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História do direito brasileiro - Resumo AV1

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Introdução a disciplina História do Direito Brasileiro
O processo de colonização e organização Brasil colônia;
Ouro, conjuração e ideias emancipatórias: O contexto do período Pré-Independência;
De Reino Unido a Império do Brasil;
Período regencial: o difícil período de estabilização da independência;
O segundo Reinado. 
Introdução
O direito luso-brasileiro possui raízes com o sistema jurídico romano-germânico ou Civil Law sendo o sistema mais disseminado no mundo que se origina no direito romano.
COMMON LAW: É o modelo jurídico onde a principal fonte para decisões (fonte primária) é a jurisprudência, ou seja, as decisões para casos julgados no presente são baseadas em decisões tomadas em casos julgados no passado. A idéia da Common Law é baseada no princípio da igualdade, isto é, o sistema deve tratar os mesmos casos da mesma forma, com o mesmo julgamento.
ONDE É APLICADA: É mais utilizada em países de origem anglo-saxônica (como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá)
OBS: 
CIVIL LAW: Também conhecida como Direito Romano-Germânico. É o modelo jurídico onde a principal fonte para decisões (fonte primária) é a Lei, o texto escrito (direito positivo). A lei é criada pelo poder legislativo, deve ser seguida por todos e aplicada pelo Juiz em suas decisões. 
ONDE É APLICADA: É o sistema jurídico mais disseminado no mundo. Sendo usado por todos os países da América Latina, todos os países da Europa Continental, partes da Ásia e da África. 
União Ibérica:
No ano de 1578, durante a batalha contra os mouros marroquinos em Alcácer-Quibir, o rei português dom Sebastião desapareceu. Esse evento iniciou uma das mais complicadas crises sucessórias do trono português, tendo em vista que o jovem rei não teve tempo suficiente para deixar um descendente em seu lugar. Nos dois anos seguintes, o cardeal dom Henrique, seu tio-avô, assumiu o Estado português, mas logo morreu sem também deixar herdeiros.
Filipe II, rei da Espanha e neto do falecido rei português D. Manuel I, se candidatou a assumir a vaga deixada na nação vizinha. Para alcançar o poder, além de se valer do fator parental, o monarca hispânico chegou a ameaçar os portugueses com seus exércitos para que pudesse exercer tal direito. Com isso, observamos o estabelecimento da União Ibérica, que marca a centralização dos governos espanhóis e portugueses sob um mesmo governo.
A vitória política de Filipe II abriu oportunidade para que as finanças de seu país pudessem se recuperar após diversos gastos em conflitos militares. Para tanto, tinha interesse em estabelecer o comércio de escravos com os portugueses, que controlavam tal atividade na costa africana. Além disso, o controle da maior parte das possessões do espaço colonial americano permitiria a ampliação dos lucros obtidos através da arrecadação tributária.
Apesar de todas estas vantagens, o imperador espanhol teve a astúcia de manter uma significativa parcela dos privilégios e posições ocupadas por comerciantes e burocratas portugueses. No Tratado de Tomar, assinado em 1581, Filipe II assegurou que os navios portugueses controlassem o comércio com a colônia, a manutenção das autoridades lusitanas no espaço colonial brasileiro e o respeito das leis e costumes brasileiros.
No ano de 1640, a chamada Restauração, definiu a vitória portuguesa contra a dominação espanhola e a consequente extinção da União Ibérica. Ao fim do conflito, a dinastia de Bragança, iniciada por dom João IV, passou a controlar Portugal.
Ordenações do Reino:
As ordenações do reino que se iniciou por volta de meados do século XV são marcadas pelas produções de compilações. Essas compilações são conhecidas como ordenações do reino, pois o rei ordenava que fossem feitas. Era um imenso conjunto de tipos normativos que a partir delas podemos compreender o processo de decodificação do ordenamento jurídico brasileiro desde a colonização.
Compilação: Reunião de textos ou documentos, ou de alguns trechos de diversos autores.
Ordenações Afonsinas (1446/1447) que levam o nome do rei Dom Affonso V. 
Foi a primeira grande compilação (primeiro grupo de leis em vigor, leis esparsas) que foi promulgada durante o reinado de Dom Affonso V. O código deveria esclarecer a aplicação do direito Canônico e Romano influenciando as colônias que Portugal ia conquistando durante o século 15 e 16. Vigorou até a promulgação das ordenações Manuelinas.
Ela foi manuscrita (apesar de já existir impressão), dividida em 5 livros tratando sobre:
Livro I trata dos cargos de administração e de justiça
O livro II ocupa-se da relação entre Estado e igreja dentro das colônias, vai autorizar o período de catequização, dos direitos régios e suas cobranças, da jurisdição dos donatários no Brasil Colonial, das prerrogativas da nobreza e legislação especial para judeus e mouros.
O livro III cuida basicamente do processo civil.
O livro IV trata do direito civil: regras para contratos e testamentos, tutelas, formas de distribuição, aforamento de terras, direito comercial entre outros.
O livro V trata do direito penal.
Ordenações Manuelinas (1512-13/1603) levando o nome de seu atual Rei, Rei Manuel I ou Dom Manuel I de Portugal. 
Tentam modernizar as ordenações Afonsinas trazendo algumas legislações medievais e principalmente afonsinas, e essa mistura de legislações se deu o nome de leis extravagantes. Foram reformulados 596 forais, incluídos nos “livros dos forais novos”. Existia um capitulo só para foral. São três sistemas de preceitos jurídicos que compilaram a totalidade da legislação portuguesa. 
Fizeram parte dos esforços de do rei Manuel I de Portugal para adequar a administração no reino ao enorme crescimento do Império Português na era dos descobrimentos. Sucederam as pioneiras Ordenações Afonsinas, ainda manuscritas, e vigoraram até a publicação das Ordenações Filipinas. 
Tinham toda uma estrutura social voltada ao crescimento econômico da coroa portuguesa, era o tempo do mercantilismo. E como obter moeda? Comércio. 
Para tanto se desenvolveu o plantio cana de açúcar, e com ele o sistema das capitânias hereditárias. Ela foi escrita em forma de decretos como se todas as leis fossem novas, o que a difere da afonsina. Entretanto, ambas se aproximam ao afirmar que se algo não está previsto em lei deve-se buscar o direito romano.
Ordenações Filipinas (1603) ficaram prontas ainda durante o reinado de Filipe I, em 1595, mas entraram efetivamente me vigor em 1603, no período de governo de Filipe II.
Seguia a estrutura dos cinco livros que possuíam títulos e parágrafos.
Destaca-se o livro II, que demonstra a existência de normas especiais para cada uma das castas que compunham a sociedade daquele período.
Nos casos a serem julgados e que não estiverem previstas nas Ordenações Filipinas, casos omissos da legislação nacional, aplicavam-se subsidiariamente: o direito romano, a partir das glosas (interpretações) de Acúrsio e das opiniões de Bártolo ou o direito canônico. Este último invocado quando estivesse em voga o pecado, como nos casos de crimes de heresia ou sexuais. As penas nas Ordenações Filipinas eram consideradas severas e bastante variadas, destacando-se:
Perda e confisco dos bens e multas
Prisão simples e prisão com trabalhos forçados
Galés temporárias ou perpétuas
Desterro (condenação de deixar o lugar do crime)
Degredo (condenação de residência obrigatória em certo lugar)
Banimento ou Exílio/Degredo perpétuo
Açoites
Decepação de membro
Morte natural (forca)
Morte natural com crueldade (tortura prévia)
Morte natural para sempre (exposição do cadáver na forca até perecer)
Morte atroz (cadáver esquartejado) 
Mas, como típica sociedade da época, não poderia ser submetida as penas vis e infamantes os que possuíam privilégios, como os fidalgos, os cavalheiros, os doutores em cânones ou leis, os médicos, os juízes e vereadores, ou seja, se a pessoa fosse nobre, esse tipo de pena infamante não lhe seria aplicada. 
OBS: Os livros das ordenações vigoram no Brasil até a criação do código penal em 1830 e civil em 1916.Não há diferenças entre as ordenações de Portugal e do Brasil, apenas que todos os casos e processos eram julgados em Portugal apenas por somente existirem tribunais lá.
Canônico: Canônico tem especial significado quando se refere à Igreja Católica Romana, acompanhando diversos elementos ligados à Igreja: vinho canônico, rito canônico, oração canônica, lista de santos reconhecidos pela igreja etc. 
O Código do Direito Canônico: É o conjunto de normas (cânones) que orientam a disciplina eclesiástica, definem a hierarquia administrativa, os direitos e deveres dos fiéis católicos, os sacramentos e possíveis sanções por transgressão das normas.
Leis esparsas: Leis soltas ou costumeiras. Que não contemplam um ordenamento formal.
Leis extravagantes: É o conjunto de leis relativas a matérias que já foram alvo de compilação.
Bártolo: Foi um jurisconsulto medieval, um dos mais notáveis comentadores do Direito Romano. É considerado o maior jurista da Idade Média.
Acúrsio: Considerado como o renovador do direito romano, foi influente professor da Universidade de Bolonha, com ele se encerra a série dos glosadores. Mesmo no direito português suas glosas (e as dos predecessores e contemporâneos, por ele coligidas) eram aceitas como regras supletivas do Código Manuelino.
Bula Inter Coetera: Documento dizendo do Papa que as terras teriam que ser divididas entre Espanha e Portugal á 100 léguas do Cabo Verde para que Portugal e Espanha não entrassem em guerra, porém, existia um detalhe considerável que a 100 léguas de Cabo Verde só havia o Oceano Atlântico.
Tratado de Tordesilhas: Foi primeiro documento legal internacional (acordo entre Estados) produzido sem a participação da igreja (Laico/sem a interferência do Papa) em 1494. Portugal não aceitou a Bula Inter Coetera e faz um acordo com a Espanha. O tratado delimitou que a demarcação entre áreas portuguesas e espanholas passaria a ser de 370 léguas a oeste dos arquipélagos de Açores e Cabo Verde.
O processo de colonização e organização Brasil colônia:
O Brasil foi conquistado por Portugal em 1500, mas só explorado em 1532, esse período foi chamado de Brasil Pré-Colonial.
Para a colonização do Brasil, Portugal adotou o sistema das capitanias hereditárias, Plantation e o Pacto Colonial.
Capitanias Hereditárias: Foi um sistema de administração criado pelo Rei de Portugal Dom João III. Esse sistema dividiu a Colônia em 14 distritos, que foram partilhados em 15 lotes e repartidos entre 12 donatários (principalmente nobres com relações com a coroa portuguesa).
Donatários: Era um título que na organização colonial portuguesa é dado à pessoa a quem era concedido a posse determinado território, recebia o encargo de administrar esse território, procurando a sua colonização e o aproveitamento dos seus recursos.
Porque Donatário e não Dono?
A propriedade da terra era da Coroa Portuguesa, do Rei. A pessoa só tinha a posse, por isso Donatário e não Dono. A posse era hereditária por isso CAPITANIA HEREDITARIA na Carta de Doação.
As posses eram hereditárias, seguindo a sua transmissão, embora com algumas exceções, a Lei Sálica.
Lei Sálica: As leis sálicas regulavam todos os aspectos da vida em sociedade desde crime, impostos e calúnia, estabelecendo indenizações e punições. Estabelecia, entre outras, as regras a serem seguidas por aqueles povos em matéria de herança.
O vínculo jurídico era estabelecido em dois documentos: A Carta de Doação, que conferia a posse e a Carta Foral ou de Foro, que determinava direitos e deveres.
Carta de Doação: Diz quem é o donatário e diz quem vai entregar a terra. O donatário recebia a posse da terra, podendo repassar para seus filhos, mas nunca vendê-la. Recebia também uma sesmaria de dez léguas de costa.
Carta Foral ou de Foro: Tratava principalmente dos tributos a serem pagos pelos colonos (donatários). Definia ainda o que pertencia à coroa e ao donatário. Se descoberto metais e pedras preciosas 20% seriam da coroa e 10% do lucro sobreos produtos do solo. A coroa detinha o monopólio do comércio do pau Brasil e de especiarias. O donatário poderia doar sesmarias aos cristãos que pudessem colonizá-las ou defendê-las, tornando se assim, colonos. Detinha autoridade no poder judicial e administrativo para nomear funcionários e aplicar a justiça, podendo até decretar a pena de morte para escravos, índios e homens livres.
Alguns dos deveres: Fazer a segurança do território, principalmente pela faixa litorânea contra os invasores (holandeses, franceses e ingleses), desenvolver colonização dos territórios, combaterem tribos indígenas que dificultavam a colonização do Brasil, fundar vilas nas colônias, fiscalizar as ações econômicas na capitania, com o objetivo de garantir o monopólio da coroa no comércio colonial e na exploração do pau-brasil. 
Alguns dos direitos pela carta foral dos donatários era a isenção de taxas, explorar os recursos naturais e minerais da terra, desenvolver a agricultura e a pecuária obtendo lucros com esta atividade, poderia exercer poder político-administrativo em sua capitania doar sesmarias aos colonos, escravizar índios para mão-de-obra, exercer poder judiciário em sua capitania, cobrar impostos dos moradores e comerciantes que atuavam na capitania e estabelecer engenhos de açúcar.
Lei ou Carta das Sesmarias (1375): Seu objetivo era ajudar no avanço da agricultura que se encontrava abandonada em virtude das batalhas internas e da peste negra. Segundo a Lei das Sesmarias, se o proprietário não fertilizasse a terra para a produção e a semeasse, esta seria repassada a outro agricultor que tivesse interesse em cultivá-la.
As cartas não possuíam validade assim como as leis.
Aos donatários, cabia nomear o seu ouvidor, que era a pessoa que exercia jurisdição civil e criminal.
Ouvidor: Ouvidor era a pessoa que exercia a jurisdição civil e criminal para o donatário.
OBS: Apenas duas capitanias deram certo, foram as de Pernambuco e São Vicente, a primeira pela adaptabilidade ao cultivo da cana de açúcar e sua vantagem geográfica em relação a Europa; a segunda principalmente pelo comércio de escravos indígenas.
Alguns dos motivos para as Capitanias não darem certo foi: 
Não souberam administrar conflitos entre os colonos;
Não tinham recursos financeiros para investir de um modo geral;
Vivenciaram muitos períodos de fome nas capitanias o que gerava muitos conflitos;
Sofriam com a distância da Coroa o que dificultava ajuda e administração; 
Dispunham, na maior parte das vezes, apenas de degradados para trabalhar que não tinham vínculos com o projeto implantado;
A difícil tarefa de administrar e fiscalizar pela imensidão de terras; 
Os constantes ataques indígenas. 
Plantation: O plantation é um tipo de sistema agrícola que possuía a monocultura de exportação diante a utilização de latifúndios e mão de obra escrava.
A primeira característica da economia de plantation é a monocultura. Nesse sistema, são produzidas grandes quantidades de um só produto que se adapta muito bem ao solo e ao clima da região. Os produtos cultivados por meio da economia de plantation no Brasil são cana-de-açúcar, café, soja etc.
Nesse sistema, a produção é voltada quase totalmente para o mercado externo, permanecendo no país apenas produtos de baixa qualidade. As colônias eram exploradas de uma forma especulativa, sem nenhum interesse, por parte das metrópoles, na melhora do país em que a economia de plantation era estabelecida.
A mão de obra utilizada era composta principalmente por escravos e indígenas. Através da dominação econômica, muitos camponeses e pessoas de baixa renda também eram obrigados a trabalhar nas plantações. A economia de plantation ocasionou o surgimento de grandes latifúndios, uma vez que enormes porções de terra eram destinadas a uma só pessoa.
Em outras palavras, plantation ou cultivo especulativo é uma forma de cultivo comercial organizada para o mercado externo e que não considera os interesses da economia e da sociedade da região ou do país onde é realizado.
Suas características principaissão: grandes propriedades; cultivo de produtos tropicais; monocultura; emprego de mão de obra barata; inicialmente escrava; utilização de recursos técnicos; produção voltada para a exportação.
Latifúndio: É uma propriedade agrária de grande extensão de terreno o qual passa ser propriedade de uma única pessoa, família ou até mesmo uma empresa. Essa área geralmente acaba não sendo cultivada e por isso começa a ser conhecida como uma terra com pouco aproveitamento econômico.
Pacto colonial: O Pacto Colonial teve forte influência em nossa independência, era o monopólio da Metrópole sobre a Colônia em termos econômicos e comerciais, ou seja, a Colônia só podia comprar da metrópole e toda produção só poderia ser vendida para a metrópole. Portugal que repassava nossa produção para as outras partes do mundo e pagavam o preço que queriam.
Eram um conjunto de regras leis e normas que as metrópoles impunham sobre suas colônias durante o período colonial. O objetivo dessas leis eram exatamente fazer com que a colônia só vendesse e comprasse para e de Portugal. As metrópoles conseguiam os seus lucros de maneira bilateral, pois compravam de mão-de-obra barata e vendiam produtos manufaturados a preços elevados.
Governo Geral:
Criado em 1548 para responder ao fracasso das Capitanias Hereditárias o Rei de Portugal criou o Governo Geral que era uma centralização administrativa na colônia.
Com o governador geral o Rei teria um representante direto na Colônia, que passaria as instruções para quem estivesse no Brasil.
As principais funções do governo geral:
O povoamento: Buscar pessoas de Portugal para Morar na Colônia para intensificar o povoamento.
Organizar a produção agrícola: A Colônia teria que dar renda e lucros a sua metrópole.
Pacificar o território: Melhorar o relacionamento com os índios, sendo melhorado a partir de alianças ou da extinção dos mesmos.
Entre outras funções também existiam a criação de novos engenhos, o combate ao comércio ilegal, construir embarcações, defender os colonos e realizar a busca por metais preciosos. Mesmo que centralizadora essa experiência não determinou que o governador cumprisse todas as tarefas por si só. De tal modo, o primeiro governador geral Thomé de Souza que chegou em 1549, criou três novos cargos administrativos:
Ouvidor-mor: Era responsável pela resolução de questões judiciarias e o cumprimento das leis vigentes.
Provedor-mor: Era responsável pela organização dos gastos administrativos e dos impostos cobrados.
Capitão-mor: Era responsável pelas ações militares de defesas contra os nativos e os invasores estrangeiros.
Thomé de Souza, após sua chegada escolheu a cidade de Salvador como capital da Colônia, por ser estrategicamente excelente para defesa militar (possuía muitos montes) e por seu constante crescimento agrícola na cana de açúcar.
Quem chegava com Thomé de Souza em sua embarcação eram os jesuítas, que tiveram forte influência religiosa na colônia: batismos, missas, eucaristia e os casamentos. Principalmente deve-se levar em consideração que os jesuítas dominaram a educação colonial, responsáveis por alfabetizar as elites da Colônia.
Os jesuítas também tiveram forte influência na catequização e na passagem do idioma tupi para o português dos índios,os convertendo para o catolicismo.
Feitos dos 3 governadores gerais:
Thomé de Souza: Trouxe os jesuítas e implantou os cargos administrativos na Colônia.
Duarte da Costa: Incentivou o povoamento e trouxe os negros que posteriormente seriam escravos.
Mém de Sá: Expulsou os franceses com a ajuda do sobrinho Estácio de Sá em 1557 que chegaram em 1555 e tomaram a atual baía de Guanabara, houve uma aliança com os índios e o então atual governador geral Duarte da Costa não conseguiu combate-los, sendo então posteriormente substituído por Mém de Sá.
Carta Régia: É o nome dado ao documento oficial assinado por um monarca que segue para uma autoridade sem passar pela chancelaria, geralmente contendo determinações gerais e permanentes.
Na história do Brasil podemos citar como exemplos:
A Carta Régia de 1701 que foi um decreto da Coroa Portuguesa que proibia a criação de gado a menos de 10 léguas do litoral da costa.
A Carta Régia de 22 de agosto de 1422 que altera o calendário usado até então.
Alvará ou Alvará Régio: É um termo jurídico antigo usado para designar um edito real. Pode ser interpretado e caracterizado como uma licença real ou decreto régio em um estado tipicamente absolutista, de uma monarquia ou de um império. Durante o período do Brasil colonial e em vários períodos da história de Portugal, os reis ou regentes fizeram uso deste edito para governar.
Cobranças e Impostos:
A cobrança dos impostos encima do ouro arrecadado variou bastante ao longo do século XVIII, onde, inicialmente todo ouro extraído passaria pelo recolhimento do quinto.
Quinto: Foi uma primeira modalidade de arrecadação onde 20% do ouro, da prata e dos diamantes extraídos deveriam ser repassados a coroa. O desvio ilegal do ouro motivou a coroa a substituir o quinto pela finta.
Finta: Um novo sistema que obrigava os mineradores a repassarem trinta arrobas (aproximadamente 45 kg) para a coroa anualmente. Contudo a finta foi considerada injusta já que a capacidade produtiva pode variar muito, então a coroa aprimora a cobrança do quinto com a criação das casas de fundição.
Casas de Fundição: Na Casa de Fundição o ouro extraído era levado para ser transformado em barra com o brasão da coroa portuguesa. Naquele instante erarealizado o quinto e o restante do produto liberado para comércio. No entanto, a intensificação das atividades de contrabando e o escasseamento das minas levaram os portugueses a adotarem providências ainda mais rigorosas, um deles foi à capitação.
Capitação: No sistema de capacitação o explorador deveria repassar uma quantidade de ouro proporcional ao número de escravos que tivesse sob sua propriedade. Quando o explorador não possuía escravos deveria repassar uma quantidade proporcional ao ouro retirado por ele mesmo. Com o passar do tempo os exploradores diminuíram seu ritmo de produção, com isso os mineradores tiveram ainda mais dificuldades em pagar os tributos impostos pela coroa. Foi neste momento que Portugal asseverou ainda mais a cobrança de impostos com a derrama.
Derrama: Neste modelo, impostos atrasados eram cobrados com a confiscação de bens da população local.
Conflitos e Revoltas:
Em função exagerada das explorações da metrópole ocorreram revoltas e conflitos:
Guerra dos Emboabas: Os bandeirantes queriam exclusividade na exploração do ouro nas minas que encontraram. A coroa entrou em choque com os paulistas que estavam explorando o ouro das minas.
Bandeirantes: Os bandeirantes eram homens, principalmente paulistas, que entre os séculos VI e VII atuaram na captura de escravos fugitivos e aprisionamento de indígenas. Atuou também na busca de metais preciosos no interior do Brasil. Os bandeirantes expandiram o território brasileiro para além da demarcação do Tratado de Tordesilhas.
Revolta do Filipe dos Santos: Representou a insatisfação dos donos das minas de ouro com o quinto e as Casas de Fundição. Seu líder Filipe dos Santos foi preso e condenado a morte pela coroa portuguesa.
Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates: Revolta de caráter emancipacionista ocorrida na capitânia da Bahia. Foi punida duramente pela coroa de Portugal.
Inconfidência Mineira (1789): Liderada por Tiradentes, os inconfidentes eram contra a execução da derrama e do domínio português. O movimento foi descoberto pelo Rei de Portugal e os lideres condenados. A conjuração pretendia eliminar a dominação portuguesa de Minas Gerais. Ressalva que não pretendiam libertar toda a Colônia e nem uma intenção clara de libertar os escravos, já que muitos homens do movimento eram detentores dessa mão-de-obra.
Tiradentes o conjurado de mais baixa classe social foi condenado a forca em 21 de abril de 1792 e depois esquartejado com sua casa destruída. Após isso, o tronco do corpo foi entregue à casa de misericórdiasendo enterrado como indigente.
Os outros quatro pedaços do corpo foram levados a Minas Gerais e pregados em pontos do caminho novo, onde Tiradentes pregou suas ideias revolucionarias. 
OBS: A sentença de Tiradentes foi dada com base nas Ordenações Filipinas. Os direitos penais das Ordenações Filipinas não eram iguais para todos, nobres não recebiam a mesma punição dos pobres.
Período Pombalino (1760/1808):
Escolhido pelo rei de Portugal Dom José I para ocupar o cargo de primeiro ministro, Pombal tinha objetivos de fazer reformas que recuperassem a economia português tendo como plano de fundo a crise do Antigo Regime e as ideias iluministas da época. 
Para colocar Portugal em uma posição privilegiada em relação aos demais Países Europeus era preciso focar na Colônia que tinha mais peso econômico.
Pombal acabou com as Capitanias Hereditárias e trocou a capital de Salvador para o Rio de Janeiro, criou duas companhias de comércio e aumentou a cobrança de impostos sobre a exploração do ouro que acabou na inconfidência mineira.
Companhias de comércio de Pombal: Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão e Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba. 
Crise do Antigo regime: O antigo regime era baseado no feudalismo, mercantilismo e absolutismo. Esse modelo era prejudicial para as aspirações burguesas, por causa do mercantilismo e para os ideais de mais democracia e menos injustiça, parcialidade, privilégios e autoritarismo, que eram a marca do absolutismo. 
Além disso, o que ainda havia de feudalismo na França era traduzido nos privilégios da nobreza e do clero, que não pagavam impostos e viviam à custa do terceiro estado (povo em geral e burguesia). A crise foi deflagrada pelo enorme rombo nas contas do Estado francês, gastos enormes com guerras e com o luxo da nobreza, clero e reinado. 
OBS: O período Pombalino terminou de fato com a chegada da Família Real ao Brasil.
Vinda da Família Real ao Brasil:
Em 1806, o francês Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental e determinou que os países europeus fechassem os portos para os navios da Inglaterra.
Portugal não aderiu ao bloqueio devido à longa relação comercial com os ingleses e, por este motivo, Napoleão ordenou a invasão, que ocorreu em novembro de 1807.Antes disso, em 22 de outubro de 1807, o príncipe regente D. João e o rei da Inglaterra Jorge III assinaram o decreto que transferia a sede monárquica de Portugal para o Brasil.
As tropas inglesas se instalaram na ilha da Madeira e o governo português comprometeu-se em assinar um tratado de comércio com a Inglaterra após fixar-se no Brasil. O príncipe regente, então, determinou que toda a família real seria transferida para o Brasil. Também viajariam os ministros e empregados, totalizando 15,7 mil pessoas que representavam 2% da população portuguesa.
Como o Brasil só poderia negociar com Portugal por causa do Pacto Colonial e Portugal estava nas mãos de Napoleão, no mesmo ano de chegada, Dom João determinou a Abertura dos Portos as Nações Amigas, podendo assim o Brasil, negociar com os Países amigos.
Dom João determinou o Alvara Industrial onde o Brasil poderia produzir seus próprios produtos.
E assinou mais dois tratados: O Tratado de Aliança e Amizade e o Tratado de Comércio e Navegação.
Abertura dos Portos as Nações Amigas: Foi a primeira Carta Régia promulgada pelo Príncipe-regente no Brasil, o que se deu apenas quatro dias após sua chegada, com a família real e a nobreza portuguesa, em 24 de janeiro de 1808.
Tratado de Aliança e Amizade: é um Tratado assinado por Portugal e Inglaterra em 1810 para extinguir o Tráfico Negreiro. 
No tratado estabeleciam que:
Os dois reinos (Portugal e Inglaterra) seriam fiéis aliados nos planos político e militar.
A Inglaterra renovaria seus direitos sobre a Ilha da Madeira.
Os ingleses que viviam no Brasil teriam ampla liberdade religiosa.
A Inglaterra teria o direito de cortar madeiras e construir navios, bem como o de manter uma esquadra de guerra no litoral brasileiro.
Os ingleses pagariam tarifas alfandegárias preferenciais.
A Inglaterra passou a distribuir, na Europa, os produtos tropicais.
Cedendo à pressão dos ingleses, a Coroa Portuguesa comprometia-se a extinguir gradativamente o trabalho escravo.
A proibição de a Santa Inquisição vir para o Brasil.
Santa Inquisição: A Santa Inquisição era dirigida pela Igreja Católica Romana e foi criada no século XIII, durante a Idade Média. Era uma espécie de tribunal religioso que condenavam todos aqueles que eram contra os dogmas pregados pela Igreja Católica ou que era considerada uma ameaça às doutrinas. Eles eram denunciados, perseguidos, julgados e condenados (às vezes até eram queimados vivos em praça pública, a pena mais “leve” era a prisão temporária ou perpétua).
Tratado de Comércio e Navegação: Foi um acordo entre Portugal e Grã-Bretanha em 19 de fevereiro de 1810, com a finalidade de "conservar e estreitar" as relações de aliança entre as duas monarquias. O Tratado era ilimitado: sua duração e as suas obrigações e condições eram perpétuas e imutáveis. Havia, entretanto, a possibilidade de revisão após quinze anos. Essa ressalva excluía alterações por motivo de mudança de sede da monarquia para Portugal.
O acordo previa fixar taxas alfandegarias de 15% sobre a importação da Inglaterra, 16% de Portugal e 24% para o resto do mundo.
Como recompensa pelo tratado os produtos ingleses teriam menos 15% de taxas do que os produtos de Portugal.
OBS: O tratado de aliança não funcionou, a Santa Inquisição não veio para o Brasil, mas o tráfico negreiro continuou.
E a maior consequência do Tratado de Comércio e Navegação foi que, como os produtos produzidos no Brasil eram péssimos, com esse tratado passou a inviabilizar as indústrias no Brasil.
Em dezembro de 1815, o príncipe regente Dom João VI elevou o Brasil a nação, passando a ser País soberano e de personalidade jurídica de direito internacional.
Principais medidas de Dom João VI no Brasil:
1808 – Fábricas e manufaturas passam a ser permitidas no Brasil.
1808 – Bancos do Brasil são criados para ser o agente financeiro do governo
1808 – Imprensas régias, o início da imprensa no Brasil
1808 – Escolas médico-cirúrgicas fundadas em Salvador e No Rio de Janeiro.
1810 – Tratados de aliança e comércio com a Inglaterra.
Casa da Justiça da Corte: Foi à criação dos juízes que chegaram de Portugal junto com a Família Real no Brasil, que eram chamados de ouvidores do civil e ouvidores do crime.
Independência (1822):
Em 1821 Portugal decreta o regresso de Dom Pedro a Lisboa, sabendo que caso Dom Pedro abandonasse o Brasil, o mesmo voltaria a ser Colônia houveram agitações populares para que a permanência do príncipe regente. Em 9 de janeiro de !822 Dom Pedro anuncia a decisão de ficar no Brasil.
Diante da pressão das cortes portuguesas para o retorno de Dom Pedro, o príncipe regente em 7 de setembro de 1822, proclama a independência do Brasil. O Brasil tornava-se um Império e Dom Pedro era seu imperador.
O primeiro reinado foi o nome que Dom Pedro deu ao período em que se manteve no poder, desde 1822 a 1831, ano de sua abdicação.
A perda da Província Cisplatina e as dificuldades econômicas abalaram o prestígio do imperador. Além disso, ele se envolveu na disputa do trono de Portugal, que ficou vago com a morte de seu pai, D. João VI, mas abdicou e deu  seus direitos em favor de sua filha D. Maria da Glória.
O assassinato do jornalista oposicionista Libero Badaró, a mando de policiais ligados ao governo, aumentou a pressão da opinião pública contra D. Pedro I. Diversos incidentes eclodiram em várias províncias, e o mais sério deles ficou conhecido como a Noite das Garrafadas, em 12 de março de 1831, quando portugueses e brasileiros lutaram nas ruas do Rio de Janeiro. 
Sem apoio político, D. Pedro I foi  aconselhado a renunciar e abdicar do trono em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho Pedro, que tinha apenas 5 anos de idade. Por causa da menoridade do príncipe, foi formada uma regência trípliceprovisória para administrar o país.
Após a independência do Brasil era necessário organizar u m novo Estado, uma constituição. O Brasil estava dividido entre conservadores e liberais, que defendiam uma monarquia altamente centralizada e os que defendiam uma monarquia onde os poderes do Rei seriam limitados.
No ano de 1823, uma assembleia constituinte apresentou um projeto constitucional que mantinha a escravidão, restringia os poderes do Imperador e instituía o voto censitário. 
Ficou conhecida essa reunião como o dia da agonia.
Não gostando de ter seus poderes limitados Dom Pedro convocou um grupo de dez pessoas (Conselho de Estado) que ficou encarregado de criar um novo projeto constitucional que mais tarde seria aprovado.
Constituição de 1824 - Carta Magna do Brasil Independente – Dom Pedro I
Estabelecimento de uma monarquia hereditária;
Instituição de quatro poderes;
Poder executivo exercido pelo imperador e seus ministros
Poder legislativo exercido por deputados eleitos por quatro anos e senadores nomeados em caráter vitalício;
Poder judiciário, formado por juízes e tribunais, tendo como órgão máximo o supremo tribunal de justiça;
Poder moderador de atribuição exclusiva do Imperador nos três poderes;
País dividido em províncias, dirigidos por governadores nomeados pelo Imperador;
O voto era censitário, tendo o eleitor ou candidato que comprovar uma determinada renda mínima; o voto não era secreto; votavam os brasileiros ativos (proprietários), livres, maiores de 25 anos, exceto religiosos, criados, mulheres, e todos que não tinham uma renda mínima de 100 mil réis;
Eleições indiretas;
Subordinação da igreja ao poder do Estado e oficialização da religião católica;
Igualdade jurídica (todos são iguais perante a lei).
Principais características da constituição:
O governo era uma monarquia unitária e hereditária;
O Imperador era inimputável;
Por meio do poder moderador o Imperador nomeava e destituía a mais alta cúpula do Estado;
O Estado adotava o catolicismo como religião oficial, outras religiões eram permitidas em cultos domésticos, sendo proibida a construção de templos;
Submissão da igreja ao Estado;
Define quem é considerado cidadão brasileiro;
As eleições eram censitárias e indiretas.
Foi a primeira do mundo a incluir em seu rol, direitos individuais no artigo 179.
Período regencial (1831/1840): 
O período regencial era a forma de governo prevista na constituição de 1824 para que quando houvesse a falta do Imperador (havia o Imperador mais o mesmo tinha 5 anos de idade e só poderia governar aos 18), tivesse uma pessoa para governar em seu lugar.
Nascido a 2 de dezembro de 1825, Pedro II contava, quando da renúncia paterna, 5 anos e 4 meses, não podendo, portanto, assumir o governo que, por força da lei, seria dirigido por uma regência integrada por três senadores. Durante esta década sucederam-se quatro regências: A Provisória Trina, o Permanente Trina.
Ocorre nesta fase uma série de rebeliões localizadas, como a Cabanagem, no Grão-Pará, a Balaiada no Maranhão, a Sabinada na Bahia e a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, a maior e mais longa - que mostravam descontentamento com o poder central e as tensões sociais latentes da nação recém-independente.
Os motivos da abdicação:
A estrutura construída na Independência fez com que fosse organizado um sistema político que colocava os municípios dependentes das províncias e estas, ao poder central; e ainda "adotaram um sistema de eleições indiretas baseado no voto qualificado (censitário), excluindo a maior parte da população do processo eleitoral. Disputaram avidamente títulos de nobreza e monopolizaram posições na Câmara, no Senado, no Conselho de Estado e nos Ministérios" a qual se opunham fortemente os liberais.
O CÓDIGO CRIMINAL DE 1830
Foi o primeiro código penal brasileiro, sancionado poucos meses antes da abdicação de D. Pedro I Até 1830, se tem a vigência das Ordenações Filipinas (punição cruel). Então o Código Criminal de 1830 vai avançar em relação às leis Filipinas no que diz respeito a integridade física. Com a inviolabilidade dos direitos civis, igualdade jurídica em uma sociedade escravista. Saindo da pena do castigo exemplar para a pena moderna: respeito à integridade física.
CRIMES SEGUNDO O CÓDIGO CRIMINAL DE 1830
Públicos: crimes contra o Império, contra a tranqüilidade interna do Império, contra a administração, o tesouro e a propriedade pública;
Privados: contra a liberdade e a segurança individual, contra a propriedade particular;
Policiais: contra as normas policiais e regras públicas (posturas municipais).
PENAS:Proporcionalidade entre o crime e a pena, as penas tinham que ter proporcionalidade entre o crime cometido e a pena; a pena exclusiva do condenado, não poderia ultrapassar ao infrator, não podendo ser estendida aos seus familiares; humanização da pena de morte, sem a tortura; proibição das penas cruéis, sem enforcamentos e decapitações, etc. persistência das penas de degredo, banimento, galés, multas, privação dos direitos políticos, desterro (exílio) ainda persistem algumas penas das ordenações Filipinas.
PORQUE SE AFIRMA QUE O CÓDIGO CRIMINAL DE 1830 TEM FEIÇÕES ILUMINISTAS?
A idéia de proporcionalidade entre crime e pena; Impossibilidade da pena ultrapassar a pessoa do infrator. Humanização da pena de morte sem a tortura; Proibição das penas cruéis.
LEI DE TERRAS DE 1850
O acesso às terras antes de 1850 se dava pela doação de terras através das sesmarias desde operíodo colonial ou ainda pela compra e principalmente, ocupação e posterior posse de terras devolutas. A partir da aprovação da Lei de terras, as terras desocupadastornaram-se propriedade do estadoe somente poderiam ser adquiridas mediante compra e venda, ou por autorização do rei.
TERRAS DEVOLUTAS: Eram Capitanias que os donatários não conseguiam arcar e voltavam para Portugal, e as terras ficavam abandonadas, então elas eram devolvidas para a Coroa.
REFORMA AGRÁRIA: Distribuição justa das terras. “Transformar quem não tem terras em dono de terras”.
LEGISLAÇÃO ESCRAVISTA 
Quando os portugueses iniciaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra suficiente para a realização dos trabalhos manuais. Diante desse problema, o governo português passou a escravizar indígenas com o propósito de forçá-los a trabalhar nas lavouras. Porém, a prática não prosperou no Brasil e os portugueses passaram a buscar escravos africanos para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia.
Assim, desde o início do período colonial, a mão-de-obra predominante no Brasil foi a escrava. Atenta a tudo isso, em meados do século XIX, a Inglaterra, principal parceiro econômico do país, passou a pressionar Dom Pedro II para que o imperador acabasse com o regime escravocrata.
Apesar dos ingleses alegarem razões humanitárias para defenderem o fim da escravidão, a verdade é que a escravidão representava um impedimento aos interesses ingleses no Brasil. Pois, enquanto o maior número de trabalhadores brasileiros fossem escravos, não haveria mercado consumidor para os produtos industrializados ingleses no Brasil. Pois, como todos sabem: escravo não recebe salário e, portanto, não consome.
Com isso, em 1845, o governo inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen, essa lei autorizava a marinha inglesa de capturar ou afundar navios negreiros com destino ao Brasil. Na prática o que aconteceu foi que dezenas de navios negreiros foram aprisionados ou afundados pelos ingleses, gerando grandes prejuízos ao Brasil. Sem alternativa, o governo brasileiro passou a aprovar, gradualmente, uma série de leis e tratados que limitavam a escravidão no país.
LEI EUSÉBIO DE QUEIROZ (1850): Dom Pedro II assinou a Lei Eusébio de Queiroz. Essa lei proibiu o tráfico de escravos para o Brasil. Mas, apesar da proibição do tráfico, a lei não alterava o regime de escravidão no país. Ao contrário, tornava o escravo mais valioso, já que a importação estava proibida. 
LEI DO VENTRE LIVRE/LEI VISCONDE DO RIO BRANCO (1871): Alguns anos depois, a PrincesaIsabel, filha de Dom Pedro II, assinou a Lei 	do ventre livre que considerava livre todos os filhos de mulheres escravas nascidos a partir da data da Lei. Como os pais continuariam escravos, a lei estabelecia duas possibilidades para as crianças. Poderiam ficar sob autoridade dos senhores de sua mãe até os 08 anos completos, chegando até a idade o senhor poderia escolher ao receber do estado uma indenização ou de usar os serviços do menor até os 21 anos. Mas, na prática quase ninguém obedeceu à lei, já que não havia fiscalização sobre o cumprimento da mesma.
OBS: Essa lei fez com que a mortalidade infantil aumentasse muito, ainda mais das crianças de sexo feminino, porque nascendo homem o senhor o colocaria para trabalhar até os 21 anos, nascendo mulher não poderia aproveitar tanto a mão-de-obra assim.
LEI SARAIVA COTEGIPE/ SEXAGENÁRIOS (28/09/1885): O governo brasileiro aprovou a Lei dos Sexagenários que previa a liberdade aos sujeitos escravizados que tivessem mais de sessenta anos e estabelece também normas para libertação gradual dos cativos, mediante a indenização do estado. Na prática, essa lei beneficiou poucas pessoas, já que a péssima condição de vidas dos escravos dificilmente permitia que chegassem aos 60 anos. Outro impedimento à lei foi que a maioria dos escravos não tinha acesso aos seus documentos, portanto, poucos sabiam a real idade que tinham. Mesmo os que conseguiam chegar a tal idade e conseguiam comprová-la ainda eram obrigados a trabalhar mais 3 anos como forma de compensar o proprietário.
LEI AURÉA (13/05/1888): A situação somente mudou quando, em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. Essa lei libertava todos os escravos do Brasil e proibia a escravidão no país. Entretanto, a assinatura da Lei Áurea colocou os grandes proprietários rurais, donos de escravos, na oposição ao regime imperial de Dom Pedro II.

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