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A História da loucura Hipócrates LOUCURA: Desarranjo da natureza orgânica Inicio das considerações médico científicas Galeno Cabeça e cérebro são sede das funções psíquicas Psiquismo deixa de ser considerado espírito ou alma Neuroanatomia Idade Média Loucura estava associada a possessão diabólica História da Psicopatologia SEC XV E XVI LOUCURA: Processo mental que pode se traduzir em comportamentos e idéias. Doenças mentais: mal funcionamento do cérebro e da circulação sanguínea ou do fluído que se supunha existit nos nervos. SEC XVIII – PRIMEIRA REVOLUÇÃO PSIQUIÁTRICA DO TRATAMENTO Phillippe Pinel (1745-1826) Doença mental Criador da clínica psiquiátrica A doença mental podia ser causada pelas experiências de vida, corrigíveis num ambiente físico e social adequados. SEC XIX – XX – SEGUNDA REVOLUÇÃO PSIQUIÁTRICA Sigmund Freud (1856- 1939) Psicanálise: ouvir a psicose CONCEITUAÇÃO Semiologia psiquiátrica. “nós somos um sistema de sinais” É o estudo dos sintomas e sinais das doenças, que permite ao profissional de saúde identificar alterações mentais, ordenar os fenômenos observados, formular diagnósticos e empreender terapêuticas. É o estudo dos signos. Ferdinand saussere (1857-1913) O signo transcende a língua Charles W. Morris (1901-1979) SIGNIFICANTE É UMA CADEIA DE IDÉIAS QUE PODEM GERAR UM SIGNIFICADO. Signo é um tipo de sinal Um sinal é sempre provido de significação. SINTOMAS E SINAIS • Sintomas: as vivências subjetivas relatadas pelo paciente, suas queixas, aquilo que o sujeito experimenta e, de alguma forma, comunica a alguém •Ícone: é um tipo de signo no qual o elemento significante evoca imediatamente o significado •Símbolo: é um tipo de signo, mas que não guarda nenhuma relação entre o elemento significante e o objeto ausente. A relação é puramente convencional e arbitrária •Síndrome: é o agrupamento relativamente constate e estáveis de determinados sinais e sintomas. É apenas uma definição descritiva de um conjunto momentâneo e recorrente de sinais e sintomas. •Sinais: o que você interpreta. NOSOLOGIA •São os fatores causais que podemos identificar ou presumir um curso relativamente homogêneo, mecanismos psicológicos e psicopatológicos. (estudo das causas de determinada patologia) •Objetivo: viabilizar ou facilitar o desenvolvimento de procedimento terapêutico e preventivos mais eficazes. EM PSICOPATOLOGIA •O Signo de maior interesse são os COMPORTAMENTOS FORMAS E CONTEÚDOS DOS SINTOMAS • FORMA: Estrutura básica, relativamente semelhante nos diversos Pacientes. Universal •CONTEÚDO: é o que preenche a alteração estrutural. São contribuições pessoais. Particular. Assim, sintomas estão relacionados ao temas centrais da existência Humana. Justifique a impossibilidade da existência universal da psicopatologia: Os conteúdos são particulares dos universais. Não se trata como universal, quando os conteúdos são diferentes Critérios de Normalidade • 1. Normalidade como ausência de doença: a ausência de sintomas, sinais ou de doenças é sinônimo de saúde. •Normalidade ideal: estabelece-se uma norma ideal do que, supostamente, é um sujeito sadio ex: falar alto, quando se tem uma família que fala alto •Normalidade estatística: o normal é aquilo que se observa com maisfrequênciaex: critério de normalidade para pressão arterial 12x8. •Normalidade como bem-estar físico, mental e social •Normalidade funcional (o disfuncional que gera o sofrimento) •Normalidade como processo (dinâmica do desenvolvimento humano)ex: é normal uma pessoa de 80 anos não ter memória de quando tinha 20 anos. •Normalidade subjetiva o que prevalece aqui é como o sujeito se percebe em relação ao seu estado de saúde ex: aprender melhor ouvindo música. •Normalidade como liberdade existencial. •Normalidade operacional (Proposição de uma escala de normalidade) INTRODUÇAO AO ESTUDO A PSICOPATOLOGIA Classificação > Aristóteles > conhecimento > Classificar > unidade e variedade. Três tipos de fenômenos humanos Fenômenos semelhantes: iguais para todos Fenômenos em partes semelhantes e em partes diferentes Fenômenos qualitativamente diferentes. Pró-diagnóstico Aristotélico UNIVERSAL PARTICULAR ASPECTOS PARTICULARES DO PSICODIAGNÓSTICO Sempre é baseado em dados clínicos Não existem sintomas psicopatológicos totalmente específicos Por vezes só é possível o diagnostico ao longo da doença Deve ser sempre pluridimensional Confiabilidade, válido (o mais próximo possível da verdade diagnóstica), com alta sensibilidade e especificidade Eixos Diagnósticos do DSMV? 1.Eixo 1: Diagnóstico do Transtorno Mental 2.Eixo 2: Diagnóstico de Personalidade e do Nível Intelectual 3.Eixo 3: Diagnóstico de transtorno Somáticos Associados 4.Eixo 4: Problemas Psicossociais e Eventos da Vida desencadeantes ou associados 5.Eixo 5: Avaliação Global do Nível de Funcionamento Psicossocial Estudo Dirigido 1.Estabeleça um paralelo entre os conceitos de semiologia, semiologia médica e semiologia psicopatológica. Semiologia é a ciência dos signos(sinais) de sentido amplo, não se restringe apenas a medicina, psiquiatria e psicologia Semiologia médica é a ciência dos sintomas e sinais da doença, permitindo os profissionais identificarem alterações físicas e mentais e a partir daí formular diagnósticos e empreender terapêuticas. Semiologia psicopatológica é o estudo dos sintomas e sinais dos transtrornos mentais. Estuda as cousas e naturezas das doenças. 2.Quais os signos de maior interesse para a psicopatologia? São os sinais comportamentais. Verificados pela observação direta do paciente e os sintomas. Isso é, vivencias subjetivas relatadas pelo paciente, suas queixas e narrativas. Aquilo que o sujeito experimente de alguma forma. 3.Explique a dupla dimensão do sintoma psicopatológico. Eles são tanto um indicador como um símbolo. O indicador aponta para uma disfunção que está em outro ponto do aparelho psíquico. Além de tal dimensão, os sintomas psicopatológicos, quando nomeados pelo paciente, passam a ser símbolos linguísticos que podem ser compreendidos dentro de um universo cultural. 4.Como se subdivide a semiologia médica/psicopatológica? semiotécnica e semiogênese. Semiotécnica engloba a entrevista direta com o paciente, seus familiares e demais pessoas do convívio do paciente. Parte fundamental do processo é a observação minuciosa, atenta e perspicaz do paciente. Semiogênese é a investigação do valor diagnóstico e clínico dos sinais e sintomas. 5.Defina psicopatologia e comente suas origens e seu campo de atuação. A Psicopatologia é uma área do conhecimento que objetiva estudar os estados psíquicos relacionados ao sofrimento mental. Pode ser definida como um conjunto de conhecimentos referencial ao adoecimento mental do ser humano. Ela foi criada a partir de uma distinção onde um deslizamento dinâmico entre o normal e o patológico, pela medicina, psicologia, psiquiatria e psicanalise, para designar os sofrimentos da alma em termos mais amplos, dos distúrbios do psiquismo do ser humano. Os campos de atuação são: “Psiquiatria como profissão prática e Psicopatologia como Ciência”, sendo esta última responsável pelo estudo das manifestações da consciência, sejam essas manifestações consideradas normais ou anormais, asseverando que: “Aqui todo trabalho se relaciona com um caso particular”. 6.Discuta os dois aspectos básicos dos sintomas psicopatológicos: forma e conteúdo. A forma (universal) é a estrutura básica, relativamente semelhante nos diversos pacientes, e o conteúdo( particular) e aquilo que preenche a alteração estrutural 7.Relacione os temas centrais da existência humana com o conteúdo dos sintomas psicopatológicos. Os temas abordados estão centrados da existência humana tais, como uma sobrevivência e segurança, sensualidade e termos básicos entre a religiosidade eoutras. Exemplos: A Forma: (alucinações, delírio, ideia observada, e etc.), O Conteúdo: (conteúdosde culpa, religiosidade, perseguição, e etc.) 8.Descreva a ordenação dos fenômenos psicopatológicos em semelhantes, parcialmente semelhantes e qualitativamente novos. Fenômenos semelhantes- incluem-se características comuns a todas as pessoas, como por exemplo: medo de um animal, ansiedade, desejo, etc. 2. Fenômenos em parte semelhantes e em parte diferentes – são fenômenos que o homem comum experimenta, mas é apenas em parte semelhante ao que o doente mental experimenta, como exemplo a tristeza, e uma depressão psicótica. 3. Fenômenos qualitativamente novos – são particularmente próprios apenas a certas doenças e estados mentais, por exemplo: fenômenos psicóticos, alucinações, turvação de consciência e demência. 9.Que áreas da saúde mental estão relacionadas com e implicadas no conceito de normalidade em psicopatologia? Psiquiatria legal e forense; Epidemiologia psiquiátrica; Planejamento em saúde mental e políticas de saúde; Psiquiatria cultural e etnopsiquiatria; Orientação e capacitação profissional e Prática clínica. 10.Quais são os principais critérios de normalidade interligados em psicopatologia e quais suas “forças” e “debilidades”? normalidade ideal(tomada como certa utopia, estabelece uma norma ideal e é socialmente construída por critérios socioculturais); normalidade como ausência de doença (o indivíduo que não é portador de um transtorno mental definido, critério falho e redundante); normalidade estatística (identifica norma e frequência); Normalidade como bem-estar físico, mental e social •Normalidade funcional (o disfuncional que gera o sofrimento) •Normalidade como processo (dinâmica do desenvolvimento humano)ex: é normal uma pessoa de 80 anos não ter memória de quando tinha 20 anos. •Normalidade subjetiva o que prevalece aqui é como o sujeito se percebe em relação ao seu estado de saúde ex: aprender melhor ouvindo música. •Normalidade como liberdade existencial. •Normalidade operacional (Proposição de uma escala de normalidade) Aula 02: Processos Psíquicos e suas alterações Funções Psíquicas São estudadas por meio de constructos. Constructo são construções puramente mental. Os sinais e sintomas são ligados entre si. Não existe autonomia dos fenômenos mentais. Dessa forma, não existe função psíquica isolada. Sensopercepção Definição Sensação é um fenômeno elementar gerado por estímulos biológicos, que estimula os órgãos receptores. Ex: estímulos visuais, gustativos... (NEURONAL) Percepção é a tomada de consciência do estímulo sensorial. (NEUROPSICOLÓGICA) Imagem ≠ Representação: Uma imagem é real, nítida, viva (luz, cores), é estável, provém de um espaço exterior, apresenta o desenho completo e o indivíduo não a altera. Já uma representação, é mnêmica, se caracteriza pela revivescênica de uma imagem sensorial determinada, não está presente, é uma re-apresentação. Tipos de imagens representativas: imagem eidética (=é precisa, guardada na memória, é voluntária, tem nitidez e clareza); pareidolias (= voluntariamente visualizadas por estímulos imprecisos). ex de pareidolias Imaginação é a evocação da imagem mnêmica ou criação de novas imagens. É uma atividade psíquica geralmente voluntária. Fantasia ou fantasma é uma produção organizada na imaginação, onde pode ser consciente ou insconsciente. Alterações quantitativas da sensopercepção Hiperestesia – percepções aumentadas de forma anormal. Ex.: um ruído parecer um estrondo. Hipoestesia – percepções diminuídas de forma anormal, como por exemplo, perceber o mundo com cores pálidas, escuro. Parestesia – sensações táteis desagradáveis, descritas como formigamentos ou agulhadas. Analgesia – perda das sensações dolorosas. Agnosia – déficit no reconhecimento de estímulos sensoriais. Alterações qualitativas da sensopercepção são elas: ilusões, alucinações, alucinose e pseudo-alucinações Ilusão é a percepção deformada/alterada de um objeto real e presente. Ocorrem em três condições: Estado de rebaixamento do nível da consciência (ou seja, por turvação da consciência, a percepção fica imprecisa); Estado de fadiga grave ou desatenção marcante Estados afetivos/ ilusões catatímicas (por sua acentuada intensidade, o afeto deforma o processo de sensopercepção) Alucinação é a percepção de um objeto (voz, ruído, imagem) de forma clara e definida, sem que este esteja presente. Alucinose é a alucinação que o paciente percebe como estranha a si própria. Ele permanece consciente de que aquilo é um fenômeno que não tem a ver com a sua pessoa, falta a crença na alucinação. É periférico ao Eu. Pseudo-alucinações são alucinações onde não é possível distinguir imagens de seu pensamento, se está dentro ou fora de sua mente. Resumo aula 3 – Psicopatologia Definição básica de Atenção : Direção da consciência sobre um determinado objeto. • Concentração : Uso da mente focada em um determinado objeto; é a capacidade de focar um alvo e mantê-lo pelo tempo que desejar • Interesse : Os itens devem ser de interesse da pessoa que consentirá em captar. A atenção é responsavel por : Seleção - inibição – alternância – sustentação NATUREZA DA ATENÇÃO : • Atenção Voluntária : É a concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto • Atenção Espontânea : É a atenção suscitada pelo interesse momentâneo DIREÇÃO DA ATENÇÃO : • Atenção Externa : Projetada para fora do mundo subjetivo do sujeito • Atenção Interna : É a que se volta para os processos mentais do próprio indivíduo. Reflexivo, introspectivo, meditativa AMPLITUDE DA ATENÇÃO : • Atenção Focal : Se mantém concentrada sobre um campo determinado e relativamente delimitado e restrito da consciência • Atenção Dispersa : Não se concentra em um campo determinado, espalhando-se por um campo menos delimitado • Atenção Seletiva : Capacidade de seleção de estímulos e objetos específicos, determinando uma orientação atencional focal • Atenção Sustentada : Manutenção da atenção sobre determinada área ou objeto permitindo a execução de tarefas específicas e a obtenção de objetivos fixados. • Tenacidade : Capacidade do indivíduo de fixar sua atenção sobre determinada área ou objeto • Flutuante: Criado por Freud. Consiste em privilegiar a priori qualquer elemento do discurso ou comportamento do paciente deixando a atenção livre para suspender as motivações, desejos e planos. Anormalidades da Atenção : • Hipoprosexia : É a diminuição global da atenção • Aprosexia : Total abolição da capacidade de atenção • Hiperprosexia : Estado de atenção exacerbada. Há tendência incoercível a obstinar-se • Distração : É um sinal de superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdos com inibição de tudo mais. • Distraibilidade :Contrário da distração. Estado patológico de instabilidade marcante e acentuada da atenção voluntária. A atenção é facilmente desviada de um para o outro. DEFINIÇÃO DE ORIENTAÇÃO : A capacidade de SITUAR-SE quanto a si mesmo e ao ambiente é um elemento básico da atividade mental. ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO : Qualidades da Vivência do Espaço e do Tempo : Tempo Subjetivo - Sagrado / Tempo Objetivo - Profano Anormalidades da Vivência do Tempo Mania: taquipsiquismo | Depressão: bradipsiquismo Princípios da entrevista e Anamnese em Psicopatologia Avaliação Psicopatologica É por meio de entrevista + observação Dois aspectos de avaliação: Anamnese É o histórico de sintomas e sinais que o paciente tem apresentado ao longo de sua vida Estende-se aos antecedentes pessoais, familiares e meio sociais. Exame psíquico É o exame do estado mental atual Aspectos relevantes Avaliação física A avaliação física pode ser um excelente “instrumento” de aproximação afetiva entre médico e paciente, principalmente os regredidos. Algumas doenças são “subdiagnosticadas” por falta de um exame atento, pois não há diferença entre um portador de transtornopsiquiátrico (possuem mais comorbidades que os comuns) daquele que não possui transtornos. Avaliação Neuropsicológica Técnicas e habilidades em entrevistas Atributo fundamental e insubstituível do profissional de saúde Patrimônio intelectual Parte aprendida e parte intuitiva Saber perguntar é a certeza de termos boas respostas Capacidade de estabelecer uma relação empática O profissional deve ter a condição de acolher o paciente em seu sofrimento, ouvir integralmente suas dificuldades e suas idiossincrasias Paciência Respeito Tempera Habilidade de estabelecer limites para os invasivos e agressivos Variações na entrevista em função ... Do paciente – pela sua personalidade, estado mental, emocional e capacidades cognitivas. Do contexto institucional – hospital, ambulatórios, consultório, empresa. Clinica psicológica x clinica psiquiátrica Dos objetivos da entrevista – diagnostico clinico, transferência, investigação forense. De personalidade do entrevistado – influencias das habilidades pessoais e profissionais Evitar na entrevista 1 Postura rígida e estereotipadas ( o que funciona com um pode não funcionar com o outro) Atitude excessivamente neutra ou fria Reações exageradamente emotiva Comentários valorativos( emissão de julgamentos sobre o relato do paciente) Evitar na entrevista 2 Reações emocionais intensas de pena ou compaixão( pacientes histéricos podem se beneficiar com uma manipulação) Responder com hostilidade ou agressão Entrevista excessivamente prolixas ( o profissional deve ter habilidade de interromper uma fala evasiva do paciente que possa ser uma defesa) Fazer muitas anotações (transmitir uma ideia ao que seria importante e causar incomodo de um registro que possa gerar uma leitura de terceiros) Três regras de ouro da entrevista psiquiátrica Pacientes organizados + Inteligência normal -Entrevista aberta com expressão mais espontânea -Entrevistador= Pouca fala -Pacientes= Conta sua história Paciente desorganizado + Nível intelectual baixo -Presença de ansiedade e entrevista estruturada -Entrevistador=Fala mais -Paciente= Resposta simples e dirigidas Primeiro contato -Tímidos ansiosos ou paranoides inicia com perguntas neutras e valorizando a cultura popular Transferência e contratransferência: Ansiedade Transferência Processo inconsciente pelo qual uma pessoa tende a relacionar-se com outra de maneira analógica a um relacionamento primitivo. Contratransferência Seria uma resposta as expectativas de transferência do paciente, podendo neutralizar, agravar ou corrigir uma percepção distorcida deste a respeito do analista. São atitudes do entrevistador em relação a transferência do entrevistado. “Aula 5” Definições básicas: “ Toda pulsão se exprime nos dois registros: Afeto e representação. (Freud) “Por tanto amor, por tanta emoção A vida me fez assim. Doce ou atroz, manso ou feroz Eu caçador de mim” “ Quanto mais desejo um beijo seu Muito mais eu vejo gosto de viver”(Djavan) Vida afetiva: a dimensão psíquico que dá cor, brilho e calor a todas as vivências humanas. Vivências afetivas Humor ou Estado de ânimo É o tônus afetivo do indivíduo, o estado emocional basal e difuso no qual se encontra a pessoa em determinado momento Disposição afetiva Dá às vivências do sujeito Amplia ou reduz o impacto das experiências reais. Modifica a naturezas. Paim(1986) Confluência Vertentes somáticas > < Vertentes psíquicas Que se unem de maneira indissolúvel para fornecer um colorido a vida psíquica momentânea. É vivido corporalmente e se relaciona confortavelmente às condições vegetativas do organismo. Emoções Reações afetivas agudas e intensas, monetárias, desencadeadas por estímulos significativos, internos ou externos. Acompanharam reações somáticas. Relevam a unidade psicológicas básicas do ser humano . É uma alteração global da dinâmica pessoal. Sentimentos São estados e configurações afetivas Estáveis Representações simbólicas São menos Intenções que as Emoções São menos Reativos a estímulos passageiros Não possuem concomitância somáticos Dependem? São arbitrário Exemplos: -Sentimentos de Esfera da Tristeza Aflição, culpa, melancolia, autoridade Sentimentos da Esfera da Alegria Euforia, contentamento,satisfação,confiança Sentimentos da Esfera da Agressividade Raiva,revolução,rancor,ódio,ira Sentimentos Relacionados a atração pelo outro Amor,tesão,estima,carinho Amizade Contrato tático entre duas pessoas sensíveis -Sentimentos associado ao perigo Temor, receio, desamparo,abandono. Sentimento do tipo narcísico Vaidade,orgulho,arrogância,empatia. Afetos É a qualidade e o tônus emocional que acompanham uma ideia ou representação mental. É o componente emocional de uma ideia. Paixões É um estado afetivo extremamente intenso que domina a atividade psíquica como um todo,captando e dirigindo a atenção e o interesse do indivíduo em uma só direção,inibindo os outros interesses. Pieron: a paixão intensa impede o exercício de uma lógica imparcial. Emoção x Razão Pensamento ocidental: a emoção se opõe frontalmente à razão A emoção cega o homem e o impede de pensar com clareza e sensatez A emoção turva a razão, distancia o homem da verdade e da conduta correta. A emoção seria a dimensão inferior do homem, seria o”resquício animal do homem primitivo Pensamento Existencial: A dimensão emocional pode contribuir no contato do homem com a realidade • O homem é dotado de um certo tipo de compreensão afetiva que se faz por uma sintonização empática • Hipervalorização. Conhecemos muito mais pelos sentidos do que pela inteligência. • “Há razões que a razão desconhece” Catatímica Refere-se a influência que a vida afetiva,o estado de humor, emoção, sentimentos e paixões exercem sobre as demais funções psíquicas. REAÇÃO AFETIVA Sintonização Afetiva Capacidade do indivíduo ser influenciado afetivamente por estímulos externos. Irradiação Afetiva A capacidade do indivíduo tem de transmitir, irradiar ou contaminar os outros com seu estado afetivo momentâneo. Rigidez Afetiva Dificuldade ou impossibilidade tanto de sintonização como de irradiação afetiva Teorias e dimensões afetivas A base das emoções se encontram na periferia do corpo O que sobraria da emoção “medo” se não se sentisse o pulsar do coração Teoria de James- Karl Lange = Percepção do estímulo desencadeador da emoção ´- O organismo responde - A emoção acontece. Ex: 1)COBRA= Estímulo sensorial ; 2)Olhar para a cobra= Percepção do estímulo; 3)ESPANTO = Expressão emocional(resposta, somática e visceral) 4) Celebro/ Experiência Emocional= Medo Teoria Papez Maclean Primeiro modelo sobre o circuito neuronal das emoções. Os impulsos somáticos originados na periferia seriam levados ao hipotálamo e dos corpos mamilares, daí seriam conduzidos pelo trato mamilo-talâmico aos núcleos anteriores do tálamo e, então, passariam ao giro do cíngulo, na região meso frontal. O Sistema Límbico das Emoções “Grande lobo límbico” de Broca Amígdala •Temporal medial. Tem projeções Aferentes e Eferentes. •Associado ao medo condicionado Porção Medial do Lobo Frontal •Importante circuito das emoções. •Utiliza informações oriundas das amígdalas Lobo Parietal Direito •Lesões nesta área produzem agnosia •Gera desconhecimento afetivo da situação Padrão Comportamental e Emocional 1)Comportamentos predatório agressivos Evitação Ativa 2)Controle de impulsos, comportamento de inibição 3)Comportamento de luta e fuga, agressividade defensiva Área Límbica Envolvida 1)Área septal, feixe prosencefálico medial, hipotálamo lateral 2)Área septal medial, hipocampo, córtex orbital frontal, núcleo caudato 3)Amígdala, stria terminalis, hipotálamomedial, porção cinzenta central do mesencéfalo Psicanálise Freud CONCEPÇÃO FREUDIANA Afeto básico emergindo do eterno conflito entre o sujeito, suas pulsões e cultura. Mal estar na Civilização 1ª Tópica Angústia como uma transformação da libido não catexada ou catexada inadequadamente. A libido então represada torna-se um subproduto OBS: Concentração de todas as energias mentais sobre uma representação bem precisa, um conteúdo de memória, uma sequência de pensamentos ou encadeamento de atos; catexe. 2ª Tópica A angústia como um aviso de perigo iminente ao sujeito que ativa o conteúdo recalcado ou uma defesa do ego. Psicanálise Melanie Klein Ênfase: a vida afetiva e sua incidência sobre o funcionamento mental. Angústia se associam a fantasias primitiva e sua relação com os objetos Afetos Primários Ódio, inveja e medo de retaliação Afetos da Maturidade Gratidão, reparação e amor Fantasias de ataques invejosos e destrutivos ➨ Sentimento de medo, temor ou ansiedade paranoide. Reconhecimento de inteireza e vida➨Afetos de reparação e gratidão. ATENÇÃO Afetividade e suas alterações( Timopatias) Distimia Alteração básica do humor, tanto na inibição quanto na exaltação HIPERTIMIA e HIPOTIMIA Diferente de Transtorno Distimia, que seria um transtorno depressivo leve e crônico. Sintomas Irritabilidade Mau humor Baixa autoestima Desânimo e Tristeza Pensamentos Negativos Alterações de apetite e do Sono Falta de Energia para agir Isolamento social DISTIMIA •Para um adulto, humor deprimido ocorre a maior parte do dia durante dois ou mais anos •Para uma criança, humor deprimido ou irritabilidade ocorre a maior parte do dia durante pelo menos um ano Causa Diferenças Biológicas Química do Cérebro Traços Herdados Eventos da Vida Diagnósticos Exame Físico Testes Laboratoriais Avaliação Psicológica Distimia Designa a alteração básica do humor, tanto na inibição quanto na exaltação. HIPERTIMIA e HIPOTIMIA Diferente de Transtorno Distimia, que seria um transtorno depressivo leve e crônico. Sintomas Irritabilidade Mau humor Baixa autoestima Desânimo e Tristeza Pensamentos Negativos Alterações de apetite e do Sono Falta de Energia para agir Isolamento social Causa Diferenças biológicas Químicas do Cérebro Traços herdados Eventos da Vida Diagnóstico Exames físicos Teste Laboratoriais Avaliação Psicológica DISTIMIA ➨Pólo depressivo ➨HIPOTIMIA= Disforia /Irritabilidade patológica DISTIMIA➨Pólo maníaco➨HIPERTIMIA=Euforia/Puerilidade/Estado Êxtase/Irritabilidade patológica IDEAÇÃO SUICIDA e HUMOR TRISTE • Ideias relacionadas à morte para que o sofrimento acabe. Presença de planos, atos e tentativas de êxito nas tentativas. ANSIEDADE, ANGÚSTIA e MEDO ANSIEDADE • Estado de humor desconfortável, uma apreensão negativa em relação ao futuro, uma inquietação interna desagradável. • Inclui sintomas somáticos e fisiologia ANGÚSTIA • Relaciona-se diretamente à sensação de aperto no peito e na garganta e sufocamento. • Tem conotação mais corporal e mais relacionada ao passado. MEDO • Caracterizado por se referir a um objeto mais ou menos preciso. • Diferencia-se por se referir a objetos precisos. DIFERENCIAÇÃO Correntes teóricas de Ansiedade, Angústia e Medo ESCOLA PSICANALÍTICA Angústia de Castração Medo inconsciente de perder ou ferir o falo, em contexto do complexo de édipo. Angústia de Morte ou de Aniquilamento (Escola Kleiniana) É a sensação intensa de angústia perante um perigo ou situação (real ou fantasiosa) que indique ao sujeito a iminente morte ou aniquilamento. Ansiedade Depressiva (Escola Kleiniana) É a sensação de temor de perder os “objetos bons” e com isso, ser destruídos juntamente com eles. Ansiedade Persecutória ou Paranóide (Escola Kleiniana) É a ansiedade vivida como temor de retaliação feroz aos ataques imaginários, fantasmáticos que perpetra ações contra seus objetos. Angústia de Separação (Spitz e Bowlboy) Ações emocionais vividas pela criança quando separada da mãe e se manifesta por choro, desespero e aflição ESCOLA EXISTENCIAL Angústia Existencial: Estar-no-mundo Estar-com-o-outro Ser-para-a-morte Fato: Somos condenados a ser livres Consequência: Fazer com o que fizeram de mim. ESCOLA COMPORTAMENTALISTAS E COGNITIVAS • Ansiedade de Desempenho: Reação de ansiedade a temores em relação ao exercício de uma tarefa. Ser avaliado criticamente por pessoas significativas • Ansiedade Antecipatória: Ansiedade vivenciada antes da ocorrência de uma situação estressante, experimentada na IMAGINAÇÃO do indivíduo que fica remoendo como será a futura situação EMOÇÕES E SENTIMENTOS Alterações Apatia • Diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. É subjetivo. Hipomodulação do Afeto • Incapacidade do paciente de modular a resposta afetiva de acordo com a situação existencial. É uma rigidez em relação ao mundo Inadequação do Afeto ou Paratimia • É uma reação incongruente a situação existencial ou a determinados conteúdos ideativos, revelando desarmonia profunda da vida psíquica (ataxia intrapsíquica). Ideativa X Afetiva Pobreza de Sentimentos e Distanciamento Afetivo • Perda progressiva e patológica das vivências afetivas. Diz respeito a capacidade de vivenciar as variações sutis das emoções. Presentes na esquizofrenia e demência Embotamento afetivo e devastação afetiva • Perda profunda de todo tipo de vivência afetiva. É o contrário da apatia é observável e mensurável. Pertence à esquizofrenia. Sentimento de falta de sentimento • É a vivência de incapacidade para sentir emoções, experimentada de forma muito penosa pelo paciente. É percebido pelo paciente em depressão graves. Anedonia • Incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinada atividade de vida. É um sintoma central das síndromes depressivas, podendo ocorrer também nos quadros esquizofrênicos. Labilidade Afetiva e Incontinência afetiva • Mudanças súbitas e imotivadas de humor, sentimentos ou emoções. O indivíduo oscila abruptamente, de modo rápido e inesperado. São formas de hiperestesia emocional. Ambivalência afetiva •São sentimentos opostos em relação a um mesmo estímulo ou objeto que ocorrem simultaneamente. Medo •A rigor não seria uma emoção patológica. •Mira y LópezSeis fases: 1.Prudência 2.Cautela 3.Alarme 4.Ansiedade 5.Pânico 6.Terror Fobias •Medos desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real oferecida pelos desencadeantes. •Fobia Simples: •Fobia Social: •Agorafobia: •Claustrofobia: A VONTADE, PSICOMOTRICIDADE Definições VONTADE • É uma dimensão complexa da vida mental, ligada aos instintos, a afetividade e a intelectualidade em julgar, avaliar, analisar e decidir. ATO VOLITIVO OU ATO DE VONTADE • É o querer ou não querer • São os motivos sensu strictu Intenção ou Propósito • Impulsos, desejos, instintos, inclinações e interesse Deliberação • Ponderação consciente sobre ser positivo ou negativo Decisão • Processo volitivo. Começo da ação Execução • Psicomotores PSICOMOTRICIDADE • Diz-se do comportamento da criança relativo à aquisição dos reflexos, desenvolvimento e manutenção da postura. • Saúde Psicomotora: é a possibilidade da motilidade sem anomalia das vias nervosas periféricas e sem alteração muscular ou óssea A VONTADE Alterações COMPORTAMENTO MORAL, AGRESSIVIDADE E FUNCIONAMENTO CEREBRAL Pulei. ALTERAÇÕES DA VONTADE HIPOBULIA ou ABULIA • diminuição ou até abolição da atividade volitiva ATARAXIA • estado de indiferença volitiva e afetiva desejada e buscada ativamente pelo indivíduo. Trata-se aqui do estado de imperturbabilidade almejada por místicos, ascetas e filósofos da chamadaescola estóica. ATOS IMPULSIVOS e ATOS COMPULSIVOS IMPULSIVIDADE 1)É uma oposição ao ATO VOLUNTÁRIO 2)É a incapacidade de interromper a iniciação das ações 3)Agir sem refletir 4) POLO: Busca do risco e do prazer 5)Predominam as ações psicomotoras automáticas, sem reflexão, ponderação ou decisão prévias, de tipo instantâneo e explosivo. 6)São incontroláveis, mas desejados COMPULSIVIDADE 1)É visto como ATO INVASIVO 2)É a incapacidade de interromper ações em andamento 3)Desejo sem freio . Exagero 4)POLO: fuga do risco e do sofrimento 5)Reconhecido pelo indivíduo como indesejável e inadequado, assim como pela tentativa de refreá-lo ou adiá-lo. 6)São incontroláveis, mas indesejados. CARACTERÍSTICAS DOS ATOS IMPULSIVOS Sem fase prévia de intenção, deliberação e decisão Egossintônica À incapacidade de tolerância à frustração CARACTERÍSTICAS DOS RITUAIS COMPULSIVOS Desconforto subjetivo Egodistônicos Tentativa de resistir Alívio ao realizar o ato compulsivo Associados a idéias obsessivas RELACIONAIS PATOLÓGICOS COM IMPULSOS E COMPULSÕES agressivasauto ou heterodestrutivas à ingestão de substâncias ou alimentos ao desejo e comportamento sexual Outros impulsos e compulsões Agressivas auto ou heterodestrutivas Automutilação •Comportamento de autolesão voluntária. Frangofilia •destruir os objetos que circundam o indivíduo Piromania •impulso de atear fogo a objetos, prédios, lugares Suicídio à ingestão de substâncias ou alimentos Dipsomania •bebe seguidamente até ficar inconsciente Bulimia •impulso irresistível de ingerir rapidamente grande quantidade de alimentos Potomania •compulsão de beber água ou outros líquidos sem que haja sede exagerada Polidipsia •sede exagerada, geralmente devido a alterações metabólicas em seu organismo ao desejo e comportamento sexual fetichismo •impulso e o desejo sexual concentrado em (ou exclusivamente relacionado a) partes da vestimenta ou do corpo da pessoa desejada. de autolesão voluntária. voyeurismo •impulso de obter prazer pela observação visual de uma pessoa que está tendo relação sexual, ou simplesmente está nua ou se despindo. Satiríase •desejo sexual quantitativamente muito aumentado no homem PSICOMOTRICIDADE Alterações Estupor •perda de toda a atividade espontânea, que atinge o indivíduo globalmente, na vigência de um nível de consciência aparentemente preservado Catalepsia •acentuado exagero do tônus postural, com grande redução da mobilidade passiva dos vários segmentos corporais e com hipertonia muscular global de tipo plástico Cataplexia •perda abrupta dotônus muscular, geralmente acompanhada de queda ao chão Estereotipia Motora Maneirismo • Movimentos bizarros e repetitivos, geralmente complexos, que buscam certo objetivo, mesmo que esdrúxulo Tiques • são atos coordenados, repetitivos, resultantes de contrações súbitas, breves e intermitentes • Acentuam-se muito com a ansiedade Transtorno de Tourette • Tiques múltiplos, motores e/ou Vocais Conversão Motora • ocorre geralmente em situação estressante, de ameaça ou conflito intrapsíquico ou interpessoal significativos para o indivíduo APRAXIA impossibilidade ou a dificuldade de realizar atos intencionais, gestos complexos, voluntários, conscientes, sem que haja paralisias, paresias ou ataxia Lógica do Pensar O que é pensar? Concepção filosófica - Aristóteles e Hegel Concepção psicológica: Elementos Conceitos Juízos Raciocínio Processos ou dimensões Curso Forma Conteúdo Normalidade Elementos do Pensamento Elementos propriamente intelectivo CONCEITOS Se formam a partir da aquisiçãos representações. Portanto não são percepções e sem resquício de sensação. Impossível: imaginar e contemplar Exprimem apenas caracteres mais GERAIS dos objetos e dos fenômenos. FORMAÇÃO DOS CONCEITOS Eliminação dos caracteres de sensorialidade. Generalização. *O conceito é o elemento estrutural básico do pensamento. JUÍZOS É o processo que conduz ao estabelecimento de relações significativas entre os conceitos básicos. Função básica: formular uma relação unívoca entre um sujeito é um predicado. RACIOCÍNIO É a função que relaciona os juízos. Função: Ligar os conceitos em sequências de juízo Encadear os conhecimentos O processo Psicológico do Pensar Processos ou dimensões CURSO Modo como o pensamento flui, velocidade e ritmo ao longo do tempo. FORMA É a arquitetura do pensamento. A estrutura básica preenchida pelos diversos conteúdos e interesses do indivíduo. CONTEÚDO É o que dá substância ao pensamento pelo TEMAS e ASSUNTO. O que é pensamento normal? NORMALIDADE Aristóteles: Princípios básicos do pensamento lógico-formal Princípio da identidade Princípio da causalidade Lei da parte e do todo Hegel: Principais leis da dialética Lei da transformação da quantidade em qualidade Toda afirmação encerra em si mesma o princípio da sua negação Tudo é, a um só tempo, causa e efeito de si mesmo Aristóteles Princípio da identidade: Princípio da não-contradição Ex.: Se A é A e B é B, logo A não pode ser B. Princípio da Causalidade: Se A é causa de B, A não pode ser ao mesmo tempo efeito de B; ou dito de outra forma, se A é causa de B, então B não pode ser ao mesmo tempo causa de A. Lei da parte e do todo: Se A é parte de B, então B não pode ser parte de A. Alterações dos Elementos Constitutivos do pensamento Alterações dos conceitos Desintegração do conceitos Condensação dos conceitos Alterações dos juízos Juízo deficiente ou prejudicado Juízo de realidade ou delírio Alterações do raciocínio Pensamento mágico Pensamento dereístico Pensamento concreto ou concretismo Pensamento inibido Pensamento vago Pensamento prolixo Pensamento deficitário ou oligofrênico Pensamento demencial Pensamento confusional Pensamento desagregado Pensamento obsessivo ALTERAÇÕES DOS CONCEITOS Desintegração dos conceitos: Paim (1986), Os conceitos se desfazem, e uma mesma palavra passa a ter significados cada vez mais diversos. O sujeito passa a utilizar palavras de forma totalmente pessoal e idiossincrática. A desintegração dos conceitos é bastante característica da esquizofrenia e pode ocorrer também nas síndromes demencias. Condensação dos conceitos: Quando dois ou mais conceitos são fundidos, o paciente involuntariamente condensa duas ou mais idéias em um único conceito, que se expressa por uma nova palavra. - Neologismo ALTERAÇÕES DOS JUÍZOS Juízo deficiente ou prejudicado: Elaboração dos juízos é prejudicada por deficiência intelectual ou pobreza cognitiva do indivíduo. Os conceitos são inconsistentes; e o raciocínio pobre e defeituoso. DISTINÇÃO FUNDAMENTAL: ERRO SIMPLES versus DELÍRIO O erro provém da ignorância, do julgamento apressado, de premissas falsas. O erro ocorre quando: Confusão de coisas semelhantes Tomam-se coisas parecidas ou semelhantes por iguais ou idênticas Força de relações consistentes de causa-efeito Atribui-se a coincidências ocasionais ou fortuitas Erros por enganos dos sentidos Aceitar ingenuamente as impressões de nossos sentidos como verdades indiscutíveis PRECONCEITO Paim (1993), “Um juízo a priori, sem reflexão, um ajuizamento apressado com base em premissas falsas, 'uma opinião precipitada que transforma-se numa prevenção’”. Racismo Sexismo Etnocentrismo Classissismo Preconceito religioso CRENÇAS CULTURAIS E SUPERSTIÇÕES Crenças culturalmente sancionadas são descritas como partilhadas por um grupo cultural (religioso, político, étnico, grupo de jovens, grupo místico ou outro agrupamento social). Superstições: Elas são, de modo geral, motivadas por fatores afetivos (desejos, temores, etc). Juízo de relaidade ou delírio: Delírio é um juízo falso. Alterações do juízo da realidade Ajuizar - Produzir juízo - Julgar Atividade humana por excelência Nobrede Melo (1979), por meio dos juízos o ser humano: Afirma a sua relação com o mundo, Discerne a verdade do erro, Assegura-se da existência ou não de um objeto perceptível (juízo de existência), Como distingue uma qualidade de outra (juízo de valor). ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DO JUÍZO Ideias prevalentes ou sobrevaloradas *Ideias prevalentes X Ideias obsessivas, pois são egossintônicas, aceitas pelo indivíduo que as produz. Algumas características: A ideia é sustentada com forte convicção (mas menos que em um delírio). A ideia prevalente ou sobrevalorada é egossintônica(comparável q muitas ideias obsessivas) É associada a um alto grau de emoção ou afeto (ansiedade ou raiva, quando há a ameaça de perda de uma pessoa ou do objetivo expresso na ideia). Geralmente se desenvolve em personalidade alterada. Em geral, é compreensível a partir das experiências passadas do indivíduo e de sua personalidade. Causa sofrimento ou disfunção no sujeito ou naqueles que com ele convivem. Geralmente induz o indivíduo a agir. Pode, eventualmente, progredir para delírio verdadeiro. O paciente não baixa ajuda por conta dessas ideias. Assemelha-se a convicções religiosas ou políticas apaixonadas. DELÍRIO O delírio é um erro do ajuizar. Jaspers (1979) Três indícios externos do delírio: Convicção extraordinária Certeza subjetiva Impossível a modificação do delírio pela experiência Delírio é irremovível O conteúdo é impossível O delírio é uma produção associal, geralmente se trata de uma convicção de um só homem. DIMENSÕES DO DELÍRIO Grau de convicção Extensão Bizarrice ou implausibilidade Desorganização Pressão ou preocupação Resposta afetiva ou afeto negativo Comportamento desviante ESTRUTURA DO DELÍRIO Delírio Primário Ideias delirantes verdadeiras É o verdadeiro delirio, é um fenómeno primário Jaspers (1979), É psicologicamente incompreensível É impenetrável É inteiramente novo Percepção delirante Atribuição de significado novo, anormal de um objeto Representação delirante Significado anormal a uma recordação de um objeto real Cognição delirante Convicção de uma revelação imediata de conexões significativas de dados perceptíveis Delírio Secundário São os chamados delírios compartilhados da loucura a dois (folie à deux). Ideias deliroides e os delírios compartilhados Diferindo deste por não se originar de alteração primária do pensamento, do ajuizar, mas de alterações profundas em outras áreas da atividade mental (afetividade, consciência, etc), que indiretamente fazem com que se produzam juízos falsos. É fruto de condições psicologicamente rastreáveis e compreensíveis (Leme Lopes, 1982). ESTRUTURA GERAL DOS DELÍRIOS Delírios simples (monotemáticos) Delírios complexos (pluritemáticos) Delírios sistematizados RELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÃO DE HUMOR E TEMÁTICA DELIRANTE Maníaco e Depressivo Surgimento do Delírio Do Pensamento Mecanismos constitutivos do Delírio O delírio é uma CONSTRUÇÃO Tal como construção está inserida em um processo de tentativa de reorganização do funcionamento mental: o esforço que o aparelho psíquico do paciente empreende no sentido de lidar com a desorganização que a doença de fundo produz. *O delírio é uma tentativa de CURA e não uma manifestação da DOENÇA. É um modo de lidar com a castração, um vínculo frouxo. Sobre a constituição do delírio devemos saber: Interpretação: delírio interpretativo Intuição: delírio intuitivo Imaginação: delírio imaginativo Afetividade: delírio catatimico Memória: delírio mnemônico Alteração da consciência: delírio onírico Alterações sensoperceptivas: delírio alucinatório Percepção delirante CONSTITUIÇÃO DO DELÍRIO INTERPRETAÇÃO: Delírio interpretativo Deve-se quase que exclusivamente a uma distorção radical na interpretação de fatos e vivências; tecendo o indivíduo, a partir de múltiplas interpretações dos fatos da vida, um delírio mais ou menos complexo. INTUIÇÃO: Delírio intuitivo Capta de forma imediata novo sentido nas coisas, percebe nova realidade totalmente convincente e irredutível. IMAGINAÇÃO: Delírio imaginativo O indivíduo imagina determinado episódio ou acontecimento e, a partir disso, pela interpretação vai construindo o delírio. AFETIVIDADE: Delírio catatímico Passa a viver em um mundo fortemente marcado por esse estado afetivo. MEMÓRIA: Delírio mnemônico O delírio é construído por recordações e elementos da memória (verdadeiros ou falsos) que ganham dimensão delirante. ALTERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA: Delírio onírico São os delírios associados a quadros de turvação da consciência, ricos em vivências oníricas com alucinações cênicas, ansiedade intensa e certa confusão do pensamento. ALTERAÇÕES SENSOPERCEPTIVAS: Delírio alucinatório De experiências alucinatórias ou pseudo-alucinatórias intensas, como alucinações auditivas de conteúdo persecutório ou alucinações visuais muito vívidas. PERCEPÇÃO DELIRANTE: Surge a partir de uma percepção normal que recebe, imediatamente ao ato perceptivo, significação delirante. É vivenciada como uma revelação. TEMA OU CONTEÚDO DO DELÍRIO OS GRANDES GRUPOS Delírios de perseguição Delírio de mecanismo de projeção Delírio depressivo Delírio de tipos menos frequentes DELÍRIOS DE PERSEGUIÇÃO Delírio de perseguição ou delírio persecutório Delírio de prejuízo ou delírio de referência (alusão) DELÍRIO DE MECANISMO DE PROJEÇÃO Delírio de relação: aparenta uma teoria da conspiração Delírio de influência ou delírio de controle Delírio de grandeza Delírio místico ou delírio religioso Delírio de ciúmes ou delírio de infidelidade Delírio erótico ou eurotomania DELÍRIO DEPRESSIVO Delírio de culpa ou delírio de auto-acusação Delírio de ruínas Delírio somático ou hipocondríaco Delírio de negação de órgãos DELÍRIO DE TIPOS MENOS FREQUENTES Delírio se reivindicação ou querelância Delírio de invenção ou delírio de descoberta Delírio de reforma ou delírio de salvacionismo Delírio cenestopático Delírio de infestação Delírio fantástico ou mitomananíaco TEORIA DAS ETIOLOGIAS DO DELÍRIO Escolas teóricas: Modelo psicanalítico ou psicodinâmico Modelo existencial Modelo cognitivo Modelo neuropsicológico SOBRE O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Ideias prevalentes X Ideais delirantes Ideias obsessivas X Ideias delirantes Mitomania X Ideais delirantes Pseudologia fantástica X Ideias delirantes ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO RACIOCÍNIO Tipos alterados de pensamento - Raciocínio Pensamento mágico Pensamento dereístico Pensamento concreto ou concretismo Pensamento inibido Pensamento vago Pensamento prolixo Pensamento deficitário (ou oligofrênico) Pensamento demencial Pensamento confusional Pensamento desagregado Pensamento obsessivo PENSAMENTO MÁGICO É aquele que fere frontalmente os princípios da lógica formal, bem como os indicativos e imperativos da realidade. James Trazer (1911 - 1982): Magia de Contágio e Magia Imitativa - o pensamento mágico pressupõe que a uma relação puramente subjetiva de ideias corresponda uma associação objetiva de fatos. Lei da contigüidade: se o ato mágico agir sobre um objeto que pertenceu a uma pessoa (roupa, adorno, móvel, etc.) há crença de que estará, de fato, agindo sobre a própria pessoa. Lei da similaridade: a ação ou pensamento mágico pensa produzir efeito desejado por imitação da ação real. PENSAMENTO DEIRÍSTICO Um tipo de pensamento que se opõe marcadamente ao pensamento realista O pensar volta+se muito mais ao mundo interno do sujeito, suas fantasias e seus sonhos, manifestando-se como um devaneio, no qual tudo é possível e favorável ao indivíduo. PENSAMENTO CONCRETO Indivíduo não consegue entender ou utilizar metáforas, o pensamento é muito aderido ao nível sensorial da experiência PENSAMENTO INIBIDO Inibição do raciocínio, com diminuição da velocidade e do número de conceitos, juízos e representações Ocorre em quadros demenciais e depressivos graves PENSAMENTO VAGO O paciente não consegue chegar a qualquerconclusão sobre o tema de que está tratando, senão após muito tempo e esforço. O paciente dá longas voltas ao redor do tema, e mescla, de forma imprecisa, o essencial com o supérfluo A tangencialidade ocorre quando o paciente responde às perguntas de forma oblíqua e irrelevante, não sabendo discriminar o supérfluo do essencial. A circunatancialidade descreve o raciocínio e a digressão do paciente como “rodando em volta do tema”, sem entrar nas questões essenciais e decisivas. PENSAMENTO DEFICITÁRIO OU OLIGOFRÊNICO No pensamento deficitário não há distinção pormenorizada e precisa de categorias como: essencial é supérfluo; necessário ou acidental; causa e efeito; o todo e as partes; o real e o imaginário; o concreto e o simbólico. Indivíduo tende ao raciocínio concreto; os conceitos são escassos e utilizados em sentido mais literal que abstrato ou metafórico. Esse fenômeno de extensa memorização mecânica é denominado ilhotas de memória, ocorrendo geralmente em deficientes mentais e autistas que, em função de tal habilidade eram chamados de idiotas-sábios. PENSAMENTO DEMENCIAL Pensamento pobre, porém tal empobrecimento é desigual PENSAMENTO CONFUSIONAL Devido a turvação da consciência, um pensamento incoerente, de curso tortuoso, que impede que o indivíduo apreenda de forma clara e precisa os estímulos ambientais. PENSAMENTO DESAGREGADO Pensamento radicalmente incoerente, no qual os conceitos e os juízos não se articulam minimamente de forma lógica Mistura aleatória se palavras, que nada comunica ao interlocutor PENSAMENTO OBSESSIVO Predomina ideias ou representações que, apesar de terem conteúdo absurdo ou repulsivo para o indivíduo, se impõe à consciência de modo persistente e incontrolável. Isso determina uma luta constante entre ideias obsessivas, que volt de forma recorrente a consciência, e o indivíduo, que se esforça por bani-las de sua consciência, gerando um estado de angústia constante. ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO PROCESSOS DO PENSAR Grupos dos processos ou dimensões: Curso do pensamento Forma do pensamento Conteúdo do pensamento CURSO DO PENSAMENTO Aceleração do pensamento Lentificação do pensamento Bloqueio ou interceptação do pensamento Roubo do pensamento FORMA DO PENSAMENTO Fuga de ideias: uma ideia se segue a outra de forma extremamente rápida, perturbando-se as associações lógicas entre os juízos e os conceitos Dissociação do pensamento: passam progressivamente a não seguir uma sequência lógica e bem organizada, e os juízos não se articulam de forma coerente uns com os outros. Afrouxamento das associações: afrouxamento dos enlaces associativos. Descarrilhamento do pensamento: pensamento passa a extraviar-se se seu curso normal, Roma atalhos colaterais, desvios, pensamentos supérfluos, retomando aqui e acolá ao seu curso original. Geralmente está associado a marcante distraibilidade. Desagregação do pensamento: sobre apenas “pedaços” de pensamentos, conceitos e ideias fragmentadas, muitas vezes irreconhecíveis, sem qualquer articulação racional. CONTEÚDO DO PENSAMENTO Persecutório Depreciativos Religiosos Sexuais De poder, riqueza, prestígio ou grandeza De ruína ou culpa Conteúdos hipocondríacos
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