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Direito Constitucional II av2 resumo

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Direito Constitucional II – av2
Processo Legislativo
O processo legislativo está descrito na Constituição Federal dentro da subsessão I, II e III da seção V.
O processo legislativo compreende a elaboração de:
Emenda Constitucional  (art. 60 CF)
Têm poderes de iniciativa para propor emendas à Constituição:
1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
Presidente da República;
Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação (com manifestação da maioria simples dos membros de cada uma).
A proposta é discutida e votada em cada Casa (Senado e Câmara) em dois turnos e é aprovada se obtiver, em ambos, o voto favorável de 3/5 dos seus membros, isto é 308 deputados e 49 senadores.
A Emenda Constitucional é promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. E não é permitido que matéria rejeitada ou prejudicada seja objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Também não é permitido que o objeto da Emenda tente abolir:
A forma federativa de Estado;
O voto direto, secreto, universal e periódico;
Direitos e garantias individuais.
Outra restrição é emendas na vigência de: intervenção federal ou estado de defesa.
Leis Complementares (art. 69 CF)
Somente são leis complementares aquelas que assim tiverem sido nomeadas na Constituição. Como o próprio nome indica, complementam o texto constitucional.
Para serem aprovadas devem obter o voto da maioria absoluta dos senadores e dos deputados.
Lei Ordinária  (art. 61 CF)
São atos legislativos que a Constituição trata, simplesmente por "leis", sem qualquer qualificativo, diferentemente do que prevê para as leis complementares e para as leis delegadas.
A iniciativa para propor leis ordinárias cabe a:
Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional;
Presidente da República;
Supremos Tribunal Federal;
Procurador-Geral da República;
Cidadãos (por projeto subscrito por 1% do eleitorado, distribuído por 5 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um dos Estados).
Se a lei for emendada volta a casa iniciadora. O silêncio da casa implica sanção da lei.
Aprovado em uma cada é revisto na outra em um só turno de discussão e votação. O Presidente da República em 15 dias úteis para vetar o projeto e comunicar ao Presidente do Senado em 48 horas o motivo do veto. Se o veto não for mantido, o Presidente da República tem 48 horas para promulgar, senão o Presidente do Senado deve fazê-lo em 48 horas e caso não o faço o Vice-Presidente do Senado deverá promulgar a lei.
O veto à lei é apreciado em sessão conjunta dentro de 30 dias, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta.
Lei Delegada (art. 68 CF)
A Constituição permite que o Congresso Nacional delegue poderes ao Chefe do Poder Executivo, por sua solicitação, para a elaboração de leis. A Constituição veda que seja objeto da delegação matérias sujeitas a lei complementar, matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional ou de competência privativa da Câmara ou do Senado Federal.
A Lei delegada tem a forma de resolução do Congresso Nacional. Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única vetada emendas.
Medidas Provisórias (art. 62 CF)
As medidas provisórias foram uma inovação da Carta de 1988. São de autoria exclusiva do Presidente da República, que deverá submetê-las ao Congresso para sua conversão em lei, no prazo de 60 dias. Esgotado esse prazo sem sua conversão em lei, perdem a eficácia desde a edição, cabendo ao Congresso Nacional, nesse caso, disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.
Confira informações adicionais sobre medidas provisórias!
Decretos Legislativos (art. 49 CF)
O art. 49 da Constituição Federal alinha as matérias que são da exclusiva competência do Congresso Nacional, ou seja, sua iniciativa cabe aos membros ou Comissões da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, e sua tramitação se restringe ao âmbito do Congresso Nacional.
O Congresso Nacional dispõe sobre essas matérias por meio de decretos legislativos.
Resoluções (art. 68§ 2º CF)
As resoluções dispõe sobre matérias de competência provativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional.
Os projetos de resolução do Senado têm sua tramitação iniciada pelos Senadores ou Comissões da Casa.
Medidas Provisórias 
É um dispositivo que integra o ordenamento jurídico brasileiro, que é reservada ao presidente da República e se destina a matérias que sejam consideradas de relevância ou urgência pelo Poder Executivo. Tal "ferramenta" jurídica é regulada de forma exclusiva pelo artigo 62 da Constituição Federal em vigor, que determina:
"Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em Lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo o Congresso nacional disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes."
Ao receber a medida provisória para sua aprovação, cada uma das casas do Congresso analisará o mérito da mesma e irá se pronunciar sobre a presença ou não de todos os pressupostos constitucionais no texto em análise. Quem emite o parecer sobre todos estes detalhes é uma comissão mista de deputados e senadores, que então enviam o texto ao plenário de cada uma das casas do Congresso para apreciação e votação, em sessões separadas.
Veda-se terminantemente a reedição de medida provisória em uma mesma seção legislativa, caso esta tenha sido rejeitada ou ainda o seu prazo de vigência tenha expirado. Vale dizer ainda que as medidas provisórias são também matéria passível de arguição de inconstitucionalidade.
Desse modo, temos, além do Congresso Nacional, que realiza um controle preventivo de tal dispositivo, o poder judiciário, representado pelo Supremo Tribunal Federal também exerce controle de constitucionalidade repressivo no tocante à matéria.
 - Limitações
O art. 62 da Constituição da República veda a edição de medidas provisórias sobre matéria:
Relativa a nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
Relativa a direito penal, processual penal e processual civil;
Relativa a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
Relativa a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
Que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;
Reservada a lei complementar;
Já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
- Medida Provisória e Instituição ou Majoração de Impostos
O parágrafo 2º do art. 62 estende o princípio constitucional tributário da anterioridade às medidas provisórias, assim, a medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Lembrando que as exceções são os impostos sobre:
Sobre importação de produtos estrangeiros (II);
Sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE);
Sobre produtos industrializados (IPI);
Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF);
Instituído na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
- Prazo de Eficácia e Conversão em Lei
As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11e 12 do art. 62, perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
Assim, prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.
O prazo previsto no parágrafo anterior contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.
Não editado o decreto legislativo de aprovação da medida em até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
- Procedimento
A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.
Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
- Edição por Estado e Município
De acordo com a doutrina e a jurisprudência, os Estados e Municípios podem editar medida provisória, desde haja previsão na Constituição do Estado ou na Lei Orgânica, respectivamente.
Tribunal de Contas da União
O Tribunal de Contas da União tem como objetivo zelar pelo patrimônio público de modo que o dinheiro público não seja desperdiçado. Por ter esse tipo de atribuição (sustar a execução de determinado ato, por exemplo) que esse órgão merece o nome de Tribunal. O ato de sustação de um contrato não será nos moldes do art. 71, X, mas sim do art. 71, §1º. Como o contrato é um ato bilateral, o Congresso deve adotar o ato de sustação e deve falar com o Executivo. Se o Tribunal solicitar a sustação ao Congresso e est e nada fizer, ou que o Executivo não efetive as medidas previstas, o §2º permite que o Tribunal tome tais medidas.
(exerce o controle administrativo, financeiro da união. Não exerce jurisdição, nada judicial. A sua competência esta no art 71, CF e a composição art 73, CF. É composto por 9 pessoas, e são indicadas pelo presidente da republica e 6 pelo congresso nacional. O controle do TCU, não investigam querendo prevenir nada, só investigam quando há um ato administrativo errado, ai eles vão fiscalizar. Relacionado a contabilidade, área financeira, orçamental, patrimônio... )
Intervenção Federal 
PREVISTA NOS ARTIGOS.34 AO 36 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
A UNIÃO VAI REALIZAR INTERVENÇÃO EM ALGUÉM INFERIOR A ELA. ESTADO MEMBRO, DF, OU AINDA EM MUNICÍPIO LOCALIZADO EM TERRITÓRIO FEDERAL.
A intervenção  Federal ocorre por meio de DECRETO do chefe do poder executivo.
Fundamento:  inciso XI do Artigo 84 da Constituição Federal:
“Compete privativamente ao Presidente da República:
X – decretar e executar a intervenção federal”;
1- INTERVENÇÃO FEDERAL COMUM:
FUNDAMENTO ESTÁ NO ARTIGO 34 DA CF. É AQUELA REALMENTE POSSÍVEL DE EXECUÇÃO. PODE ACONTECER NA PRÁTICA.
É A INTERVENÇÃO FEDERAL REALIZADA NOS ESTADO MEMBROS OU NO DISTRITO FEDERAL. SÃO UNIDADES QUE EXISTEM.
DOUTRINA DIVIDE A INTERVENÇÃO FEDERAL COMUM EM:
1.1. INTERVENÇÃO FEDERAL DE OFÍCIO:
Presidente da República toma a iniciativa de realizar a intervenção.
Quais situações autorizam esta intervenção?
Hipóteses dos incisos I, II, III E V DO ARTIGO 34.
1.2- INTERVENÇÃO FEDERAL POR SOLICITAÇÃO DOS PODERES:
QUEM PODE SOLICITAR: PODER EXECUTIVO, LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO.
FUNDAMENTAÇÃO: ARTIGO 34, INCISO IV da CF.
“IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação”;
Executivo, legislativo e judiciário vão solicitar a intervenção federal. Se houver coação no poder legislativo e executivo, o presidente da assembléia legislativa ou da câmara legislativa no caso do DF, e o governador de estado ou do DF, respectivamente, podem solicitar DIRETAMENTE ao Presidente da República a intervenção federal.
OBSERVAÇÃO: Se o poder judiciário estiver coagido (NÃO CONSEGUE FAZER VALER SUAS DECISÕES JUDICIAIS), NÃO PODE
PEDIR DIRETAMENTE PARA O PRESIDENTE. Deve solicitar, enviar um ofíco ao STF que, por sua vez, deverá requisitar intervenção federal.
RESUMINDO: O JUDICIÁRIO VAI SOLICITAR AO STF, que vai fazer um julgamento e se for o caso, vai requisitar a intervenção federal.
O presidente é obrigado a realizar a intervenção federal? Sim, se não realizar, comete crime de responsabilidade, passível de processo de impeachment.
1.3. INTERVENÇÃO POR REQUISIÇÃO JUDICIAL:
OCORRE QUANDO HÁ VIOLAÇÃO DOS INCISOS VI E VII DO ARTIGO 34 DA CF.
CHAMADOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SENSÍVEIS:
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)”. OBS: HIPÓTESE DE A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA FEDERAL.
QUAIS TRIBUNAIS PODEM REQUISITAR A INTERVENÇÃO FEDERAL?
STF, STJ E TSE. 36, INCISO II.
2-INTERVENÇÃO FEDERAL ANÔMALA OU INCOMUM: NOME DADO PELA DOUTRINA. TEM PREVISÃO EXPRESSA NA CF, PORÉM NÃO É POSSÍVEL REALIZAR NO DIA DIA PORQUE NÃO EXISTE MAIS TERRITÓRIOS FEDERAIS.
MAIS SE VOLTAREM A EXISTIR, PODERÁ SER FEITA, PORÉM SERÁ INTERVENÇÃO FEDERAL COMUM.
FUNDAMENTAÇÃO: ARTIGO 35 PARTE FINAL. ESTÁ PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PORÉM NÃO
TEM EXECUÇÃO, NÃO TEM EFETIVIDADE. NÃO CONSEGUE SER REALIZADA NO PLANO FÁTICO.
EX: INTERVENÇÃO DA UNIÃO EM MUNICÍPIO LOCALIZADO EM TERRITÓRIO FEDERAL.
3- INTERVENÇÃO ESTADUAL: HIPÓTESE DO ARTIGO 35, PRIMEIRA PARTE DA CF.
INTERVENÇÃO DOS ESTADOS NOS MUNICÍPIOS.
“Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território
Federal, exceto quando:
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior,
por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar
a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. (IV- HIPÓTESE DE ADIN INTERVENTIVA ESTADUAL. Governador vai intervir por meio de decreto)”.
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL não faz menção a intervenção distrital e municipal, mesmo porque no DF não tem municípios.
Existe controle político sobre a intervenção federal?
Sim. É feito pelo poder legislativo. Fundamento: Artigo 36, £ 1º:
“§ 1º – O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da AssembléiaLegislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas”
RESUMINDO:
INT. FEDERAL: CONTROLE: CONGRESSO NACIONAL
INT. ESTADUAL: CONTROLE: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA RESPECTIVA.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DEVE CONSULTAR OS CONSELHOS DA REPÚBLICA E DE DEFESA NACIONAL E DEPOIS QUE OUVIR, ELE VAI DECRETAR, E ESTE DECRETO VAI SE SUBMETIDO AO CONGRESSO NACIONAL.
IMPORTANTE: EMBORA O PRESIDENTE CONSULTE OS CONSELHOS, ESTA AUTORIZAÇÃO NÃO É PRÉVIA. 
A AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE ATO DO PODER EXECUTIVO PELO CONGRESSO NACIONAL OCORRE SOMENTE PARA A DECRETAÇÃO DO ESTADO DE SÍTIO.
FUNDAMENTAÇÃO DO ESTADO DE SÍTIO: 137 AO 139 DA CF.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTÍSSIMA:
SE FOR INTERVENÇÃO FEDERAL POR REQUISIÇÃO JUDICIAL, NÃO EXISTE CONTROLE POLÍTICO FEITO PELO CONGRESSO NACIONAL. PRESIDENTE DA REPÚBLICA DECRETA A INTERVENÇÃO NOS TERMOS DA DECISÃO JUDICIAL. NÃO PRECISA OUVIR OS DOIS CONSELHOS (CONSELHOS DA REPÚBLICA E DE DEFESA NACIONAL).
 Imunidades Parlamentares 
A Constituição Federal estabelece que “são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. (Art. 2º)
Perceba que a CF assegura independência aos Poderes. Em virtude disso, alguns instrumentos terão de ser previstos visando dar efetividade à cláusula de independência. É desse contexto que se extraem as imunidades.
As imunidades são meios de garantir a independência do poder. Elas não são privilégios pessoais. Conforme destacado, o objetivo é assegurar que os membros de poder atuem com independência, em especial, frente aos demais poderes.
No artigo 53 de nossa Lei Maior, encontramos a disciplina mais relevante acerca de nosso tema. É desse dispositivo que partiremos para comentar sobre as imunidades material e formal.
1 – Imunidade material ou inviolabilidade (freedom of speech)
O caput do art. 53 estabelece que: Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação da EC 35/2001)
Eis aí a chamada imunidade material (ou inviolabilidade) por meio da qual os parlamentares (por enquanto, referimo-nos a deputados federais e senadores) não serão responsabilizados, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos que profiram em razão do mandato. (liberdade em relação às palavras)
A atividade parlamentar é essencialmente marcada pelo debate, pela discussão, pela expressão de pensamentos e ideias. Dessa forma, a imunidade material visa assegurar a liberdade de expressão no exercício dessa atividade.
Com a redação dada pela Emenda Constitucional 35/2001, nota-se que os parlamentares não serão responsabilizados civil (danos morais) ou penalmente (crimes de palavra – calúnia, injúria ou difamação) pelas manifestação proferidas em razão do mandato. Há uma verdadeira excludente constitucional de ilicitude ou tipicidade.
Como decorrência dessa imunidade, os Deputados e Senadores também não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. (imunidade testemunhal)
Essa imunidade material possui eficácia sobre as manifestações parlamentares proferidas dentro ou fora do parlamento.
Nessa linha, o STF tem entendido que:
– as manifestações proferidas dentro do parlamento estão acobertadas pela imunidade, pois presume-se que tudo o que aconteça dentro do parlamento é “em razão do mandato”; (não há necessidade de comprovar nexo de causalidade entre as palavras e o exercício do mandato)
“Imunidade parlamentar material: ofensa irrogada em plenário, independente de conexão com o mandato, elide a responsabilidade civil por dano moral. Precedente:RE 210.917, 12-8-1992, Pertence, RTJ 177/1375.”
– as manifestações proferidas fora do parlamento somente estarão acobertadas pela imunidade se ficar comprovado que foram proferidas em razão do mandato.
Neste último caso, poderíamos citar uma entrevista concedida por uma senador a uma rede de televisão, fora do parlamento. Se o senador é entrevistado nessa condição, suas manifestações estarão imunes, civil e penalmente, conforme destacado anteriormente. (nesse caso, há necessidade de comprovação do nexo de causalidade)
“A cláusula de inviolabilidade constitucional, que impede a responsabilização penal e/ou civil do membro do Congresso Nacional, por suas palavras, opiniões e votos, também abrange, sob seu manto protetor, as entrevistas jornalísticas, a transmissão, para a imprensa, do conteúdo de pronunciamentos ou de relatórios produzidos nas Casas Legislativas e as declarações feitas aos meios de comunicação social, eis que tais manifestações – desde que vinculadas ao desempenho do mandato – qualificam-se como natural projeção do exercício das atividades parlamentares.” 
Devemos ressaltar, no entanto, que essa imunidade não impede a responsabilidade do parlamentar, no âmbito da própria Casa a que pertença, por quebra de decoro parlamentar.
O § 1º do artigo 55 dispõe que “é incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas”.
Essa imunidade material também é assegurada aos deputados estaduais (conforme § 1º do artigo 27), aos deputados distritais (conforme § 3º do artigo 32) e aos vereadores (Art. 29, VIII).
Em relação ao Poder Legislativo municipal, o inciso VIII do artigo 29 diz que a inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato restringe-se à circunscrição do Município no qual o vereador exerça o mandato.
2 – Imunidade Formal (incoercibilidade pessoal relativa) – (freedom from arrest)
A imunidade formal está vinculada ao processo ou a questões relativas à prisão.
2.1 – Imunidade formal quanto ao processo – foro por prerrogativa de função e possibilidade de sustação de processo
Quanto ao processo, o § 1º do artigo 53 diz que os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (foro criminal por prerrogativa de função – Art. 102, I, b)
Esse prerrogativa se aplica às infrações penais comuns – gênero – , do qual os crimes comuns, as contravenções penais, os crimes eleitorais são espécies.
Além disso, nossa Carta estabelece que recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
Fique atento!!! O STF não precisa de autorização para poder processar um parlamentar. A EC 35/2001 suprimiu essa exigência.
O texto constitucional apenas diz que o STF, após o recebimento da denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, deve dar  ciência à Casa respectiva, para que esta, se assim o desejar, decida pela sustação (suspensão) do processo.
Essa possibilidade de sustação do processo somente se aplica para os crimes que tenham ocorrido após a diplomação.
O pedido de sustação dar-se-á por iniciativa de partido político  representado na casa respectiva e depende de voto da maioria (absoluta) de seus membros.
Em havendo pedido de sustação, o pedido será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. Por fim, é relevante sublinhar que a sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
2.2 – Imunidade formal quanto à prisão
O § 2º do art. 53 diz que” desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, resolva sobre a prisão”.
Perceba!!! A regra é: desde a diplomação, os deputados e os senadores não poderão ser presos. Essa regraproibitiva, contudo, não é absoluta. Vimos que se o deputado ou senador for encontrado em flagrante de crime inafiançável, poderá haver  a prisão. (ver artigo 5º, incisos XLII a XLIV)
Nesse caso, o auto de prisão deve ser remetido dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, resolva sobre a prisão.
Essa imunidade também é assegurada aos deputados estaduais (conforme § 1º do artigo 27) e aos deputados distritais (conforme § 3º do artigo 32).
Os vereadores não possuem imunidade formal quanto à prisão.
Em linha conclusiva, é importante destacar que a incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. (imunidade de incorporação às forças armadas)
Por fim, conforme ressaltamos, as imunidades são meios constitucionais de garantir a independência do poder. Dessa forma, essas imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensasmediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.

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