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Semiologia veterinária aplicada

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QUAL A UTILIDADE DA HIERARQUIA NOS ATENDIMENTOS?
- Mesma linguagem.
- Possibilidade de continuidade de serviços prestados por outros profissionais.
- Protocolos precisos e desenvolvidos por especialistas de cada área.
- Reuniões clínicas.
PRIMEIROS CONTATOS, VELHOS PROBLEMAS...
- Proprietários
- No “ataque”
 - Problemas com a categoria
 - Problemas com a cidade
 - Problemas sócio econômicos 
 - Problemas, problemas, problemas....
O CÃO E O GATO = diferenças óbvias.
- Mas, o quê isso interfere na nossa conduta?? Protocolos de medicação e atendimento diferenciados.
- Qual a real diferença para o médico veterinário? Diagnóstico e tratamento.
PRIMEIRA ABORDAGEM: CÃO
- Regra 1: todo cão morde!!
- Regra 2: para o proprietário, nenhum cão morde.
- Possibilidade de conter o animal:
 - Com o domínio do proprietário 
 - Sem o domínio do proprietário
 - Com utilização de sedativos (cuidado).
PRIMEIRA ABORDAGEM: GATO
- Pergunta: quem domesticou o gato??
- Regra 1: Proprietário de gato não é igual ao de cachorro.
- Regra 2: Gatos também mordem.
- Regra 3: Gatos arranham.
- Regra 4: Gatos sonorizam.
- Regra 5: Gatos fogem.
PRIMEIRA ABORDAGEM 
- Possibilidade de conter o animal:
 - Não adianta a ajuda do proprietário
 - Conter o Animal
 - Existe um limite - respeite !!!
- Cuidados
 - Consultório
 - Janelas
 - Frestas
 - Orifícios !!!
DE MANEIRA GERAL....
- Não subestime os animais
- Desconfie sempre
- Respeite os limites
- E , lembre-se : Hipertrofia da confiança e atrofia de humildade, geram mordida.
SEMIOLOGIA
Semiologia vem do grego
 Semeion = SINTOMAS/SINAIS
 Logos = CIENCIA/ESTUDO
MANIFESTAÇÃO CLINICA 
SINTOMA
HUMANOS: Sensação subjetiva anormal sentida pelo paciente e não visualizada pelo examinador (dor, náusea, dormência).
VETERINARIA: Fenômeno anormal pelo qual as doenças se revelam.
SINAL
HUMANOS: Dado objetivo, que pode ser notado por exame físico ou exames complementares físicos.
VETERINARIA: Avaliação que o clinico faz a partir do que é observado (elemento de raciocínio!).
EXAME CLÍNICO GERAL
- Resenha ou Identificação
- Anamnese
- Exame Físico
- Exames complementares
- Diagnóstico
- Prognóstico
- Tratamento
 RESENHA OU IDENTIFICAÇAO
- Nome
 - RA (número de registro animal)
- Espécie
- Raça
- Sexo
- Idade
- Peso
ANAMNESE
Definição- conjunto de informações, sobre a história anterior do animal em relação ao estado presente, fornecidas pelo proprietário diretamente ou através de perguntas convenientemente formuladas, em linguagem acessível à pessoa com que se fala – 50 % do diagnóstico.
DETALHES SÃO IMPORTANTES
- Organização 
- Sequência lógica
 - Histórico
 - Queixa principal
 - Sistemas
 - Digestório
 - Urinário
 - Cardiorrespiratório
 - Nervoso
 - Locomotor
 - Reprodutor
 - Pele e anexos
 - Ectoparasitas
 - Vacinação
 - Manejo e contactantes
DICAS DE ANAMNESE
- Linguagem acessível
- Não intimidar o proprietário
- Não culpar o proprietário
- Desconfiar sempre
- Perguntar várias vezes e de diferentes maneiras
- Não induzir respostas
SISTEMA DIGESTORIO - Termos
APETITE/DEGLUTIÇÃO
Anorexia – NENHUMA alimentação.
Hiporexia/inapetência - baixa alimentação.
Normorexia – alimentação normal.
Polifagia/hiperexia – alimentação excessiva
Paroxia (fitofagia, coprofagia, geofagia, etc.) – alimentação sobre algo fora do normal (plantas, fezes, terra).
Disfagia – Dificuldade de se alimentar.
 Sinais: halitose (mau hálito), engasgo, sialorréia (excesso de saliva), apetite voraz.
VÔMITO 
Êmese – expulsão de conteúdo pela boca ou nariz, vindo do estômago ou piloro.
Hematêmese – vômito com sangue.
Regurgitação – expulsão do conteúdo que se encontra no esôfago.
DEFECAÇÃO/FEZES
Aquezia – NENHUMA defecação.
Normoquezia – defecação normal.
Disquezia – dificuldade de defecação (descobre-se na palpação o intestino repleto).
Tenesmo (dor) - espasmo doloroso do esfíncter anal ou vesical com desejo urgente de defecar ou urinar, e com eliminação de quantidade mínima de fezes ou urina.
Disquezia extrema – dificuldade extrema de defecar e dor.
Diarreia - eliminação frequente de fezes líquidas e abundantes.
Constipação - estado produzido por alteração do trânsito intestinal, gerando retenção das fezes ou dificuldade na sua evacuação; prisão de ventre, copróstase, coprostasia. O animal não sugere que está retendo, porém está.
Incontinência – não contém as fezes.
Melena – fezes com pouco sangue / escura, sinal de uma hemorragia digestiva alta. 
Hematoquezia (hemorragia retal) - presença de sangue vermelho pelo ânus, sinal de uma hemorragia digestiva baixa.
SISTEMA CARDIO / RESPIRATÓRIO 
RESPIRAÇÃO 
Bradipnéia - lentidão anormal da respiração.
Eupnéia - respiração normal, silenciosa e sem esforços.
Taquipnéia - aceleração do ritmo respiratório.
Dispinéia - dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente associada a doença cardíaca ou pulmonar.
Ortopnéia -dificuldade de respiração (agravante).
SECREÇÃO NASAL
Epistaxe – pequeno sangramento nasal.
Hemoptise - expectoração de sangue proveniente dos pulmões, traqueia e brônquios, mais comumente observável na tuberculose pulmonar.
Rinorragia - Corrimento de sangue pelas cavidades nasais. Contrariamente à epistaxe, a hemorragia pode ter uma proveniência que não a mucosa nasal.
INTOLERÂNCIA AO EXERCÍCIO
Fadiga – cansaço.
Síncope – desmaio / perda dos sentidos devido à deficiência de irrigação sanguínea no encéfalo.
Cianose – mucosas arroxeadas.
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Bradicardia - Retardamento do ritmo cardíaco
Normocardia – Ritmo cardíaco normal
Taquicardia – Ritmo cardíaco acelerado
Arritmia – Ritmo cardíaco irregular, acelerado ou muito lento.
OUTROS
Edema –  Acúmulo de líquido no tecido subcutâneo  provocando aumento de volume. 
Ascite - Acúmulo de líquido no peritônio.
SISTEMA NERVOSO/LOCOMOTOR
ALTERAÇÕES
Base ampla – Membros afastados (má sustentação).
Claudicação (manqueira) x impotência funcional (não apoia algum membro no chão).
Ataxia (incoordenação motora) - falta de coordenação de movimentos musculares voluntários e de equilíbrio.
Paresia(mono/hemi/para/tetra) - A paresia é a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos.
Paralisia/ Plegia( mono/hemi/para/tetra) - perda da capacidade de movimento voluntário de um músculo, originada por problema neurológico / privação de sensibilidade sensorial parcial ou generalizada.
Head tilt - cabeça pendente.
Head pressing – incapacidade de desviar de obstáculos.
Convulsão(Ictus) – descarga elétrica cerebral.
MICÇÃO
Anúria – ausência total de urina / não há filtração no rim. 
Iscúria – retenção de urina
Oligúria - diminuição da produção de urina.
Poliúria – urina excessiva. 
Polaquiúria - aumento do número de micções com diminuição do volume da urina.
Disúria – Dificuldade de urinar.
Estrangúria - micção, emissão lenta e dolorosa da urina.
Tenesmo vesical - sensação dolorosa na bexiga com desejo contínuo, mas quase inútil, de urinar.
Colúria – urina escura. 
Incontinência Urinaria - perda involuntária de urina
Hematúria – sangue na urina.
Cristalúria – cristais na urina.
Periúria - micção fora do local de costume. 
INGESTÃO DE ÁGUA 
Adipsia – ausência de sede/ ingestão de água.
Oligodipsia - Baixa/diminuição na ingestão de água.
Normodipsia – Ingestão de água normalmente.
Polidipsia – Alta ingestão de água.
REPRODUTOR
Pseudociese – gravidez psicológica.
Galactorreia – fluxo de leite em fêmeas que não estão amamentando e não estão grávidas.
Piometra (hemo/muco) – é DIAGNOSTICO! – infecção com Pus + Sangue, retido no útero.
TEGUMENTAR
TEGUMENTO/PELE
Prurido – coceira.
Alopecia x rarefação pilosa – ausência / pouco pelo.
Puliciose – infestação por pulgas.
Ixodidiose – presença de carrapatos.
Eritema(vasodilatação) - vermelhidão da pele, devido à vasodilatação dos capilares cutâneos.
Patéquia(extravasamento)– pequena hemorragia de vasos sanguíneos. 
Tumor x nódulo (aumento de volume) – o tumor é um aumento de volume firme, acima de 3cm. O nódulo é um aumento de volume pequeno, de formação sólida até 3cm.
ORELHA
Secreção otológica 
Meneios cefálicos - balançar a cabeça.
O QUE MAIS PERGUNTAR?
- Odor (pele/orelha)
- Inicio (prurido/lesão)
- Evolução
- Crescimento, queda e fraturas de unhas
MANEJO
CONFORME A QUEIXA PRINCIPAL
- Banho ( onde, com qual xampu)
- Presença de Fumante
- Estado dos contactantes
- Produtos de limpeza
-Tipo de piso
- Ocorrência de trauma
- Acesso a lixo
- Local onde vive
- Vacinação/imunização (ética x não ética)
- Antecedentes mórbidos
HISTORICO ANAMNESE (modelo)
Refere que trouxe animal em consulta para check-up.
Refere que animal apresenta aumento do apetite (polifagia), da sede(polidipsia) e da urina (poliúria). Alguns dias animal faz xixi com dificuldade (disúria), apresenta urina com sangue (hematúria) e faz micção em pequenas quantidades mas várias vezes ao dia (Polaquiúria). Refere também alguns episódios de diarreia com presença de sangue digerido (melena) e vômitos com aspecto amarelado (êmese). Refere que o animal não está apoiando o membro pélvico esquerdo (impotência funcional) e refere também um desvio da cabeça para o lado direito (head tilt).
Refere que a cadela não é castrada e que está apresentando secreção vaginal amarelada (possivelmente pus)( piometra).
Refere que a cachorra está mais cansada (fadiga) e que a respiração está mais dificultosa (dispneia). Animal estica o pescoço para a frente, abre os membros torácicos na tentativa de respirar melhor (ortopneia). Neste momento o animal parece apresentar incoordenação motora (ataxia).
Proprietário fica preocupado, coloca a mão no coração para avaliar se está tudo bem e percebe que o coração está batendo mais rápido que o usual (taquicardia). 
Métodos de contenção em pequenos e grandes animais
- Variação entre as espécies.
Plano geral de exame clínico
1 – Identificação do(s) animal(s) – RESENHA.
2 – Investigação da história do animal (anamnese).
3 – Exame físico: geral / especial.
4 – Solicitação e interpretação dos exames subsidiários (caso necessário).
5 – Diagnóstico e prognóstico.
6 – Tratamento (resolução do problema).
Métodos de contenção
- contenção verbal (pouco eficiente)
- contenção física
- contenção química
Caninos - cães
Focinheira
Imobilização: estação, sentado, decúbito lateral, decúbito esternal ou ventral. 
Cambão 
Colar elisabetano “abajur”
Felinos – gatos
Cercado
Focinheira
Toalha
Gaiola 
Botinha nos membros
Sacola de contenção
Contenção química (sedação)
Tranquilizantes
Analgésicos opioides
Anestésicos (perigoso)
*Nunca se esquecer do termo de ciência assinado pelo proprietário.
Pesagem de pequenos animais
Pode-se pesar com a caixinha/ diminuir o peso total pelo peso da caixa vazia.
Administração de fármacos
VO (via oral), SC (subcutâneo), IV (intravenosa – mais rápida), IM (intramuscular), peritoneal ou tópico (tegumento), intraóssea/ articular.
IV - Veias: cafélica, femoral, jugular.
SC – lombar. Mais dor - região torácica, costela, etc.
IM – Semimembranoso e semitendinoso (região muscular dos membros).
Grandes animais
Equinos
Observar o comportamento do animal.
Expressam-se por movimentos de orelha.
Aproximação pelo lado esquerdo (visual limitado e costume).
Contenção física: cabresto, buçal/ biqueira, rosário (limita a movimentação de cabeça), cachimbo/pito (limita o lábio), dobrar de pele/ orelha (limitação de movimento), mão/ pé de amigo (retira o equilíbrio), peiteira, tronco, aparelhos que emitem choques elétricos.
Bovinos
Contenção física – tronco, formiga (em septo nasal), maca suspensa, peia.
Pequenos ruminantes
Contenção física – corpo a corpo (contenção braçal), derrubamento sentado ou lateral, maca suspensa (utilizada em procedimentos que demandam mais tempo de limitação).
Cálculo do peso corporal
Fita de pesagem (margem de erro entre 5 e 10%)
Balança
Equinos -MUIR (comprimento do corpo X perímetro torácico) com fita métrica comum.
Peso (Kg) = perímetro torácico² x comprimento do tronco / 8.717
Administração de fármacos
VO, tópica, SC (pescoço), IM, IV – jugular, cefálica, epigástrica, tibial cranial.
Retirar bolhas de ar da seringa
No momento da aplicação, puncionar a seringa para constatação de punção de vasos sanguíneos.
Jejum sólido de equinos – 12 – 16hs.
Jejum hídrico – 2hs
Jejum sólido de ruminantes – 72hs (metade da ração diária). 24hs completo.
Jejum hídrico – 6hs
Parâmetros fisiológicos
Temometria
- Centro regulador: hipotálamo.
- Fontes geradoras de calor: metabolismo.
- Órgãos geradores de calor: coração e fígado.
*em atividade física – músculos esqueléticos. 
Termômetro
Termômetro intra-retal (mucosa) – temperatura mais precisa. Avaliação do aspecto do conteúdo fecal (presença de sangue ou muco).
Termômetro de pele digital (não é muito preciso).
O que causa o aumento da temperatura corporal (hipertermia)? Perda da capacidade de dissipar calor. A febre é a mudança no centro termorregulador em situação de infecção. A temperatura do corpo muito elevada lesa a membrana plasmática das células, causando desnaturação das proteínas (risco de óbito).
Fisiopatologia
Frio 
Aumento do metabolismo
Vasoconstrição periférica
Piloereção (pelos) 
Diminuição da FR
Diminuição da dissipação de calor. O organismo tenta manter o calor para os órgãos mais importantes (perde o calor nas extremidades do corpo).
Calor
Vasodilatação periférica
Aumento da FR
Frequência Cardíaca (FC)
Aferida por doppler, auscultação. 
Idade/ tamanho do animal diversifica a FC normal.
Em grandes animais aferida na tábua de pescoço.
*Frequência cardíaca é o número de vezes que o coração bate por minuto.
Aferição
Do lado esquerdo do animal, é possível auscultar a valva mitral, no 3º espaço intercostal.
do lado direito do animal, é possível auscultar a valva tricúspide, no 5º espaço intercostal.
Fórmula
Contar por 10 segundos e multiplicar por 6.
Contar por 15 segundos e multiplicar por 4. 
Contar por 30 segundos e multiplicar por 2.
Contar por 1 minuto
*Quanto maior o tempo de ausculta, mais fidedigno será o resultado.
TPC – tempo de preenchimento capilar
Animal sadio: 1-2 segundos.
Animal desidratado: 2-4 segundos.
Animal gravemente desidratado: >5 segundos.
Avaliação das mucosas
Normocorada – normal, rósea (varia entre raças / espécies).
Congesta – vermelha, reflete congestão sanguínea / cardiopatia, infecção.
Hipocorada / perlácea – branca, anemia, pressão baixa por vasoconstrição periférica/ baixa perfusão.
Ictérica – amarelada por excesso de bilirrubina/ insuficiência hepática / hemólise (destruição das hemácias). Ex por leptospirose.
Cianótica – arroxeada ou azulada, falta de O² no sangue, cardiopatia, etc.
Mucosas a serem avaliadas: labial, óculo palpebral superior e inferior, oral (palato, gengiva), esclérica (globo ocular), terceira pálpebra, peniana, prepucial, vulvar.
 
Linfonodos
Órgão linfoide. 
Aumento de volume em processo inflamatório, infeccioso, pois há maior produção de linfócitos.
Deve ser de consistência firme, indolor, temperatura normal igual ao do corpo.
Linfonodos avaliados em pequenos animais: submandibular, cervical superficial, poplíteo, inguinal superficial (cão macho).
Linfonodos avaliados em grandes animais: mandibular, retro-faríngeo, cervical superficial, pré-crural.
Linfonodos em bovinos (fêmea): linfonodos mamários.
Avaliação: Tamanho, sensibilidade, consistência, temperatura.
Meios semiológicos
Inspeção – utiliza a visão e investiga a superfície corpórea e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior. Pode ser direta ou indireta.
Palpação 
Percussão
Auscultação
Avaliação geral da pele
Avaliação de manto piloso, alopecia, manchas, erosões, etc.
Avaliação de escore corporal – caquético, magro, ideal, sobrepeso e obeso. 
Avaliação de escore corporal (equinos) – muito ruim,pobre, moderado, bom, gordo e obeso.
Avaliação de postura – Posição quadrupedal, em movimento e em decúbito.
Presença de corrimento
Fluído – líquido, aquoso, pouco viscoso e transparente (corrimento nasal normal em bovinos).
Seroso – mais denso que fluido, mas ainda transparente (processos virais, alérgicos e precede a secreção de inflamação ou infecções).
Purulento – crostoso, denso e com coloração variável (amarelo-esbranquiçado a amarelo-esverdeado) de processo infeccioso.
Catarral – viscoso, pegajoso e esbranquiçado.
Sanguinolento – vermelho-vivo ou enegrecido. Pode resultar de traumas, distúrbios hemorrágicos sistêmicos, processos patológicos agressivos...
Palpação
Utilização do sentido tátil ou da força muscular, usando-se as mãos, as pontas dos dedos, os punhos e sentir modificações de textura, espessura, consistência, sensibilidade, temperatura e volume. 
Percussão
Aplicação de pequenos golpes ou batidas em determinada área do corpo com o objetivo de obter informações sobre tecidos superficiais e porções mais profundas, tendo como objetivo observar a delimitação topográfica dos órgãos e comparar as respostas sonoras obtidas.
Maciço – áreas rígidas com conteúdo, desprovidas de ar.
Submaciço – presença de ar em quantidade restrita.
Claro - Obtém-se ao percutir um tórax normal (presença de ar).
Timpânico – órgãos cavitários que possuem gases.
Auscultação
Avaliação dos ruídos que os diferentes órgãos produzem espontaneamente.
Pode ser por doppler ou estetoscópio. 
Conclusões gerais
- Procedimento para proteção do animal e do veterinário.
- Veterinário trabalha com as mãos.
- Devemos trabalhar com segurança.
__________________________________________________________________________
Exame Clínico: Histórico / Identificação, Anamnese (prática) 
Métodos Gerais de Exploração Clínica
 Necessidades básicas para um bom examinador
• Conhecimento; • Visão; • Audição; • Tato; • Olfação; • Organização; • Paciência.
Material básico Necessário para o exame físico
• Papel e caneta para anotações; • Estetoscópio; • Martelo e pleximetro para percussão; • Termômetro; • Lanterna; • Luvas; • Especulo Vaginal; • Frascos; • Entre outros.
Principais métodos de exploração física
• Inspeção; • Palpação; • Percussão; • Auscultação; • Olfação.
Inspeção
Para inspeção usamos
• Visão; • Inicia-se antes mesmo da anamnese; • Deve ser feito em lugar iluminado; • Se possível observar o animal em seu ambiente de origem; • Inicialmente faça uma observação à distância.
 A observação do animal pode fornecer inúmeras informações como
 • Estado mental;
• Postura e marcha;
• Condição Física:
• Pêlos e Pele
• Forma Abdominal:
A observação pode ser
1. Panorâmica: o animal é visto como um todo. Ex: condição corporal.
2. Localizada: observando determinada região do corpo. Ex: glândula mamária, face, etc. 2.a.Direta: usando-se somente a visão 
2.b. Indireta: com auxílio de aparelhos: RX, ultrassom, microscópio.
EXAME FÍSICO
Palpação
É a utilização do sentido tátil ou da força muscular, usando-se as mãos, ponta dos dedos, punho ou instrumentos para verificar as características da área.
Tipos de Consistência
• Mole: quando uma estrutura reassume sua forma normal após cessar a aplicação da pressão; • Firme: quando uma estrutura oferece resistência à pressão mas acaba cedendo e voltando ao norma com seu fim;
• Dura: quando não cede por mais pressão que se fizer; 
• Pastosa: estrutura cede facilmente à pressão e permanece. (godet positivo).
• Flutuante: determinada por acúmulo de líquido como pus, sangue, urina que fica com movimento ondulante à pressão;
• Crepitante: observa-se quando um determinado tecido contém ar ou gás em seu interior.
Auscultação 
Consiste em avaliar os ruídos que os diferentes órgãos produzem espontaneamente. Esta é a principal diferença entre a auscultação e a percussão. O método de auscultação é usado principalmente no exame dos pulmões, coração, cavidade abdominal.
A auscultação pode ser: 
• Direta: coloca-se o ouvido diretamente na pele do animal. 
• Indireta: com auxílio de aparelhos de auscultar. Ex: estetoscópio, doppler.
Dicas para uma boa auscultação: 
1. Utilize aparelho de boa qualidade; 
2. Ausculte em ambiente tranquilo; 
3. Fique atento(a) aos ruídos que está ouvindo; 
4. Evite acidentes (o animal deve estar contido).
Tipos de ruídos: 
• Aéreos: movimentação de massa gasosa; 
• Hidroaéreos: gás com líquido. Borborígenos. 
• Líquido: movimentação de líquido; 
• Sólidos: duas superfícies sólidas esfregando-se como folhas de papel.
Qualitativa - Faz a percussão de uma área e se há um local com som diferente, fazer uma varredura com ajuda do estetoscópio cobrindo todo espaço dorsal, médio, ventral. Tentar verificar a origem do som, por isso é chamada de qualitativa.
Som com problemas pode ser estertor (respiração ruidosa): úmida (inflamação com secreção, ar com líquidos), seca (sem secreção), sibilante (assovio).
Crepitação grossa – líquido espesso na traqueia.
Crepitação fina – passagem de ar por região com líquido menos espesso (som parecido com o esfregar de dedos no cabelo).
Sibilo – passagem de ar na região com lúmen espesso (tipo apito). Sugere infecção respiratória inferior.
Ronco – originário de faringe/laringe.
Quantitativa - Som do rúmen, Rolamento entre 5 a 7 minutos, Equinos 3 a 5 minutos, FR e FC.
Percussão: Percutir, bater ou estimular determinada região para tentar ouvir o som. Pode ser com a ajuda dos dedos, instrumento de plexor (martelinho) e plexímetro para auxiliar. Principais regiões são tórax e abdômen. Ruminantes possuem 13 costelas e equinos 18 costelas.
Método de exames em que através de pequenos golpes e batidas, em determinada parte do corpo, torna-se possível obter informações. A percussão pode ser: 
• Direta ou imediata ou ainda digital: quando se percute com os dedos de uma das mãos
• Indireta ou medida: quando se utiliza instrumentos.
Regras para percussão: 
• Realizar a prática por várias vezes para se conhecer os sons; 
• Ambiente silencioso; 
• Realizar a percussão de preferência em animais em posição quadrupedal; 
• O ritmo deve ser constante; 
• A percussão não deve se limitar a um único ponto, mas sim deve compreender todas as áreas em questão.
Olfação 
Empregado nos exames de transpirações cutâneas, do ar expirado e das excreções. 
A técnica é muito simples, aproxima-se da área animal a ser examinada.
Exames Complementares: Aspiração, Ultrassom, Biopsia, Exames Laboratoriais, Raio X – pulmão, endoscopia.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Fase Inspiratória: ATIVA
Fase Expiratória: PASSIVA
*equinos: em equinos, a fase expiratória é ativa e passiva
- FUNÇÃO: hematose, equilíbrio ácido-básico, termorregulação (cães)
REVISÃO ANATÔMICA
- Trato Respiratório Superior
- Trato Respiratório Inferior
- Mediastino
SINAIS
- Pobre intolerância ao exercício (hemiplegia laringiana, condrite das cartilagens aritenóides)
- Ruídos respiratórios anormais (obstruções)
- Descarga Nasal (infecção, neoplasia)
- Dispneias (inspiratória e/ou expiratória)
- Febre
ANAMNESE
- Problema: individual ou grupal?
- Surgimento de novos casos coletivos (rebanho, canil, gatil)
- Se for coletivo: morbidade ou mortalidade
- Tratamentos anteriores: resistência (realizar antibiograma)
- Sinais Clínicos: momento que aparecem e intensidade
EXAME FÍSICO GERAL
- Foco do Problema: pode ser fora do sistema da queixa principal (anemia, problemas cardíacos)
- Localizar o processo dentro do sistema respiratório (vias aéreas superiores, inferiores, etiologia)
EXAME FÍSICO ESPECÍFICO
- Tipo Respiratório
Costoabdominal: normal
Predominantemente Costal: problema abdominal
Predominantemente Abdominal: problema costal
Ritmo Respiratório
Relação Inspiração/Expiração (Ovinos 1:1 / Demais animais 1:1,2)
Dispneia Inspiratória: alteração extratorácica (comprometimento das vias aéreas anteriores)
Dispneia Expiratória: alteração intratorácica (fase passiva improdutiva, interrupção da expiração, enfisema pulmonar,respiração em dois tempos)
EXAME DE NARINAS
- Secreção: serosa, mucosa, purulenta ou hemorrágica
Presença de conteúdo alimentar
Presença de sangue
HEMOPTIASE / EPISTAXE
Tosse com sangue Sangramento nasal
Vermelho-Vivo Vermelho-Escuro
Vias aéreas inferiores Vias aéreas superiores
Neoplasias, Tuberculose Traumas, Parasitas, Micose de Bolsa Gutural
- Odor da Narina
Mesmo odor da cavidade oral
Pútrido/Fétido: necrose, bactérias anaeróbicas, pneumonias, corpos estranhos
- Exame do Ar Expirado
Temperatura: aumento ao exercício, Tº ambiental, febre, inflamação, infecção / diminuído: processos comatosos
Força de expulsão
EXAME DOS SEIOS PARANASAIS
- Seios Frontais: rostral e caudal
- Seios Maxilares
*bovinos: descorna processos cornuais interligados aos seios paranasais
Inspeção
- Alterações da forma (hiperparatireoidismo secundário nutricional, cara inchada)
- Ferimento, fístulas e tumefações
Palpação
- Consistência normal dura
- Presença de pus (amolecida)
EXAME DAS BOLSAS GUTURAIS
- Divertículo da tuba auditiva, que aquece o ar expirado (EQUINOS)
- Analisado pela inspeção externa
- Abaulamento na base da orelha até a faringe
EXAME DA LARINGE
Inspeção
- Externa: aumento de volume, abcessos, neoplasias
- Interna: swab, congestão, edema, secreções
EXAME DA TRAQUEIA
- Localizada na região cervical ventral
Inspeção
- Pele, pelagem, formato, posição, cicatrizes, ferimentos
Palpação
- Dor, tumefações localizadas, deformidades
- Radiografia
Auscultação
- Frequência respiratória e presença de secreções
EXAME DO TÓRAX
Inspeção
- Por trás e para frente, de cima para baixo, procurando lesões, alterações de forma
Palpação
Percussão
- Som claro
- Dorsoventral e craniocaudal
Auscultação
- Ruídos mais intensos durante a inspiração
- Saco Respiratório: saco plástico no focinho do animal, e aguardar até que ele aumente a frequência
- Ruídos inspiratórios/expiratórios normais ou anormais
- Tosse Seca (sem secreção) ou Tosse Produtiva (com secreção)
EXAMES COMPLEMENTARES
- Toracocentese: punção do tórax
- Lavado Traqueal: solução fisiológica (cloreto de sódio a 0,9%)
- Exame de Fezes: pesquisa de vermes pulmonares
- Endoscopia
- Radiografias
- Swabs
- Hemogramas
Semiologia do Sistema Cardiovascular
-Particularidades:
-Bovinos: o coração está localizado entre o 3º e o 5º espaço intercostal, sua base está a aproximadamente 6cm acima da articulação escapulo umeral e seu ápice está levemente direcionado caudalmente e à esquerda.
-Pequenos Ruminantes: o coração está localizado entre a 3ª e a 6ª costela e é praticamente recoberto pelos pulmões.
-Equinos: o coração está localizado do 3º ao 6º espaço intercostal.
Exame Clínico:
1- Identificação do paciente: espécie, raça, idade, sexo, uso e ambiente (ex região endêmica de dirofilariose).
2- Anamnese: queixa principal, sinais e sintomas, evolução clínica da doença,
manejo nutricional e higiênico-sanitário, condicionamento físico e medicamentos (dose e frequência).
Exame físico:
Inspeção Direta:
Avaliação Física e Comportamental: verificar edemas, pulso venoso, postura dos membros torácicos (abdução na tentativa de respirar melhor, diminuir dor em casos de reticuloperitonite traumática), observar se há dilatação de veias (Ex.: jugular ou mamária) e anóxia (palidez de mucosas).
*Edemas apresentam sinal de Godet positivo.
Exame das Mucosas: avaliação da coloração 
Avaliação do Estado Circulatório Periférico: TPC para avaliar o estado hídrico do animal (sinais de desidratação e hipovolemia).
Avaliação dos Vasos Sanguíneos: avaliação da veia jugular (dilatações, massas intratorácicas, endocardite, efusão pericárdica ou sobrecarga iatrogênica de volume são causas de dilatação na veia jugular)
Pulsos Venosos:
-Pulso venoso negativo: fisiológico e é observado durante a fase final da fase diastólica.
-Pulso venoso positivo: patológico e é observado desde a entrada no tórax, propagando-se em direção à mandíbula, durante a fase sistólica ventricular. É decorrente da regurgitação sanguínea por meio da válvula tricúspide.
*Pulso jugular: ICC direita, BAV 2º grau e extra sístoles atriais;
**Reflexo hepato-jugular: altamente sugestivo de ICC direita;
Choque Cardíaco (precordial): verifica-se o batimento do coração pela inspeção da parede torácica pelo batimento do ventrículo contra a parede. Feito no 3
º IEC. 
Inspeção Indireta:
Exame do Coração: exame radiográfico, exame ecocardiográfico (ultrassonografia cardíaca) e tomografia computadorizada. 
Auscultação: deve-se realizar conjuntamente com a auscultação pulmonar (alguns problemas circulatórios levam à problemas respiratórios). Avalia-se: frequência cardíaca, ritmo cardíaco, bulhas (total de quatro), ruídos anormais (sopros ou roces) e ruídos adventícios.
*A frequência cardíaca deve ser igual ao pulso.
Frequência cardíaca: (normal, bradicardia ou taquicardia).
Equino 28 - 40
Potro 60 - 100
Bovino 60 - 80
Bezerro 80 - 100
*Focos de auscultação: pulmonar, aórtico, mitral e tricúspide. Cada um deles corresponde a uma das quatro válvulas cardíaca.
-Pulmonar: localizado no 3º espaço intercostal esquerdo
-Aórtico: localizado no 4º espaço intercostal esquerdo
-Mitral: localizado entre 4º - 5º espaço intercostal esquerdo
-Tricúspide: localizado entre 3º - 4º espaço intercostal direito
*Ruídos Cardíacos: os principais ruídos cardíacos são a primeira e segunda bulhas (auscultáveis), mas existem quatro.
Bulhas cardíacas: são vibrações sonoras produzidas pelo coração.
-1ª bulha (S1): é gerada por fechamento das válvulas atrioventriculares esquerda e direita (mitral e tricúspide), distensão das cordoalhas tendíneas e ruído muscular da contração ventricular. É um som de longa duração e baixa frequência. Conhecida também como ruído sistólico.
-2ª bulha (S2): é gerada por fechamento das válvulas semilunares (pulmonar e aórtica), desaceleração da coluna de sangue pelos grandes vasos e repercussão do sangue contra as válvulas semilunares. Conhecida também como ruído diastólico. É um som curto de alta frequência e intenso.
*Tanto S1 como S2 são resultantes da sístole ventricular.
-3ª bulha (S3): sucede em decorrência da: distensão e vibração dos ventrículos quando no início da diástole. Enchimento rápido das câmaras cardíacas pelo sangue e choque deste contra as paredes. É frequente em equinos e é conhecida como ruído de preenchimento ventricular.
-4ª bulha (S4): ocorre em consequência da contração atrial e sua vibração. É denominada pré-sistólica.
*Equinos: verificação das 4 bulhas
*Cães e Gatos: 1ª e 2ª bulha
*Bovinos: 1ª, 2ª e 4ª bulhas
-Timbre e Ritmo;
Sopros Cardíacos: são vibrações sonoras que decorre de alterações de fluxo sanguíneo pelas câmaras e válvulas cardíacas (turbulência do fluxo). Deve-se avaliar os sopros para identificar sua fonte e analisar os efeitos que possam decorrer deles. Há três grandes grupos de causas para os sopros (diminuição da viscosidade sanguínea, velocidade de fluxo alto e diâmetro dos vasos aumentado).
-Tipos:
-Sístólicos:
-De ejeção: melhor auscultação é na base do coração e é comum em estenose valvular;
-De regurgitação: melhor auscultação no foco mitral ou tricúspide e comum me insuficiência valvular e desvios;
-Diastólicos: som decrescente;
-Contínuos (maquinaria): sons crescendo-decrescendo e sem silêncio com melhor auscultação na base e é comum de PDA (persistência do ducto arterioso);
-Classificação dos Sopros: tipo; grau ou intensidade; fase em que ocorre;duração e origem.
-Graus de Sopro:
-Grau I: baixa intensidade que pode ser auscultado apenas após alguns poucos minutos de ausculta e sobre uma área bem localizada.
-Grau II: sopro de baixa intensidade, identificado após a colocação do estetoscópio.
-Grau III: sopro de intensidade moderada, audível logo após a colocação do estetoscópio, e que se separa uma ampla área de ausculta, mas que não produz frêmito palpável.
-Grau IV: sopro de alta intensidade que é ouvido em uma ampla área, sem frêmitopalpável.
-Grau V: sopro de alta intensidade que gera um frêmito palpável
-Grau VI: sopro de alta intensidade suficiente para ser auscultado estando o estetoscópio apenas próximo à superfície torácica e que gera um frêmito facilmente palpável.
*Sopro musical: por rompimento de corda tendínea;
Percussão – 3º ao 6º EIC deve ser som maciço
SEMIOLOGIA DO SISTEMA LOCOMOTOR DE EQUINOS
INTRODUÇÃO
Para avaliarmos a semiologia do sistema locomotor dos equinos, devemos conhecer:
- Anatomia (carpo, matacarpo/tarso, metatarso)
- Fisiologia (Ca2+ contração muscular)
- Biomecânica (cavalo encosta primeiramente a pinça e depois calcâneo no solo)
- Clínica (laminite)
- Estruturas anatômicas
Ossos
Músculos
Articulações
Tendões e ligamentos
Casco
- 70% das queixas principais tem origem podal
- Nem sempre é visível é a causa
- Claudicação pode ser de originada de uma dor, restrição mecânica ou neurológica
EXAME CLÍNICO
IDENTIFICAÇÃO
- Idade: animais mais velhos (doença articular degenerativa)
- Sexo: indiferente
- Raça: esporte que o animal é usado (corrida, tambores, enduro)
ANAMNESE
- Início, duração e evolução do problema?
- Súbita ou gradativa?
- Causa?
- Muda conforme o exercício efetuado ou tipo de tipo que o animal se encontra?
- Modalidade, nível de treinamento?
- Casqueamento recente?
- Houve tratamento anterior? Qual foi a resposta?
- Efetuar exame clínico geral. FR, FC, temperatura, TPC e mucosa. 
EXAME FÍSICO DO SISTEMA LOCOMOTOR
- Objetivos: qual o membro afetado, localizar a lesão, diagnóstico
INSPEÇÃO
- Em estação (parado)
- Em movimento (andando em linha reta, círculos, em diferentes pisos)
- Grau de Claudicação (de 0 a 4). Em que 0 é nulo, 1 e 2 minimamente percebidos e 3, 4 podendo ser impotência funcional, fratura, infecção, laminite, artrite séptica, ruptura de tendão.
- Determinar lesão crônica ou aguda.
- Piso onde ele trabalha (deve ser duro)
- Assimetria de membro / atrofia
- problema de aprumo.
- Alteração de descanso, pode ser lesão crônica. 
- Claudicação (pode ser leve – animal apenas levanta a cabeça após apoiar o membro, afim de distribuir o peso empregado) ou elevação de quadril.
- Pinçar o casco em 7 pontos
3 pontos na pinça 
2 pontos nos quartos (lateral e medial)
2 pontos no talão (lateral e medial)
1 no meio da anilha
- Palpar a artéria digital para sentir alteração no pulso, palpar a região de quartela, tendões e cartilagem assessória.
- Sentir a temperatura do casco.
- Percurtir.
- Palpar os ossos do carpo, radio e ulna, articulação escapulo-umeral e a musculatura.
Efusão – quando há liquido na cavidade articular
Edema – liquido no subcutâneo.
TESTE DE FLEXÃO E DISTENÇÃO
- Flexiona todos os membros do animal, e o induz a trotar.
- Flexionar por 45 segundos a 1 minuto.
- Quando o membro afetado é flexionado, ocorre intensificação da claudicação
COLUNA
Palpação da cervical.
Utilizar alimento para estimular o animal a virar a cabeça para ambos os lados, para cima e para baixo.
Palpação direta em cima das vertebras, processo espinhoso.
palpação firme em articulação arco ilíaca, buscando dor.
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DE ESTRUTURAS ESPECÍFICAS
- Membros: da região distal para a proximal
- Pescoço
- Lombo
- Garupa
- Casco: usa-se pinça para verificar se há aumento da sensibilidade
EXAMES COMPLEMENTARES
- Bloqueio perineural/intra-articular no diagnóstico
Sedação do local suspeito que seja a origem da claudicação
Faz com que a sensibilização acabe ou diminua por um tempo
Animal para de claudicar
É realizado da região mais distal para a mais proximal
- Radiologia
Suspeita de tecido duro (osso)
- Ultrassonografia
Suspeita de tecido mole (tendão, ligamento, músculo)
- Termografia
Imagem térmica da região - ideal para identificar área de inflamação
- Artrocentese (punção do líquido articular)
Proteína
Mucina
Viscosidade
- Artroscopia (visualização da articulação)
- Biopsia muscular
SISTEMA DIGESTÓRIO
Boca 
Tipos de dentes equinos:
•Incisivos (3 em cada M. arcada)
•Caninos (1 em cada M. arcada): Região caudal aos incisivos. Somente em machos.
•Pré-molares (3 em cada M. arcada) : Região caudal aos caninos. Equinos e ruminantes possuem apenas 3 pré-molares, porém “começa” pelo segundo pré-molar. O 1º pré molar pode ou não existir e é chamado de dente de lobo.
•Molares (3 em cada M. arcada): Região mais caudal da boca. Possui função de mastigação.
- Bovinos, ruminantes e caprinos não possuem os dentes incisivos e caninos superiores. Na M. arcada inferior possuem 4 incisivos.
Os equinos podem ou não nascer com os incisivos, mas eles irão aparecer nas primeiras semanas de vida.
A pinça nos primeiros 7 dias. Troca ocorre em 2 anos e meio.
Os médios em 2 meses. Troca ocorre em três anos e meio.
Os cantos em 6 meses. Troca ocorre em 4 anos e meio.
Pode ser a fórmula: 6 dias pinça, 6 semanas médio e 6 meses o canto.
Até os 5 anos de idade é possível determinar a idade do animal avaliando sua dentição.
Os equinos são hipsodontes, possuem uma coroa de reserva na gengiva que são expostas conforme há desgaste do dente. Isso ocorre por toda a vida do animal.
São anisognata, possuem a mandíbula mais estreita que o maxilar, por isso conforme há desgaste dentário podem ocorrer lesões em vestíbulos ou na língua por pontas irregulares. O movimento de mastigação é latero lateral.
O pasto é o alimento que causa menor desgaste e um desgaste uniforme nos dentes. A ração causa desgaste maior e irregular.
Quanto mais velho o animal for, mais inclinado será seus incisivos.
O sulco de Galvani é uma marcação que aparece no dente do canto após 10 anos de vida. Após os 20 anos este sulco desaparece.
A calda de andorinha é uma elevação no dente que aparece aos 7 anos de vida, quebra, aparece novamente com 9 anos, quebra, volta com 12 anos e quebra com 13 anos desaparecendo definitivamente. 
Após passar pela boca o alimento percorre a laringe, orofaringe, esôfago, estomago. O estomago possui duas superfícies: glandular e aglandular, divididas pela margo plicatus. 
O intestino delgado é muito grande podendo chegar de 20 a 25 metros. Contém duodeno, jejuno e íleo.
O intestino grosso contem: ceco, cólon e reto.
O ceco é uma câmara fermentativa que possui 1 metro, fica na região de flanco superior direito e possui a válvula íleo cecal.
Segmentos do colón: colón maior ventral direito – flexura esternal – cólon maior ventral esquerdo – flexura pélvica – colón maior dorsal esquerdo – flexura diafragmática – colón maior dorsal direito (possui função fermentativa e absorção do líquido) - cólon transverso - colón menor, porção de flanco superior esquerdo podendo ter de 5 a 6 metros de comprimento.
A idade do animal é importante para definir algumas situações. Exemplos:
O mecônio é definido pelas primeiras fezes do animal, excretado nas primeiras horas de vida. O mecônio é composto de restos celulares do intestino e de líquido amniótico. Alguns potros podem apresentar retenção nas primeiras 24 horas de vida, o que leva o animal a óbito.
O enterólito é um cálculo que pode obstruir o intestino e só ocorre em animais mais velhos.
Na anamnese é importante questionar: O que o animal come? Ele pasta? Come ração? Fica somente no cocho ou é solto? Apresenta falta de apetite? Há quanto tempo
Ou seja tudo sobre o manejo alimentar.
O animal se exercita, treina ou é sedentário?
Úlceras gástricas podem ocorrer tanto por estresse como por alimentação inadequada.
Exame físico: inspeção.
Palpar a cernelha ou pressionar a região do retículo (em ruminantes). Observar se o animal flexiona o dorso ou contraí por dor.
Equinos com dor leve: falta de apetite, olha para o flanco, brinca com a água, cava.
Dor moderada: deita, escoiceia o próprio flanco, sinais anteriores exacerbados.
Dor intensa: se joga no chão, taquicardia, taquipneia. Ex em isquemia de alça.
Dor contínua ou intermitente – algumas vezes apresenta dor ou a dor é contínua?
Verificar o pulso na artéria da mandíbula para determinarchoque hipovolêmico (hemorragia) – pulso baixo.
choque sistêmico – pulso alto (inflamação).
Verificar as mucosas para determinar a hidratação. Mucosas muito secas, opacas e sem brilho determinam desidratação.
TPC – 1 ou 2 segundos é normal. Acima disso é considerado má perfusão.
Verificar a elasticidade da pele (animais mais velhos apresentam elasticidade maior).
Exames complementares
Hematócrito – porcentagem de células dentro do plasma sanguíneo. Hematócrito alto representa desidratação (maior quantidade de substancias sólidas do que líquidas no sangue). 
O nível de proteína é de 6 a 8 gramas por decilitro. Quanto maior o valor da proteína plasmática, mais desidratado o animal está.
Desidratação 
Abaixo de 5% - não apresenta.
6% a 8% - leve perda de líquido do organismo.
8% a 10% - desidratação moderada.
10% a 15%- desidratação grave.
maior de 15% - incompatível com a vida. 
Paracentese – punção de líquido do peritônio.
A sonda nasogástrica é utilizada para desobstruir o estomago em caso de timpanismo.
Em ruminantes o utilizada a sonda epigástrica.
Ruminantes
Auscultação/ palpação/ percussão da motilidade
Observando o animal em sentido caudal.
Podem apresentar timpanismo gasoso – aumento de volume da região dorsal direita do abdômen.
Timpanismo espumoso – líquido – aumento de volume em todo o lado esquerdo do abdômen.
Equinos
Auscultação/ palpação/ percussão da motilidade
Observando o animal em sentido caudal
Na ficha:
Normal ++
Hipomotilidade +
Hipermotilidade +++
sem motilidade - +

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