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PORTUGUÊS ENSINO MÉDIO 
Educação 
para Jovens e 
Adultos 
 
 
 
 
PORTUGUÊS 
ENSINO 
MÉDIO 
Educação para Jovens e 
Adultos 
Centro Educacional Pódio 
 
 
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ÍNDICE 
 
 
Módulo I 
OS SONS DA LÍNGUA 05 
LETRAS E DÍGRAFOS 06 
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS 07 
ENCONTROS VOCÁLICOS 08 
SÍLABAS 09 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 11 
ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS 14 
ESTRUTURA E FORMAÇÃO 17 
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 19 
CLASSE GRAMATICAL 22 
NÚMERO (SINGULAR E PLURAL) 25 
ADJETIVO 28 
ARTIGO 32 
NUMERAL 34 
PRONOME 37 
VERBO 44 
LOCUÇÃO VERBAL 45 
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 48 
FORMAÇÃO DO PRESENTE DO SUBJUNTIVO E DO IMPERATIVO 49 
ADVÉRBIO 51 
PREPOSIÇÃO 53 
CONJUNÇÃO 55 
INTERJEIÇÃO 58 
Módulo II 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 59 
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 65 
TERMOS ACESSÓRIOS 67 
ORAÇÃO E PERÍODO 69 
COORDENAÇÃO 74 
 
 
 
Módulo III 
REGRAS DE PONTUAÇÃO 76 
CONCORDÂNCIA VERBAL 80 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 86 
REGÊNCIA 91 
CRASE 94 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 98 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS 100 
BIBLIOGRAFIA 101
 
 
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano 
 
 
 
 
OS SONS DA LÍNGUA 
 
 
 
Á unidade sonora que possui a propriedade de estabelecer distinção entre vocábulos de 
uma língua, damos o nome de fonema. 
 
 
Fonemas : são unidades sonoras mínimas capazes de estabelecer distinção entre 
vocábulos de uma língua. 
 
 
 
A representação gráfica dos fonemas 
 
Você já deve ter percebido que, para representar graficamente os fonemas, contamos com 
uma série de sinais gráficos denominados letras . Além das letras, utilizamos também 
notações léxicas (acentos gráficos, cedilha, til, trema). 
 
Não devemos confundir fonemas com letras . Os fonemas são fenômenos acústicos, isto 
é, sonoros, enquanto as letras são representações gráficas dos fonemas. A fim de facilitar a dis- 
tinção entre letra e fonema, transcreveremos os fonemas entra barras oblíquas ( / / ). 
 
Nem sempre há, numa palavra, equivalência entre o número de fonemas e o de letras, já 
que esses conceitos não se confundem. Observe os exemplos seguintes: 
 
caneta: 6 letras (c-a-n-e-t-a) e 6 fonemas (/k/ /ã/ /t/ /a/) 
 
fixo: 4 letras (f-i-x-o) e 5 fonemas ( /f/ /i/ /k/ /s/ /o/ ) 
 
canta: 5 letras (c-a-n-t-a) e 4 fonemas ( /k/ /ã/ /t/ /a/ ), 
 
carro: 5 letras (c-a-r-r-o) e 4 fonemas (/k/ /a/ /R/ /o/ ) 
 
A diferença entre a quantidade de letras e de fonemas em uma determinada palavra ocorre 
por dois motivos diferentes: 
 
• porque uma única letra pode representar dois fonemas: (em fixo, a letra x representa os 
fonemas /k/ e /s/) ; 
 
• porque duas letras podem representar um único fonema ( em canta, as letras a e n, juntas, 
representam o fonema /ã/; em carro, as letras rr, juntas, representam o fonema /R/) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
 
 
 
 
LETRAS E DÍGRAFOS 
 
 
 
O conjunto das letras recebe o nome de alfabeto ou abecedário. O alfabeto da língua por- 
tuguesa é constituído por 23 letras: 
 
maiúsculas: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z 
 
minúsculas: a b c d e f g h i j l m n o p q r s t u v x z 
 
Observação : As letras k, w, y devem ser apenas utilizadas em casos especiais, como: 
 
• na grafia de abreviaturas e símbolos, bem como em palavras estrangeiras de uso inter- 
nacional: k (potássio), kg (quilograma), kW (quilowatt), yin-yang, show. 
 
• na grafia dos derivados portugueses de nomes próprios estrangeiros: kantismo, dar- 
winismo, byroniano. 
 
Nos dicionários, a letra k aparece entre o j e o l; a letra w, entre o v e o x; a letra y, entre o x e o z. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS 
 
 
 
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes. 
 
Vogais 
 
Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vibrar as cordas vocais 
e não encontra nenhum obstáculo na sua passagem pelo aparelho fonador. 
 
1. Quanto á intensidade da vogal 
 
- Vogal tônica é a vogal pronunciada com maior intensidade na palavra, portanto está 
na sílaba tônica. 
 
- Vogal átona é a vogal pronunciada com intensidade menor que a da tônica. 
 
Ex: Carnudo (nu = sílaba tônica, u = vogal tônica, a e o = vogais átonas). 
 
2. Quanto ao timbre da vogal 
 
- Vogais abertas quando ocorre abertura máxima da boca, como em sofá, café. 
 
- Vogais fechadas quando ocorre abertura mínima da boca, como em avô, duro. São 
fechadas também todas as vogais nasais, como campo. 
 
- Vogais reduzidas São as vogais E e O, quando átonas, que na fala às vezes são tro- 
cadas por /i/ e /u/. 
 
Ex: Leite [leiti], camelo [kamelu]. 
 
Semivogais 
 
As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da sílaba, devendo, por- 
tanto, associar-se a uma vogal para formarem uma sílaba. 
 
Ex1: jaguar u é uma semivogal e a é uma vogal; o ditongo é tido por crescente 
 
Ex2: demais a é vogal e i é semivogal; o ditongo é tido por decrescente 
 
 
Consoantes 
 
Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após vencerem um obstáculo que se 
opõe à corrente de ar. 
 
[n], [m] consoantes nasais. / Restante consoantes orais. 
 
Consoantes sonoras : são produzidas com vibração; ex: [b] [d] [n].. 
Consoantes surdas: são produzidas sem vibração; ex: [f] [t] [p].. 
Os encontros vocálicos referem-se à seqüência de sons vocálicos (vogais e/ou semivogais) 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
 
 
 
 
ENCONTROS VOCÁLICOS 
 
 
 
que pode ocorrer numa mesma sílaba ou em sílabas separadas. As vogais serão as pronunci- 
adas mais fortes, enquanto as semivogais serão mais fracas, ou seja, e átonas. São três os 
tipos de encontros vocálicos: hiatos, ditongos e tritongos. 
 
hiatos : é a seqüência de duas vogais em sílabas diferentes. (saúde, cooperar, ruim, crêem). 
 
ditongos : podem ser classificados em decrescentes (pouco) ou crescentes (série) e orais 
(todos aqueles que não são nasais) ou nasais (pão). 
 
tritongos : são constituídos por uma vogal entre duas semivogais numa só sílaba. 
 
Os tritongos também podem ser classificados em nasais ou orais, seguindo as mesmas 
regras dos ditongos. 
 
Além dessas regras gerais, deve-se observar também que: 
 
Am / em, no final das palavras, correspondem aos ditongos ao / ei nasalizados. 
 
Cuidado com os falsos ditongos, pois quando átonos finais, os encontros (ia, ie, io, ao e ua) 
são normalmente ditongos crescentes, mas também podem ser hiatos. Se esses grupos não 
forem finais nem átonos, só podem ser hiatos (memória, democracia, viela). 
 
Os encontros de palavras como praia, maio, feio, goiaba e baleia são separados de forma a 
criar um ditongo e uma vogal sozinha depois. 
 
 
Encontro Consonantal: 
 
O encontro consonantal é a seqüência de duas ou mais consoantes, sem vogal inter- 
mediária, que não sejam dígrafo. Esse encontro pode ocorrer na mesma sílaba ou não (car- 
pete, bíblia). 
 
Os encontros consonantais (gn, mn, pn, ps, pt e tm) não são muito comuns. Quando eles 
aparecem no início da sílaba são inseparáveis. Quando estão no meio criam uma pronúncia 
mais difícil (pneu/advogado). No uso coloquial, há uma tendência a destruir esse encontro, 
inserindo a vogal i depois da consoante surda.Quando x corresponde a cs (táxi, falamos "tácsi"), há um encontro consonantal fonético. 
Nesse caso, x é chamado de dífono. 
 
 
Dígrafos Consonantais e Vocálicos: 
 
Denominamos dígrafo os grupos formados por duas letras, mas que representam um único 
fonema. 
 
São dígrafos consonantais: os grupos representados por ch: chaveiro; lh: falhar, nh: ninho; 
gu: guerra; qu: quilo; sc:nascer; rr:terra; ss: passo; xc: excesso. 
 
Os dígrafos vocálicos são formados pelos grupos am:campo; an:canto; in: lindo; 
em:embaixo; en:tentação; om: ombro; on: tonto; um:comum; im: império; un:mundo. 
 
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano 
 
 
 
 
 
SÍLABAS 
 
 
 
A sílaba é conjunto de sons que pode ser emitido numa só expiração. Na língua portugue- 
sa a parte central da sílaba sempre é a vogal. 
 
Assim, na estrutura da sílaba existe, uma vogal, à qual se juntam, ou não, semivogais ou 
consoantes. 
 
A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente, de forma 
melódica. 
 
Na língua portuguesa, os vocábulos são classificados de acordo com o número de sílabas 
que apresentam, podendo ser: 
 
• monossílabos (apenas uma sílaba): cão, chá; 
• dissílabos (apresenta duas sílabas): mulher, garfo; 
• trissílabos (possuem três sílabas): macaco, equipe; 
• polissílabos (formados por mais de três sílabas): amizade; felicidade. 
 
A consoante inicial não seguida de vogal fica na sílaba seguinte (pneu-má-ti-co, mne-mô-ni- 
co). Se a consoante não seguida de vogal estiver dentro do vocábulo, ela fica na sílaba prece- 
dente (ap-to, rit-mo). 
 
 
DIVISÃO SILÁBICA: 
 
Na separação das sílabas prevalece a soletração e não os elementos que constituem a 
palavra. 
 
Portanto, as regras de divisão silábica obedecem aos critérios. Dessa forma, podemos esta- 
belecer as regras a seguir. 
 
Não se separam: 
 
• Os ditongos e os tritongos: cau-sas: U-ru-guai. 
 
• Os dígrafos: lh,nh,ch,qu e gu: fo-lha; vi-nho; a-cha-do; a-qui-lo; fo-gue-te. 
 
• Os grupos vocálicos formados por consoante + l e consoante + r : su-bli-me; pla-no; pra-to. 
 
• As consoantes que não são seguidas de vogal no início da palavra: pneu-má-ti-co; gno-mo; 
psi-co-lo-gi-a 
 
• Os prefixos bis,dis,trans,ex quando seguidos de consoantes: bis-ne-to; dis-rit-mia; trans- 
por-te; ex-por-tar. 
 
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Separam –se: 
 
• Os hiatos: co-or-de-nar; ru-im; sa-í-da; vo-ar; a-in-da. 
 
• Os dígrafos: rr,ss,sc, sç , xc: ma-car-rão, as-sa-do, a-do-les-cen-te, cres- ça, ex-ce-ção. 
 
• Os encontros consonantais cc e cç : séc-ção; in-te-lec-ção. 
 
• As consoantes internas que não vêm seguidas de vogal: ad-vir;af-ta;e-gip-cio;re-cep-ção. 
 
• Os prefixos bis, des dis, cis, trans, ex quando seguidos de vogal: bi-sa-vó, de-ses-pe-rar, 
di-sen-te-ria, ci-sal-pi-no, tran-sa-tlân-tico, e-xo-ne-rar. 
 
• Os grupos bl e Br quando pronunciados separadamente: sub-lo-car; sub-lu-nar, ab-rup-to. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ACENTUACÃO GRÁFICA 
 
 
 
ACE NTUAÇÃO GRÁFICA 
 
A acentuação gráfica consiste na aplicação de certos sinais - chamados notações léxicas - 
escritos sobre algumas letras para representar o que foi estipulado pelas regras de acentuação. 
Esses sinais fazem parte dos diacríticos - além dos acentos, o trema, o apóstrofo e o hífen. 
 
O til e o trema não se incluem entre os acentos, e nos vocábulos que os levam poderão 
receber noutras letras os acentos necessários, como ímã, qüinqüenio, bilíngüe. 
 
 
Os acentos 
 
• o acento agudo ( ´ ) - colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e do grupo em, indica que 
essas letras representam as vogais tônicas da palavra: carcará , caí , armazém . Sobre as 
letras e e o, indica, além de tonicidade, timbre aberto: lépido, céu , léxico . 
 
OBS: Nem sempre o acento agudo indica vogal aberta. Pode, tão somente, quando sobre- 
posto a i e u, assinalar vogal tónica: tímido, caí , túmulo, baú . 
 
• o acento circunflexo ( ^) - colocado sobre as letras a, e e o, indica, além de tonicidade, tim- 
bre fechado: lâmpada , pêssego , supôs , vêem , Atlântico . 
 
• o til ( ~ ) - indica que as letras a e o representam vogais nasais: alemã , órgão, portão , 
expõe, corações , ímã . 
 
• o acento grave ( ` ) - indica a ocorrência da fusão da preposição a com os artigos a e as, 
com os pronomes demonstrativos a e as e com a letra a inicial dos pronomes aquele, aque- 
la, aqueles, aquelas, aquilo: à , às , àquele, àquilo. 
 
OBS: Quando seguidas de m ou n, as letras e, e, o representam vogais nasais, comumente 
fechadas, recebem acento circunflexo, e não agudo. Ex: câmara, fêmur, ânus. A única 
exceção ocorre nas terminações -em, -ens em que se usa acento agudo [porém, contém, 
provém, parabéns], a não ser nas formas da 3ª pessoa do plural, quando passa a usar o cir- 
cunflexo. 
 
• o apóstrofo - nuns poucos casos, assinala a supressão de fonemas: 'tá, frango-d'água, 
pau-d'oco, "Vozes d'África", 'stamos , 'maginar, 'bora, etc. 
 
• o trema ( ¨ ) - indica que o u é semivogal, ou seja, é pronunciado atonamente nos grupos 
gue, gui, que, qui: ungüento, sagüi , seqüestro , eqüino (essa grafia é utilizada apenas no 
Brasil). 
 
• o hífen - usa-se para: 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
unir os elementos formadores de compostos: guarda-chuva, pé-de-moleque, ultra-som. 
 
unir pronomes átonos a verbos: pôr-se, levar-te-ei. separar os elementos de uma 
palavra escrita na translineação: car-ro, pas-so, gló-ria. indicar a separação das sílabas de 
um vocábulo: car-ro, pas-so, gló-ri-a ou gló-ria. indicar supressão de elementos mórficos. 
 
 
As regras básicas 
 
As regras de acentuação gráfica procuram reservar os acentos para as palavras que se 
enquadram nos padrões prosódicos menos comuns da língua portuguesa. Disso, resultam as 
seguintes regras básicas: 
 
• proparoxítonas - são todas acentuadas. É o caso de: lâmpada, relâmpago, Atlântico, 
trôpego, Júpiter, lúcido, óptimo, víssemos, flácido. 
 
• paroxítonas - são as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que 
recebem menos acentos. São acentuadas as que terminam em: 
 
• i, is : táxi, beribéri, lápis, grátis, júri. 
 
• us , um , uns : vírus, bónus, álbum, parabélum, álbuns, parabéluns. 
 
• l, n, r, x, ps ': incrível, útil, ágil, fácil, amável, éden, hífen, pólen, éter, mártir, caráter, 
revólver, tórax, ônix, fênix, bíceps, fórceps . 
 
• ã , ãs , ão , ãos : ímã, órfã, ímãs, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos. 
 
• ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s : água, árduo, pónei, 
cáries, mágoas, jóqueis. 
 
 
• oxítonas - são acentuadas as que terminam em: 
 
• a , as : Pará, vatapá, estás, irás, cajá. 
 
• e , es : você, café, Urupês, jacarés. 
 
• o, os : jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, cipó, mocotó. 
 
• em , ens : alguém, armazéns, vintém, parabéns, também, ninguém. 
 
 
• monossílabos tônicos - são acentuados os terminados em: 
 
• a , as : pá, vá, gás, Brás, cá, má. 
 
• e , es : pé, fé, mês, três, crê. 
 
• o, os : só, xô, nós, pôs, nó, pó, só. 
 
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• ditongo - abertostónicos 
 
• éi: anéis, atéia, papéis 
 
• éu : céu, troféu, véu 
 
• ói: alcalóide, heróico, jibóia 
 
 
• hiato - i e u nas condições: 
 
• sejam a segunda vogal tônica de um hiato; 
 
• formem sílabas sozinhos ou com s na mesma sílaba; 
 
• não sejam seguidas pelo dígrafo nh; 
 
• não forem repetidas (i-i ou u-u); 
 
ex.: aí: a-í; balaústre : ba-la-ús-tre; egoísta : e-go-ís-ta; faísca : fa-ís-ca; viúvo; vi-ú-vo; 
heroína : he-ro-í-na; saída : sa-í-da; saúde : sa-ú-de ; juuna: ju-u-na, xiita: xi-i-ta. 
 
• Não se acentuam as palavras oxítonas terminadas em i ou u (seguidos ou não dos). 
Palavras como baú, saí, Anhagabaú, etc., são acentuadas não por serem oxítonas, mas por o i 
e o u formarem sílabas sozinhos, num hiato. 
 
 
Acento diferencial: 
 
O acento diferencial é utilizado para diferenciar palavras de grafia semelhante. Usamos o 
acento diferencial - agudo ou circunflexo - nos vocábulos da coluna esquerda para diferenciar 
dos da direita: 
 
• côa/côas (verbo coar) - coa/coas (com + a/as) 
 
• pára (3.ª pessoa do sing. do pres. do ind. de parar) - para (preposição) 
 
• péla/pélas e péla (verbo pelar e subst.) - pela/pelas (per + a/as) 
 
• pêlo/pêlos e pélo (subst. e verbo pelar) - pelo/pelos (per + o/os) 
 
• péra (arcaísmo-subst. pedra) - pera (arcaísmo-prep. para) 
 
• pêra (subst. fruto da pereira) - pera (arcaísmo-prep. para) 
 
• pôde (pret. perf. do ind. de poder) - pode (pres. do ind. de poder) 
 
• pólo/pólos (subst. eixo em torno do qual uma coisa gira) - polo/polos (aglutinação da 
prep. por e dos arts. arcaicos lo/las) 
 
• pôr (verbo) - por (preposição) 
 
 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS 
 
 
 
ORTOGRAFIA 
 
É a parte da gramática que trata da correta representação gráfica das palavras segundo o 
sistema ortográfico estabelecido para a língua portuguesa. Não existem regras propriamente 
ditas, mas orientações que facilitam a tarefa de grafar as palavras de forma correta. 
 
A melhor maneira de esclarecer dúvidas quanto à grafia de uma palavra é a consulta ao 
dicionário. 
 
Emprego do h 
 
O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou da 
tradição escrito do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas: 
 
• Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina. 
 
homem, higiene, honra, hoje, herói. 
 
• Emprega-se o h no final de algumas interjeições. 
 
Oh! Ah! 
 
• No interior dos vocábulos não se usa h , exceto: 
 
- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao 
primeiro. 
 
super-homem, pré-história. 
 
- quando ele faz parte dos dígrafos ch , lh, nh. 
 
Passarinho, palha, chuva. 
 
 
Emprego do s 
 
Emprega-se a letra s : 
 
• nos sufixos -ês , -esa e –isa , usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, 
profissão, estado social, títulos honoríficos. 
 
Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa. 
 
• nos sufixos –oso e –osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos. 
 
delicioso, gelatinosa. 
 
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano 
 
• depois de ditongos. 
 
coisa, maisena, Neusa. 
 
• nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos. 
 
puser, repusesse, quis, quisemos. 
 
• nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s. 
 
análise: analisar, analisado 
 
pesquisa: pesquisar, pesquisado. 
 
 
Emprego do z 
 
Emprega-se a letra z nos seguintes casos: 
 
• nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de adjetivos. 
 
rigidez (rígido), riqueza (rico). 
 
• nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z. 
 
cruz: cruzeiro, cruzada. 
 
deslize: deslizar, deslizante. 
 
 
Emprego dos sufixos –ar e –izar. 
 
Emprega-se o sufixo –ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s , caso con- 
trário, emprega-se –izar. 
 
análise – analisar eterno – eternizar 
 
 
Emprego das letras e e i. 
 
Algumas formas dos verbos terminados em –oar e –uar grafam-se com e . 
 
perdoem (perdoar), continue (continuar). 
 
Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –uir grafam-se com i. 
 
atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir). 
 
 
Emprego do x e ch. 
 
Emprega-se a letra x nos seguintes casos: 
 
 
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- depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa. 
 
- depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar, enchu- 
maçar e seus derivados). 
 
- depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados). 
 
- palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô. 
 
 
Emprego do g ou j 
 
Emprega-se a letra g 
 
- nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio. 
 
- nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem. 
 
Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana: pajé, canjica, jirau. 
 
 
Emprego de s , c, ç , sc, ss . 
 
- verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess . 
 
ceder – cessão. 
conceder - concessão. 
retroceder - retrocesso. 
Exceção: exceder - exceção. 
 
- nos verbos grafados com nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns . 
 
ascender – ascensão 
expandir – expansão 
pretender – pretensão. 
 
- verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção. 
 
deter – detenção 
conter – contenção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTRUTURA E FORMAÇÃO 
DAS PALAVRAS 
 
 
Estrutura das palavras 
 
Estudar a estrutura das palavras é estudar os elementos que formam a palavra, denomina- 
dos de morfemas. São os seguintes os morfemas da Língua Portuguesa. 
 
Radical:O que contém o sentido básico do vocábulo. Aquilo que permanecer intacto, quan- 
do a palavra for modificada. 
Ex. falar, comer, dormir, casa, carro. 
 
Obs: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, retirando-se a terminação AR, ER ou IR 
 
 
Vogal Temática: 
 
Nos verbos, são as vogais A, E e I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a que con- 
jugação o verbo pertence: 
 
• 1ª conjugação = Verbos terminados em AR . 
• 2ª conjugação = Verbos terminados em ER . 
• 3ª conjugação = Verbos terminados em IR. 
 
Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que proveio do antigo verbo poer . 
 
Nos substantivos e adjetivos, são as vogais A, E, I, O e U , no final da palavra, evitando que 
ela termine em consoante. Por exemplo, nas palavras meia , pente, táxi, couro , urubu . 
 
Cuidado para não confundir vogal temática de substantivo e adjetivo com 
desinência nominal de gênero, que estudaremos mais à frente. 
 
Tema: 
 
É a junção do radical com a vogal temática . Se não existir a vogal temática, o tema e o 
radical serão o mesmo elemento; o mesmo acontecerá, quando o radical for terminado em 
vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, o tema sempre será a soma do radical com a 
vogal temática - estuda , come , parti; em se tratando de substantivos e adjetivos, nem sem- 
pre isso acontecerá. Vejamos alguns exemplos: No substantivo pasta , past é o radical, a , a 
vogal temática, e pasta o tema; já na palavra leal, o radical e o tema são o mesmo elemento 
- leal, pois não há vogal temática;e na palavra tatu também, mas agora, porque o radical é 
terminado pela vogal temática. 
 
Desinências : 
 
É a terminação das palavras, flexionadas ou variáveis, posposta ao radical, com o intuito de 
modificá-las. Modificamos os verbos, conjugando-os; modificamos os substantivos e os adje- 
tivos em gênero e número. Existem dois tipos de desinências: 
 
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Desinências verbais: 
 
Modo-temporais indicam o tempo e o modo. São quatro as desinências modo-temporais: 
 
-va- e -ia- para o Pretérito Imperfeito do Indicativo = estudava, vendia, partia. 
-ra- para o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo = estudara, vendera, partira. 
-ria- para o Futuro do Pretérito do Indicativo = estudaria, venderia, partiria. 
-sse- para o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo = estudasse, vendesse, partisse. 
 
Número-pessoais indicam a pessoa e o número. São três os grupos das 
desinências número-pessoais. 
 
Grupo I: i, ste, u, mos, stes, ram , para o Pretérito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu 
cantaste, ele cantou, nós cantamos, vós cantastes , eles cantaram. 
 
Grupo II: -, es, -, mos, des, em , para o Infinitivo Pessoal e para o Futuro do Subjuntivo = 
Era para eu cantar , tu cantares , ele cantar , nós cantarmos , vós cantardes , eles 
cantarem . Quando eu puser , tu puseres , ele puser , nós pusermos , vós puserdes , eles 
puserem . 
 
Grupo III: -, s , -, mos, is, m , para todos os outros tempos = eu canto , tu cantas , ele 
canta , nós cantamos , vós cantais , eles cantam . 
 
 
Desinências nominais: 
 
de gênero indica o gênero da palavra. A palavra terá desinência nominal de gênero, 
quando houver a oposição masculino - feminino. 
 
Por exemplo cabeleireiro - cabeleireira . 
 
A vogal a será desinência nominal de gênero sempre que indicar o feminino de uma 
palavra, mesmo que o masculino não seja terminado em o. 
 
Por exemplo: crua, ela, traidora . 
 
de número indica o plural da palavra. É a letra s , somente quando indicar o plural da 
palavra. 
 
Por exemplo: cadeiras, pedras, águas . 
 
Afixos : São elementos que se juntam a radicais para formar novas palavras. São eles: 
 
Prefixo: É o afixo que aparece antes do radical. Por exemplo destampar, incapaz, amoral. 
 
Sufixo : É o afixo que aparece depois do radical, do tema ou do infinitivo. Por exemplo 
pensamento , acusação , felizmente . 
 
Vogais e consoantes de ligação : São vogais e consoantes que surgem entre dois mor- 
femas, para tornar mais fácil e agradável a pronúncia de certas palavras. 
 
Por exemplo flores, bambuzal, gasômetro, canais. 
 
 
 
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PROCESSO DE FORMAÇÃO 
DAS PALAVRAS 
 
 
As palavras podem ser formadas por dois processos básicos: a derivação e a composição. 
Além desses, há o hibridismo, a onomatopéia, a abreviação vocabular e a formação de siglas. 
 
 
1. Derivação: 
 
A derivação consiste em formar novas palavras a partir de uma palavra primitiva. 
 
Feliz (primitiva) felizmente (derivada) 
Infeliz (derivada) infelizmente (derivada) 
 
Entende-se por palavra primitiva aquela que não provém de nenhuma outra; ao contrário, 
permite que dela se originem novas palavras. 
 
A derivação pode ser : prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, parassintética, regressiva e 
imprópria. 
 
• Derivação prefixal (ou prefixação) quando se acrescenta um prefixo ao radical. 
 
Infeliz in + feliz 
(prefixo) (radical) 
 
• Derivação sufixal (ou sufixação) quando se acrescenta um sufixo ao radical. 
 
Felizmente feliz + mente 
(radical) (sufixo) 
 
• Derivação prefixal e sufixal quando se acrescenta um prefixo e um sufixo ao radical. 
 
In + feliz + mente 
(prefixo) (radical) (sufixo) 
 
• Derivação parassintética (ou parassíntese) quando se acrescenta simultanea- 
mente um prefixo e um sufixo ao radical. 
 
Amadurecer a + madur + ecer 
(prefixo) (radical) (sufixo) 
 
Nas palavras formadas por derivação parassintética, não é possível suprir nem o prefixo 
nem o sufixo, pois ficam sem sentido, ao contrário da derivação por prefixação e sufixação. 
 
Na palavra amadurecer, se tirarmos o prefixo a, teremos madurecer; se eliminarmos o 
sufixo ecer, teremos amadur. As duas palavras não existem em língua portuguesa. 
 
• Derivação regressiva quando há reprodução da palavra primitiva. 
 
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Combate – combater – r 
Renúncia – renunciar – r 
 
• Derivação imprópria quando ocorre mudança na classe gramatical da palavra. 
 
 
 
Palavra derivada ou primitiva? 
 
Para saber se um substantivo é palavra primitiva ou derivada, é preciso observar 
alguns itens: 
 
a) O substantivo será palavra derivada se denotar ação. 
 
Corte (substantivo) cortar (verbo) 
Palavra derivada Palavra primitiva 
 
b) o substantivo será palavra primitiva se nomear objeto ou substância. 
 
Escova escovar 
Palavra primitiva palavra derivada 
 
 
 
Por exemplo: 
 
A face rosa parecia combinar com os olhos azuis. 
 
 
substantivo empregado como adjetivo 
 
 
Este m as sempre atrapalha sua vida. 
 
 
Conjunção usada como substantivo. 
 
 
2 – Composição: 
 
A composição consiste na reunião de dois ou mais radicais para a formação de nova palavra. 
 
Amor-perfeito (amor+perfeito) aguardente (água+ardente) 
 
Composição por justaposição quando dois elementos da palavra composta con- 
servam a sua integridade morfológica. 
 
porco-espinho pé-de-vento malmequer 
passatempo guarda-chuva vaivém 
 
 
Composição por aglutinação quando os elementos da palavra composta unem-se 
totalmente, perdendo-se a idéia de composição e havendo inclusive a perda de som. 
 
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planalto (de plano + alto) 
pontiagudo (ponta + i + agudo) 
embora (em + boa + hora) 
fidalgo (filho + de + algo) 
 
 
3 – Hibridismo: 
 
O hibridismo consiste em formar novas palavras utilizando elementos de línguas diferentes. 
Na palavra automóvel, auto é um radical grego e móvel, um radical latino. 
 
Outros exemplos de palavras híbridas: monóculo, neolatino, televisão (grego e latim); bí- 
gamo, decímetro, sociologia (latim e grego); burocracia (francês e grego). 
 
 
4 – Onomatopéia: 
 
As onomatopéias são palavras formadas a partir da reprodução aproximada de certos sons 
ou ruídos. Exemplos: zunzum, tique-taque, toque-toque, reco-reco. 
 
Os verbos que exprimem vozes de animais são palavras onomatopaicas: Por exemplo: miar, 
piar, coaxar, cacarejar, ronronar. 
 
 
5 – Abreviação vocabular: 
 
Na abreviação, ocorre a redução de uma palavra: pornô (pornográfico), metrô (metropoli- 
tano), extra (extraordinário), gel (gelatina), mol (molécula), micro (microcomputador), vídeo 
(videocassete). 
 
 
6 – Formação de siglas: 
 
Chama-se sigla a reunião das letras iniciais dos elementos que formam um nome, consti- 
tuindo um tipo especial de abreviatura: FUNAI (Fundação Nacional do Índio), IPTU (Imposto 
Predial e Territorial Urbano), CPF (Cadastro de Pessoas Físicas). 
 
Freqüentemente surgem construções derivadas de siglas, por exemplo: petistas(membros 
do PT – Partido dos Trabalhadores); peemedebistas (membros do PMDB – Partido do 
Movimento Democrático Brasileiro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Substantivo: 
 
Denominamos substantivo toda palavra que dá o nome a pessoas, lugares, objetos, 
ações,sentimentos, idéias: Antônio, Brasil, espada, pensamento, tristeza, beleza, esperança. 
 
Quando você tiver dificuldade para identificar um substantivo em uma frase ou texto, per- 
gunte: Que nome damos a isso? A resposta será um substantivo. 
 
Pertence á classe dos substantivos qualquer palavra que admite artigo ou pronome como 
determinantes. Por exemplo: a alegria; essa saudade; minha crença; alguma coisa. 
 
 
Class ificação dos substantivos: 
 
O substantivo pode ser classificado em simples, composto, primitivo, derivado, próprio, 
comum, concreto, abstrato e coletivo. 
 
 
Substantivo simples são os formados por apenas uma palavra: pé, roupa. 
 
Substantivos compostos são os formados por duas ou mais palavras: guar- 
da-roupa, pé-de-moleque. 
 
Substantivos primitivos são os que dão origem a outras palavras: pedra. 
 
Substantivos derivados são formados a partir de um outro substantivo: 
pedrinha 
 
Substantivos comuns são os que nomeiam qualquer ser de uma espé- 
cie: convento. 
 
Substantivos próprios são os que dão nome a um ser em particular. São 
escritos com iniciais maiúsculas: Tereza. 
 
Substantivos concretos são os que dão nome a objetos, seres (reais ou 
imaginários): mesa, casa, bruxa, Deus, vento. 
 
Substantivos abstratos são os que dão nome a ações, idéias, sentimen- 
tos, qualidades: beleza, honestidade, beijo, paixão. 
 
Substantivos coletivos são substantivos que, embora no singular, 
indicam um conjunto de seres da mesma espécie: abecedário (conjunto de letras), bi- 
blioteca (conjunto de livros), ramalhete (conjunto de flores). 
 
 
 
 
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Flexão do substantivo 
 
O substantivo pertence á classe de palavras variáveis e, desse modo, apresenta mudanças 
quanto á forma, podendo ser flexionado em gênero, número e grau. 
 
gênero: menino (masculino) menina (feminino) 
número: louco (singular) loucos (plural) 
grau: casinha (diminutivo) casarão (aumentativo) 
 
 
Gênero (masculino e feminino) 
 
Quanto ao gênero, os substantivos podem ser biformes e uniformes. 
 
Os substantivos biformes apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: 
 
Professor professora homem mulher boi vaca 
Camponês camponesa poeta poetisa bode cabra 
 
Os substantivos uniformes apresentam uma única forma para indicar o masculino e o 
feminino: 
 
O jovem – a jovem a pessoa a vítima 
O agente – a agente a testemunha a criança 
 
 
Feminino dos substantivos biformes: 
 
Na passagem de um substantivo masculino para o feminino, normalmente se troca a 
terminação –o por –a , ou acrescenta-se –a : 
 
Menino menina médico médica cantor cantora 
 
Conforme a terminação da palavra, há outras formas de se fazer o feminino. 
 
Leão leoa elefante elefanta barão baronesa 
Ator atriz poeta poetisa herói heroína 
Sacerdote sacerdotisa abade abadessa réu ré 
 
 
Os Substantivos masculinos terminados em –or formam o feminino de duas formas: 
 
Ator atriz leitor leitora 
 
O feminino de embaixador pode ser embaixatriz (esposa do embaixador) e embai- 
xadora (funcionária da embaixada). 
 
 
Feminino dos substantivos uniformes: 
 
Os substantivos uniformes classificam-se em: comum de dois, sobrecomum e epiceno. 
 
- Substantivo comum de dois 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
Os substantivos que tanto podem ser masculinos como femininos são chamados de comum 
de dois gêneros. Para indicar o gênero, é preciso acrescentar algum determinante: 
 
o artista a artista um cliente uma cliente 
 
 
- Substantivo sobrecomum – 
 
Os substantivos que apresentam um só gênero para designar o masculino e o feminino são 
chamados de sobrecomum . 
 
o monstro o indivíduo a criança a vítima 
 
 
Para explicitar a quem se refere o substantivo é preciso verificar o contexto ou utilizar 
algum tipo de indicação: 
 
A vítima, um menino de oito anos, encontra-se no hospital. 
 
 
 
- Substantivo epiceno 
 
Alguns substantivos que nomeiam animais também apresentam uma única forma para o mas- 
culino e feminino. São os epicenos. Para indicar o sexo dos animais, acrescenta-se macho ou fêmea. 
 
A andorinha macho a andorinha fêmea 
 
 
Há substantivos que apresentam radical diferente na formação do feminino. 
 
Rei rainha carneiro ovelha frade freira 
Cavalheiro dama bode cabra veado cerva 
 
 
Observe os substantivos de gênero variável (que podem ser masculino e feminino): 
 
• o diabetes ou a diabetes • o usucapião ou a usucapião 
• o laringe ou a laringe • o soprano ou a soprano 
• o personagem ou a personagem • o íris ou a íris 
 
 
Atente para alguns substantivos que variam de sentido conforme a mudança de gênero: 
 
• o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo) 
• o capital (dinheiro) a capital (cidade principal) 
• o grama (unidade de massa) a grama (relva) 
• o guia (orientador) a guia (formulário) 
• o guarda (vigia) a guarda (vigilância) 
• o moral (ânimo) a moral (ética) 
 
São masculinos os substantivos: o campanha, o lança-perfume, o milhar, o dó, o 
guaraná, o telefonema, o eclipse, o plasma, o estratagema. 
 
São femininos os substantivos: a cal, a omoplata, a elipse, a faringe, a comichão, a 
dinamite, a libido, a alface, a ferrugem. 
 
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NÚMERO (SINGULAR E PLURAL) 
 
 
 
Formação do plural dos substantivos simples: 
 
O substantivo pode ser flexionado no singular ou plural: 
 
casa casas 
 
Na passagem do singular para o plural, normalmente ocorre com acréscimo da letra –s no 
final da palavra: 
 
colégio colégios mãe mães troféu troféus 
cidadão cidadãos 
 
 
Conforme a terminação da palavra no singular, há outras formas de se fazer o plural: 
 
pão - pães cão - cães limão - limões 
jornal - jornais papel - papéis réptil - répteis 
revólver - revólveres raiz - raízes gás - gases 
álbum - álbuns item - itens dom - dons 
 
 
Substantivos terminados em x são invariáveis: 
 
O tórax - os tórax o látex - os látex 
O ônix - os ônix a fênix - fênix 
 
 
Substantivos paroxítonos terminados em s são invariáveis no plural: 
 
O lápis – os lápis o atlas – os atlas o pires – os pires 
 
Há substantivos em que só se empregam no plural: belas-artes; óculos; condolências; 
núpcias; fezes; olheiras; pêsames; víveres. 
 
 
Plural dos substantivos compostos unidos por hífen: 
 
Em geral flexionam-se os elementos que são substantivos, adjetivos, numerais e pronomes adjetivos: 
 
Mestre-escola: mestres-escolas (substantivo - substantivo) 
Amor-perfeito: amores-perfeitos (substantivo – adjetivo) 
Alto-relevo: altos-relevos (adjetivo - substantivo) 
Quinta-feira: quintas-feiras (numeral – substantivo) 
Padre-nosso: padres-nossos (substantivo – pronome) 
 
 
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Observe outras regras: 
 
1. Quando a palavra for formada por dois substantivos, se o segundo indicar uma carac- 
terística especial do primeiro, pluraliza-se somente o primeiro: pombo-correio = pombos 
correios. 
 
2. Quando a palavra for formada por verbo e substantivo, somente o substantivo vai para o 
plural: caça-níquel = caça-níqueis. 
 
3. Quando as palavras que compõem o substantivo composto forem ligadas por de, do, 
sem, só vai para o plural a primeira palavra: pé-de-moleque= pés-de-moleque. 
 
4. Quando as palavras que compõem o substantivo composto forem onomatopaicas ou 
repetidas, só vai para o plural a segunda palavra: bem-te-vi = bem-te-vis; tico-tico = tico-ticos. 
 
5. Quando os dois elementos são formados por verbos, admite-se o plural dos dois termos: 
quero-quero = queros-queros; pisca-pisca = piscas-piscas; 
 
 
Plural dos substantivos compostos sem hífen: 
 
Os substantivos compostos sem hífen são flexionados como os substantivos simples: 
 
Pontapé pontapés vaivém vaivens girassol girassóis 
 
 
Observação : 
 
Observe os substantivos composto pela palavra guarda. 
 
Se a palavra guarda for verbo, flexiona-se somente o último elemento: 
 
Guarda-chuva guarda-chuvas guarda-roupa guarda-roupas 
 
 
Se a palavra guarda for um substantivo, flexionam-se os dois elementos: 
 
Guarda-civil guardas-civis guarda-noturno guardas noturnos 
 
 
Grau (aumentativo e diminutivo): 
 
Além da flexão de gênero e número, o substantivo pode ter variação de grau: aumentativo 
e diminutivo, em relação ao grau normal. Por exemplo: 
 
casinha (grau diminutivo) 
casa (grau normal) 
casarão (grau aumentativo) 
 
 
 
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Formação do grau aumentativo e diminutivo: 
 
Para se formar o grau do substantivo, podem-se usar as formas: 
 
1. Analítica - com os adjetivos que indicam aumento ou diminuição. 
 
• aumentativo analítico: pedra grande; pé imenso. 
• diminutivo analítico: pedra pequena; pé minúsculo. 
 
2. Sintética – com os sufixos que indicam aumento ou diminuição: 
 
• aumentativo sintético: pedrona; pezão. 
• diminutivo sintético: pedrinha; pezinho 
Módulo I - 1º ano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ADJETIVO 
 
 
 
O adjetivo é a palavra que caracteriza os seres ou objetos nomeados pelo substantivo, indi- 
cando-lhes uma qualidade, caráter, modo de ser ou estado. 
 
 
Locução adjetiva 
 
Além do adjetivo, os substantivos podem ser modificados por uma locução adjetiva , 
isto é, por uma expressão formada por mais de uma palavra e que tenha valor de adjeti- 
vo. Por exemplo: 
 
O sol da manhã é bom para a pele. 
 
 
Class ificação do adjetivo: 
 
O adjetivo classifica-se em simples, composto, primitivo, derivado e pátrio. 
 
 
Adjetivo simples - aquele formado por uma só palavra: esperto. 
 
Adjetivo composto - aquele formado por mais de uma palavra: econômico-financeiro. 
 
 
 
Adjetivo pátrio – aqueles que se referem ao lugar de origem: cidadão brasileiro; 
louças inglesas; viajante australiano; vinho chileno. 
 
 
 
Adjetivo primitivo – aquele que não deriva de outra palavra da língua: bom, grande, verde. 
 
Adjetivo derivado - aquele que se origina de uma palavra primitiva (substantivo, verbo 
ou mesmo adjetivo) : bondoso (derivado do adjetivo bom). 
 
 
 
Flexão do adjetivo: 
 
O adjetivo também pode ser flexionado em gênero, número e grau. 
 
Gênero : casa bonita (feminino) carro bonito (masculino) 
Número: móvel prático (singular) móveis práticos (plural) 
Grau : funcionária gentil (normal) funcionária gentilíssima (superlativo) 
 
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Gênero (masculino e feminino): 
 
Feminino dos adjetivos biformes - aqueles que possuem duas formas para a indicação 
do gênero. 
 
Em língua portuguesa, a formação do feminino do adjetivo obedece a seguinte regra: troca- 
se o por a: menino esperto menina esperta. 
 
Nos adjetivos compostos só o último elemento é flexionado: estudo luso-brasileiro – relação 
luso-brasileira. Exceção: homem surdo-mudo mulher surda-muda 
 
Dependendo da terminação da palavra, há outros tipos de flexão. 
 
francês - francesa cru - crua 
ancião - anciã bonachão - bonachona 
judeu - judia europeu - européia 
 
 
Número (singular e plural): 
 
Adjetivo simples: 
 
O adjetivo simples é flexionado em número, concordando no singular ou plural com o subs- 
tantivo a que se refere. 
 
Peça antiga - peças antigas questão fácil - questões fáceis 
 
 
Adjetivo composto: 
 
No adjetivo composto, somente o último elemento é flexionado no plural: 
Uniforme verde-escuro - uniformes verde-escuros 
Olho azul-claro - olhos azuis claro 
Exceção : surdo-mudo, cujo plural é surdos-mudos. 
 
 
Atenção! 
 
1.Os substantivos empregados com o valor de adjetivo ficam invariáveis no plural: 
 
Camiseta rosa – camisetas rosa gravata cinza – gravatas cinza 
 
2. Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis se o último elemento for 
um substantivo: 
 
Vida cor-de-rosa – vidas cor-de-rosa carro verde-oliva – carros verde-oliva 
 
3. Os adjetivos compostos azul marinho e azul-celeste são sempre invariáveis: 
 
Paletó azul-marinho roupa azul-marinho camisas azul-celeste 
bonés azul-celeste 
 
 
 
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Grau superlativo: 
Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
 
Grau (comparativo e superlativo): 
 
O adjetivo pode variar de grau – comparativo ou superlativo, conforme a circunstância. 
Observe os exemplos abaixo. 
 
Exemplo 1: A prova de História foi mais difícil que a prova de Geometria. 
 
Nessa frase, houve a intenção de comparar a mesma característica (difícil) entre as duas 
provas. O adjetivo difícil foi empregado no grau comparativo . 
 
Exemplo 2: A prova de desenho geométrico sempre é dificílima. 
 
No segundo exemplo, a intenção foi destacar a característica da prova sem estabelecer com- 
paração. O adjetivo difícil foi empregado no grau superlativo . 
 
 
Grau comparativo: 
 
Para se formar o grau comparativo, é preciso confrontar a mesma qualidade, utilizando 
elementos que permitam a comparação. O grau comparativo pode ser: 
 
• de igualdade – Gregório de Matos é tão ferino quanto Bocage. 
 
• de superioridade – Gregório de Matos é mais ferino que Bocage. 
 
• de inferioridade – Gregório de Matos é menos ferino que Bocage. 
 
São elementos de comparação: tão... como; tão...quanto; mais...que; mais... do que; 
menos...que; menos ... do que. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sem estabelecer comparação, o grau superlativo apresenta a qualidade ou estado de um ser 
no seu mais elevado grau. Há dois tipos de superlativos: o absoluto e o relativo. 
 
Superlativo absoluto – ocorre quando se destaca a qualidade do ser sem estabelecer 
relação com outros seres: 
 
Aquele apartamento é muito pequeno. 
 
Aquele apartamento é pequeníssimo . 
 
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Grau normal Comparativo 
de superioridade 
Superlativo 
absoluto 
Superlativo 
relativo 
 
Bom 
 
Melhor 
 
Ótimo 
 
O melhor 
Mau Pior Péssimo O pior 
Grande Maior Máximo O maior 
Pequeno Menor Mínimo O menor 
 
 
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano 
 
 
 
O superlativo absoluto pode ser : 
 
• analítico – quando apresenta um elemento que intensifica a qualidade ou estado: 
muito pequeno. 
 
• sintético – quando expressa a qualidade ou estado por meio de uma única palavra, 
formada pelo acréscimo de sufixos, tais como –íssimo, -rimo, -imo: pequeníssimo. 
 
 
Superlativo relativo – ocorre quando se destaca a qualidade ou estado do ser em relação 
a outros seres: 
 
Camões é o autor mais importante do Classicismo português. 
 
O superlativorelativo pode ser : 
 
De superioridade – Cartas Chilenas é o texto mais crítico de Tomás A. Gonzaga. 
 
De inferioridade – Aquela peça é menos indicada para crianças. 
 
 
Outros recursos para formar o superlativo: 
 
• Acréscimo de prefixo, como arqui, extra, hiper, super, ultra: arquimilionário, extrafi- 
no, hipernervoso, superinteligente, ultra-romântico. 
• Repetição do adjetivo: triste, triste demais. 
• Uso de expressões de reforço: um senhor carro, lindo de morrer. 
• Uso do artigo definido, marcado por entonação especial: Para o editor, José de 
Alencar não é um simples escritor, ele é o escritor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
 
 
 
 
ARTIGO 
 
 
 
O artigo é o termo que antecede o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número. 
 
O artigo pode ser: 
 
• definido – quando particulariza um substantivo dentre outros de uma espécie: o, a, os, as . 
 
A impressora não funciona, pois o cabo está desconectado. 
 
• indefinido – quando se refere a um substantivo qualquer dentre outros de uma mesma 
espécie: um, uma, uns, umas . 
 
Eles desenvolveram uns jogos educativos. 
 
O artigo definido pode contrai-se ou combinar com as preposições a, de, em, por(per): 
 
a+a=à a + o = ao 
de + a = da de + o = do 
em + o = no por +o = pelo 
por + a = pela 
 
 
O artigo indefinido contrai-se somente com as preposições de e em : 
 
Em + um = num em + uma = numa 
De + um = dum de + uma = duma 
 
 
Emprego do artigo definido: 
 
Usa-se artigo definido. 
 
• diante de nomes próprios geográficos – ilhas, montanhas, oceanos, rios, países: a ilha 
da Madeira; os Alpes; os Pirineus; o Atlântico; o Tietê; o Japão. 
 
 
Na maioria das vezes, os nomes geográficos de países e cidades não aceitam artigo. 
Por exemplo: Portugal, Moçambique, Roma, Curitiba. 
 
 
• após a palavra ambos, acompanhada do substantivo a que se refere . 
Esperava que ambos os professores fossem pós-graduados. 
 
• após o pronome todo, quando se pretende indicar a idéia de totalidade . 
Toda a rua estava enfeitada para o Natal. 
Todos os parentes foram convidados para a festa. 
Todas as três meninas moram num pensionato. 
 
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Ao se omitir o artigo após a palavra todo, indica-se a idéia de qualquer: 
Toda a família tem desavenças. (qualquer família) 
 
 
Emprego facultativo do artigo definido: 
 
• artigo diante de nomes próprios, para indicar proximidade, familiaridade: 
 
A Taís chega hoje de viagem. (pressupõe-se que Taís é conhecida do receptor) 
Taís chega hoje de viagem. 
 
• diante de pronomes adjetivos possessivos: 
 
Por favor, envie a minha carta ainda hoje. 
Por favor, envie minha carta ainda hoje. 
 
 
Observação : 
 
O artigo não se contrai com a preposição quando faz parte do nome de revistas, obras 
literárias, jornais e outros. 
 
A manchete de A Folha de S. Paulo favorecia o candidato. 
 
 
Não se emprega artigo: 
 
• antes de pronome de tratamento – Vossa Excelência está entrando no plenário. 
• antes de substantivos em sentido genérico – Laranja é bom para gripe. 
• após o pronome cujo – Procuravam um autor cujo livro havia sido censurado na década de 70. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
 
 
 
 
NUMERAL 
 
 
 
O numeral pertence à classe de palavras que indica uma quantidade exata de seres ou lugar 
que eles ocupam numa série. 
 
Class ificação do numeral: 
 
Os numerais classificam-se em: cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários. 
 
• Cardinal – designa quantidade absoluta de seres: 
Estiveram presentes trezentas pessoas no evento. 
 
• Ordinal – designa a ordem dos seres em determinada série: 
Um aluno do segundo ano foi o primeiro colocado no concurso. 
 
• Multiplicativo – designa aumento da quantidade: 
O investimento rendeu o dobro do esperado. (duas vezes mais) 
Gastou o triplo do seu salário em livros. (três vezes mais) 
 
• Fracionário – designa divisão da quantidade: 
Um terço do orçamento foi destinado às obras sociais. 
Havia funcionários recebendo meio salário mínimo. 
 
 
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 Algarismos Numerais 
Romanos Arábicos Cardinais Ordinais 
I 1 um primeiro 
II 2 dois segundo 
III 3 três terceiro 
IV 4 quatro quarto 
V 5 cinco quinto 
VI 6 seis sexto 
VII 7 sete sétimo 
VIII 8 oito oitavo 
IX 9 nove nono 
X 10 dez décimo 
XI 11 onze décimo primeiro, 
undécimo 
XII 12 doze décimo segundo, 
duodécimo 
XIII 13 treze décimo terceiro 
XIV 14 catorze décimo quarto 
XV 15 quinze décimo quinto 
XVI 16 dezesseis décimo sexto 
 
 
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano 
 
 
 
Flexão do Numeral: 
 
1.Cardinal 
 
Os números cardinais são invariáveis, com exceção de: 
 
• um, dois e as centenas a partir de duzentos flexionam-se em gênero e número: 
uma, duas, duzentas, quatrocentas etc. 
 
Precisam de duzentos quilos de cimento. 
 
Precisam de duzentas sacas de café. 
 
 
• milhão, bilhão, trilhão (admite-se também a forma de bilião, trilião) flexionam-se 
em números: dois milhões, quatro trilhões etc. 
 
A obra custou um milhão de reais. 
 
A obra custou dois milhões de reais. 
 
 
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Algarismos 
 
Numerais 
Romanos Arábicos Cardinais Ordinais 
 
XVII 
 
17 
 
dezessete 
 
décimo sétimo 
XVIII 18 dezoito décimo oitavo 
XIX 19 dezenove décimo nono 
XX 20 vinte vigésimo 
XXI 21 vinte um vigésimo primeiro 
XXX 30 trinta trigésimo 
XL 40 quarenta quadragésimo 
L 50 cinqüenta qüinquagésimo 
LX 60 sessenta sexagésimo 
LXX 70 setenta septuagésimo 
LXXX 80 oitenta octogésimo 
XC 90 noventa nonagésimo 
C 100 cem centésimo 
CC 200 duzentos ducentésimo 
CCC 300 trezentos trecentésimo 
CD 400 quatrocentos quadringentésimo 
D 500 quinhentos qüingentésimo 
DC 600 seiscentos sexcentésimo 
DCC 700 setecentos septingentésimo 
DCCC 800 oitocentos octingentésimo 
CM 900 novecentos nongentésimo 
M 1000 mil milésimo 
 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
 
2. Ordinal 
 
Os numerais ordinais variam em gênero e número. 
 
Recordou o primeiro amor e as primeiras namoradas. 
 
 
3. Multiplicativo 
 
Os numerais multiplicativos são variáveis em gênero e número quando têm valor de adjetivo: 
 
Em se tratando desse assunto, é preciso ter uma dose tripla de paciência. 
 
 
4. Fracionário 
 
Os fracionários concordam com o cardinal que indica o número das partes. 
 
Três quintos do salário destinam-se a transporte. 
 
Observação: 
 
São considerados numerais: 
 
• o zero (0) e as palavras que indicam um conjunto numérico de seres (numerais coletivos): 
centena (100), década (10), dúzia (12), milheiro (1000), par (2). 
 
• as palavras ambos/ambas (dois/duas): Luiz e Henrique participaram do campeonato de 
tênis. Ambos foram premiados. Ou: Ambos os dois foram premiados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano 
 
 
 
 
 
PRONOME 
 
 
 
Os pronomes são palavras que representam, determinam ou caracterizam o nome. 
 
Observe: Tua calma deixa os alunos irritados.Eles se irritam á toa. 
 
O pronome tua acompanha o substantivo calma, indicando posse. O pronome eles substi- 
tui um substantivo (alunos). 
 
 
Quando o pronome substitui ou representa o substantivo, é denominado pronome 
substantivo – por exemplo, o pronome eles. 
 
O pronome que acompanham o substantivo para caracterizá-lo é chamado de 
pronome adjetivo – por exemplo, o pronome tua. 
 
 
 
Classificação dos pronomes: 
 
Pronomes pessoais 
 
Os pronomes pessoais referem-se às pessoas do discurso: 
 
Eu penso que tu sofres demais por ele. 
 
 
Quem fala com quem se fala sobre quem se fala 
1° pessoa 2° pessoa 3° pessoa 
 
 
Os pronomes pessoais são sempre pronomes substantivos. São classificados em 
retos e oblíquos . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pronomes Pessoais 
 Retos Oblíquos 
 
singular 
 
1ª pessoa 
 
eu 
 
me 
 
mim, comigo 
 2ª pessoa tu te ti, contigo 
 3ª pessoa ele, ela se, lhe, o, a si, consigo 
plural 1ª pessoa nós nos conosco 
 2ª pessoa vós vos convosco 
 3ª pessoa eles, elas se, lhes, os, as si, consigo 
 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
Os pronomes o, a, os, as assumem as formas: 
 
• lo, la, los, las após as formas verbais terminadas em –r, –s, –z. 
 
Não pensou em matar o rapaz. Não pensou em matá-lo. (matar + o) 
 
• no, na, nos, nas após as formas verbais terminadas em –am, –ao, –õe. 
 
Há muito serviço por aqui. Façam-no. (façam + o) 
 
 
Eu ou mim? Tu ou ti? 
 
Segundo o padrão culto da língua, nas construções em que a preposição para anteceder um 
verbo infinitivo, usa-se o pronome pessoal reto eu e tu. 
 
Deram este livro para eu ler até amanhã. 
 
Na norma culta da língua, os pronomes oblíquos mim e ti são empregados em expressões 
formadas com as preposições: de , entre, sem , para. 
 
 
Conosco ou com nós? 
 
Os pronomes conosco e convosco podem ser substituídos por com nós e com vós se vierem 
seguidos das expressões todos, outros, mesmos, próprios ou de numeral: 
 
Você pode vir conosco . Você pode vir com nós todos. 
 
 
Os pronomes si , consigo só devem ser empregados quando se referem à 3ª pessoa. 
Mariana acreditava em s i mesma. Ela trazia consigo uma fé imensa. 
 
 
 
Pronomes de Tratamento 
 
Os pronomes de tratamento são expressões empregadas para tratar formalmente o receptor. 
 
 
 
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Pronomes de tratamento 
Pronomes Abreviatura Emprego 
 
Vossa Alteza 
 
V.A. 
 
Príncipes, Duques 
Vossa Eminência V.Em.ª Cardeais 
Vossa Excelência V.Ex.ª Altas autoridades 
Vossa Magnificência V.Mag.ª Reitores de universidades 
Vossa Majestade V.M. Reis, imperadores 
Vossa Senhoria V.S.ª Tratamento formal, cerimonioso 
Vossa Santidade V.S. Papa 
 
 
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano 
 
 
São pronomes d tratamento também os termos você (tratamento familiar e informal), se- 
nhor, senhora, senhorita (tratamento formal). 
 
 
A palavra você vem de Vossa Mercê, que se transformou em vossemecê, vosmecê, 
vancê, até chegar a forma atual: você. 
 
 
Vossa Excelência ou Sua Excelência? 
 
Os pronomes de tratamento são precedidos de Vossa quando o emissor dirige-se direta- 
mente ao receptor: 
 
Vossa Excelência precisa assinar esses papéis até o fim do dia. 
 
Quando o emissor refere-se ao receptor, o pronome de tratamento é precedido por Sua: 
 
Sua Excelência não poderá atendê-lo agora. 
 
 
Com os pronomes de tratamento, o verbo deve estar sempre na 3ª pessoa, bem como 
os pronomes que se referem a eles. 
 
 
Pronomes Possessivos 
 
Os pronomes possessivos indicam posse em relação a cada uma das pessoas do discurso. 
São variáveis em gênero e número. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os pronomes possessivos nem sempre expressam relação de posse. Observe: 
 
Meu prezado amigo, desejo-lhe sorte! (Cortesia, afetividade) 
Tinha seus medos e alucinações. (valor indefinido) 
Lá por volta dos seus vinte anos, você poderá ter um carro. (cálculo aproximado) 
Por favor, seu Joaquim, deixe-me falar! (seu = senhor) 
 
Observação : 
 
Os pronomes me , te, lhe podem ter valor de pronome pessoal ou possessivo. 
 
Entreguei-lhe a carta. (pessoal: entreguei a ele/ela) 
Roubaram-me a carteira. (possessivo: minha carteira) 
 
 
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Pronomes possessivos 
 Singular Plural 
1ª pessoa Meu, minha. Meus, minhas Nosso, nossa, nossos, nossas 
2ª pessoa Teu, tua, teus, tuas Vosso, vossa, vossos, vossas 
3ª pessoa Seu, sua, seus, suas Seu, seus, sua, suas 
 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
 
Os pronomes seu , sua , seus , suas podem gerar ambigüidade. Observe: 
 
Luís Mauro entrou com sua noiva, senhor. 
 
A frase permite duas interpretações: a noiva é de Luís Mauro ou a noiva é do ouvinte (senhor). 
 
Para desfazer a ambigüidade, pode-se construir a frase assim: 
 
Luís Mauro entrou com a noiva dele, senhor. 
 
 
Pronomes demonstrativos 
 
Os demonstrativos são pronomes que situam os seres no espaço e no tempo, tendo como 
referência as pessoas do discurso. Apresentam-se em formas variáveis (flexionadas em gênero 
e número) e invariáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Em relação as três pessoas do discurso: 
 
Empregam-se: 
 
• este (s), esta (s), isto : quando o ser ou objeto esta próximo do falante. 
• esse (s), essa (s), isso : quando o ser ou objeto está próximo do ouvinte. 
• aquele (s), aquelas (s), aquilo: quando o ser ou objeto está distante do falante e do ouvinte. 
 
Este livro foi publicado no século XIX. (próximo do falante) 
Pegue essa lapiseira ao lado do telefone. (próximo do ouvinte) 
Observe aquele cartaz do outro lado da rua. (distante do falante e do ouvinte). 
 
b) Em relação a falar ou escrever 
 
Emprega-se: 
 
• este, esta, estes, estas, isto para indicar que ainda vai ser dito ou escrito no enunciado. 
 
O problema é este: não há dinheiro para a compra do material escolar. 
 
• esse, essa, esses, essas, isso para retomar o que já foi dito ou escrito no enunciado anterior: 
 
Reprovaram muitos alunos. Essa atitude gerou protestos. 
 
• aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo para retomar o que foi mencionado em um 
contexto ou em um tempo distante: 
 
40 
 Pronomes demonstrativos 
 Variáveis Invariáveis 
1ª pessoa este, esta, estes, estas isto 
2ª pessoa esse, essa, esses, essas isso 
3ª pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo 
 
 
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Os pronomes indefinidos são representados também por locuções: cada um, cada qual, 
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano 
 
 
Em 1968, houve um protesto estudantil. Aquele ano ficou na história. 
 
Usa-se o pronome aquele para o termo mencionado em primeiro lugar, e este, para o 
termo mencionado em último lugar: 
 
Gonçalves Dias e José de Alencar são escritores românticos. Aquele foi poeta, este se 
dedicou à prosa. 
 
 
São pronomes demonstrativos, também, as palavras: o, os, a, as, mesmo, próprio, seme- 
lhante e tal. 
 
Poderia relatar o que viu. (aquilo) 
Tal fato não merece consideração. (esse) 
Não posso aceitar semelhante por favor! (este) 
Ela própria deve exigir seus direitos trabalhistas. (em pessoa) 
Nós mesmos faremos os ajustes no computador. (em pessoa) 
 
 
Pronomes indefinidos 
 
Os pronomes indefinidos referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo vago, indeterminado. 
É o que se observa nos exemplos: 
 
Alguém tem alguma dúvida sobre o texto? 
Vários setoresda sociedade compareceram na manifestação contra o desemprego. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
qualquer um. 
 
 
Algum e qualquer 
 
O pronome algum, quando precede o substantivo, possui valor positivo: 
 
Alguma razão deve haver para isso. 
 
Quando proposto ao substantivo, possui valor negativo: 
 
Não há alguma razão para isso. 
 
O pronome qualquer é variável em número, flexionando-se o primeiro elemento: 
 
Estão suspensas quaisquer atividades na escola. 
 
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Pronomes Indefinidos 
Variáveis Invariáveis 
Algum, nenhum, certo, outro, muito, 
pouco, vário, tanto, quanto, qualquer, 
todo 
Alguém, ninguém, tudo, nada, cada, 
algo, outrem. 
 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
Certos 
 
O pronome certo, quando anteposto ao substantivo, é pronome indefinido: 
 
Certas perguntas invadiram a intimidade do entrevistado. 
 
Quando proposto ao substantivo, é adjetivo: 
 
Não foi capaz de dar a resposta certa. 
 
 
Pronomes interrogativos 
 
Os pronomes interrogativos são empregados na formulação de pergunta direta ou indireta. 
São eles: que, quem, qual e quanto. 
 
Qual será nosso destino? (pergunta direta) 
Não sei quem poderá responder essa pergunta. (pergunta indireta) 
 
Os pronomes interrogativos podem ser substantivos ou adjetivos (estes últimos quando 
acompanham um substantivo): 
 
Quem sonha acordado? (pronome substantivo) 
Quantas semanas restam para as férias? (pronome adjetivo) 
 
 
Pronomes relativos 
 
Os pronomes relativos são aqueles que se referem a termos já expressos anteriormente 
(substantivos, pronomes). Por exemplo: 
 
Escolheram o livro que trata de deveres do cidadão. 
 
 
O pronome que, na frase acima, relaciona-se ao substantivo livro, o termo antecedente, e o 
substitui na oração seguinte. Desdobrando-se o período, essa relação se torna mais clara. 
 
Escolheram o livro. O livro trata de deveres do cidadão. 
Escolheram o livro que trata de deveres do cidadão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São utilizados também como pronomes relativos as palavras quando e como, que expres- 
sam, respectivamente, tempo e modo. 
 
 
 
42 
Pronomes Relativos 
Variáveis Invariáveis 
o qual, a qual, os quais, as quais que 
cujo, cuja, cujos, cujas quem 
quanto, quanta, quantos, quantas onde 
 
 
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano 
 
 
Cinco horas: é a hora quando o dia amanhece nessa época do ano. 
É inadmissível a forma como ele se dirigiu ao prefeito. 
 
O termo antecedente do pronome relativo pode ser também o pronome demonstrativo o(s). 
 
Veja o que ele fez na sala de projeção! 
(Veja aquilo que ele fez na sala de projeção.) 
 
O termo antecedente do pronome relativo nem sempre vem expresso na frase. Pode haver 
uma referência mental. 
 
Não sei aonde vou. (Não sei o lugar aonde vou.) 
Quem casa quer casa. (Aquele que casa quer casa.) 
 
Os pronomes relativos podem ser percebidos de preposição, quando o verbo ou subs- 
tantivo forem regidos por preposição. 
 
Este é o livro a que me refiro. (refere-se a alguma coisa ou a alguém) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio 
 
 
 
 
 
VERBO 
 
 
 
O verbo é a palavra que expressa ação, estado, mudança de estado ou indica fenômeno na- 
tural. É em torno dele que se organizam frases, orações e períodos. Observe os exemplos 
extraídos de obras de José de Alencar. 
 
Peri alucinado suspendeu-se aos cipós que se entrelaçavam pelos ramos das árvores. 
 
ação 
 
Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta. 
 
estado 
 
Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. 
 
Mudança de estado 
 
Ch ove lá fora. 
 
fenômeno natural 
 
 
O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de flexões. Pode ser 
flexionado em número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), modo 
(indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro) e voz (ativa e 
passiva). 
 
 
 
Formas nominais do verbo: 
 
Os verbos possuem três formas, chamadas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio. 
 
Infinitivo : caracteriza-se pela terminação –r (amar, perder, partir). 
Gerúndio : caracteriza-se pela terminação –ndo (armando, perdendo, partindo). 
Particípio : caracteriza-se pelas terminações –ado, -ido (armado, perdido, partido). 
 
Infinitivo , gerúndio e particípio são denominados formas nominais porque podem 
assumir outras classes gramaticais. 
 
Navegar é preciso, viver não é preciso. 
 
substantivo substantivo 
 
 
 
 
 
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LOCUÇÃO VERBAL 
 
 
 
Locução verbal é a composição formada por verbo auxiliar seguido de verbo principal. O 
verbo auxiliar aparece conjugado e o verbo principal no infinitivo, gerúndio ou particípio. 
 
Estavam dormindo quando eles gritaram. 
 
 
Nas locuções verbais, o verbo principal expressa a idéia central: estavam dormindo = 
dormiam. 
Na formação da locução verbal, podem ser verbos auxiliares: ser, estar, ter, haver, ir. 
 
 
Tempos simples e compostos: 
 
Observe as frases abaixo: 
 
1. Eu vi muitas coisas acontecerem nos últimos anos. 
2. Eu tenho visto muitas coisas acontecerem nos últimos anos. 
 
 
Na primeira frase, a ação verbal é representada apenas por um forma: vi. Na segunda, esse 
mesmo verbo aparece acompanhado de verbo auxiliar e particípio: tenho visto. Ambos estão 
no mesmo tempo e modo – pretérito perfeito do indicativo, só mudam a forma de flexão. Trata- 
se, respectivamente, de tempo simples e tempo composto . 
 
 
Flexões verbais: 
 
Número e pessoa 
 
Os verbos são flexionados em pessoa (1ª, 2ª, 3 ª) e número (singular e plural), de acordo com 
o pronome pessoal correspondente. 
 
Observe as variações de pessoa e número que ocorrem na conjugação do verbo olhar, no 
presente do indicativo: eu olho, tu olhas , ele olha , nós olhamos , vós olhais , eles olham . 
 
 
Modo 
 
Indicativo – o falante apresenta o fato como certo, real: 
 
Viajo esta noite sem falta. 
 
Subjuntivo – o falante apresenta o fato como duvidoso, incerto: 
 
Talvez eu viaje esta noite. 
 
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Imperativo – o falante apresenta o fato como ordem, pedido ou conselho: 
 
Viajem durante o dia. 
 
 
Tempo: Modo Indicativo 
 
Presente – situa o fato no momento em que ocorre: 
 
A chuva molha os quadros expostos na praça. 
 
 
Pretérito – situa o fato em um momento anterior ao presente. Pode ser perfeito, imperfeito 
e mais-que-perfeito. 
 
Pretérito perfeito – transmite a idéia de uma ação completamente concluída: 
 
A chuva molhou os quadros expostos na praça. 
 
Pretérito imperfeito – transmite a idéia de uma ação contínua ou habitual no passado: 
 
A chuva molhava os quadros expostos na praça. 
 
Pretérito-mais-que-perfeito – expressa um fato passado que ocorreu antes de outro, tam- 
bém no passado: 
 
Quando cheguei, a chuva molhara os quadros expostos na praça. 
 
 
Futuro – situa o fato no momento posterior ao presente; divide-se em futuro do presente e 
futuro do pretérito. 
 
Futuro do presente – expressa uma ação que poderá ocorrer num tempo futuro: 
 
A chuva molharáos quadros expostos na praça. 
 
Futuro do pretérito – expressa uma ação que poderia ocorrer mediante certas condições: 
 
A chuva molharia os quadros, se ele ao tivesse coberto toda a área. 
 
 
Tempo: modo Subjuntivo 
 
Presente – Indica um fato duvidoso, incerto, possível ou não de ser realizado ou 
expressa desejo. 
 
Talvez ele venha para as comemorações. 
 
Pretérito imperfeito – expressa um fato improvável ou um fato que poderia ocorrer 
mediante certa condição: 
 
Se eu tivesse capital suficiente, construiria um lar para crianças abandonadas. 
 
 
 
 
 
 
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Futuro – indica um fato possível de ser realizado: 
 
Quando ele comprar um microcomputador, poderá navegar na Internet. 
 
 
Voz 
 
A voz do verbo expressa o tipo de relação entre o sujeito e o verbo. São três as vozes do 
verbo: ativa, passiva e reflexiva. 
 
Voz ativa – o fato é praticado pelo sujeito: 
 
A torcida aplaudiu o atleta. 
 
sujeito agente 
 
A forma verbal “aplaudiu” está na voz ativa porque “a torcida” é o agente do processo verbal. 
 
 
Voz passiva – o fato é recebido pelo sujeito: 
 
O atleta foi aplaudido pela torcida. 
 
sujeito paciente 
 
A forma verbal “foi aplaudido” está na voz passiva porque “o atleta” é o paciente da ação verbal. 
 
 
Há dois tipos de voz passiva: 
 
Analítica – formada pelo verbo ser ou estar mais o particípio di verbo principal: 
 
O atleta foi aplaudido pela torcida. 
 
sujeito paciente verbo ser + particípio 
 
 
Sintética – formada pelo verbo e pronome apassivador se : 
 
Aplaudiu-se o atleta. 
 
verbo + pronome sujeito paciente apassivador 
 
 
 
Voz reflexiva – o fato é praticado e recebido pelo sujeito: 
 
O atleta banhava-se no vestiário. 
 
A forma verbal “banhava-se” está na voz reflexiva porque “o atleta” é, ao mesmo tempo. 
Agente e paciente da ação verbal: o atleta banhou a si mesmo. 
 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 
 
 
 
Quanto a flexão, os verbos são classificados em regulares, irregulares, defectivos, anôma- 
los e abundantes. 
 
Conjugações: 
 
1ª conjugação : verbos terminados em –ar andar, calar, chorar. 
 
2ª conjugação : verbos terminados em –er sofrer, escrever, viver. 
 
3ª conjugação : verbos terminados em –ir dormir, fingir, partir. 
 
O verbo pôr e seus derivados (compor,depor,repor,supor) pertencem à 2ª conjugação, 
devido a forma portuguesa arcaica poer. 
 
 
• Regulares – verbos que seguem um paradigma, isto é, um modelo de conjugação. O ra- 
dical não se altera: estudar : estudo , estudas , estudastes , estudássemos . 
 
• Irregulares – verbos que não seguem o modelo de sua respectiva conjugação. Ocorrem 
alterações no radical e nas terminações: dizer: digo, dizes , direi, dissesse . 
 
• Defectivos – verbos que não são conjugados em determinadas pessoas, tempos ou 
modos: fali, no presente do indicativo, só apresenta as formas: (nós) falimos e (vós) falis . 
 
• Anômalos – verbos que apresentam alteração profunda no radical e nas terminações: ser : 
sou, és, é, somos, sois, são – vir: venho, vens, vimos, vindes, vêm. 
 
• Abundantes – são verbos que têm duas ou mais formas equivalentes. Essas formas ocor- 
rem, geralmente, no particípio: 
 
aceitar – aceitado (particípio regular), aceito (particípio irregular) 
limpar – limpado (particípio regular), limpo (particípio irregular) 
soltar – soltado (particípio regular), solto (particípio irregular) 
 
 
Acendido ou aceso? 
 
Com os verbos ter e haver, emprega-se o particípio regular (terminados em –ado ou 
–ido). Com os auxiliares ser e estar, emprega-se a forma irregular do particípio. 
 
Haviam acendido o fogo. O fogo estava aceso . 
 
Há verbos que só possuem o particípio irregular: abrir (aberto), cobrir (coberto), dizer 
(dito), escrever (escrito), fazer (feito), pôr (posto), ver (visto), vir (vindo). 
 
 
 
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FORMAÇÃO DO PRESENTE 
DO SUBJUNTIVO E DO IMPERATIVO 
 
 
Presente do subjuntivo : deriva do presente do indicativo. 
 
Observe as modificações que ocorrem: 
 
• nos verbos de 1ª conjugação ao radical, acrescentam-se as desinências –e, -es, -e, -emos, -eis. 
 
• nos verbos de 2ª conjugação e 3ª conjugação ao radical, acrescentam-se as desinên- 
cias a, -as, -a, -amos, -ais, -am. 
 
 
Imperativo : deriva do presente do indicativo e do presente do subjuntivo. 
 
Pode ser afirmativo e negativo. Nesse modo, não se conjuga a primeira pessoa do singular. 
 
Imperativo afirmativo – a 2ª pessoa do singular (tu) e do plural (vós) originam-se do presente 
do indicativo menos a terminação –s. As demais pessoas são iguais ao presente do subjuntivo. 
 
Imperativo negativo – todas as pessoas são iguais ao presente do subjuntivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tempos compostos: 
 
Para formar os tempos compostos, empregam-se os verbos auxiliares ter ou haver seguidos 
do particípio do verbo principal. Apenas os auxiliares são flexionados: 
 
Nós tínhamos encontrado o caminho. 
 
Verbo auxiliar particípio do verbo principal 
 
Modo Indicativo: 
 
• Pretérito perfeito composto – o verbo auxiliar é conjugado no presente do indicativo: 
tenho amado. 
 
 
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Presente 
do Indicativo 
Imperativo 
Afirmativo 
Presente do 
subjuntivo 
Imperativo 
negativo 
amo --- ame --- 
amas [-s] ama ames não ames 
ama ame ame não ame 
amamos amemos amemos não amemos 
amais [-s] amai ameis não ameis 
amam amem amem não amem 
 
 
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• Pretérito-mais-que-perfeito – o verbo auxiliar é conjugado no pretérito imperfeito do 
indicativo: tinha amado. 
 
• Futuro do presente composto – o verbo auxiliar é conjugado no futuro do presente: 
terei amado . 
 
• Futuro do pretérito composto – o verbo auxiliar é conjugado no futuro do pretérito: 
teria amado. 
 
 
Modo subjuntivo: 
 
No modo subjuntivo, o pretérito perfeito e o pretérito-mais-que-perfeito só ocorrem como 
formas compostas. 
 
• Pretérito perfeito – o verbo auxiliar é flexionado no presente do subjuntivo: tenha 
amado . 
 
• Pretérito-mais-que-perfeito – o verbo auxiliar é conjugado no pretérito-mas-que-per- 
feito do subjuntivo: tivesse amado . 
 
• Futuro – o verbo auxiliar é conjugado no futuro do subjuntivo: tiver amado . 
 
 
Formas nominais: 
 
Infinitivo impessoal composto – é formado pelo infinitivo impessoal do verbo auxiliar, 
seguido do particípio do verbo principal: ter amado . 
 
Infinitivo pessoal composto – é formado pelo infinitivo pessoal do verbo auxiliar, segui- 
do do particípio do verbo principal: ter amado, teres amado, termos amado, terdes 
amado, terem amado . 
 
Gerúndio – é formado pelo gerúndio do verbo auxiliar, seguido do particípio do verbo prin- 
cipal: tendo amado, tendo comido, tendo fugido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ADVÉRBIO 
 
 
 
O advérbio é a palavra que expressa uma circunstância. Observe as frases abaixo: 
 
Eu falei cm as crianças. 
Ontem eu falei rapidamente com as crianças. 
 
Comparando as duas frases, verificamos que a segunda contém elementos que expressam 
as circunstâncias em que o fato ocorreu:

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