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Caso concreto – Semana 12

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Caso concreto – Semana 12 
Questão objetiva. Sobre o processo previsto em lei para a Arguição por Descumprimento de 
Preceito Fundamental (ADPF), é incorreto afirmar: 
a) trata-se de ação com tramitação exclusiva perante o Supremo Tribunal Federal (STF); 
b) é possível arguir-se o descumprimento de preceito fundamental contido na Constituição, 
em decorrência de ato normativo federal, estadual ou municipal, salvo se anteriores à 
Constituição; 
c) são legitimados a propor a ADPF apenas aqueles legitimados a ajuizar ações diretas de 
inconstitucionalidade; 
d) somente por decisão da maioria absoluta dos membros do STF é possível deferir-se medida 
liminar em ADPF; 
e) somente por decisão de dois terços dos membros do STF é possível a modulação dos efeitos 
da decisão em ADPF. 
R.: Item b. 
CASO 2- Questão discursiva O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando 
sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma 
normativo, que está em vigor e resultou de projeto de lei de iniciativa de determinado deputado 
estadual, criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante 
de tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 
1234/15. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
A) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? 
R.: Sim. A CF/88 determina em seu art. 61, § 1°, inciso II, alínea “e”, que compete 
privativamente ao Presidente da República (leia-se: Chefe do Poder Executivo) a iniciativa de 
lei que disponha sobre a criação e extinção de órgão da administração pública, regra esta 
aplicável por simetria aos Estados na forma do art. 25, caput, parte final. 
Diante de tais considerações, patente é a inconstitucionalidade da lei impugnada por vício 
formal (propriamente dita - subjetiva) em razão de ter sua iniciativa por pessoa 
absolutamente incompetente para o ato. 
B) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? 
R.: Não. Em razão do princípio da subsidiariedade, a ADPF não será admitida quando houver 
qualquer outro meio eficaz para a sanar a lesividade. Trata-se, portanto, de ação de caráter 
residual: não sendo possível o ajuizamento das demais modalidades de controle abstrato (ADI, 
ADC e ADO), admite-se o uso da ADPF. 
Como se vê, no caso em análise trata-se de lei estadual que pode ser objeto de ADI, conforme 
dispõe o art. 102, inciso I, alínea “a” da CF/88, o que afasta, portanto, a possibilidade de 
ajuizamento da ADPF, já que previsto outro meio de se impugnar o ato normativo em apreço.

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