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Texto nº 3 - Exercício referente ao capítulo V

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DISCIPLINA: TEORIA E PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA – 3º PERÍODO
ALUNO:_____________________________________________________
PROFESSORA: MARITZA WALESKA ARRUDA
ASSUNTO ABORDADO: estrutura e linguagem do texto argumentativo: situação de conflito, tese e contextualização do real.
OBJETIVOS DA AULA: compreender que a tarefa de persuadir o magistrado terá mais chances de sucesso se for bem planejado o texto argumentativo. Desenvolver o planejamento do texto argumentativo pela seleção dos elementos: a) situação de conflito; b) tese; c) contextualização do real (fatos - provas e indícios).
Para responder aos exercícios desta aula, sugerimos a leitura dos capítulos 5.1.1, 5.1.2 e 5.1.3 de CAVALIERI FETZNER, Néli Luiza (Org); TAVARES Jr., Nelson Carlos; VALVERDE, Alda da Graça Marques. Lições de argumentação jurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
A produção do texto argumentativo pressupõe um raciocínio extremamente complexo, que seleciona e organiza várias informações. O advogado já experiente realiza esse procedimento mentalmente, mas para o estudante de Direito, por questões de ordem didática, é importante que essa preparação seja feita, por escrito, passo a passo. Nesta aula, seguiremos as três primeiras tarefas: a) identificação da situação de conflito; b) escolha da tese a ser defendida; c) seleção dos fatos por meio dos quais a tese será defendida.
O conteúdo referente a esse assunto encontra-se disponível em CAVALIEIRI FETZNER, Néli Luiza; VALVERDE, Alda; TAVARES, Nelson. Lições de argumentação jurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2008, capítulo 5.1.
Registrar a situação de conflito é fundamental para delimitar a questão sobre a qual se argumentará. Isso porque serão fornecidos os elementos indispensáveis para compor o caso concreto e inseri-lo no contexto jurídico. O orador definirá a centralidade da questão jurídica que estará sob apreciação, isto é, o fato jurídico. Em seguida, identificará as partes envolvidas na lide, devidamente qualificadas, determinando aquele que, em tese, representa o sujeito passivo e o que será considerado sujeito ativo. Por fim, estabelecerá quando e onde esta ocorreu.
A tese representa o ponto de vista a ser defendido, com base em todas as informações (fatos) disponíveis sobre o caso concreto e nos limites permitidos pela norma.
Para conseguir sustentar a tese, torna-se necessário extrair do caso concreto todas as informações que, explícita ou implicitamente, concorrem para comprová-la. Compreender o caso concreto, interpretar todas as suas sutilezas, valorá-las, apreender os diversos sentidos que um mesmo fato, prova ou indício promovem é fundamental para a produção de um texto argumentativo consistente. É essa seleção de fatos que representa a contextualização do real.
Leia o texto e, em seguida, faça o que se pede.
Casamento sem fotos
Maria Helena Assis e José de Almeida mantiveram um relacionamento estável durante quase 12 anos, e sempre sonharam em se casar. Por serem pessoas simples e de poucos recursos, a noiva (doméstica) e o noivo (tecelão) adiaram o casamento até que pudessem realizá-lo da forma como pretendiam. 
A cerimônia foi marcada para o dia 21 de janeiro de 2008 na Igreja de São Francisco de Assis, em Juiz de Fora, MG. Em maio de 2007, na empresa Cinderela Modas e Imagens, de propriedade de Joana Araújo, onde Maria Helena alugou um vestido de noiva, o casal contratou o serviço de filmagem e fotografia com o estúdio que funciona no mesmo local. O valor da filmagem (R$180,00) e do álbum (R$150,00) começaram a ser pagos em agosto de 2007, em cinco prestações, juntamente com as prestações relativas ao aluguel do vestido. 
No dia do casamento, ao chegarem à igreja, os noivos imediatamente procuraram pelos contratados para que pudessem iniciar a sessão de fotos e filmagem, mas eles não haviam chegado. Após 20 minutos de espera, a noiva foi incentivada pelos familiares a entrar na igreja e não esperar mais pelos profissionais, que de fato não apareceram.
A noiva alegou ter entrado na igreja atônita, sentindo-se ofendida, frustrada, envergonhada e triste, pois o momento sonhado há mais de 10 anos “havia-se tornado um pesadelo”. Por meio de provas testemunhais, comprovou-se que os noivos não puderam desfrutar da festa de casamento; saíram mais cedo da recepção em razão do nervosismo e do constrangimento por que passaram.
Procurada pelo casal, a proprietária da Cinderela Modas e Imagens disse nada ter com o problema, pois havia cumprido a sua parte que era o aluguel do vestido, não cabendo a ela responsabilidade pelo estúdio de fotografia, embora ele funcione no mesmo local, tenha o mesmo telefone de contato e as mesmas funcionárias de sua empresa.
Questão 1
Destaque:
a) O fato gerador do conflito sobre o qual o caso concreto discorre (o quê?);
b) As partes, devidamente identificadas (quem?);
c) Quando e onde esse fato ocorreu.
Com base nessas informações, produza o parágrafo relativo à situação de conflito.
Questão 2
Decida qual tese pretende defender e produza um texto argumentativo. Tendo em vista que a tese deve estar restrita aos limites da norma, caso entenda necessário, recorra aos recortes abaixo.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor:
Art. 6 - São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência;
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
De acordo com o Código Civil:
Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187 - Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

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