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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - INSTITUTO DE FÍSICA DEPTO. DE FÍSICA - FÍSICA GERAL & EXPERIMENTAL III LINHAS EQUIPOTENCIAIS 1. OBJETIVOS Fazer um mapeamento das Linhas Equipotenciais e das Linhas de Força de um Campo Elétrico, através do caso eletrostático, utilizando configurações de cargas de sinais opostos. Configuração 1 - Dois condutores cilíndricos iguais. Configuração 2 - Duas placas condutoras iguais. Configuração 3 - A critério do seu professor. 2. INTRODUÇÃO 2.1 Potencial elétrico A noção de potencial elétrico tem relação direta com o conceito de trabalho. O potencial eletrostático (V) em um ponto distante de uma carga pontual isolada, é diretamente proporcional ao valor dessa carga e inversamente proporcional a distancia da carga a esse ponto: Por definição, o potencial é igual ao trabalho necessário para trazer uma carga de prova do infinito até o ponto, dividido pela carga: O Potencial resultante para um ponto situado perto de uma configuração de n cargas, é a soma algébrica de todas as contribuições dos diversos potenciais, ou seja: 2.2 Superfície equipotencial Uma superfície escolhida de modo a que todos os pontos tenham o mesmo potencial é chamada superfície equipotencial. Uma linha de tal superfície é conhecida como linha equipotencial. Superfícies equipotenciais são sempre perpendiculares às linhas de força. Com efeito, o trabalho da força eletrostática é definido como o produto escalar da força pelo deslocamento, ou seja: Logo, o deslocamento de uma carga teste numa superfície equipotencial não envolve trabalho, uma vez que a força e, portanto, o campo elétrico são sempre perpendiculares às Linhas Equipotenciais: Relatório apresentado à disciplina FIS123, como uma das avaliações do semestre 2014.1. Docente: Prof. Alberto São Paulo Se em um sistema eletrostático, as linhas equipotenciais podem ser desenhadas, as linhas de força também podem ser construídas, uma vez que são perpendiculares às superfícies equipotenciais. 3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS Cuba de madeira com tampo de vidro, e fundo revestida com papel milimetrado; Fonte de tensão (Vo); Eletrodos; Haste e/ou placa de metal; Sonda móvel; Sonda fixa com resistência de proteção para o galvanômetro; Líquido condutor, Solução eletrolítica; Galvanômetro de zero central; Placa de ligação; Chave liga-desliga; Folha de papel milimetrado; Fios; 3.2 CONFIGURAÇÃO Nesta configuração buscamos por pontos onde não existe diferença de potencial, e consequentemente não haverá passagem de corrente. Com a configuração montada de acordo com a figura 6, e abrimos a chave k. Colocamos a sonda fixa em um ponto P arbitrário, e com a outra sonda procuramos pontos nas vizinhanças para os quais o galvanômetro não detecta corrente. A localização do ponto encontrado e o ponto da sonda fixa foram registrados em outra folha de papel milimetrado, idêntica à que existe no fundo da cuba. Procuramos então, outros pontos na cuba, com corrente numa, em número suficiente para traçar a linha equipotencial. Registramos também a polaridade dos eletrodos. 3.3 CONFIGURAÇÃO 1 3.3.1 1º TRABALHO: Seguindo a configuração da figura 5, introduzimos dois eletrodos cilíndricos carregados, colocando sucessivamente a sonda fixa nos pontos indicados* (por quem), determinamos a família de linhas equipotenciais dessa configuração de cargas. 3.3.2 2º TRABALHO: Seguindo a configuração da figura 7, introduzimos uma placa retangular carregada, colocando sucessivamente a sonda fixa no ponto indicados* (por quem), determinamos a linha equipotencial da placa. 3.4 CONFIGURAÇÃO 2 Novamente utilizando a configuração da figura 6, somente acrescentamos uma haste metálica a um dos eletrodos (no caso, no positivo). 3.4.1 1º TRABALHO: Colocando a sonda fixa em pontos aleatórios da cuba e fixando- os, registramos os pontos onde não há passagem de corrente, para determinar as linhas equipotenciais. 3.4.2 2º TRABALHO: De acordo com a configuração da figura 8, e fixando-a eletricamente a um dos eletrodos repetimos o procedimento feito no primeiro trabalho, mapeando a família de linhas equipotenciais desta nova configuração de cargas. 3.5 COMPORTAMENTO DO POTENCIAL Nesta etapa do experimento avaliamos comportamento do potencial elétrico em diferentes regiões do Campo, através da passagem ou não de corrente e como a intensidade de corrente (e consequentemente o potencial) varia nos pontos próximos dos eletrodos, fora da malha, e etc. 4. RESULTADOS 4.1 Configuração 2 (figura 6) 4.1 Configuração 2 (figura 8) 0 50 100 150 200 250 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Figura 6 1º Ponto Fixo 2º Ponto Fixo 3º Ponto Fixo + (Eletrodo Positivo) - (Eletrodo Negativo) Comportamento das Linhas Equipotenciais, de acordo com a posição da agulha fixa. Metade da folha (200,150): Aproximação da barra negativa gera aumento de corrente; Aproximação da barra positiva, gera aumento de corrente, inverte seu sentido; Sobre o eletrodo positivo: Aproximação da barra negativa gera aumento de corrente; Aproximação da barra positiva, diminuição da corrente tendendo a zero. Fora do campo (e doa eletrodos): Aproximação da barra negativa causa diminuição da corrente, tendendo a zero; Aproximação da barra positiva, gera aumento a corrente, inverte seu sentido; Agulha móvel fora do Campo: Não apresenta alteração na intensidade de corrente (I=0); Observação: No amperímetro, quando a indicação de corrente for positiva ela circula no sentido horário e negativa, no sentido anti-horário. 5. DISCUSSÃO - ANÁLISE DE DADOS Ao mergulharmos a agulha móvel na solução, pudemos ler a intensidade de corrente naquele ponto do Campo Elétrico. Com a leitura do corrente, nos lugares onde a sua 0 50 100 150 200 250 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Figura 8 1º Ponto Fixo 2º Ponto Fixo 3º Ponto Fixo 4º Ponto Fixo + (Eletrodo Positivo) - (Eletrodo Negativo) intensidade é zero, se encontram as Linhas Equipotenciais do Campo, pois se não há corrente entre o ponto fixado a sonda móvel significa que não há diferença de potencial entre esses pontos. Linhas equipotenciais, num Campo Elétrico uniforme, são sempre paralelas e quando as mesmas se interceptam, significa que elas estão convergindo para um ponto com potencial comum a todas elas, e consequentemente pertencem a mesma Superfície Equipotencial. No caso do nosso experimento não houve nenhuma interceptação de Linhas. O fato da resistividade da solução eletrolítica ser muito superior que a dos eletrodos, dificulta a passagem de corrente pela solução (analogia com um dielétrico de alta resistividade), tornando difícil a propagação de elétrons entre os condutores e o meio. Caso houvesse alteração na profundidade da cuba, haveria variação no meio de passagem de corrente, e o campo elétrico equivalente também seria alterado. A linha equipotencial determinada pelos pontos marcados como tendo intensidade de corrente nula, é formada por pontos que todos possuem o mesmo potencial que a agulha fixa. Só ocorre fluxo de elétrons de regiões que possuem um menor potencial elétrico para aquelas que possuem mesmo potencial, se não há passagem de correntenestes pontos isso é devido à igualdade de Potencial Elétrico entre eles. 5.1 Sugestão deste experimento em três dimensões Uma alternativa para adequação do experimento de uma Superfície Equipotencial para um Espaço Equipotencial seria a utilização de um tanque em formato cúbico ou de paralelepípedo. Como qualquer carga elétrica gera um campo elétrico no espaço em torno de si, inserindo placas metálicas no tanque, conectando-as aos polos positivo e negativo da fonte, e obteremos as mesmas condições iniciais da cuba. Para o efetivo sucesso do experimento, teríamos ainda de atentar quanto a isolar adequadamente as agulhas, para que somente o potencial do local da ponta da agulha influenciasse na leitura do galvanômetro. 6. CONCLUSÃO Com o experimento “Linhas Equipotenciais” verificamos a existência das linhas Equipotenciais e como elas se distribuem numa superfície. A partir de pontos entre os quais não há passagem de corrente, pontos de mesmo potencial, fomos capazes de traçar as linhas e confirmar o seu paralelismo, característico da mesma Superfície Equipotencial. Esta natureza paralela das linhas junto com a sua simetria é justificado pela homogeneidade do meio (solução) e o formato plano da cuba. 7. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA HALLIDAY AND RESNICK. Fundamentos da física, Volume 3: Eletromagnetismo, 4ª Edição. Rio de Janeiro, 1996. LINHAS EQUIPOTENCIAIS. Instituto de física - Departamento de Física do Estado Sólido, Roteiro de prática, Experimento 6. Salvador, 2014.
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