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983V Teoria Geral das Obrigacoes

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1) Abel assumiu uma dívida perante Bruno, obrigando-se a entregar a 
Bruno, em 10 dias, ou o carro de marca Toyota Corolla, cuja 
numeração de placas e chassis foram exarados em contrato, ou um 
computador e uma filmadora, cujas especificações constaram do 
mesmo contrato, assinado pelas partes. Diante do furto do veículo, 
mesmo tendo-o guardado com toda a diligência Abel, e 
considerando que as partes não estipularam quem tinha a 
prerrogativa da escolha, é correto dizer que: 
A) A obrigação recai sobre a prestação remanescente. 
B) o credor pode exigir a prestação que sobrou ou o valor da outra, 
acrescido das perdas e danos. 
C) o credor pode exigir a prestação que sobrou ou o valor da outra, mas 
não tem o direito de pleitear perdas e danos. 
D) a obrigação se resolve, e Abel não deve entregar nada a Bruno. 
 E) a obrigação se converte em perdas e danos. 
 
Resposta: Letra A, A obrigação recai sobre a prestação remanescente. 
 Justificativa: Se a escolha é do devedor: a obrigação recai sobre a 
prestação remanescente, sendo culpa do devedor ou não o perecimento da 
primeira prestação (art. 253, CC/02). Obs.: se a escolha é do credor e a coisa 
escolhida se torna impossível sem culpa do devedor: a prestação recai sobre a 
outra. Se a escolha é do credor: caso a 1ª prestação se torne impossível por 
culpa do devedor, o credor pode exigir a prestação que sobrou ou o valor da 
outra, acrescida das perdas e danos (art. 255, 1ª parte, CC/02). 
2) Na obrigação indivisível, cada devedor está obrigado a parte da dívida. 
Então, ao pagar, o codevedor se sub-roga no direito do credor, em relação 
aos demais codevedores. Quanto a esta proposição, assinale a alternativa 
correta: 
A) a proposição é falsa, porque ao cumprir integralmente a prestação, o 
codevedor tem mero direito de reembolso, com relação aos demais 
codevedores. 
B) se a obrigação for indivisível, cada devedor pode ser compelido a satisfazer 
a sua parte, por isso é falsa a proposição. 
C) a proposição é verdadeira, mas caso a obrigação se converta em perdas e 
danos por força do inadimplemento, torna-se divisível. 
D) a proposição é verdadeira, sendo o direito de sub-rogação semelhante ao 
direito de reembolso. 
E) a proposição é falsa, porque apenas quando convertida em perdas e danos 
obriga cada codevedor ao pagamento do todo. 
Resposta: Letra C, a proposição é verdadeira, mas caso a obrigação se 
converta em perdas e danos por força do inadimplemento, torna-se divisível. 
Justificativa: O equivalente da prestação é por todos devido, mas as perdas e 
danos só são devidas pelo codevedor que culposamente impossibilitou a 
obrigação. Isso porque um dos codevedores não pode agravar a obrigação dos 
coobrigados voluntariamente (art. 278, CC), e, obviamente, portanto, não pode 
agravar a obrigação dos coobrigados por ato ilícito. 
3) Quanto à obrigação indivisível, é correto afirmar que: 
A) As perdas e danos são de responsabilidade de quem teve culpa no 
descumprimento da obrigação. 
B) Em caso de pluralidade de credores, cada credor pode exigir apenas a sua 
quota. 
C) Havendo pluralidade de credores, o codevedor só se desobriga quando paga 
a todos os credores conjuntamente. 
D) Havendo pluralidade de credores, o codevedor só se desobriga ao pagar a 
um cocredor, se este der caução (garantia) de ratificação dos outros credores. 
E) Se apenas um dos credores receber a prestação inteira, a cada um dos 
demais assiste o direito de exigir daquele, em espécie, a parte que lhe caiba no 
total. 
Resposta: Letra A, As perdas e danos são de responsabilidade de quem teve 
culpa no descumprimento da obrigação. 
Justificativa: Por culpa de um dos obrigados (devedores): o credor recebe o 
equivalente da prestação, mais as perdas e danos. O equivalente da prestação 
é por todos devido, mas as perdas e danos só são devidas pelo codevedor que 
culposamente impossibilitou a obrigação. Isso porque um dos codevedores não 
pode agravar a obrigação dos coobrigados voluntariamente (art. 278, CC), e, 
obviamente, portanto, não pode agravar a obrigação dos coobrigados por ato 
ilícito. 
4) Havendo, na obrigação indivisível, remissão, transação, novação, 
compensação ou confusão da dívida em relação a um dos devedores: 
A) todos os codevedores têm vantagem. 
B) somente o devedor perdoado aproveita, pois os cocredores, ao receberem o 
objeto indivisível, devolvem ao devedor, em espécie, a parte que lhe cabe. 
C) somente o devedor perdoado aproveita, pois os cocredores, ao receberem o 
objeto indivisível, devolvem ao devedor, em dinheiro, a parcela que lhe cabe. 
D) a obrigação se extingue por completo, exonerando todos os codevedores. 
E) todos os codevedores continuam obrigados, como se nada tivesse ocorrido. 
Resposta: Letra C, somente o devedor perdoado aproveita, pois os cocredores, 
ao receberem o objeto indivisível, devolvem ao devedor, em dinheiro, a parcela 
que lhe cabe. 
Justificativa: Cada um dos cocredores tem direito apenas a uma parcela da 
prestação – se recebe a prestação total é por causa da indivisibilidade do objeto 
(ex.: um livro).Havendo remissão, transação, novação, compensação ou 
confusão da dívida em relação a um dos devedores, o devedor perdoado 
aproveita. Os cocredores, ao receberem o objeto indivisível, devolvem ao 
devedor, em dinheiro, a parcela perdoada (do credor remitente).Ex.: Quando se 
deve máquina fotográfica a três credores e um dos credores efetua a remissão, 
como a máquina é indivisível, os outros dois credores a exigem, mas devolvem 
em dinheiro ao devedor a parte do crédito do credor remitente. 
5) São civis as obrigações protegidas pela lei, em que há vínculo jurídico, 
podendo o devedor ser compelido judicialmente ao cumprimento da 
prestação assumida, sob pena de sanção aplicável pelo Estado, através da 
sua função Judiciária, inclusive com a penhora de bens e leilão para que 
se alcance o valor suficiente para o resgate do crédito. São naturais as 
obrigações em que o devedor não pode ser compelido judicialmente ao 
cumprimento da prestação. Nas obrigações naturais, o adimplemento 
depende meramente da vontade do devedor, por questão de ordem moral, 
já que a lei não serve de instrumento para que o credor alcance em juízo 
meios coercitivos para que a prestação seja efetivamente honrada. Das 
alternativas abaixo, assinale a que elenca exclusivamente exemplos de 
obrigações naturais: 
A) a dívida prescrita e a obrigação de pagar dívida decorrente de contrato de 
jogo ou de aposta. 
B) obrigações decorrentes de contrato de venda e compra de imóveis, ou de 
alienação fiduciária em garantia. 
C) obrigações decorrentes de promessa de doação e de promessa de compra e 
venda. 
D) obrigações decorrentes de contratos preliminares em geral. 
E) dívida prescrita e obrigação de cumprir transação judicial. 
Resposta: Letra A, a dívida prescrita e a obrigação de pagar dívida decorrente 
de contrato de jogo ou de aposta 
Justificativa: São naturais as obrigações em que o devedor não pode ser 
compelido judicialmente ao cumprimento da prestação. Aqui o adimplemento 
depende meramente da vontade do devedor, por questões de ordem moral, já 
que a lei não serve de instrumento para que o credor alcance em juízo meios 
coercitivos para que a prestação seja efetivamente honrada. As obrigações 
naturais não são protegidas ou defensáveis judicialmente. São exemplos 
clássicos de obrigação natural a dívida prescrita ou a obrigação de pagar dívida 
decorrente de contrato de jogo ou de aposta. É importante ressaltar que, uma 
vez cumprida a obrigação natural, não cabe ao devedor recobrar o que pagou. 
Alguém que paga dívida prescrita não pode, por exemplo, exigir a restituição do 
valor pago, como se houvera ocorrido enriquecimento ilícito do credor. Até 
porque a prescrição extingue a pretensão de ajuizar ação cobrando a dívida, mas 
não elimina o direito material docredor ao recebimento do crédito. 
6) É principal a obrigação que existe por si, como a do locatário, de recolher 
os alugueres. A obrigação acessória depende de outra, pressupõe a 
obrigação principal, como a obrigação de honrar o cumprimento de valor 
estabelecido em cláusula penal (multa), ou as obrigações do garantidor 
(fiador; avalista). É certo afirmar, quanto a obrigações principais e 
acessórias que: 
A) A distinção é irrelevante. 
B) A distinção é importante, posto que a obrigação principal segue o destino da 
obrigação acessória. 
C) A distinção é importante, posto que a obrigação acessória segue a sina da 
obrigação principal. É nula se for nula a principal; anulável se for anulável a 
principal. 
D) O valor da obrigação acessória costuma ser sempre superior ao valor da 
obrigação principal. 
E) As obrigações acessórias jamais podem ter o escopo de reforçar ou assegurar 
o cumprimento da obrigação principal. 
Resposta: Letra C, A distinção é importante, posto que a obrigação acessória 
segue a sina da obrigação principal. É nula se for nula a principal; anulável se 
for anulável a principal. 
Justificativa: A importância de tal distinção é mais intensa no campo da 
responsabilidade civil. É principal a obrigação que existe por si, como a do 
locatário, de recolher os alugueres. A obrigação acessória depende de outra, 
pressupõe a obrigação principal, como a obrigação de honrar o cumprimento de 
valor estabelecido em cláusula penal (multa), ou as obrigações do garantidor 
(fiador; avalista). A distinção é importante, posto que a obrigação acessória 
segue a sina da obrigação principal. É nula se for nula a principal; anulável se 
for anulável a principal. O valor da obrigação acessória não pode superar o da 
obrigação principal. 
7) É correto afirmar, quanto às obrigações propter rem, que: 
A) Têm características de direito pessoal e outras de direito real. 
B) Não têm sujeito passivo e prestação, aproximando-se, assim, do direito real. 
C) Não se transmitem ao sucessor a título singular, como o legatário. 
D) Não têm previsão no direito brasileiro. 
E) Têm como fonte exclusiva o contrato entre as partes. 
Resposta: Letra A, Têm características de direito pessoal e outras de direito 
real. 
Justificativa: A obrigação real decorre não da vontade das partes, mas da 
relação do devedor e do credor com a coisa. A fonte da obrigação real é a lei, 
não a vontade e nem o ato ilícito. São obrigações frequentes no direito de 
vizinhança, quando atribuem prestações recíprocas para os vizinhos, com o 
objetivo de propiciar a convivência harmônica e pacífica.Ex.: por ser proprietário, 
deve custear metade da cerca, muro ou vala divisória entre os prédios; deve 
ceder passagem forçada ao vizinho, proprietário de prédio encravado. No direito 
de vizinhança, credor e devedor são proprietários da mesma coisa (condôminos) 
ou de coisas vizinhas. Decorrem de direito real como a propriedade, o usufruto, 
o uso e a habitação (rol taxativo dos direitos reais no art. 1.225, CC) e por vezes 
a obrigação real é ônus até do possuidor direto, como o locatário ou o 
comodatário. Ao deixar de ser titular do direito real, o devedor se livra da 
obrigação propter rem, que perde a sua fonte imediata. A obrigação propter 
rem não se restringe ao direito real sobre bem imóvel. Obrigações 
condominiais[1] são obrigações reais, decorrentes do direito real sobre imóveis, 
mas também são reais certas obrigações tributárias, como recolher o IPTU ou o 
IPVA, este vinculando o dono do veículo automotor (bem móvel). 
8) Ensina Carlos Roberto Gonçalves que a cessão de crédito “pode 
configurar tanto alienação onerosa como gratuita, preponderando, no 
entanto, a primeira espécie. O terceiro, a quem o credor transfere sua 
posição na relação obrigacional, independentemente da anuência do 
devedor, é estranho ao negócio original” (Carlos Roberto 
Gonçalves, Direito Civil Brasileiro - Vol. 2 - Teoria Geral das Obrigações, 7ª 
ed., 2010. Ed. Saraiva, p. 216). 
É correto afirmar, quanto ao instituto da cessão de crédito, que: 
A) o terceiro, a quem o credor transfere sua posição na relação obrigacional, é o 
cedido. 
B) o devedor é chamado cessionário, e não precisa dar anuência. 
C) o terceiro, chamado cessionário, assume a posição de credor com os 
acessórios do crédito. 
D) o cedido, devedor, não precisa dar anuência, mas pode invalidar a cessão de 
crédito. 
E) a cessão de crédito gratuita é proibida no direito brasileiro. 
Resposta: Letra C, o terceiro, chamado cessionário, assume a posição de 
credor com os acessórios do crédito. 
Justificativa: Havia interesse do devedor no caráter personalíssimo do credor, 
que tinha direito de agir contra a sua pessoa, com direito de escravidão, 
mutilação e morte. O credor deveria ser paciente e piedoso. A novação, com o 
ingresso de terceiro na relação obrigacional desde que alcançada a anuência de 
todos os envolvidos, foi a primeira forma de delegar crédito a terceiro, mas a 
obrigação originária se extinguia com todos os seus acessórios, e o terceiro, 
novo credor, não teria por exemplo direito a garantia de fiador. 
9) Na cessão de crédito, é correto afirmar que: 
A) O credor transfere a terceiro, que não participou da relação jurídica originária, 
o crédito que tem em relação ao cedido, com todos os seus acessórios, desde 
que haja a anuência do cedido. 
B) Quem cede é o cessionário; quem adquire o crédito, a título oneroso ou 
gratuito, o cedido; o devedor é o cedente. 
C) O crédito é bem como outro qualquer, com valor maior ou menor conforme a 
maior ou menor capacidade de solvência do devedor, o cedido. 
D) O crédito é bem corpóreo que compõe o ativo patrimonial do cedente. 
 
E) Aplicam-se à cessão de crédito onerosa e gratuita as regras da venda e 
compra. 
Resposta: Letra C, O crédito é bem como outro qualquer, com valor maior ou 
menor conforme a maior ou menor capacidade de solvência do devedor, o 
cedido. 
Justificativa: Quem cede é o cedente; quem adquire o crédito, a título oneroso 
ou gratuito, o cessionário; o devedor é o cedido. 
O crédito é bem como outro qualquer, com valor maior ou menor conforme a 
maior ou menor capacidade de solvência do devedor. Trata-se de bem 
incorpóreo que compõe o ativo patrimonial do cedente. Aplicam- se à cessão de 
crédito onerosa as regras da venda e compra; e à cessão gratuita, as regras da 
doação. 
Cessão de crédito e novação: 
São institutos diferentes, porque a novação pode ser objetiva, subjetiva ativa e 
subjetiva passiva. A novação subjetiva ativa não implica transmissão, ao novo 
credor, dos acessórios como cláusula penal, fiança, juros. A novação extingue a 
obrigação anterior, é modo de adimplemento obrigacional pela via indireta, 
enquanto a cessão de crédito é a transferência da mesma obrigação, com todos 
os seus acessórios, a terceiro, o cessionário. Não há, na cessão de crédito, 
extinção de vínculo obrigacional. 
10) O crédito penhorado: 
A) Não pode ser cedido. 
B) Pode ser cedido com a anuência do devedor. 
C) Pode ser cedido se houver anuência da Fazenda Pública municipal. 
D) Quando cedido não enseja fraude à execução, pois o devedor intimado da 
penhora do crédito não é obrigado a pagar em juízo. 
E) Pode ser cedido sem a anuência do devedor, que é somente notificado para 
tomar ciência da cessão. 
Resposta: Letra A, Não pode ser cedido 
Justificativa: Pois, a A cessão caracterizaria fraude à execução. O devedor 
intimado da penhora do crédito deve pagar em juízo, sob pena de cumplicidade 
em fraude e obrigação de novo pagamento.

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