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TÍTULOS DE CRÉDITO

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DIREITO EMPRESARIAL III
Professor: Rivalino Cardoso
rivalino@outlook.com
 
____________________________________AULA -02 
EMENTA 3: 1. Modalidades de Classificação: 1.1 - Quanto ao modelo; 1.2 - Quanto à estrutura 1.3 - Quanto às hipóteses de emissão 1.4 - Quanto à circulação 2. Espécies de títulos de crédito. 4:1. 1. Letra de câmbio: 2. Lei Uniforme de Genebra - Decreto n 57.663/66; 3. Conceito; 4. Elementos Pessoais - Sacador, Sacado, Tomador; 5. Requisitos Essenciais - Súmula STF n 387 
1. QUANTO AO MODELO: 
1.1. LIVRES: 
São aqueles que não precisam estar em conformidade com um padrão previamente estabelecido na norma. 
Exemplos: LETRA DE CÂMBIO e NOTA PROMISSÓRIA. 
1.2. VINCULADOS 
São aqueles que devem seguir um padrão previamente fixado no ordenamento jurídico, de tal modo que a produção dos efeitos típicos dos títulos de crédito está vinculada a esse padrão. 
Exemplos: o CHEQUE e a DUPLICATA.
2. TÍTULOS DE CRÉDITO: CLASSIFICAÇÃO	
2. QUANTO À ESTRUTURA: 
2.1. ORDEM DE PAGAMENTO:
Tem origem a partir de 03 figuras intervenientes distintas: aquele que dá a ordem de pagamento (sacador); aquele que a paga (sacado) e aquele que a recebe (tomador) aqueles que não precisam estar em conformidade com um padrão previamente estabelecido na norma. 
Exemplos: LETRA DE CÂMBIO e CHEQUE. 
2.2. PROMESSA DE PAGAMENTO 
Tem origem a partir de 02 figuras intervenientes: aquele que paga e aquele que recebe. 
Exemplos: NOTA PROMISSÓRIA e DUPLICATA MERCANTIL.
2. TÍTULOS DE CRÉDITO: Classificação	
3. QUANTO ÀS HIPÓTESES DE EMISSÃO: 
3.1.NÃO CAUSAIS ou ABSTRATOS
Títulos que podem ser criados a partir de qualquer causa, ou seja, não estão vinculados a uma origem determinada. 
Exemplos: LETRA DE CÂMBIO, CHEQUE e NOTA PROMISSÓRIA. 
3.2. CAUSAIS ou NÃO ABSTRATAS
Títulos que só podem ser emitidos mediante a existência de um origem específica, definida por lei, para criação do título. 
Exemplos: DUPLICATA, que só pode ser emitida a partir de uma nota fiscal de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços; a NOTA PROMISSÓRIA, em alguns casos, quando vinculada a um contrato.
 
2. TÍTULOS DE CRÉDITO: Classificação
4. QUANTO À FORMA DE CIRCULAÇÃO: 
4.1. NOMINATIVOS: 
(art. 921 do CC) são aqueles emitidos em favor de pessoa determinada, cujo nome consta de registro específico mantido pelo emitente do título. Nesse caso, a transferência só se opera validamente através de termo no referido registro que deve ser assinado pelo emitente e pelo adquirente do título (art. 922 do CC).
4.2. NOMINAIS
4.2.1. Nominais à Ordem: 
Circulam mediante tradição, acompanhada de endosso (assinatura no verso ou anverso do título) – ver art. 910 do CC/02;
4.2.2. Nominais não à Ordem:
Circulam mediante tradição acompanhada da cessão ordinária de créditos. ( é um contrato).
4.3. AO PORTADOR
Circulam mediante tradição.
2. TÍTULOS DE CRÉDITO: Classificação
3. CASO CONCRETO
São títulos de crédito que contêm ordem de pagamento:
A) nota promissória e duplicata.
B) warrant e partes beneficiárias.
C) nota promissória e debênture.
D) letra de câmbio e cheque
4. TÍTULOS DE CRÉDITO: Letra de Câmbio
1. Letra de câmbio:
As cidades italianas tinham moedas diversas, sendo necessária a intervenção do cambista/banqueiro - a chamada "fase italiana" da letra de câmbio;
após uma série de melhorias ocorridas na chamada "fase francesa" (introdução do endosso, por exemplo), ocorreu, na chamada "fase alemã", a evolução do título: este passou a ser abstrato, podendo estar relacionado a qualquer negócio jurídico lícito.
BANCO 1
BANCO 2
Comerciante
Comerciante
ENCONTRO DE CONTAS
Entre Banco 1 e 2
Letra de Câmbio
Depósito
PAGAMENTO
4. TÍTULOS DE CRÉDITO: Letra de Câmbio
1. Letra de câmbio:
Conceito:
Entende-se por Letra de Câmbio uma ordem dada, por escrito, a uma pessoa, para que pague a um beneficiário indicado, ou à ordem deste, uma determinada importância em dinheiro. 
A letra de câmbio é um título de crédito, dotado de literalidade e de autonomia das obrigações. Desempenha importantíssima função econômica pela ampla utilização do crédito que proporciona. Portanto, é uma ordem de pagamento à vista ou a prazo.
4. TÍTULOS DE CRÉDITO: Letra de Câmbio
2. Lei Uniforme de Genebra -Decreto n 57.663/66:
Diplomas legais que regulam a Letra de Câmbio, vigentes no Brasil: 
Decreto 2.044/1908 nas partes que não foram revogadas;
Decreto 57.663/1966 que introduziu no Direito brasileiro a Lei Uniforme da Convenção de Genebra de 07/06/1930, constante do Anexo I, excetuados alguns artigos do Anexo II. 
Tanto a lei brasileira n. 2.044, como a Lei Uniforme tratam da Letra de Câmbio e da Nota promissória - são esses títulos diferentes, muito embora que tenham muitos princípios em comum - dada a existência de tais princípios, a letra de câmbio e a nota promissória são chamadas de títulos cambiários ou, simplesmente, cambiais.
 
4. TÍTULOS DE CRÉDITO: Letra de Câmbio	
4. Elementos Pessoais - Sacador, Sacado, Tomador; 
4.1) SACADOR, SUBSCRITOR ou EMITENTE: 
É aquele que dá a ordem, aquele que cria e emite a letra, dando a ordem de pagamento – é também denominado credor.
4.2) SACADO ou DEVEDOR:
a quem a ordem é dada, contra quem a ordem é dirigida. Em princípio o sacado não tem obrigação nenhuma com o título, nem de aceitá-lo e nem de pagá-lo. Somente se torna obrigado principal, com o seu aceite, em razão do Princípio da Literalidade.
4.3) TOMADOR ou BENEFICIÁRIO:
É aquele a favor de quem é emitida a ordem - é aquele que porta o título e que fica no lugar do credor.
4. TÍTULOS DE CRÉDITO: Letra de Câmbio	
5. Requisitos Essenciais
Capacidade civil, objeto lícito e ausência de vícios
Art. 1º. A letra contém: 
1. a palavra "letra" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título; 
2. o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; 
3. o nome daquele que deve pagar (sacado); 
4. a época do pagamento; 
5. a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 
6. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; 
7. a indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada; 
8. a assinatura de quem passa a letra (sacador). 
Art. 2º. O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes: 
4. TÍTULOS DE CRÉDITO: Letra de Câmbio	
REQUISITOS NÃO ESSENCIAIS
A ) Lugar de emissão;
B ) Época do vencimento;
C ) Lugar do pagamento.
4. TÍTULOS DE CRÉDITO: Letra de Câmbio	
De acordo com o art. 10 da LU, bem como o art. 891 do CC, estabelece que a letra que não contenha todos os seus requisitos necessários poderá tê-los preenchidos pelo seu portador, ocasião em que será considerado como mandatário do devedor, se o fizer de boa-fé.
SÚMULA 387 DO STF
A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança e do protesto.
4. CASO CONCRETO
Augusto comprou de Bernardo um apartamento no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) que, com o crédito da venda de seu imóvel, também comprou um apartamento, pelo mesmo valor, de seu amigo Cardoso. Por ter ouvido falar em um título capaz de vincular todas as partes, Bernardo lhe procura para prestar as seguintes orientações:
1. É possível a emissão de uma letra de câmbio, a fim de vincular Augusto ao pagamento e ainda assim dar garantia a Cardoso?
2. por nunca ter visto uma letra de câmbio, questiona acerca dos requisitos necessários para validade do título em tela.
4. CASO CONCRETO
QUESTÃO OBJETIVA
Não é requisito essencial da letra de câmbio:
a) Época do pagamento.
b) Valor.
c) Assinatura do emitente.
d) Cláusula à ordem.
3. CASO CONCRETO
Um empresário que trabalha no ramo de venda a varejo pretende utilizar, nas suas operações a crédito, duplicatas ao invés de cheques, em virtude da alta taxa de inadimplência. Procura você para consulta acerca das diferençasbásicas entre tais títulos. 
Responda ao consulente de acordo com as classificações dos títulos de crédito.
AULA 04 
1. Letra de câmbio
2. Lei Uniforme de Genebra - Decreto n 57.663/66
3. Conceito
4. Elementos Pessoais - Sacador, Sacado, Tomador
5. Requisitos Essenciais - Súmula STF n 387
NA PRÓXIMA AULA...

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