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ANÁLISE DE CUSTOS DE UM VEÍCULO FORA DE ESTRADA TIPO BAJA PRODUZIDO EM SÉRIE – ESTUDO DE CASO: PROJETO BAJA UFSJ

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ANÁLISE DE CUSTOS DE UM VEÍCULO FORA DE ESTRADA TIPO BAJA 
 
PRODUZIDO EM SÉRIE – ESTUDO DE CASO: PROJETO BAJA UFSJ 
 
 
Érica Araújo Silva Santos 
(1)
 (ericaaraujo_samonte@yahoo.com.br), Beatriz Michel Rocha 
(2)
 
(bia_michel@hotmail.com), Tamires Tomaz Heleno 
(1)
 (tamyheleno@hotmail.com), Lívia 
Menezes Batista 
(1)
 ( liviamenezesb@hotmail.com), José Antônio da Silva 
(3)
 ( 
jant@ufsj.edu.br), Marcos Sávio de Souza (2) ( ms_savio@ufsj.edu.br). 
 
(1) Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ); Coordenadoria de Engenharia de Produção - COEN 
 
(2) Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ); Departamento de Engenharia Mecânica - DEMEC 
 
(3) Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ); Departamento de ciências térmicas e fluídos – DCTEF 
 
RESUMO: A Equipe Komiketo BAJA da Universidade Federal de São João del-Rei 
tem por objetivo desenvolver um protótipo de veículo fora de estrada, tipo BAJA, para 
participação em competições estudantis de engenharia, visando às etapas nacional e 
regional que ocorrem anualmente. Nesta ocasião, é proposta à Equipe, a simulação de 
um caso real de indústria, na qual os estudantes são desafiados a analisar e comparar 
os custos de um protótipo em relação ao mesmo veículo produzido em uma série de 
4000 unidades. Sabendo que a pesquisa envolve um estudo detalhado e conhecimento 
das peças do protótipo, foi feito um levantamento de todos os componentes do veículo, 
como também foi construída uma tabela contendo os quesitos mão de obra, 
horas/máquina, impostos, custos de varejo e atacado, além da descrição completa das 
peças, o que contribuiu de forma significativa para o cálculo dos custos. A partir de 
algumas rotinas de cálculos, foi possível concluir que o preço final de um veículo 
produzido em série é superior ao de um protótipo, o que comprova a teoria estudada. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Produção em série, Baja, Custo, Protótipo Fora de Estrada. 
 
COST ANALYSIS OF AN OFF ROAD VEHICLE TYPE BAJA PRODUCED IN 
SERIES- CASE STUDY: UFSJ BAJA PROJECT 
 
ABSTRACT: The Komiketo Baja team from University of São João del-Rei aims to 
develop a prototype off-road vehicle, type BAJA, to participate each year on Baja SAE 
competitions exclusive to undergraduate engineering students, on national and also 
regional levels. On this occasion, the team's proposal is to simulate a real case of 
industry production, in which students are challenged to analyze and compare the 
production costs of one prototype compared to the same vehicle mass produced in 
quantity of 4000 units. Knowing that the research involves a detailed study and 
knowledge of the parts of the prototype, a survey was made of all components of the 
vehicle, it was also built a table containing the following issues: manpower, hours / 
machine, taxes, costs of retail and wholesale. It was also added to the table all the 
vehicle’s parts description to contribute to the cost’s calculations. From some routine 
2° COEN – UFSJ 
12° CONEMI 
São João del-Rei, Minas Gerais, 02 a 05 de Outubro de 2012 
 
 
calculations it was concluded that the final price of a series production vehicle is 
higher than the final price of its prototype, this proves the theory studied. 
 
KEYWORDS: Series production, Baja, Production Cost, Off-Road Prototype 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
No atual cenário mundial, é comum o conceito de produção em série associado a 
grandes empresas, principalmente nos setores automobilísticos. Estes adaptaram suas 
linhas de montagem a fim de aumentar a produção, otimizar o tempo e padronizar 
processos. Historicamente, a produção em série tem inicio no século XX, quando Henry 
Ford e Alfred Sloan, da General Motors, deram o impulso para o desenvolvimento da 
produção em massa. Para Ford (1922), “deveria haver uma economia de movimento e 
de pensamento do operador, onde deveria fazer somente uma coisa com um só 
movimento”. Dessa maneira, a nova era da produção em série e em grandes volumes 
encerrou séculos de produção artesanal, conforme Madruga e Nascimento (2000). 
 
Na produção em série, também chamada de produção em massa, o sistema 
produtivo segue o modelo de fabricação em larga escala de produtos padronizados, 
através de linhas de montagem, a fim de produzir o maior número de peças possíveis, 
com boa qualidade e preço acessível. Esse sistema produtivo é um conjunto de 
atividades que leva à transformação de uma matéria-prima em um produto acabado, de 
acordo com Slack (1997). 
 
Neste contexto, os alunos de engenharia são desafiados pela Sociedade dos 
Engenheiros da Mobilidade do Brasil (SAE Brasil) a desenvolverem um protótipo de 
veículo fora de estrada, tipo BAJA, desde sua concepção até sua construção, almejando 
uma suposta comercialização em larga escala. Para isso, é recomendado que os 
estudantes conheçam a fundo todos os custos, logística e planejamento referente ao 
projeto. 
 
Dessa maneira, esse artigo visa desenvolver um estudo de caso, bem como as 
etapas necessárias para o cálculo do custo de protótipos BAJA, na situação hipotética de 
uma provisão de produção em massa de 4.000 unidades. Objetiva-se, assim, uma análise 
financeira comparativa entre o protótipo e o veículo produzido em série. Para realização 
dos cálculos e da simulação da produção em massa foram utilizados os dados do 
protótipo 2011, o KB03, da Equipe Komiketo Baja da Universidade Federal de São 
João del-Rei. 
 
2. METODOLOGIA DO ESTUDO 
 
A Engenharia transformando ideias em soluções inteligentes 
Anais do 2° COEN – Congresso de Engenharias – Universidade Federal de São João del-Rei – MG 
Anais do 12° CONEMI – Congresso Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial | 2 
2° COEN – UFSJ 
12° CONEMI 
São João del-Rei, Minas Gerais, 02 a 05 de Outubro de 2012 
 
 
 
 
A metodologia de trabalho consiste na construção de uma tabela descritiva 
contendo todos os itens que influenciam no custo final do protótipo. Para o 
desenvolvimento dessa tabela é necessário à coleta dos dados essenciais, sendo eles: 
especificações das peças do protótipo, tipos de máquinas envolvidas na fabricação de 
componentes, tipo e custo de mão de obra utilizada, custo de horas-máquina, custo das 
peças no varejo e no atacado, impostos e lucro almejado. Esses dados podem ser 
reunidos através de pesquisas em sites específicos, questionamentos aos gerentes dos 
subsistemas do veículo e aos técnicos de usinagem, como também através de análise das 
notas fiscais de compras, a fim de que se obtenham dados confiáveis e reais. 
 
Conforme Berliner e Brimison (1992), um sistema de gerenciamento de custos 
deve propiciar informações que auxiliem as empresas a utilizar seus recursos 
lucrativamente, a fim de produzir serviços ou produtos competitivos em termos de 
custos, qualidade, funcionalidade e prazos. 
 
A confecção da tabela é feita de acordo com as seguintes etapas: 
 
- Descrição dos componentes do protótipo: a primeira etapa na construção da 
tabela consiste em listar todos os componentes necessários, bem como sua quantidade, 
para o desenvolvimento do protótipo. Em alguns casos, será importante adicionar 
informações especificas dos itens, como dimensões dos tarugos comprados para 
fabricação de algumas peças. Esse dimensionamento será útil no cálculo do preço 
unitário por peça. 
 
- Definição dos preços de atacado e varejo: para coleta dos preços de atacado e 
varejo, é fundamental a realização de uma pesquisa de fornecedores das peças e 
materiais utilizados no protótipo. A diferença entre os preços está diretamente 
relacionada à quantidade de peças necessárias para uma produção em série e para um 
protótipo. 
 
- Definição e custoda mão de obra: para determinar o custo do projeto e da 
construção do protótipo, utiliza-se a mão de obra especializada, ou seja, serviços 
prestados por projetistas e engenheiros, respectivamente. Considerando o caso de uma 
produção em massa, a construção dos veículos é realizada por técnicos, mão de obra 
não especializada. Este fato é um dos motivos que torna o preço de um veículo 
produzido em série inferior ao preço de um protótipo. 
 
- Definição do custo dos processos: para calcular o custo de cada processo da 
montagem do protótipo, coleta-se o tempo gasto para montar cada peça dentro do seu 
subsistema. Com essa informação é possível obter o custo de cada processo, para isso 
multiplica-se o tempo da montagem pelo preço da hora da mão de obra. 
 
 
A Engenharia transformando ideias em soluções inteligentes 
Anais do 2° COEN – Congresso de Engenharias – Universidade Federal de São João del-Rei – MG 
Anais do 12° CONEMI – Congresso Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial | 3 
2° COEN – UFSJ 
12° CONEMI 
São João del-Rei, Minas Gerais, 02 a 05 de Outubro de 2012 
 
- Definição e custo do processo de usinagem: como etapa inicial desse processo, 
 
é preciso definir o maquinário a ser utilizado na fabricação de cada peça do protótipo, 
bem como o material e a quantidade necessária. Após concluída essa fase, inicia-se a 
definição do custo da usinagem, esta consiste em pesquisar fornecedores de empresas 
especializadas a fim de obter o custo e o tempo necessário para cada processo definido 
anteriormente. 
 
- Definição dos Impostos para Produtos Industrializados (IPI): o IPI é um 
imposto federal incidente sobre produtos industrializados, sejam eles nacionais ou 
estrangeiros, sendo caracterizada como industrialização qualquer operação que 
modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade 
do produto, ou o aperfeiçoe para consumo. É relevante ressaltar que as disposições do 
IPI estão regulamentadas pelo Decreto 7.660/2011 e tem o seu campo de incidência 
sobre todos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionado na Tabela de 
Incidência do IPI (TIPI). Esta tabela, disponibilizada no site oficial da Receita Federal, 
foi a base de pesquisa para a construção da tabela que relaciona os materiais utilizados 
no protótipo da Equipe Komiketo BAJA UFSJ e as devidas alíquotas, conforme a 
Tabela 1. 
 
TABELA 1. Tabela de Incidência do IPI 
 
NCM Descrição % IPI 
 
 
 
7218.10.00 Lingotes e outras formas primárias de aço inoxidável 5 
 
 
 
7601.20.00 Ligas de Alumínio 4 
 
 
7224.10.00 Lingotes e outras formas primárias de ligas de aço 5 
 
 
7407.10.10 Barra de cobre 5 
 
 
7408.21.00 Fios de cobre á base de cobre-zinco (latão) 5 
 
 
 
3208.10.10 Tinta 5 
 
 
 
3208.10.20 Verniz 5 
 
 
 
3913.90.11 Borracha clorada ou cloridratada 5 
 
 
73.18 
Parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, tirafundos, ganchos 
10 
 
roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços, arruelas 
 
 
 
 
8413.30.10 Gasolina 5 
 
 
 Fluidos para freios hidráulicos e outros líquidos preparados para 
 
3819.00.00 transmissões hidráulicas, que não contenham óleos de petróleo nem de 10 
 
 minerais betuminosos, ou que os contenham em proporção 
 
 
 
 
É importante ressaltar que apesar de toda veracidade dos dados coletados, 
algumas peças e alguns materiais para fabricação podem sofrer alterações quanto ao 
 
A Engenharia transformando ideias em soluções inteligentes 
Anais do 2° COEN – Congresso de Engenharias – Universidade Federal de São João del-Rei – MG 
Anais do 12° CONEMI – Congresso Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial | 4 
2° COEN – UFSJ 
12° CONEMI 
São João del-Rei, Minas Gerais, 02 a 05 de Outubro de 2012 
 
 
custo devido às variações de mercado. Mesmo assim, os dados são anexados a tabela no 
dia em que a mesma for feita, já que quanto mais rápido a tabela estiver pronta, mais 
rápido o administrador pode fazer sua tomada de decisão. Segundo Johnson e Kaplan 
(1993) “talvez seja melhor trazer dados incompletos e talvez menos precisos com 
rapidez para os gerentes do que esperar por informação completa para afetar suas 
decisões ou ações.”. 
 
A tabela criada é uma ferramenta fundamental para a análise de custo proposta 
inicialmente, pois através desta será possível comparar os custos e analisar a viabilidade 
entre protótipo e produção em massa. Para tal comparação é necessária à realização da 
seguinte rotina de cálculo: 
 
2.1. Preço do protótipo: 
 
 
O preço do protótipo pode ser calculado de acordo com Equação 1. 
 
KBp = ∑ (T + He + Hm) + ∑ (C + He) (1) 
 
Onde KBp é o preço final do protótipo, T são os tarugos a serem usinados, He as 
horas de trabalho de um engenheiro de projetos, Hm horas máquinas e C as peças 
compradas. Através deste cálculo é possível obter a melhor aproximação possível do 
preço do protótipo. 
 
2.2. Preço do veículo produzido em massa: 
 
 
O preço do veículo produzido em massa pode ser calculado de acordo com 
Equação 2. 
 
KBs = ∑ (P + Hp + Hf + IPI) + ∑ (C+ Hp + IPI) (2) 
 
Onde KBs corresponde ao preço final do veículo produzido em massa, P a peça 
usinada, Hp a hora da mão de obra não especializada, Hf o custo de fundição e IPI é o 
Imposto Sobre Produtos Industrializados. Este cálculo nos mostra o valor aproximado 
do veículo produzido em série. 
 
3. RESULTADOS E ANÁLISES: 
 
 
Para a montagem da tabela e simulação do custo da produção em massa, foram 
utilizados os dados do protótipo KB03 da Equipe Komiketo Baja UFSJ. Durante a 
construção da tabela a Equipe enfrentou algumas dificuldades como pesquisar o preço 
para aquisição de 4000 unidades dos componentes do veículo, além de estabelecer o 
 
 
A Engenharia transformando ideias em soluções inteligentes 
Anais do 2° COEN – Congresso de Engenharias – Universidade Federal de São João del-Rei – MG 
Anais do 12° CONEMI – Congresso Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial | 5 
2° COEN – UFSJ 
12° CONEMI 
São João del-Rei, Minas Gerais, 02 a 05 de Outubro de 2012 
 
 
tempo exato para a fabricação de cada peça. A solução encontrada foi, respectivamente, 
deduzir 15% do valor de venda de cada componente conforme estabelecido por Uwe 
(2005) e consultar o técnico em usinagem para estimar o tempo de fabricação. A tabela 
final do cálculo do protótipo e da produção em série é representada pela Tabela 2 e 
Tabela 3, respectivamente. Vale ressaltar que a fim de adequar as tabelas ao artigo elas 
foram compactadas por setores. 
 
TABELA 2: Tabela final – custo do protótipo 
 
 Planilha de análises de custos 
 
 
Preço 
 Custo Custo 
 
 Quantidade Horas final mão horas Preço final 
Setor varejo 
por peça engenheiro de obra máquina (R$) (R$) (R$) (R$) 
 
Direção 34 793,80 0,34 4,21 1681 3265,22 
 
Suspensão 100 2702,04 0,53 6,61 1473,25 11125,27 
 
Transmissão 81 10754,44 0,94 11,73 5415 16648,05 
 
Frenagem 34 1420,287 1,08 13,51 581,25 3792,152 
 
 
Chassi 74 4257,75 69,70 871,99 1739,5 61003,54 
 
Eletrônica 42 159,93 0,14 1,81 3 296,44 
 
 
Total R$ 9.6130,66 
 
TABELA 3: Tabela final – custo da produção em série 
 
 Planilha de análises de custos 
 
 
 
 Custo 
 
 
Preço Horas 
final Custo 
 
 Quantidad da horas Impostos Preço final 
Setor Atacad técnic 
e por peça mão de máquin (R$) (R$) o (R$) o obra a (R$) 
 
 (R$) 
 
Direção 34 674,73 0,34 2,93 1350,75 33,74 2730,43 
 
Suspensão 100 2296,73 0,53 4,65 1257,75 114,84 9575,83Transmissã 
 
o 81 9141,27 0,94 8,17 4151,25 457,06 14145,35 
 
Frenagem 34 1181,74 1,01 9,02 492,81 49,16 1778,26 
 
Chassi 74 3619,09 69,7 607,12 1734,5 180,95 8442,36 
 
Eletrônica 42 135,94 0,14 1,26 3 6,8 152,59 
 
 
Total: R$ 4.2348,56 
 
 
Através dos dados fornecidos pela Tabela 2 e pela Tabela 3 foi possível plotar 
alguns gráficos a fim de obter uma análise visual dos resultados. Dessa maneira, o 
 
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Anais do 12° CONEMI – Congresso Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial | 6 
2° COEN – UFSJ 
12° CONEMI 
São João del-Rei, Minas Gerais, 02 a 05 de Outubro de 2012 
 
 
Gráfico 1 apresenta os preços finais do veículo produzido em série e em apenas uma 
unidade. Foi possível perceber que a diferença de custo é relevante, devido à diferença 
de processos de fabricação, mão de obra e quantidade de peças compradas. De acordo 
com o site Idea Brasil, o desenvolvimento de um protótipo fora de estrada, consome 
recursos da ordem de 1 milhão de reais, com isso, conclui-se que o preço do protótipo 
KB03 que é de, aproximadamente, 96 mil reais é relativamente baixo. 
 
Já a simulação do preço de venda do veículo produzido em série é estimado em 
R$ 42.349,00 incluindo 15% de lucro ao preço final. Este preço é compatível com o 
custo praticado no mercado, pois de acordo com o site Auto Brasil, um modelo fora de 
estrada é vendido ao preço de 53 mil reais. Essa diferença no custo pode ser explicada 
devido à variação de escala adotada, no caso desse artigo é de 4000 unidades. 
 
R$ 120.000,00 
R$ 96.130,66 
 
 
R$ 100.000,00 
 
 
 
 
 
R$ 80.000,00 
 
 
 
 
R$ 60.000,00 
 
 
 
R$ 42.348,56 
 
 
 
R$ 40.000,00 
 
R$ 20.000,00 
 
 
 
 
R$ - 
 
 
Protótipo KB03 Preço unitário (produção em 
 
 
 
 série) 
 
 
 
GRÁFICO 1. Gráfico de comparação do custo do protótipo em relação ao custo 
final do veículo produzido em série. 
 
 
4. CONCLUSÃO 
 
 
A avaliação de custos é uma ferramenta que auxilia na tomada de decisões a fim 
de alcançar a competitividade e excelência, dentro de uma determinada empresa. Dessa 
maneira, o estudo realizado servirá de base para que a Equipe Komiketo Baja UFSJ 
possa estabelecer parâmetros de custos para os protótipos ainda em desenvolvimento, a 
fim de otimizar os recursos financeiros. 
 
Através da análise da tabela final do protótipo KB03 da Equipe Komiketo pode-
se perceber que a diferença de custo entre o protótipo e o possível valor do veículo 
produzido em série é significativa. O alto valor do protótipo pode ser explicado devido à 
fabricação de peças únicas, compra de componentes específicos e pela utilização de um 
 
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Anais do 12° CONEMI – Congresso Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial | 7 
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12° CONEMI 
São João del-Rei, Minas Gerais, 02 a 05 de Outubro de 2012 
 
 
centro de usinagem computadorizado, do tipo CNC, para a confecção das peças, além 
das despesas envolvidas nos processos de experimentação do protótipo. 
 
No caso hipotético da produção em série, a fabricação de algumas peças no CNC 
poderiam ser substituídas por outros processos de fabricação mais baratos, como a 
fundição. Além disso, alguns componentes específicos poderiam ser projetados e 
fabricados ao invés de serem adaptados de produtos já existentes no mercado, tal como 
a pinça de freio e o cilindro mestre utilizados pela equipe. 
 
Estes e outros fatores contribuem de maneira significativa para que o custo do 
protótipo seja maior que o preço do veículo produzido em série. Diante destes 
resultados, foi possível garantir a veracidade do estudo feito, pois, conforme a teoria, 
um protótipo é um veículo de alto valor agregado, porque exige profissionais com mão 
de obra especializada e processos de fabricação que exigem maquinário específico, 
além de custeios com experimentação e validação. 
 
Diante de todo o estudo apresentado, espera-se que este artigo contribua para o 
desenvolvimento de futuras análises financeiras relacionadas à produção de um veículo 
fora de estrada do tipo BAJA. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
Auto Brasil – Comentários sobre o mundo automotivo. < 
http://autobrasil.wordpress.com/2010/11/05/polaris-ranger-ev-tem-preco-divulgado- no-
brasil/> - último acesso em 10-08-2012 
 
BERLINER C.; BRIMSON, J. A. Gerenciamento de custos em indústrias avançadas: 
base conceitual CAM-I. São Paulo: T. A. Queiroz, 1992. 
 
FORD, H.; Minha vida e minha obra. Companhia Editora Nacional. Rio de Janeiro, 
1922. 
 
Idea Brasil – O melhor do design brasileiro. < 
http://www.ideabrasil.com.br/site/portfolio/fiat-fcc-ii-fiat-fcc-ii/> último acesso em 10-
08-2012 
 
JOHNSON, H. T.; KAPLAN, R.S. Contabilidade gerencial: a restauração da 
relevância da contabilidade nas empresas. Rio de Janeiro, 1993. 
 
MADRUGA, K.C.R.; NASCIMENTO, L. F. M. do. Produção mais limpa na 
indústria automotiva : um estudo de fornecedores no estado do Rio Grande do Sul. 2000 
Receita Federal – Tabela do Imposto Sobre Produtos Industrializados. Disponível: 
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/legisassunto/impsobproindipi/impsobproin 
 
 dipi.htm> último acesso em 10-07-2012 
 
 
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2° COEN – UFSJ 
12° CONEMI 
São João del-Rei, Minas Gerais, 02 a 05 de Outubro de 2012 
 
SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1997. 
 
Society Of Automotive Engineers (SAE). Regulamento da XVIII Competição Baja 
SAE Brasil. Disponível em: 
 
< http://www.saebrasil.org.br/eventos/ProgramasEstudantis/site/baja2011/index.html> 
 
último acesso em 15/07/2012. 
 
UWE KEHL; Contabilidade pelo valor justo – 
 
evolução mundial e aplicação no brasil, Rio de Janeiro, 2005. 
 
 
Agradecimentos 
 
Agradecemos à FAPEMIG, investidora do Projeto Baja SAE Equipe Komiketo 
Baja UFSJ, sob a identificação do projeto TEC ATQ 02646/11, desenvolvido na 
Universidade Federal de São João del-Rei, por viabilizar o desenvolvimento deste 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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