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3 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

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ORGANIZAÇÃO 
ADMINISTRATIVA 
 
 
PROF. ELYESLEY SILVA 
 
 
Módulo introdutório 
para concursos 
 
 
www.econcursos.net 
 
 
 
 
2 
 
1. ENTIDADES POLÍTICAS 
• Entidade = pessoa jurídica (capacidade de contrair direitos e obrigações na ordem jurídica); 
• Entidades políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios): são pessoas jurídicas de direito público que 
receberam suas competências diretamente da Constituição; 
• Autonomias: 
a) Autoconstituição: elaborar suas próprias normas constitucionais com observância da Constituição Federal 
(ex.: constituições estaduais, leis orgânicas). 
b) Autolegislação: elaborar suas próprias leis no seu âmbito interno (leis federais, leis estaduais etc.). 
c) Autogoverno: capacidade de eleger os membros dos próprios Poderes Legislativo e Executivo. 
d) Autoadministração: capacidade para desempenhar as atividades administrativas (atividades-fim e 
atividades-meio) que lhes foram cometidas pela Constituição. 
 
2. CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO 
• Quando o ente político opta desenvolver, ele mesmo, a atividade outorgada pela Constituição e para tanto cria 
um órgão público, dizemos que há CENTRALIZAÇÃO, pois a atividade permaneceu no âmbito de uma mesma 
pessoa jurídica. Quando, diversamente, resolve transferir a atividade para que outra pessoa (física ou jurídica) a 
desempenhe, temos a DESCENTRALIZAÇÃO. 
 
2.1. Modalidades de descentralização: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
------------------ OUTORGA DELEGAÇÃO TERRITORIAL 
Instrumento Lei específica Contrato ou ato administrativo Lei Complementar 
Objeto Titularidade da competência Exercício da competência 
Capacidade Administrativa 
Genérica 
Sujeito Passivo 
Pessoa Jurídica 
(Entidade administrativa) 
Pessoa Física ou Jurídica 
(Delegatário de Serviço Público) 
Pessoa Jurídica de Direito 
Público 
(Território Federal) 
Prazo de vigência 
(via de regra) 
Indeterminado Determinado Indeterminado 
 
3. DESCONCENTRAÇÃO 
• É a mera distribuição de competências dentro da estrutura da mesma pessoa jurídica, sem quebra da estrutura 
hierárquica; 
• Não há a criação de outra pessoa jurídica, mas tão-somente a divisão de tarefas entre órgãos da mesma pessoa 
jurídica; 
• Há desconcentração tanto na centralização quanto na descentralização administrativa por outorga, pois tanto os 
entes políticos (U, E, DF e M) quanto as entidades administrativas (autarquias, fundações públicas, empresas públicas 
e sociedades de economia mista) distribuem tarefas internamente. 
 
4. ADMINSTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA 
Descentralização 
Administrativa 
Outorga = entidades administrativas 
Autarquias 
Fundações Públicas 
Empresas Públicas 
Sociedade de Economia Mista 
Delegação = delegatários de serviços públicos 
Concessionários 
Permissionários 
Autorizatários 
Territorial ou Geográfica = territórios federais 
Por serviços, técnica ou funcional 
Por colaboração 
 
3 
 
• Administração Direta: é o conjunto de órgãos públicos que compõem a estrutura de cada uma dos entes políticos 
(U, E, DF e M). 
• Administração Indireta: é o conjunto de entidades administrativas (autarquias, fundações públicas, empresas 
públicas, sociedades de economia mista) vinculadas aos órgãos centrais da Administração Direta. 
 
5. ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
a) Conceito: “São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, 
cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem”. (Hely Lopes Meirelles) 
 
b) Características: 
• Integram sempre a estrutura de uma pessoa jurídica (ente político ou administrativo); 
• Não possuem personalidade jurídica, portanto não são titulares de direitos e obrigações; 
• Não celebram contratos, exceto contratos de gestão, nos termos do art. 37, § 8°, CF/88; 
• Não podem ser partes em processo judicial;* 
* Essa característica de não possuir capacidade processual sofre exceção em dois casos: 
I. Órgãos independentes e autônomos podem defender em juízo as suas prerrogativas quando 
infringidas por outro órgão. 
II. Órgãos que têm como finalidade essencial demandar em juízo: Ministério Público, Procuradorias, AGU, 
Defensorias Públicas etc. 
• Não possuem patrimônio próprio; 
• São resultado de desconcentração administrativa; 
• São criados e extintos por lei; 
• Possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira; 
 
c) Exemplos: 
 
 EXECUTIVO LEGISLATIVO JUDICIÁRIO 
UNIÃO 
Presidência da República, 
órgãos de assessoramento 
(Casa Civil, AGU, ABIN, 
DPU), Ministérios, DPF, RFB, 
(MPU e MPDFT) 
Congresso Nacional, Câmara 
dos Deputados, Senado 
Federal, (TCU) 
STF, STJ, TSE, TST, STM, 
CNJ, TRF’S, TRT’S, TRE’S, 
TJDFT. 
ESTADOS 
Governadoria do Estado, 
órgãos de assessoramento, 
secretarias de estado, 
Ministério Público do Estado 
Assembléia Legislativa e 
(Tribunais de Contas) 
Tribunal de Justiça 
MUNICÍPIOS 
Prefeitura municipal, órgãos 
de assessoramento, 
secretarias municipais 
Câmara municipal Não há 
DISTRITO FEDERAL 
Governadoria do DF, órgãos 
de assessoramento, 
secretarias, PM, CBM, PC 
Câmara Legislativa Não há 
 
 
d) Classificação 
 
• Quanto à atuação funcional 
I. Singulares (unipessoais): decisões são tomadas pela manifestação de vontade de um único agente público. Ex.: 
Ministério da Justiça em que as decisões são tomadas pelo Ministro de Estado de Justiça; 
 
4 
 
II. Colegiados (pluripessoais): decisões são tomadas pela maioria dos seus membros. Ex.: as decisões do STF são 
tomadas mediante a aprovação da maioria de seus membros. 
 
• Quanto à estrutura 
I. Simples: é aquele em que há um único centro de competências. Não se verificam outros órgãos que integrem a 
sua estrutura interna. Ex.: seção de protocolo do Tribunal Superior Eleitoral; 
II. Composto: é aquele em que há um órgão central e diversos outros órgãos a ele subordinados. Ex.: Tribunal 
Superior Eleitoral em cuja estrutura interna encontram-se secretarias, assessorias, coordenadorias, seções 
etc. 
 
• Quanto à posição estatal 
I. Independentes: representativos dos Poderes, previstos diretamente na Constituição, sem qualquer vínculo de 
subordinação hierárquica em relação a outros. Ex.: PR, SF, CD, STF, TSE, TCU, MPU etc. 
II. Autônomos: são aqueles localizados no ápice da estrutura administrativa, porém subordinados aos órgãos 
independentes. Possuem autonomia financeira, técnica e administrativa. Ex.: Ministérios e Secretarias de 
Estado, AGU, ABIN, CGU. 
III. Superiores: são aqueles que exercem funções de planejamento, direção e controle, possuindo somente 
autonomia técnica. Ex.: Departamentos, secretarias-gerais, coordenadorias etc. 
IV. Subalternos: exercem funções meramente de execução. Ex.: Seções, portarias etc. 
 
6. ENTIDADES ADMINISTRATIVAS 
• São pessoas jurídicas de direito público ou privado criadas (ou autorizada a sua criação) por lei específica 
para o desempenho de atividade específica outorgada pela Constituição ao ente político; 
• Não possuem capacidade legislativa, mas capacidade exclusivamente administrativa. Não obstante, 
possuem competência para editar atos normativos técnicos dentro das suas respectivas áreas de atuação 
(ex.: portarias da ANVISA, instruções normativas do BACEN); 
• Podem existir sob a forma jurídica de autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de 
economia mista. 
 
6.1. Tutela, controle finalístico ou supervisão ministerial 
• É o poder-dever de fiscalização e correção que os órgãos centrais da Administração Direta exercem sobre as 
entidades da Administração Indireta a elesvinculadas. 
• É exercido, no âmbito federal, pelo Ministério que atua na área afim da entidade administrativa. 
• Difere-se do controle hierárquico em dois aspectos: 
a) O controle hierárquico é exercido sempre na intimidade de uma pessoa jurídica, enquanto o controle 
finalístico é exercido entre duas pessoas jurídicas distintas; 
b) O controle hierárquico independe de lei que estabeleça os mecanismos de controle, enquanto o 
controle finalístico é exercido nos exatos termos da lei; 
 
6.2. Autarquias 
• Personalidade jurídica: pessoas jurídicas de direito público; 
• Regime jurídico a que se submetem: regime jurídico-administrativo; 
• Criação e extinção: lei específica diretamente, sem necessidade de qualquer outro ato posterior; 
• Regime de pessoal: estatutários (Lei 8.112/90); 
• Objeto: atividades típicas, e normalmente exclusivas, de Estado (serviços públicos). Por isso são 
chamadas, também, de serviço público personalizado ou serviço público autônomo; 
• Classificação: ordinárias (não possuem nenhuma peculiaridade), especiais (possuem maior autonomia 
em relação às ordinárias) e fundacionais (as fundações públicas de direito público são consideradas 
como espécie de autarquia); 
 
6.3. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista 
 
5 
 
• Personalidade jurídica: pessoas jurídicas de direito privado; 
• Regime jurídico a que se submetem: regime jurídico híbrido (regime de direito privado parcialmente 
derrogado pelo direito público); 
• Criação e extinção: autorizada a criação por lei específica + decreto + registro do ato constitutivo no 
órgão competente 
• Regime de pessoal: celetistas (CLT); 
• Objeto: prestadoras de serviços públicos ou exploradoras de atividade econômica; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.4. Fundações Públicas 
• Personalidade jurídica: pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado; 
• Regime jurídico a que se submetem: direito público (regime jurídico-administrativo) ou direito privado 
(regime de direito privado); 
• Criação e extinção: direito público (criadas diretamente por lei específica) e direito privado (autorizada 
a criação por lei específica + decreto + registro do ato constitutivo no órgão competente); 
• Regime de pessoal: direito público (estatutário – Lei n° 8.112/90) e direito privado (celestista – CLT); 
• Objeto: atividades atípicas de Estado (atividades de natureza social); 
• Também são chamadas de patrimônio personificado, uma vez que trata-se de parcela do patrimônio 
estatal sendo empregado em atividades de caráter social; 
 
 
QUESTÕES DE CONCURSO 
 
1. (Técnico Judiciário do STF 2008) A divisão de determinado tribunal em departamentos visando otimizar o desempenho, para, 
posteriormente, redistribuir as funções no âmbito dessa nova estrutura interna, é um exemplo de descentralização. 
 
2. (Agente Administrativo da Universidade do Pará 2008) A administração indireta é exercida de forma centralizada. 
 
3. (Agente Administrativo da Universidade do Pará 2008) A administração direta é integrada por pessoas de direito privado e 
representada somente pelas sociedades de economia mista. 
 
4. (Analista Judiciário – Administração do TJDFT 2007) A administração pública é composta pelos órgãos da administração direta 
e indireta, com exceção das sociedades de economia mista e das fundações públicas. 
 
5. (Advogado da SGA do Acre 2008) Considere que uma lei estadual do Acre institua, com caráter de autarquia, o Instituto 
Academia de Polícia Civil, com o objetivo de oferecer formação e aperfeiçoamento aos servidores ligados à polícia civil do Acre. 
Nessa situação, a criação do instituto representaria um processo de descentralização administrativa, visto que implicaria a 
criação de uma entidade da administração estadual indireta. 
 
6. (Agente de Polícia Civil/ES 2008) Um ministério criado no âmbito da União e uma secretaria criada no âmbito de um estado 
ou do DF são órgãos sem personalidade jurídica, componentes da administração direta do respectivo ente político. 
 
7. (Analista do MPE RR 2008) Órgão público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública, dotada de 
personalidade jurídica própria e com atribuições para atuar em prol do interesse público. 
 
8. (Analista do MPE RR 2008) As secretarias de estado são órgãos públicos que integram a administração direta. 
 
9. (Agente Administrativo da Universidade do Pará 2008) As autarquias não possuem patrimônio próprio. 
 
DIFERENÇAS 
 
EP: admitem qualquer forma societária (S/A, LTDA, sociedade em comandita por ações, unipessoal etc); 
SEM: sempre na forma de S/A; 
 
EP: capital (100% de entes políticos ou administrativos); 
SEM: capital (no mínimo, 50% + 1 das ações com direito a voto pertencente a um ente político ou ente administrativo); 
 
EP: Justiça Federal, salvo as causas sobre falência e acidente de trabalho, ou aquelas de competência da Justiça Eleitoral 
ou do Trabalho (art. 109, I, CF/88); 
SEM: Justiça Estadual; 
* Este último critério diferenciador só é válido quando se trata em empresas públicas e sociedades de economia federais. 
 
6 
 
10. (Técnico de Controle Externo do TCU 2007) Para a criação de uma autarquia, é exigido o registro do seu estatuto em cartório 
competente. 
 
11. (Advogado da HEMOBRAS 2008) As áreas em que poderão atuar as fundações públicas são definidas e estabelecidas por lei 
complementar. 
 
12. (Oficial de Justiça do TJ CE 2008) As sociedades de economia mista não precisam realizar licitação para aquisição de bens 
móveis. 
 
13. (Técnico de Controle Externo do TCU 2007) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas 
de direito privado. 
 
14. (Procurador do Espírito Santo 2008) A única diferença entre sociedade de economia mista e empresa pública é a composição 
do capital. 
 
15. (Técnico do MPE RR 2008) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
 
 
 
Gabarito 
1. E 
2. E 
3. E 
4. E 
5. C 
6. C 
7. E 
8. C 
9. E 
10. E 
11. C 
12. E 
13. C 
14. E 
15. C

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