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Ação de Interdição com Pedido de Curatela

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – ESTADO DO PARANÁ
URGÊNCIA
 xxxxxxxxxxxx, brasileira, divorciada, aposentada, portador da cédula de identidade número xxxxxxxxxxxx e inscrito no cadastro do Pessoas Físicas sob número xxxxxxxxxxxx, residente e domiciliado à Rua xxxxxxxxx, Nºxxxxx, xxxxxxxxxxxxx , Curitiba, Paraná, CEP xxxxxxx nomeia e constitui como seus procuradores os Advogados xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxvem respeitosamente à presença de V. Excelência, Sob os fundamentos do artigo 300, 747 e seguintes do Novo Código de Processo Civil de 2015, c/c o artigo 1767 do Código Civil de 2002, propor demanda de: 
INTERDIÇÃO COM PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA EM
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
 Em face de sua mãe xxxxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxx, casada, aposentada, portadora da cédula de identidade número xxxxxxxxxxxxxxxx-9 e inscrita no cadastro de Pessoas Físicas sob número xxxxxxxxxxxx, com 82 anos de idade, residente e domiciliada à Rua xxxxxxxxxxxxxxxxxxx-PR, pelos fatos que a seguir passa a expor e ao final requer:
DOS FATOS 
 O Requerente xxxxxxxxxxxx, é filha da xxxxxxxxxxx , a qual se encontra totalmente dependente para o exercício de suas atividades. Conforme comprova atestado médico anexo, exarado pelo Dr. xxxxxxxxxxxxxxxxxxx, a Interditanda possui quadro clínico caracterizado por esquecimento de fatos recentes, Doença de Alzheimer, Poliartroses, e está restrita ao leito ou se locomove com cadeiras de rodas. A Interditanda atualmente depende de terceiros para realização de alguns cuidados relacionados à sua higiene e alimentação, já que não possui condições intelectuais, pois não dispõe do discernimento necessário, para a prática dos atos da vida civil e muito menos para administrar sua vida financeira, sendo incapaz de reger sua pessoa e seus bens, o que pode ser comprovado pelo laudo médico anexo. 
 No momento o Requerente e seus parentes, matem a interditanda em uma casa de repouso, porém com muita dificuldade, principalmente quando precisa resolver demandas externas, tais como ir ao banco, órgão público como o INSS, buscar direitos decorrentes de sua doença. 
 Ocorre que, o Requerente não consegue mais realizar os procedimentos necessários, pois alguns órgãos se recusam a fazer qualquer procedimento administrativo, depois que observam a condição de saúde da interditanda, notam que a mesma é incapaz para tomar a decisão ou mesmo realizar as ações necessárias a demanda solicitadas, requerendo documento judicial de interdição para concluir as operações. 
 Em síntese, a interditanda diante da evolução de seu quadro, está impossibilitada de administrar seu patrimônio. 
Além disso, a enfermidade tornou a interditanda incapaz de cuidar da sua pessoa e seus bens, e ainda a impossibilita de cuidar dos proventos advindo da aposentadoria. 
 Desse modo, visando garantir-lhe, acima de tudo, as mínimas condições para a preservação de sua prejudicada saúde, na companhia da família, e que atenda ao seu bem estar, administrando-lhe os seus interesse e bem assim a medicação prescrita ao necessário tratamento médico, o Requerente propõe a presente medida extrema porque não resta alternativa. 
 Assim, necessário se fazer nomeação de curador à interditanda para administrar o benefício mensal a que faz jus e para gerir as suas necessidades e cuidar dos seus interesses. 
Nesse contexto, o Requerente se compromete a zelar pela mãe incapacitada e pelos seus interesses, acompanhando-a em seu tratamento e cuidando, quando estiver em tratamento especializado ou em recuperação.
DO DIREITO 
 A capacidade prevista no primeiro artigo do Código Civil pode sofrer restrições legais quanto ao seu exercício, o que ocorre quando a pessoa não possui condições para a prática dos atos da vida civil para reger e administrar a sua própria rotina. Diante de um fato como este, nos termos dos artigos 747 a 770 do Código de Processo Civil, deve ser declarada por meio do procedimento de interdição, bem como nomeado curador, consoante o artigo 1.767 do Código Civil, in verbis: 
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela: 
I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil;
 II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade; 
III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
 IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental; 
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
 V - os pródigos. 
 Dessa maneira, está a interditanda sujeita à curatela, por não gozar da clareza de razão, indispensável para exercer por si só os atos da vida civil. 
 Nessas condições, compete ao Requerente, como filho, substituí-lo no recebimento e na administração de seu benefício previdenciário, a teor do que dispõe o Código Civil, in verbis:
 Art. 1768. A interdição deve ser promovida:
 I – pelos pais ou tutores;
 II- pelo cônjuge ou por qualquer parente;
III- pelo Ministério Público.
Acerca da legitimidade para propor a Curadoria, prescreve artigo 747 em seu inciso II: 
Art. 747. A interdição deve ser promovida:
II - pelos parentes ou tutores;
A jurisprudência reforça este direito ao dispor: 
EMENTA: CURATELA DECRETAÇÃO PRESSUPOSTOS. Tendo a curatela por pressuposto fático a incapacidade do adulto que, em virtude de doença ou deficiência mental, não esteja em condições de dirigir a sua própria pessoa e administrar seus bens, seu pressuposto jurídico é que seja ela reconhecida por sentença judicial em ação de interdição, promovida por quem, legalmente, tem legitimidade para tanto. (Apelação Cível nº 000.255.1703/00 - Comarca de São Lourenço - Apelante (s): Caeilda Martins - Apelado (s): Adriana Vital da Silva - Relator: Exmo. Sr. Des. Páris Peixoto Pena). 
INTERDIÇÃO. CURATELA PROVISÓRIA. CABIMENTO. I. Havendo elementos de convicção que evidenciam a incapacidade civil do interditando, que estava no gozo de beneficio previdenciário por enfrentar doença mental incapacitante, cabível a nomeação de curador provisório. 2. A providência deferida é provisória e tem conteúdo protetivo. Recurso provido. (Agravo de Instrumento nO 70013874912, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcelllos Chaves, Julgado em 22/03/2006).
Posto isso, diante do direito à proteção da interditanda, resta assegurada a sua interdição e a nomeação do requerente como seu curador, de acordo com os limites da curatela prudentemente fixados na sentença de interdição.
DA CURATELA PROVISÓRIA - TUTELA DE URGÊNCIA
 Resta claramente demonstrada a necessidade de nomear curador a interditanda com urgência, para que se possa administrar o seu benefício de inatividade e recebe-lo na rede bancária, assim saldando seus compromissos decorrentes de suas necessidades vitais, uma vez que a incapacidade para a vida independente o impede de prover as suas necessidades básicas. 
 Pelas razões alinhavadas nas linhas pretéritas, presentes estão a verossimilhança da alegação e a prova inequívoca dos fatos, somado ao fundado receio de dano irreparável, o que impõe o deferimento da tutela de urgência prevista no artigo 300, Caput, do Código de Processo Civil, para conceder a curatela provisória da interditanda em favor da filha ALOISIA HUBER.
 O perigo da demora reside no fato de que a presente demanda visa a intervenção imediata na vida da interditanda, especialmente pela necessária gestão dos atos gerais da vida civil da mesma, haja vista a condições de saúde apresentada pela mesma. 
 Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado receio de dano irreparável à vida e à dignidade da interditanda,sendo imprescindível a imediata nomeação de curador provisório e definitivo, considerando a premente necessidade de assistência a sua saúde e adequada gestão dos recursos fundamentais a sua manutenção. 
 Como ficou demonstrado no laudo médico que junta em anexo, a incapacidade da interditanda a impede de reger sua própria vida, como já reconhecido em decisões sobre o tema: 
DA JUSTIÇA GRATUITA 
 A Requerente é aposentada, assim não possui condições financeiras para arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa. Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a AJG ao requerente.
DOS PEDIDOS 
 Por todo o exposto, REQUER: 
 a)A concessão da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil; 
 b)O deferimento da antecipação de tutela para a concessão da tutela provisória de urgência, nos termos do art. 300 do CPC, com a nomeação do Requerente como curador definitivo da interditanda, a fim de que possa representá-lo nos em todos atos da vida civil, sobretudo na adequada gestão dos recursos fundamentais à sua manutenção.
 c)A citação da interditanda para entrevista, nos termos do art. 751 do CPC; 
 d)A total procedência da ação para nomear o Requerente como curador definitivo da interditando, a fim de que possa representá-lo nos atos da vida civil, sobretudo na adequada gestão dos recursos fundamentais à sua manutenção; 
 e)A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial o atestado médico anexo. 
Por fim, após os trâmites legais requer a decretação da interdição ilimitada da interditanda em conformidade ao seu estado de saúde mental. 
 
Da-se à causa o valor de R$ 
Nestes termos,
Pede deferimento.
xxxxxxxxxxxxxxxxx

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