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Carboidratos fibrosos e carboidratos estruturais Radar Técnico Nutrição MilkPoint 2

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Você está em: Radar Técnico > Nutrição
Carboidratos fibrosos e carboidratos
estruturais
Os carboidratos representam cerca de 70% da dieta de vacas leiteiras. Além da
importância quantitativa, o que confere a este nutriente alto impacto sobre o custo de
produzir leite, também merece consideração o reflexo dos mesmos sobre a
composição do leite em gordura e em proteína e sobre a saúde animal determinada
pelo padrão de fermentação ruminal. Carboidratos também representam um elo entre
a dieta e o programa agronômico de produção de forragens: leite baseado em cana é
leite oriundo de sacarose; leite baseado em silagem de milho ou sorgo é leite oriundo
de amido, leite baseado em pastagens tropicais é leite oriundo de fibra; leite à base
de subprodutos fibrosos pode reduzir a necessidade de produção de forragem por
unidade de leite produzido.
O balanceamento dos carboidratos dietéticos deve considerar a fração destes de
degradação lenta e que ocupa espaço no rúmen e a fração de carboidratos com alta
velocidade de degradação. Os carboidratos de degradação lenta são mensurados
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quimicamente como Fibra em Detergente Neutro (FDN). Os carboidratos de
degradação rápida são mensurados por diferença como Carboidratos não Fibrosos
(CNF = 100 - proteína bruta - extrato etéreo - cinzas - FDN). Uma distinção
terminológica importante é a diferença entre CNF e Carboidratos não Estruturais
(CNE), similar à diferença entre FDN e Carboidratos Estruturais.
O conceito de FDN e de CNF visa separar os carboidratos em frações com
digestibilidade e metabolização previsíveis. Dietas com alta relação FDN/CNF são
majoritariamente de baixa digestibilidade, o oposto de dietas com baixa relação
FDN/CNF. Em alta FDN/CNF predominam carboidratos que requerem sistemas
enzimáticos oriundos de microorganismos anaeróbicos para digestão, enquanto que
em dietas com baixa relação FDN/CNF passam a predominar carboidratos também
digestíveis por sistemas enzimáticos produzidos por mamíferos. A capacidade da
vaca de digerir celulose e hemicelulose resulta das enzimas produzidas pelos
microorganismos no rúmen e no intestino grosso, o que permite a estes animais o
consumo de dietas ricas em FDN. A associação entre a vaca e os microorganismos
ruminais é um dos exemplos mais perfeitos de simbiose: um organismo precisa do
outro e não sobreviveria sem a presença do "sócio". Por isto a nutrição de
ruminantes, é, de certa forma, uma nutrição de microorganismos presentes em uma
câmara digestiva. Os nutrientes absorvidos pela vaca estão presentes nos
subprodutos da fermentação ruminal (ácidos graxos voláteis e massa microbiana) e
nas partes de alguns alimentos capazes de passar pela fermentação ruminal e
chegarem intactos para digestão no intestino delgado. A fermentação no intestino
grosso também contribui com ácidos graxos voláteis, mas ocorre perda fecal da
massa microbiana produzida.
Caso a mensuração laboratorial de FDN e CNF não fosse capaz de prever
metabolização e digestão, seu uso na formulação de dietas seria sem sentido. Esta é
a limitação do termo Carboidrato Estrutural, algumas vezes usado como sinônimo de
FDN, e do termo CNE. Os Carboidratos Estruturais são aqueles responsáveis pela
manutenção da estrutura das plantas. Os principais são a celulose, a hemicelulose e
a pectina. Os CNE são de interesse agronômico e são mensurados
enzimaticamente, e não pelo cálculo por diferença usado para os CNF. A utilidade
nutricional do termo CNE é limitada, pois a pectina, o "cimento" entre células, e
portanto um carboidrato estrutural, é na verdade um carboidrato de degradação
rápida no rúmen, não presente na FDN e, portanto, um componente dos CNF. Logo
os CNE não são um bom estimador de metabolização e digestão, pois nos
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Marcos Neves Pereira Lavras - Minas Gerais
Professor Titular da UFLA (Lavras, MG)
Saiba mais sobre o autor desse conteúdo
Carboidratos Estruturais estão presentes tanto carboidratos de digestão lenta
(celulose e hemicelulose) quanto carboidratos de digestão rápida (pectina).
A pectina é um carboidrato de degradação rápida no rúmen, mas que exige sistemas
enzimáticos microbianos para digestão, pois a vaca não produz pectinase. Este é um
carboidrato importante para o Brasil, pois é o principal CNF nos alimentos polpa
cítrica e casca de soja. A FDN deve ser encarada como o resíduo da digestão do
alimento em solução de detergente neutro, o que não é necessariamente uma
medida de Carboidratos Estruturais. Farinha de carne, por exemplo, tem FDN, mas
como um alimento de origem animal pode ter Carboidratos Estruturais com a função
de manter uma planta em pé? Os termos Carboidrato Estrutural e CNE são de
interesse agronômico, os termos FDN e CNF são matéria da nutrição.
Na tabela abaixo, oriunda do NRC (2001), são citadas a composição de alguns
alimentos em FDN, CNF e CNE. Normas nutricionais para balanceamento de
carboidratos em dietas para vacas leiteiras utilizam FDN e CNF.
Tags: carboidrato, fdn, cnf, leite, dieta, digestão, degradação, vaca, termo, alimento,
fermentação, microorganismos, rápida, diferença, presente, rúmen, ruminal, agronômico
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