor de água (desidratação): Ocorre quando a 
água eliminada por sudorese não é resposta através do consumo de líquidos. Sintomas: 
aumento da pulsação e da temperatura do corpo. 
 Prostração térmica pelo decréscimo do teor de sal: É produzida quando o consumo 
de sal é insuficiente para substituir as perdas de cloreto de sódio causadas pela 
sudorese. São sintomas: a fadiga, tonturas, náuseas, vômitos e cãibras musculares. 
 
Avaliação do risco 
 
Legalmente, há que se fazer a análise do ambiente de trabalho. Essa análise é feita 
utilizando-se o equipamento denominado de "árvore de termômetros". Os aspectos de cálculo 
e metodologia legal estão mencionados na NR-15 da Portaria nº 3.214/78. Essa avaliação visa 
determinar os períodos de descanso a que o trabalhadortem direito, segundo os tipos e 
ambientes de trabalho. Essa atividade deve ser realizada por um engenheiro de segurança ou 
médico de trabalho. 
 
Controle do risco 
 
O controle de riscos associados ao calor é feito quando as duas medidas anteriores 
forem concluídas, as quais possibilitam conhecer especificamente a origem do risco. 
 
Algumas formas de proteção necessárias são citadas a seguir: 
 
 Proteção contra calor radiante: Deve-se fazer uso de anteparos refletores, 
empregando materiais de alto coeficiente de reflexão, como placas de alumínio polido. 
A superfície refletora deve ser mantida sempre limpa. Os anteparos devem ser 
empregados de modo a formar uma barreira entre a fonte de calor, o corpo humano e o 
ambiente. 
 Proteção contra o calor de convecção: Utiliza a renovação de massas de ar 
aquecidas, por outras mais frias. De outro modo é possível aumentar a velocidade do 
23 
 
ar no ambiente, velocidades estas que variam de acordo com o tempo o de exposição e 
da existência de grandes cargas térmicas incidindo diretamente sobre o trabalhador. 
 Proteção contra o calor de condução: Deve ser feita isolando-se as superfícies 
quentes do contato, pelo uso de materiais apropriados como lã de vidro ou materiais 
termicamente isolantes. 
 
Iluminação 
 
A boa iluminação no ambiente de trabalho propicia elevada produtividade, melhor 
qualidade do produto final, redução do número de acidentes, diminuição do desperdício de 
materiais, redução da fadiga ocular e geral, melhor supervisão do trabalho, maior 
aproveitamento do espaço, mais ordem e limpeza das áreas e elevação da moral dos 
funcionários. 
A NR-17 (Ergonomia) da Portaria nº 3214/78, onde, através da NBR 5413 da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), recomenda os níveis mínimos de 
iluminação para os ambientes de trabalho. 
Para as salas cirúrgicas e no campo operatório a má iluminação pode acarretar em 
graves prejuízos ao profissional e ao paciente. Para diminuir os riscos nas salas de cirurgia, a 
alimentação elétrica de focos cirúrgicos deve ser feita com 24 volts. 
A elevação da temperatura do campo operatório, proporcionado por lâmpadas 
cirúrgicas que deve ser minimizada fazendo-se uso de filtros de luz que eliminam o 
comprimento da onda de espectro infravermelho, responsável pelo fenômeno. 
A iluminação adotada deve reproduzir fielmente a cor, de modo a permitir a 
identificação dos tecidos pelo cirurgião. Além disso, a luz empregada tem que permitir ao 
cirurgião a visualização adequada, mesmo em cirurgias mais profundas, como no caso de 
laparotomia exploradora ou cirurgia cardíaca. 
 
Reconhecimento do risco 
 
O reconhecimento se faz com a declaração dos trabalhadores relativos a iluminação 
do ambiente de trabalho. Pode ser feito, também, pela investigação e analise de acidentes 
ocorridos por iluminação deficiente, pela verificação de áreas sombreadas nos locais de 
trabalho, etc. 
 
24 
 
Avaliação do risco 
 
 
https://pt.slideshare.net/gilsonadao3/3-hst-avaliao-de-riscos 
 
 
A iluminação no ambiente de trabalho é avaliada basicamente de dois modos: os 
métodos de cálculo (que para efeitos legais não tem validade) através do uso de um aparelho 
denominado de luxímetro. O resultado apresentado pela medição através do luxímetro deve 
ser comparado com os valores apresentados pela NBR 5413 da ABNT, que possibilitará 
determinar a necessidade de medidas corretivas no ambiente de trabalho. 
 
Controle do risco 
 
O controle, nesse caso, deve ser feito através de medições periódicas do nível de 
iluminação dos locais de trabalho, após, a adequação da área de trabalho aos níveis 
recomendados. Através das medições é possível notar a queda no nível de iluminação, quer 
pelo depósito de sujeiras no bulbo da lâmpada e no globo que envolve a lâmpada, ou mesmo 
pela não substituição de lâmpadas queimadas. 
 
Umidade 
 
Umidade excessiva no ambiente hospitalar não é comum, embora possa ser 
encontrada em construções cujos projetos originais foram mal concebidos ou por influência 
do meio externo. 
25 
 
 
Reconhecimento do risco 
 
As lavanderias, são os ambientes onde facilmente é reconhecida a umidade. Outros 
ambientes de trabalho podem ter problemas com umidade excessiva, devido a danos nas 
tubulações de água ou mesmo de esgoto. 
A umidade é, geralmente detectada por, inspeção visual. É necessário se identificar 
manchas nas paredes e pisos, decorrentes de infiltrações de água. Também é imprescindível 
verificar o excesso de água em locais de passagem ou de realização de serviços de 
eletricidade, por ocasião da época de chuvas intensas. 
 
Avaliação do risco 
 
A umidade presente no ar deverá ser avaliada através da utilização de equipamentos 
específicos, como o termo higrômetro. Os valores obtidos devem ser avaliados em função da 
finalidade do ambiente. Em alguns casos, a avaliação pode ser feita por inspeção visual 
 
Controle do risco 
 
No projeto inicial de edificação devem ser observadas as medidas de controle para o 
caso de umidade. É indispensável dispor, racionalmente, os circuitos hidráulicos, os desníveis 
e as inclinações de pisos. Infiltrações que causem umidade excessiva devem ser prontamente 
corrigidas pela manutenção. Além da umidade, danos de maior consequência podem acarretar 
a desestruturação do prédio. 
Em recintos onde a umidade elevada seja proveniente, por exemplo, de pouca 
incidência de luz solar, o uso de sistema de refrigeração e calor (ar condicionado) pode ser a 
única opção. No caso de excesso de água em locais de trânsito de pessoas, que tomem o piso 
escorregadio, a drenagem deve ser otimizada. O uso de placas de advertência é outra medida 
de controle para reduzir acidentes. 
 
Radiações Ionizantes 
 
Radiações ionizantes são aquelas que extraem elétron da matéria ao incidirem sobre 
a mesma produzindo íons. São exemplos de radiações ionizantes as partículas alfa, beta, 
26 
 
neutras, aquelas produzidas por ondas eletromagnéticas, da mesma forma, as originadas de 
aparelhos de raios-X, radiações gama e aceleradores lineares. 
Os efeitos biológicos das radiações ionizantes são divididos em dois grupos: os 
efeitos hereditários e os efeitos somáticos. As radiações de efeitos hereditários são aquelas 
que produzem lesões nas células germinativas da pessoa irradiada, as quais são transmitidas 
aos seus descendentes. As radiações de efeitos somáticos produzem lesões nas células do 
indivíduo que foi irradiado, entretanto, essas lesões não são transmitidas hereditariamente. 
 
 
http://avatz.com.br/analise-de-riscos-ambientais 
 
Reconhecimento do risco 
 
No ambiente hospitalar, nas áreas de rádio diagnóstico e radioterapia. Estes riscos 
também estão presentes em outras áreas que fazem o uso de equipamentos de diagnóstico e de 
imagens médicas em tempo real, como centros cirúrgicos e unidades de terapia intensiva. 
 
 Radiodiagnóstico - Estudos realizados pelo Food and Drug Administration (FDA) 
mostram que as doses recebidas por pacientes submetidos a raios-X de tórax são 
maiores que as necessárias, dependendo do local onde realizam tais exames. Ainda 
que haja variação resultante das diferentes técnicas de raios-X, muitas delas se devem 
à baixa qualidade de manutenção e do treinamento precário recebido pelos operadores. 
 
São exemplos as radiografias convencionais (produzidas por aparelhos fixos ou 
portáteis), fluoroscopia (imagem em tempo real), escopias com intensificadores de imagem, 
exames odontológicos, tomografia computadorizada, etc. 
 
27 
 
Radioterapia 
 
A radioterapia é uma forma de tratamentoque faz uso das radiações ionizantes para a 
destruição de células nocivas ao organismo humano. Para este fim utilizam-se equipamentos 
geradores de ondas eletromagnéticas ou mesmo substâncias radiativas. 
São formas de radioterapia a teleterapia, braquiterapia, terapia de contato, terapia 
intracavitária, terapia intersticial, braquiterapia de alta dose, etc. 
 
Medicina Nuclear 
 
De modo a produzir imagens dos órgãos do corpo humano e suas estruturas, 
medicamentos (líquidos ou gasosos) radiativos, como radioisótopos e radio farmacêuticos, são 
injetados no corpo humano. Estes medicamentos são tipicamente absorvidos pelos órgãos e a 
radiação emitida pode ser detectada e localizada. Informações sobre o tamanho e estrutura do 
tecido, atividade bioquímica dos órgãos podem ser deduzidas e podem levar ao diagnóstico de 
uma doença. É importante que a meia vida da Medicação nuclear seja curta de modo a reduzir 
a carga radiativa para o paciente. 
No caso de uso de gases radiativos, por precaução, é importante se dispor de um 
sistema de exaustão cuja tubulação termine em um local distante de pontos de captação de ar 
para fins de ventilação, de compressão ou mesmo para ar condicionado. 
Para líquidos, o material que entra em contato com isótopos deve ser descartado e 
tratado como lixo radiativo. O material do paciente, como urina e fezes, deve ser dispensado 
no sistema de esgoto sanitário e não há necessidade de preocupação com o suor do mesmo. 
 
Avaliação do risco 
 
A radiação por raios-X apresenta riscos à exposição cujos efeitos são sentidos a curto 
e longo prazo. Embora os seus efeitos variem de pessoa para pessoa, a exposição prolongada 
pode encurtar a expectativa de vida. 
A exposição aos raios-X é medida em três diferentes unidades. Uma delas mede a 
quantidade de radiação pela fonte, a outra indica a quantidade de radiação à qual o paciente 
está exposto e a terceira, a quantidade de radiação recebida pelas pessoas que estão nas 
proximidades, como técnicos, médicos e enfermeiros. 
28 
 
A unidade que mede a radiação emitida pela fonte é o Roentgen ®. A exposição do 
paciente é medida em termos da dose de radiação absorvida ou rads (rad). O rad é comumente 
utilizado em radioterapia e menos frequentemente, em diagnóstico por imagens. Os 
radiologistas, radioterapeutas e técnicos de raios-X são expostos à radiação enquanto 
trabalham com os pacientes ou diretamente com os equipamentos. A unidade de medida da 
dose recebida é denominada de dose equivalente (do inglês, radiation equivalente man – rem). 
 
 Controle do risco - São várias as formas de precaução e controle de radiações nos 
ambientes de trabalho. 
 
As principais são: 
 
 As paredes e portas das salas que contêm equipamentos geradores de radiação devem 
ser revestidas adequadamente com chumbo. 
 Indicadores luminosos instalados nos locais de acesso a áreas sujeitas a radiações 
devem informar se os equipamentos estão em uso ou não. 
 Os equipamentos de radiação devem ser desligados automaticamente após decorrido o 
tempo de exposição pré-selecionado ou caso ocorra abertura acidental da porta de 
acesso à área sujeita a radiações. 
 Nenhuma pessoa além do paciente deve ficar na sala de tratamento. A sala de 
tratamento deverá possuir formas de abertura também pelo lado interno. 
 As salas devem dispor de meios de comunicação oral e visual com o paciente. Os 
vidros empregados deverão ser do tipo plumbíferos. 
 Alarmes sonoros e visuais devem ser acionados sempre que as doses de radiação 
previstas forem ultrapassadas (principalmente em áreas que utilizam rádio-isótopos ou 
fontes para radioterapia). 
 Os operadores de equipamentos geradores de radiação devem receber treinamento 
especializado. 
 Os operadores devem usar aventais plumbíferos durante as radiografias realizadas fora 
das salas apropriadas (casos de emergência, no centro cirúrgico, etc.). 
 Os operadores devem se manter o mais afastado possível do paciente. Caso não seja 
possível (escopias), devem usar protetor de tireóide, óculos plumbíferos e luvas 
apropriadas. 
29 
 
 Nos locais de tratamentos com radioisótopos e internação de pacientes, o tratamento 
de esgoto faz-se necessário. 
 A manipulação de material radiativo (branquiterapia) deve ser feito com pinças 
específicas. 
 Os operadores devem utilizar sempre os dosímetros individuais na parte do corpo mais 
exposta à radiação. Quando usar avental plumbífero, o dosímetro deve ser colocado 
conforme orientação do fabricante. 
 
Para fins de ampliar as informações sobre o assunto, recomenda-se a utilização das 
Normas Técnicas Gerais de Radioproteção, referidas na Resolução número 06, de 21 de 
dezembro de 1988, aplicáveis a todas as pessoas físicas, jurídicas, de direito público ou 
privado, que exerçam atividades no campo da saúde envolvendo instalações radiativas em 
qualquer ponto do território nacional. Tais normas trazem medidas que visam a defesa dos 
pacientes, indivíduos profissionalmente expostos a radiações ionizantes e público em geral. 
(ANVISA, 2017) 
 
Propostas para o cumprimento da legislação sanitária e ambiental vigentes 
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 – Dispões que a inobservância dos requisitos das 
Normas, Regulamentos e Legislações ou a falha na execução de ações corretivas ou 
preventivas em tempo hábil constitui infração de natureza sanitária, sujeitando o infrator ao 
processo e penalidades previstas na legislação vigente, sem prejuízo das responsabilidades 
civil e penal cabíveis. 
Em casos de não conformidade, é necessário: 
 Providenciar uma investigação das causas, circunstâncias e consequências; 
 Tomar as medidas cabíveis para correção das falhas que levaram à infração e prevenir 
a recorrência de infrações similares. 
 
 
 
 
 
30 
 
Propostas para prevenir à saúde do trabalhador, medidas de biossegurança e de 
vacinação para preservar a integridade física dos trabalhadores de saúde no citado 
hospital. 
 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABkksAJ/apresenta 
 
 Manter atenção na execução das tarefas, pois o excesso de confiança pode levar erros; 
 Manter atenção e prática de medidas de prevenção (lavagem das mãos, uso correto dos 
EPI’s, etc), evitando assim contaminações aos trabalhadores e clientes; 
 Garantir os recursos necessários para o treinamento apropriado e atualização periódica de 
toda equipe sobre técnicas e procedimentos seguros para execução das funções; 
 Oferecer aos trabalhadores condições de trabalho amplamente seguras (ergonômicas, 
estruturais, físicas); 
 Manter fiscalização constante dos processos e ações, de acordo com as normatizações, 
uma vez que as normas estabelecidas pelos órgãos competentes vem garantir a segurança 
tanto dos clientes, quantos dos trabalhadores e do Meio ambiente, trazendo a Instituição 
um atendimento de qualidade; 
 Nomear um membro qualificado para responder pelas ações relativas ao programa de 
proteção e saúde do trabalhador no Hospital, com autoridade e responsabilidades 
definidas; 
 Tomar todas as medidas necessárias para evitar falhas e erros, incluindo a implementação 
de procedimentos de segurança adequados para proteção do trabalhador; 
 Aassegurar que todos os procedimentos operacionais estejam escritos, atualizados e 
disponíveis à equipe; 
 Garantir que seja fornecida à equipe, por escrito, informação adequada sobre os riscos 
ocupacionais; 
31 
 
 Zelar para que as atividades estejam em conformidade com as exigências legais de 
Biossegurança; 
 Notificar à autoridade sanitária condições inseguras de trabalho; 
 Fomentar o SESMT do hospitalpara garantir uma vigilância plena à saúde dos 
trabalhadores. 
 Zelar pelo respeito e obrigatoriedade aos prazos de vacinações e exames periódicos dos 
trabalhadores de acordo com as normas vigentes do PCMSO, 
 Garantir que os trabalhadores cumpram com o dever de comparecer para as consultas 
periódicas e vacinações previstas pelo calendário hospitalar segundo o Ministério da 
Saúde, devidamente registrada em prontuário funcional com comprovante ao trabalhador, 
garantindo a imunização dos trabalhadores que estão sempre muito expostos a todo e 
qualquer tipo de patologias. 
 
32 
 
4. CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
a) Qual o tipo de conflito envolvido contido na situação problema e o nível de 
abrangência. 
 
O Hospital encontra-se em greve dos trabalhadores em virtude de não terem suas 
exigências atendidas, tais como: 
 
Da perspectiva dos trabalhadores 
 
 Pagamentos de salários atrasados; 
 Mais enfermeiros e médicos; 
 Banheiro no repouso dos médicos; 
 Consultório de enfermagem; 
 Readequação salarial; 
 Materiais de consumo (luvas, aventais e máscaras); 
 
Na visão da direção do hospital 
 
A prefeitura do município refere não ter recebido o repasse financeiro, dessa forma a 
direção do hospital alega não ter condições de pagar os funcionários e fornecedores, além de 
não conseguir atender às exigências realizadas pelos mesmos. 
O repasse mensal é de R$ 1,5 milhão, porém a lei 13.019 proíbe repasses financeiros 
a instituições que tenham contas avaliadas como irregulares, como é o caso do hospital em 
questão, onde o Tribunal de Contas encontrou irregularidades e questionou a prefeitura, mais 
por formalidade, já que porque no relatório eles enfatizaram que não há indícios de mau uso 
do dinheiro. 
Este hospital justifica que o processo sempre foi conduzido pela prefeitura e por este 
motivo resolveu instalar uma auditoria que está em fase de conclusão, no entanto a prefeitura 
permanece impedida de realizar o repasse. 
 
 
 
33 
 
A problemática perante a comunidade 
 
Os usuários ficaram surpresos e preocupados com os inúmeros transtornos 
decorrentes desta situação, tendo em vista a delicada situação de quem necessita dos serviços 
hospitalares, tais como os casos apresentados: 
O marceneiro José dos Santos, que possuía agendamento com o ortopedista, marcado 
há meses, mas não recebeu atendimento, além de perder a consulta, ficará sem a perícia no 
INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), pois necessitaria do atestado médico para a 
mesma. 
A costureira Joana dos Santos, apesar de apresentar dores devido problemas na 
vesícula teve seu atendimento negado, e foi orientada e retornar as Unidades de Pronto 
Atendimento (UPA) ou Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), como tantos outros clientes, 
para terem seus agendamentos realizados para outros serviços de saúde. 
 
Consequências 
 Os trabalhadores entraram em greve devido a não aceitação das reinvindicações. 
 O hospital encontra-se sem verba, devido não conformidades administrativas, além de 
processos abertos pelos clientes que buscaram a justiça devido se sentirem 
negligenciados. 
 Os clientes estão com seus agendamentos pelas UPA’s e UBS’s com prazo estendido, 
devido à grande demanda. 
 No caso de Joana, mesmo possuindo todos os exames, foi medicada na UPA e 
orientada a aguardar em casa novo agendamento, porém seu quadro clínico piorou e 
agora a mesma precisou ser atendida em caráter de urgência em um hospital da região, 
e se encontra internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave, com 
diagnóstico de Sepse. A família de Joana, entrou com uma ação judicial, na tentativa 
de processar o Hospital Juscelino de Alcântara, por não ter realizado a consulta com o 
especialista e por ela se encontrar na situação que se encontra. 
34 
 
 
 
http://www.memoriasdoitaim.com.br/como-fazer-uma-greve-passiva 
 
 
 
Níveis de conflitos 
 
De acordo com Nascimento, (2002), os conflitos são divididos em níveis. 
 
 Nível 1 - Discussão - caracteriza-se normalmente por ser racional, aberta e 
objetiva; 
 Nível 2 - As pessoas fazem generalizações e buscam demonstrar alguns padrões 
de comportamento. O grau de objetividade existente no nível 1 começa a 
diminuir; 
 Nível 3 – Façanha - Característica principal as partes envolvidas no conflito 
começam a mostrar grande falta de confiança no caminho ou alternativa escolhidos 
pela outra parte envolvida; 
 Nível 4 - Imagens preconcebidas com relação à outra parte - fruto de experiências 
anteriores ou de preconceitos que trazemos, fazendo com que as pessoas assumam 
posições fixas e rígidas; 
 Nível 5 - Loss of face (ficar com a cara no chão) - podemos observar que se trata 
da postura de continuidade neste conflito custe o que custar e luta até o fim, o que 
acaba por gerar dificuldades para que uma das partes envolvidas se retire; 
35 
 
 Nível 6 - Ameaças e as punições - O processo de comunicação, uma das peças 
fundamentais para a solução de conflitos, fica cada vez mais restrito; 
 Nível 7 - Falta de humanidade - os primeiros comportamentos destrutivos e as 
pessoas passam a se sentir cada vez mais desprovidas de sentimentos; 
 Nível 8 - Ataque de nervos - Há a necessidade de se auto preservar e se proteger 
passando. A principal motivação é a preparação para atacar e ser atacado. 
 Nível 9 - Ataques generalizados - Não há alternativa a não ser a retirada de um dos 
dois lados envolvidos ou a derrota de um deles, é preciso alto controle e equilíbrio 
emocional que faz o diferencial entre os conflitantes, pois nesse estágio define-se 
de forma sensata o grau de controle e flexibilidade dos envolvidos. (RHPORTAL, 
2017) 
 
SERVIDORES ABRANGENCIA DA GREVE TRIBUNAL 
Federais Mais de uma Região da JF STJ* 
Federais No limite de uma Região de JF TRF** 
Estaduais Mais de um estado STJ 
Estaduais No limite de um estado TJ*** 
Municipais Mais de um estado STJ 
Municipais No limite de um estado TJ 
*Superior Tribunal de Justiça ** Tribunais Regionais Federais ***Tribunais de Justiça dos 
Estados (Sinasefe, 2011) 
 
b) Qual a maneira mais adequada de enfrentar este conflito. 
 
Segundo Nascimento, 2002, dependendo da importância que se dá ao conflito – 
ignorando-o ou reprimindo - ele tende a crescer e a se agravar. Porém, quando é reconhecido 
e as ações corretivas são aplicadas imediatamente, poderá ser resolvido e transformar-se numa 
força positiva, capaz de mudar hábitos e nos estimular a buscar resultados mais positivos. 
De acordo com Miranda, (2005). “Antes de iniciar uma negociação, o negociador 
precisa estar atento a algumas questões e satisfazê-las antes de qualquer ato negocial”, como: 
delimitar as questões, ter informações da parte contrária, definir prioridades e necessidades, 
preestabelecer metas e objetivos, e desenvolver idéias e propostas para sustentar suas 
posições. 
36 
 
Há três tipos de posturas para se obter uma negociação eficaz, são elas: 
 Postura ganha-ganha, onde todos podem sair ganhando, podem obter vantagens 
mútuas, o acordo é mais provável; 
 Postura perde-perde, onde um ganha e o outro perde, o acordo é pouco provável; 
 Postura ganha-perde, onde todos os negociadores não estão dispostos a ceder para que 
possa ocorrer uma composição sadia e igualitária, onde é quase certo que não haver á 
acordo. 
 
A habilidade como negociador é imprescindível para as interações efetivas entre 
gerentes e subordinados nas mais diversas situações. A competência nestes fóruns contribuem 
para o sucesso da organização como todo. 
 
Estilos e comportamentos para uma negociação na visão deThoreu, 2005, onde são 
necessárias além de tudo postura do negociador e as formas de negociar”, como: 
 
 A persuasão, onde o negociador tenta convencer a outra parte para que aceite sua 
ideia, 
 A afirmação, onde o negociador impõe e julga a parte contrária, suas propostas e 
sugestões, expõe seu ponto de vista a despeito da parte com a qual se está debatendo. 
 A atração ocorre quando o negociador usa seu poder de atração, sedução, 
demonstrando a abrindo para a parte contrária suas fraquezas, reconhecendo seus 
próprios erros; 
 A ligação que consiste no estilo ganha-ganha que se sobressai como o mais 
humanizado e ético dos estilos de negociação, mas a forma mais difícil de negociar 
necessitando para o êxito, muita competência e habilidade. (RHPORTAL, 2017) 
 
http://slideplayer.com.br/slide/1724207/ 
37 
 
5. RESPONSABILIDADE LEGAL 
 
 
http://slideplayer.com.br/slide/3643132/ 
 
 
a) A greve é legítima? Justifique. 
 
Sim, a greve é legítima, assegurada a todos os servidores públicos federais, sendo-
lhes aplicado o teor da Lei nº 7.783/89, observadas as adaptações promovidas pelo Supremo 
Tribunal Federal, porém existem formalidades a serem seguidas para deflagrar a greve, tais 
como: 
 
1º. Aprovação da Pauta de Reivindicações - Deve ser aprovada em Assembleia Geral da 
categoria, observados sempre os procedimentos de convocação e os quóruns de instalação e 
deliberação fixados no Estatuto do Sindicato. Pode ser desdobrada em exigências de nível 
nacional e local. A convocação, deve-se atentar para a amplitude da publicidade, com a 
divulgação do Edital de Convocação da Assembleia em jornal de ampla circulação na área de 
representação do sindicato. A antecedência da Assembleia deve ser razoável (como, por 
exemplo, cinco dias, quando ausente previsão de prazo maior no estatuto). 
38 
 
Observados os quóruns, realizada a discussão, votação da pauta de reivindicações e 
procedimentos que devem constar com clareza em ata, esta deve ser registrada, aprovada e a 
outorga de poderes negociais à Diretoria do sindicato. 
 
2º. Apresentação da Pauta - A pauta de reivindicações aprovada pela Assembleia deve ser 
redigida e formalmente entregue à autoridade administrativa responsável. 
Protocolado junto ao órgão público. A entrega pode, ainda, dar-se de forma solene, 
deflagrando as negociações. 
 
3º. Negociação exaustiva - O processo de negociação com a autoridade competente, e sua 
comprovação, deve ser observado para eventual deflagração do movimento grevista. 
A determinação de qual seja a autoridade competente para negociação está relacionada à 
pauta. Algumas questões dizem respeito aos órgãos locais e outras exigem uma sucessão de 
providências administrativas e/ou legislativas, como os aumentos ou recomposições salariais. 
Nesses casos, deve haver a participação ativa das entidades de base frente a cada órgão para 
as reivindicações específicas, bem como das entidades nacionais junto aos Poderes no que diz 
respeito às questões gerais. 
Antes da greve, deve-se buscar o entendimento através da negociação de boa-fé. Deve ser 
tentada de forma exaustiva; seja através de negativa expressa da Administração, seja do 
rechaço implícito das reivindicações do sindicato ou mesmo da falta de resposta a elas. 
Para tanto, é importante documentar esse processo da forma mais completa possível, 
formalizando todos os atos por escrito e entregando-os mediante recibo, bem como 
arquivando ofícios de resposta às reivindicações, notícias veiculadas nas diversas mídias, 
certidões que atestem o agendamento de reuniões, atas de negociação, etc. É interessante 
anexar documentos comprobatórios da negociação advindos de outras fontes que não o 
próprio sindicato ou imprensa sindical. 
 
4º. Convocação da Assembleia - A deflagração da greve é decisão da categoria, motivo pelo 
qual as formalidades de convocação, instalação e deliberações que constam no Estatuto do 
Sindicato devem ser respeitadas, sendo convocada toda a categoria e não apenas os filiados ao 
sindicato. Deve ser dada ampla publicidade e observada a anterioridade razoável. Em casos de 
urgência e necessidade, podem ser usados prazos menores. 
 
39 
 
5º. Deliberação sobre a greve - No que tange às deliberações sobre a greve, aplicam-se as 
regras do estatuto, sobretudo no que diz respeito ao quórum. O processo de deliberação e as 
decisões devem ser registrados em ata da forma mais clara possível, sempre de acordo com as 
formalidades estatuárias. É pertinente, ainda, que a categoria delibere também sobre as 
medidas que serão adotadas para manter a continuidade do serviço público e o atendimento 
dos serviços essenciais, a fim de apresentar proposta ao órgão ou entidade quando da 
comunicação da greve. 
 
6º. Comunicação da greve - Para o funcionalismo público, a realização do movimento 
grevista deve ser comunicada com antecedência mínima de setenta e duas horas. Deve haver 
uma comunicação formal ao órgão público “empregador” (entregue mediante recibo), bem 
como divulgação em órgãos da imprensa de ampla circulação, para conscientização dos 
usuários. 
Nesse momento, deve ser apresentada proposta para a manutenção dos serviços, da qual deve 
ser dada ciência tanto ao órgão “empregador” quanto aos usuários de tais serviços, através de 
divulgação na imprensa local. 
Deve ser buscado, então, junto ao órgão ou entidade, um consenso sobre o percentual de 
servidores que deve permanecer em atividade em cada setor, em respeito ao princípio da 
continuidade do serviço público e para a manutenção das atividades essenciais.  
Observações: No tocante aos passos acima detalhados, observa-se que, se a greve ocorrer no 
âmbito de entidade de representação nacional (sindicato nacional), a adoção do procedimento 
apenas pela mesma, de regra, será suficiente para caracterizar a legalidade da greve. 
Entretanto, se o movimento for deliberado no âmbito de federações ou confederações, o 
procedimento deve ser adotado tanto pelas mesmas quanto pelos sindicatos de base. 
Nesse último caso, é importante que todos os sindicatos respeitem as regras de greve e que as 
assembleias autorizem a federação/confederação a negociar. A negociação também deve ser 
aprovada. Se houver pautas locais, deve-se aprovar em assembleia. Por fim, cabe registrar 
que, em caso de declaração da ilegalidade da greve por não terem sido cumpridos os 
requisitos necessários à sua deflagração, o Superior Tribunal de Justiça tem fixado pesadas 
multas diárias a serem suportadas pelos sindicatos. 
 
7º. Garantia do funcionamento mínimo das atividades - De acordo com o Supremo 
Tribunal Federal, a greve dos servidores deve atender ao princípio da continuidade dos 
serviços públicos. Por esse motivo, a paralisação dos serviços, quaisquer que sejam, pode ser 
40 
 
apenas parcial. Não pode haver greve total no serviço público. A regularidade na prestação de 
serviços deve ser mantida, sob pena de que se configure o abuso de direito, atentando-se 
especialmente para o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. 
 
O Poder Judiciário tem decidido, reiteradas vezes, que o quantitativo mínimo para 
manutenção da legalidade do movimento grevista é de 30%. Contudo, cada caso precisa ser 
analisado e, sempre que possível, deve ser buscada uma definição conjunta com a 
Administração sobre quais sejam as necessidades mínimas e o percentual de servidores 
mantidos em serviço. 
Dada a ausência de previsão legal, é indiferente que a manutenção dos serviços 
ocorra através de servidores que não aderirem ao movimento ou com a instituição de escalas 
entre os grevistas. É imperioso, contudo, que a entidadetome as devidas precauções para 
comprovar, documentalmente, a ininterrupção. 
Observa-se que a Lei 7.783/89 (art. 9º) assegura ao empregador, enquanto perdurar a 
greve, o direito de contratar diretamente os serviços necessários para assegurar a manutenção 
das atividades cuja paralisação resulte em prejuízo irreparável. Assim, na adaptação da norma 
feita pelo STF para os servidores públicos, os órgãos poderiam, na vigência da greve, 
contratar os serviços necessários para assegurar a continuidade do serviço público. 
Ainda que todos os setores funcionem de forma mínima, as necessidades inadiáveis 
devem ser reconhecidas e preservadas em cada serviço essencial. Entende-se como 
necessidades inadiáveis da comunidade aquelas que, ao deixarem de ser atendidas, coloquem 
em perigo iminente a sobrevivência, saúde ou a segurança da população. (Sinasefe, 2011) 
 
b) Quem responderá pelos danos causados, o hospital ou os empregados que fizeram 
a greve? 
 
Os tribunais não possuem competência para julgar as reivindicações dos servidores 
públicos em greve, diversamente do que ocorre com as greves da iniciativa privada. Isso 
porque não há poder normativo para os servidores públicos. Contudo, quando provocados, os 
tribunais podem manifestar-se sobre: 
a) A abusividade da greve; 
b) O pagamento dos dias de paralisação; 
41 
 
c) A imposição de regime de greve mais severo que o da lei, de acordo com as peculiaridades 
de cada caso concreto e mediante solicitação de órgão competente; 
d) As medidas cautelares incidentes como, por exemplo, o percentual mínimo de servidores 
em atividade e interditos possessórios. Frisa-se que o Supremo Tribunal Federal assentou que 
a Justiça Comum – estadual ou federal – julgará os conflitos decorrentes da greve dos 
servidores públicos, nos seguintes termos: 
O art. 14 da Lei 7.783/89, com a redação que lhe foi dada pelo Supremo Tribunal Federal 
para aplicação aos servidores públicos enquanto não houver lei regulamentadora do direito de 
greve, dispõe que constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na 
presente Lei, em especial o comprometimento da regular continuidade na prestação do serviço 
público, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou 
decisão da Justiça do Trabalho. 
Assim, greves realizadas para pleitear o cumprimento de acordos já existentes 
normalmente ensejam menos discussão quanto à sua legalidade. Aliás, nesse sentido, o 
próprio parágrafo único do art. 14 da Lei 7.783/89 dispõe que na vigência de acordo, 
convenção ou sentença normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve a 
paralisação que: 
 
http://slideplayer.com.br/slide/1826715/ 
 
 
42 
 
I - Tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição; 
II - Seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que 
modifique substancialmente a relação de trabalho. 
Na mesma direção, movimento grevista deflagrado em razão de falta de pagamento 
de remuneração tem suscitado o entendimento de impossibilidade de desconto da 
remuneração relativa aos dias parados. 
Em caso de configuração de abuso, a responsabilidade pelos atos praticados no curso 
da greve será apurada segundo a legislação pertinente (art. 15 da Lei 7.783/89). 
O servidor não pode ser punido por ter participado de greve, uma vez que a greve 
constitui direito constitucionalmente assegurado aos servidores públicos, motivo pelo qual o 
Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que a mera adesão ao movimento 
grevista não pode constituir falta grave, nos termos da Súmula nº 316. 
O pagamento dos dias parados, via de regra, tem sido objeto de negociação durante a 
própria greve, situação que favorece os servidores quando presente o diálogo. Contudo, o 
Supremo Tribunal Federal estabeleceu que a greve de servidores suspende o contrato de 
trabalho (ou seja, suspende o vínculo funcional, já que os servidores são estatutários) e, 
consequentemente, o alcance da remuneração. A despeito disso, a manutenção do repasse 
deverá ocorrer sempre que a greve tenha sido provocada justamente por atraso no pagamento 
e outras situações excepcionais. 
Em eventuais ações judiciais que tratem da questão da remuneração relativa ao 
período de greve, cabe salientar que, nas situações em que o Judiciário entender pela 
necessidade de devolução ao Erário dos valores recebidos em relação aos dias parados na 
greve, é possível ao servidor fazer requerimento para que isso ocorra de forma parcelada, nos 
termos do art. 46 da Lei 8.112/90, em parcelas equivalente a dez por cento da remuneração, 
provento ou pensão (§ 1º). 
Entre as precauções do movimento, encontra-se a necessidade de comparecimento 
dos servidores grevistas ao local de trabalho durante a greve, cumprindo, desse modo, sua 
jornada de trabalho. 
Ainda, recomenda-se a instituição de um Ponto Paralelo a ser preenchido diariamente 
pelos grevistas. Essa providência, eventualmente, poderá auxiliar na discussão acerca da 
43 
 
remuneração relativa aos dias de paralisação, afastando a eventual tentativa de configuração 
dos dias parados como faltas injustificadas ao trabalho. (Sinasefe, 2011) 
44 
 
6. ETAPAS E AÇÕES DA NEGOCIAÇÃO 
 Preparação - Essa fase exige uma boa pesquisa sobre a problemática exposta, e dados 
que possam exemplificar e apoiar sua proposta, como estatísticas ou dados referentes a 
propostas concorrentes. O objetivo desse planejamento e do estudo prévio é solidificar 
os argumentos que serão utilizados. Aqui deve-se também estabelecer quais são os 
objetivos da negociação, tanto os almejados pelo negociador quanto os que ele 
acredita condizerem com a realidade da outra parte. 
 É importante, ao estabelecer os alvos, deixar uma margem para negociação, não 
expondo as expectativas finais de início. Portanto, estabeleça objetivos mínimos e 
máximos. Entre outras coisas, esse é o momento de planejar concessões, bem como 
comportamentos desejáveis e evitáveis (de sua parte e da outra), além de identificar 
conflitos potenciais e superar impasses. 
 Abertura - Este é o início da negociação. É o momento de expor o que se espera e o 
que se pode oferecer no processo. Defina o propósito da relação, de forma que as duas 
partes estejam à vontade e em acordo. 
 Exploração - Nesta etapa, fazer perguntas e fornecer respostas é o principal. O 
objetivo é encontrar os pontos comuns entre as duas partes, evitando enfatizar as 
diferenças. Crie pontos de contato, de forma que o negócio se mostre benéfico para os 
dois lados. A descoberta desses pontos comuns acontece somente através do diálogo e 
da troca de perguntas e respostas entre os negociadores. 
 Apresentação - A partir do conhecimento obtido na fase de exploração, enuncie suas 
expectativas e ouça as da outra parte. Relacione as vantagens do que você defende 
com as necessidades e expectativas do outro negociador. Esse é o momento de 
responder aos problemas descobertos na etapa anterior, oferecendo soluções, criando 
valor para o outro, de forma a amplificar a relação custo/benefício. As duas partes 
precisam compartilhar aqui suas expectativas iniciais, para, a partir delas, buscar um 
acordo. 
 Clarificação - Diante das propostas de cada parte, este é o momento de ouvir e 
discutir. Aqui, as dúvidas devem ser respondidas e as objeções rebatidas com dados, e 
não somente com opiniões. As objeções, neste caso, servem como oportunidade para 
detalhar melhor as propostas. 
 Ação final - Este é o momento decisivo, quando as duas partes oferecem aval 
conclusivo e fecham ou não o negócio. Então, é preciso decidir se há possibilidade de 
45reverter a negociação, se haverá um período de teste e, finalmente, estabelecer datas e 
prazos. Se as etapas anteriores tiverem sido bem sucedidas e desenvolvidas, esta etapa 
final ocorrerá sem grandes obstáculos. É importante ressaltar que cada parte deve 
oferecer opções à outra, de forma que não exista apenas uma proposta final possível. 
 Controle e avaliação - Estando concluída a negociação, é preciso comparar o 
previsto com o realizado, analisando pontos positivos e negativos do negócio. É 
importante refletir sobre as etapas da negociação e como elas se desenvolveram, 
buscando identificar aspectos a serem melhorados em próximas 
vezes. (MeuSucesso.com, 2014) 
 
Táticas de negociação 
 
De acordo com Nascimento, 2002, algumas táticas são importantes na mesa de 
negociação em virtude da perspectiva de resultados positivos e êxitos para o negociador, 
como: 
 Ter uma boa aliança, podendo ser esta uma pessoa ou um grande projeto, uma grande 
proposta; 
 Ter uma autoridade limitada, no sentido de que mesmo estando certo o acordo é 
fundamental que o negociador solicite a autorização de seu superior; 
 Agir de forma apaixonada, e apaixonante, demonstrando interesse e pleno 
conhecimento e aceitação de sua proposta e sua posição, pois esta atitude alimenta de 
forma considerável a confiança e a credibilidade da outra parte para com o negociador; 
 Dividir para conquistar, esta é uma boa tática para quando a outra parte for composta 
por uma equipe, sendo que nesse caso o negociador deve tentar convencer um dos 
integrantes desta equipe para que ele tente influenciar os demais; 
 Manter-se firme, quando não houver mais concessões a fazer, o negociador deve, com 
firmeza, afirmar tal situação; 
 Ser paciente, no sentido de que o negociador que sabe esperar mais que a parte 
contrária terá mais chances de fazer melhor negócio; 
46 
 
 O negociador deve fazer surpresas, nunca sendo previsível, desgovernando a outra 
parte com uma mudança repentina nas suas táticas e comportamentos, impedindo-a de 
antecipar suas ações 
 
Na visão de Willames, Kold apud Watkins (2004) há três medidas que podem ser 
tomadas ao iniciar uma negociação: 
 Oferecer incentivos - Deve-se conhecer do que o indivíduo necessita: dinheiro, tempo, 
seu apoio? Descubram quais são as suas necessidades e apresente-as como possíveis 
benefícios de uma negociação. 
 Atribua um preço ao Status quo. Explicite o custo de deixar de negociar, deve-se 
perceber o custo do status quo. 
 Conquistar apoio. Às vezes os nossos aliados são capazes de obter o que outras 
medidas não conseguem. Inicialmente atraia seu interlocutor a mesa de negociação, é 
primordial que no início seja tranquilo. Para que isso ocorra é necessário aliviar a 
tensão que geralmente estar presente. Procure fazê-lo em palavras iniciais. Manifeste 
respeito pela experiência e perícia do seu interlocutor, apresente a tarefa de maneira 
positiva, como uma empreitada conjunta e saliente a sua receptividade aos interesses e 
preocupações do outro. 
 
 
 
https://pt.slideshare.net/daniel.luz/negociao-aula-3-mini-ba-de-gesto-estrategica-de-rh 
 
47 
 
Táticas para uma negociação ganha/ ganha 
 
Para Watkins, 2004. São aquelas que a negociação cresce por meio de trocas. 
Exigem um outro conjunto de táticas, começa mais lento e exploratório baseia-se numa maior 
colaboração e troca de informações. 
 Ao iniciar uma negociação integrativa, fale e ouça. 
 A medida que for tomando conhecimento das preocupações e interesses da outra parte; 
 Não se apresse em fazer uma proposta, evite dar proposta irrisória, ou subestimar o 
interlocutor; 
 Faça perguntas diretas as necessidades, os interesses, as preocupações e os objetivos 
de seu interlocutor; 
 Expresse empatia pela perspectiva, pela necessidade e pelos interesses da outra parte. 
Seja um ouvinte ativo. 
 Fixe seu olhar na pessoa que está falando; 
 Tome notas quando for conveniente; 
 Não se permita pensar em nada que seja aquilo que seu interlocutor está falando; 
Resista â ânsia de formular suas respostas até a pessoa acabar de falar; 
 Preste atenção à linguagem corporal do interlocutor; 
 Repita, com suas própria palavras, o que você ouviu para ter certeza de haver 
entendido e mostrar ao interlocutor que você processou as suas palavras; 
 Sonde disposições da outra parte para trocar certas coisas por outras. Ex: o que é mais 
importante para você, Y ou X?; 
 Faça um esforço para criar um intercâmbio de informações; 
 Mantenha a flexibilidade em relação as perguntas e expões suas preocupações antes. 
Watkins,( 2004 p.80). 
 
Táticas para uma negociação ganha/ perde 
Esta tática se concentra nas reivindicações do valor, os acordos tendo por objetivo de 
criar e também de exigir o valor. 
De acordo com Wanderley, (2008) negociar, impor, evitar e harmonizar são formas 
de agir nas diversas situações enfrentadas pelos gerentes e existem modelos de negociações 
que devem ser utilizados para ser utilizados pelos negociadores são elas: 
48 
 
Negociar Barganha – Existem situações em que negociar na base da barganha pode levar a 
um perde/perde. É o que acontece em muitas negociações internas entre setores da empresa, 
em que o querer levar vantagem faz com que se perca de vista os interesses maiores da 
organização. Entretanto, quando uma solução intermediária pode ser adotada, este 
procedimento é aceitável. 
Negociar Solução de Problemas – Esta é forma mais difícil de agir e demanda uma grande 
competência. Negociar na base da solução de problemas para assuntos irrelevantes é pura 
perda de tempo. Contudo, quando se quer sinergia e comprometimento, este é o procedimento 
que deve ser adotado. 
Flexibilidade como estratégia de negociação é fundamental, uma vez que depende 
dela seu poder dentro das negociações. 
 Pessoas com alta flexibilidade usam as estratégias de atuação, conforme a sua 
adequação a cada situação. O certo ou errado não é em si, mas relacionado a cada contexto. 
Pessoas com baixa flexibilidade só conseguem resultados favoráveis nas situações em que a 
sua estratégia de atuação for a mais indicada. Fora disto, ou tem resultados medíocres, ou 
mesmo fracassam. 
 
Tipos de conflitos 
 
Conflito latente: não é declarado e não há, mesmo por parte dos elementos envolvidos, uma 
clara consciência de sua existência. Eventualmente não precisam ser trabalhados; Conflito 
percebido: os elementos envolvidos percebem, racionalmente, a existência do conflito, 
embora não haja ainda manifestações abertas do mesmo; 
Conflito sentido: é aquele que já atinge ambas as partes, e em que há emoção e forma 
consciente; 
Conflito manifesto: trata-se do conflito que já atingiu ambas as partes, já é percebido por 
terceiros e pode interferir na dinâmica da organização. Nascimento, (2002, p. 50). 
Ressalta ainda a autora, que para lidar com conflitos, “é importante conhecê-los, saber qual é 
sua amplitude e como estamos preparados para trabalhar com eles da melhor forma para a 
realidade vivida pelo negociador.” 
 
49 
 
7. INDICADORES DE PRIORIDADES E PLANO DE AÇÃO 
 
 
http://slideplayer.com.br/slide/11687768/ 
 
Etapas da Construção do Plano Operacional: 
 
1. Identificar os “produtos/serviços” que a organização gera e para quem; 
2. Identificar os principais processos; 
3. Identificar as pessoas que desenvolvem esses processos; 
4. Identificar os insumos necessários para executá-los e seus respectivos fornecedores; 
5. Identificar os grupos que representam a sociedade; 
6. Identificar os recursos necessários para o desenvolvimento desses processos; 
7. Identificar para cada item acima

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