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8 RECUPERAÇÃO

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DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II
Professor: Rivalino Cardoso
rivalino@outlook.com
 
____________________________________AULA-08 
EMENTA: RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS. Recuperação Extrajudicial: Conceito, pressupostos e processamento. Da recuperação Judicial: Conceito. Pressupostos. Do pedido. Processamento; Despacho de Deferimento de Processamento: Efeitos. Recursos; Nomeação do Administrador Judicial.
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
			3.1. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
“A recuperação extrajudicial é uma alternativa prévia à recuperação judicial, pois pressupõe uma situação financeira e econômica compatível com uma renegociação parcial, envolvendo credores selecionados, aos quais o devedor propõe novas condições de pagamento.” Luis Filipe Salomão e Paulo Penalva Santos (Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falências: Teoria e Prática)
Finalidade
Preservação da empresas ECONOMICAMENTE VIÁVEL
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. 
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Legitimidade
Só cabe ao Empresário Individual ou Sociedade Empresária ou EIRELI, ou seja, só pode pedir recuperação quem também pode sofrer falência, pois pode haver a convolação da Recuperação em Falência.
Juízo Competente
Mesma regra da falência (art. 3ª da lei 11.101/05) ou seja, juízo local do principal estabelecimento. Se a sede for fora do Brasil, será no local da filial.
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
			REQUISITOS:
Exerça atividade há mais de 02 anos;
Não ter sido decretada sua falência e se o foi, as obrigações decorrentes da falência terem sido extintas por sentença transitada em julgado;
Não ter se beneficiando pela Recuperação Judicial nos últimos 05 anos ou 08 anos no plano especial (EPP ou ME)
Não ter sido condenado por Crime Falimentar
Não ter em andamento uma recuperação judicial;
Não ter, nos últimos 02 anos, homologação de um outro plano de recuperação extrajudicial.
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Art. 161. O devedor que preencher os requisitos do art. 48 desta Lei poderá propor e negociar com credores plano de recuperação extrajudicial: 
§ 3o O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos.
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;*
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;       
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Suspensão das ações (?):
A homologação do plano de recuperação extrajudicial não acarretará a suspensão de direitos, ações ou execuções, e nem impedirá a decretação da falência dos credores não subordinados ao plano.
Art. 161 (...) § 4o O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial não acarretará suspensão de direitos, ações ou execuções, nem a impossibilidade do pedido de decretação de falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial.
Desistência (?):
§ 5o Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais signatários.
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
ABRANGÊNCIA:
Art. 162. O devedor poderá requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial, juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e condições, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram.
Art. 163. O devedor poderá, também, requerer a homologação de plano de recuperação extrajudicial que obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem mais de 3/5 (três quintos) de todos os créditos de cada espécie (“classe”) por ele abrangidos.
CREDORES EXCLUÍDOS:
O plano de recuperação extrajudicial não atingirá as obrigações de:
Credor tributário
Credor proprietário
Adiantamento de crédito cambial
Credor trabalhista 
Credor proveniente de acidente de trabalho
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
MEIOS DE APROVAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO:
Concluído o plano, ele deve ser submetido à homologação judicial se houve a concordância de 3/5 de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos, mas se todos os credores atingidos concordaram com a recuperação, a homologação é apenas facultativa (art. 162 e art. 162 da lei 11.101/05)
- Publicação em edital (art. 164)
30 dias para os credores impugnarem (art. 164, §2º)
Limitação da matéria veiculável na impugnação: art. 164, §3º 
Da sentença cabe apelação sem efeito suspensivo (art. 164, § 7o )
6. RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESA
a.Finalidade
Preservação da empresas ECONOMICAMENTE VIÁVEL (art. 47, LRF)
b. Legitimação Ativa:
Empresário Individual ou Sociedade Empresária ou EIRELI.
c. Juízo Competente
Juízo do local do principal estabelecimento do devedor (art. 3ª da lei 11.101/05) 
d. Requisitos: (art. 48, LRF)
Exerça atividade há mais de 02 anos;
Não ter sido decretada sua falência e se o foi, as obrigações decorrentes da falência terem sido extintas por sentença transitada em julgado;
Não ter se beneficiando pela Recuperação Judicial ou no Especial (EPP ou ME) nos últimos 05 anos
Não ter sido condenado por Crime Falimentar
6. RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESA
e. Créditos que podem ser objeto de recuperação:
Todos passiveis de falência; EXCETO:
1 – O credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis;
2 – o credor de contrato de arrendamento mercantil;
3 – o proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos tenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive incorporações imobiliárias;
4 – o proprietário em contrato de compra e venda com reserva de domínio;
5 – o crédito decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para exportação;
6 – Credor tributário; 
6. RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESA
2. FASE DE POSTULAÇÃO:
2.1. Petição Inicial – Conformidade com a regra do art. 51 da Lei 11.101/05 c/c o art. 282 do CPC:
1 - Exposição das Causas da Crise;
2 - Balanço dos últimos 03 exercícios;
3 - A relação de credores (extrema importância);
4 - Relação de Bens dos Sócios;
5 - Extratos Bancários;
6 - Certidão de regularidade da Junta Comercial (devidamente registrada);
7 - Certidão de Protestos do domicilio ou sede do devedor ou naquelas localidades onde o devedor tenha filial; 
8 – Relação das Ações e Dívidas (Certidões de Distribuição Judicial);
6. RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESA
3. Processamento: 
a. DISTRIBUIÇÃO DA AÇÃO DE RECUPERAÇÃO
b. O JUIZ RECEBE A P.I, verifica se a petição está ou não em acordo com o art. 51 da Lei 11.101/05. Caso positivo, DEFERE o PROCESSAMENTO da RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
O Juiz da Recuperação vai nomear o ADMINISTRADOR JUDICIAL (art. 21);
Determina a SUSPENSÃO (180 dias) de todas* as AÇÕES e EXECUÇÕES contra a empresa em recuperação (art. 6º, §4º);
C. FORMAÇÃO DO QUADRO DE CREDORES
3. RECUPERAÇÃO DE EMPRESA
D. APRESENTAÇÃO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL (o devedor tem o prazo de 60 dias para apresenta-lo)
Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo IMPRORROGÁVEL de 60 (sessenta) dias da publicaçãoda decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, SOB PENA DE CONVOLAÇÃO EM FALÊNCIA, e deverá conter: (art. 50)
- A apresentação de LAUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO FINANCEIRA realizado Por empresa (PJ) Especializada na área. 
g. PUBLICAÇÃO de EDITAL de APRESENTAÇÃO DO PLANO com a RELAÇÃO DE CREDORES
- Os CREDORES podem ou não APROVAR o PLANO de RECUPERAÇÃO: 
Momento para apresentar OBJEÇÃO (esta relacionada com o PLANO, e não a relação de credores)
3. RECUPERAÇÃO DE EMPRESA
h. OBJEÇÃO:
Art. 55. Qualquer credor poderá manifestar ao juiz sua objeção ao plano de recuperação judicial no prazo de 30 (Trinta) dias contado da publicação da relação de credores de que trata o § 2o do art. 7o desta Lei.
Parágrafo único. Caso, na data da publicação da relação de que trata o caput deste artigo, não tenha sido publicado o aviso previsto no art. 53, parágrafo único, desta Lei, contar-se-á da publicação deste o prazo para as objeções.
 - O Juiz, diante de 01 objeção, submeterá o Plano de Recuperação Judicial à A.G.C – Assembleia Geral de Credores:
Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a ASSEMBLEIA-GERAL DE CREDORES para deliberar sobre o plano de recuperação.
- Possibilidades: 
a) A.G.C aprova o Plano (P.R.J); ou
b) A.G.C reprova o Plano (P.R.J).
c) A.G.C pode modificar o Plano, desde que o Devedor concorde com a modificação;
3. RECUPERAÇÃO DE EMPRESA
i. APROVAÇÃO DO PLANO NA A.G.C
O art. 41 da L.F. descreve 03 Classes de Credores:
1) Credores Trabalhistas e de Acidente de Trabalho;
2) Titulares de Crédito com Garantia Real (Penhor, Hipoteca, etc.);
3) Os demais credores
Aprovação:
Art. 45. Nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, TODAS AS CLASSES DE CREDORES referidas no art. 41 desta Lei DEVERÃO APROVAR A PROPOSTA.
Na 1º classe, vai prevalecer a decisão de maioria dos credores, presentes na A.G.C;
				Ex: 29 presentes: 15 SIM; 14 NÃO – aprovação
Já na 2ª e 3ª Classe:	 Maioria dos credores presentes 	+ 	Maioria do Crédito Presente
Ex: 	BANCO 1 – 20%; 		BANCO 2 – 9%; 	BANCO 3 – 11%
3. RECUPERAÇÃO DE EMPRESA
“CRAW DOWN” (Goela à baixo)
a) Voto favorável de credores que represente mais da metade de todos os créditos presentes na A.G.C, independente de classe;
b) A aprovação de 2 das 3 classes de credores, ou, caso só existam 2, que 1 delas o tenha aprovado;
c) Na classe que rejeitou o P.R.J, a adesão a este tem que ser superior à 1/3 dos credores;
Conclui-se, portanto, que existem 3 formas de aprovação do plano:
	 	-Aprovação Tácita: decurso de 30 dias sem objeção ao P.R.J;
		- Aprovação pela A.G.C.;
		- “Craw Down”, previsto no art. 58 da L.F;
j. CONSEQUÊNCIAS DA REPROVAÇÃO: Convolação da R.J em Falência.
				Art. 56, § 4º L.F (...)
§ 4o Rejeitado o plano de recuperação pela assembléia-geral de credores, o juiz decretará a falência do devedor.
6. RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESA
L. LIMITAÇÃO do Art. 54: Proteção ao Direito do Trabalhador:
Art. 54. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial.
Parágrafo único. O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.
3. RECUPERAÇÃO DE EMPRESA
m. DESISTÊNCIA DO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO
a) Até o momento que o juiz exare o Despacho de Processamento, poderá o Autor da ação pedir desistência da Recuperação;
b) Aprovação da desistência pela A.G.C:
Art. 51: (...)
§ 4o O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembleia-geral de credores.
OBS: O Art. 57 da L.F
O Juiz concederá a Recuperação, independente de obtenção ou não C.N.D, conforme jurisprudência dos Tribunais Superiores: 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E FALIMENTAR. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. CERTIDÕES NEGATIVAS DE DÉBITO. PRESCINDIBILIDADE. CONVOLAÇÃO EM FALÊNCIA. PERDA SUPERVENIENTE DO INTERESSE RECURSAL. MATÉRIA DE FUNDO PACIFICADA PELA CORTE ESPECIAL. 1- A convolação da recuperação judicial em falência acarreta a perda do interesse em recorrer da decisão que dispensara a apresentação das certidões negativas de débitos tributários. 2- Matéria que, ademais, encontra-se pacificada nesta Corte, no sentido de que não constitui ônus do contribuinte a apresentação de certidões de regularidade fiscal para que lhe seja concedida a recuperação judicial. 3- Agravo não provido. (AgRg no REsp 1133705 / SP, 3ª Turma do STJ, Relatora Ministra Nancy Andrighi, DJe 31/03/2014) 
3. RECUPERAÇÃO DE EMPRESA
n. NOVAÇÃO DAS DÍVIDAS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DA A.G.C
A aprovação do plano enseja a novação das dívidas, de modo que o credores deverá se submeter aos P.R.J aprovado pela A.G.C. Tal circunstância, não se aplica aos co-obrigados:
Art. 59. O plano de recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízo das garantias, observado o disposto no § 1o do art. 50 desta Lei. 
§ 1o Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.
O Credor poderá cobrar o valor total da dívida ou a diferença entre o valor originário do crédito e o valor aprovado em AGC.
A Decisão Concessiva da Recuperação Judicial é Título Executivo Judicial, contra a qual cabe recurso de Agravo de Instrumento, podendo ser interposto por qualquer credor ou representante do Ministério Público.
3. RECUPERAÇÃO DE EMPRESA
o. FASE EXECUÇÃO
SENTENÇA CONCESSIVA DA RECUPERAÇÃO 
Tem natureza constitutiva;
A Decisão Concessiva da Recuperação Judicial é Título Executivo Judicial, 
Caberá Recurso de Agravo de Instrumento, podendo ser interposto por qualquer credor ou representante do Ministério Público; 
Segundo art. 61, o devedor em Recuperação Judicial que descumprir alguma obrigação prevista no P.R.J. terá decreta a convolação da Recuperação em Falência.
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
CASO CONCRETO:
A sociedade empresaria Telefonia do Sul S/A, constituída há mais de 5 anos e nunca beneficiada dos Institutos da Lei 11.101/2005, vem enfrentando dificuldades financeiras oriundas da crise econômica o que fez com que seu faturamento anual caísse em 40%, acarretando o não pagamento de dívidas tributarias e principalmente trabalhistas. 
O Diretor Financeiro da empresa procura seu escritório para detalhamento de eventual pedido de Recuperação Extrajudicial sob o argumento de ser procedimento menos oneroso e mais rápido do que o processo judicial. Oriente seu cliente de acordo com a legislação falimentar vigente. 
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
EXAME DE ORDEM UNIFICADO - FGV)
Passa Sete Serviços Médicos S/A apresentou a seus credores plano de recuperação extrajudicial, que obteve a aprovação de mais de quatro quintos dos créditos de todas as classes por ele abrangidas. O plano estabeleceu a produção de efeitos anteriores à homologação judicial, exclusivamente, em relação à forma de pagamento dos credores signatários que a ele aderiram, alterando o valor dos créditos com deságio de 30% (trinta por cento). A companhia consultou seu advogado, que se pronunciou corretamente sobre o caso, da seguinte forma:
o plano não pode estabelecer a produção de efeitos anteriores à homologação, devendo o juiz indeferir sua homologação, permitindo, contudo, novo pedido, desde que sanada a irregularidade. 
(B) o plano não pode estabelecer a produção de efeitos anteriores à homologação, devendo o juiz negar liminarmente sua homologação e decretar a falência.
(C) é lícito que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores à homologação, desdeque exclusivamente em relação à modificação do valor ou da forma de pagamento dos credores signatários.
(D) é lícito que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores à homologação, desde que exclusivamente em relação à supressão da garantia ou sua substituição de bem objeto de garantia real.
Cimbres Produtora e Exportadora de Frutas Ltda. aprovou em assembleia de sócios específica, por unanimidade, a propositura de medida judicial para evitar a decretação de sua falência, diante do gravíssimo quadro de crise de sua empresa. O sócio controlador João Alfredo, titular de 80% do capital social, instruiu o administrador Afrânio Abreu e Lima a contratar os serviços profissionais de um advogado. A sociedade, constituída regularmente em 1976, tem sede em Petrolina/PE e uma única filial em Pilão Arcado/BA, local de atividade inexpressiva em comparação com a empresa desenvolvida no lugar da sede. O objeto social é o cultivo de frutas tropicais em áreas irrigadas, o comércio atacadista de frutas para distribuição no mercado interno e a exportação para a Europa de dois terços da produção. Embora a sociedade passe atualmente por crise de liquidez, com vários títulos protestados no cartório de Petrolina, nunca teve necessidade de impetrar medida preventiva à falência. O sócio João Alfredo e os administradores nunca sofreram condenação criminal. 
Na reunião profissional com o advogado para coleta de informações necessárias à propositura da ação, Afrânio informou que a crise econômica mundial atingiu duramente os países europeus da Zona do Euro, seu principal e quase exclusivo mercado consumidor. As quedas sucessivas no volume de exportação, expressiva volatilidade do câmbio nos últimos meses, dificuldades de importação de matérias-primas, limitação de crédito e, principalmente, a necessidade de dispensa de empregados e encargos trabalhistas levaram a uma forte retração nas vendas, refletindo gravemente sobre liquidez e receita.
Assim, a sociedade se viu, com o passar dos meses da crise mundial, em delicada posição, não lhe restando outra opção, senão a de requerer, judicialmente, uma medida para viabilizar a superação desse estado de crise, vez que vislumbra maneiras de preservar a empresa e sua função social com a conquista de novos mercados no país e na América do Norte. A sociedade empresária, nos últimos três anos, como demonstra o relatório de fluxo de caixa e os balancetes trimestrais, foi obrigada a uma completa reestruturação na sua produção, adquirindo equipamentos mais modernos e insumos para o combate de pragas que também atingiram as lavouras. Referidos investimentos não tiveram o retorno esperado, em razão da alta dos juros dos novos empréstimos, o que assolou a economia pátria, refletindo no custo de captação.
Para satisfazer suas obrigações com salários, tributos e fornecedores, não restaram outras alternativas senão novos empréstimos em instituições financeiras, que lhe cobraram taxas de juros altíssimas, devido ao maior risco de inadimplemento, gerando uma falta de capital de giro em alguns meses. Dentro desse quadro, a sociedade não dispõe, no momento, de recursos financeiros suficientes para pagar seus fornecedores em dia. O soerguimento é lento e, por isso, é indispensável a adoção de soluções alternativas e prazos diferenciados e mais longos, como única forma de evitar-se uma indesejável falência. Analise a questão de acordo com a legislação falimentar vigente.

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