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Max Weber

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A Sociologia de Max Weber
Método compreensivo: Entendimento de que o conhecimento da realidade é dado pela correlação entre conceito e realidade, de modo a basear-se em fenômenos culturais e históricos. Para Weber, o ser social toma uma dada posição diante do mundo e lhe confere um sentido. Assim, a função da Sociologia consiste em analisar os fenômenos sociais, de modo a interpretá-los através de uma construção de significados. 
Ação: conduta humana dotada de sentido.  
Ação social: ação individual ou grupal orientada pelas ações de outrem. 
Ação tradicional: determinada por um costume arraigado;
Ação afetiva: determinada pelos sentimentos e emoções;
Ação racional em relação a fins: determinada pela realidade instrumental, isto é, baseia-se em objetivos;
Ação racional em relação a valores: determinada pela realidade substantiva, isto é, baseia-se em valores éticos, estéticos, religiosos e outros.
Relação social: conduta plural, previsível e reciprocamente referida, de modo a manifestar-se em padrões de comportamento, dados por redes de interação social.
Dominação: probabilidade de encontrar obediência dentro de um grupo a um certo mandato. É legítima quando aceita pela sociedade, como:
Dominação tradicional: assentada em costumes arraigados, transmitida por gerações. Exemplo: patrimonialismo – forma de exercício da dominação por uma autoridade. Suas características principais repousam no poder individual do governante que, baseado em critérios pessoais, exerce o poder político sobre determinado território. O patrimônio pessoal do governante e a coisa pública encontram-se na mesma esfera. Combinava o exercício discricionário da autoridade com a tradição. Originou-se da necessidade da criação de um aparato administrativo capaz de cobrir a nova dimensão territorial e demográfica que surgiu a partir do crescimento populacional. 
Dominação carismática: assentada no plano dos afetos, apresenta como chefe uma figura humana dotada de carisma. Esse chefe anuncia, cria e exige novos mandamentos pela força da revelação, do oráculo, da inspiração ou por mérito. A sociedade que abriga e segue um líder carismático encontra-se em transição, rebelando-se contra o domínio patrimonial ao crer na realização de mudanças por seu chefe. A sociedade que nasce desse processo pode ser do tipo racional-legal (ex.: Napoleão I) ou retornar à dominação tradicional.
Dominação racional: baseia-se no exercício de regras normativas que limitam e regulamentam o funcionamento da sociedade. Tais normas são impessoais e racionais. Desenvolveu-se no Estado, na Igreja, no Exército, nos partidos, nas empresas etc.
Tipo ideal: conjunto de conceitos construídos a partir da generalizações derivadas da realidade. É um conjunto de traços comuns para colocar em evidência elementos característicos. 
Relação entre ética protestante e a origem do capitalismo: Para Weber, o desejo pelo lucro não foi uma invenção do capitalismo moderno, já existindo em outros momentos históricos. Todavia, o capitalismo moderno racionalizou o ímpeto pelo lucro. O capitalismo racional foi, segundo Weber, uma criação do europeu moderno, sobretudo da ética puritana calvinista, a qual teria provocado a racionalização sistemática da vida moral. Segundo o dogma calvinista da predestinação, as pessoas teriam de trabalhar, obter sucesso em suas ações e enriquecer, pois esses eram indícios da concessão da salvação eterna aos indivíduos. 
Tipos de religiões
Religião orgiástica ou extática: de natureza camponesa, pagã ou panteísta; baseia-se na magia ou nos ciclos da natureza; busca o êxtase; irracional; seu líder é o mago.
Religião salvacionista ou ascética: de natureza urbana; racional; seu líder é o profeta, indivíduo portador de carisma que traz a revelação, de maneira a promover uma reforma social. Seu objetivo máximo é a salvação do fiel. Há religiões ascéticas que rejeitam o mundo (ascetismo passivo), como o catolicismo, enquanto outras buscam a salvação no próprio mundo (ascetismo ativo), como o calvinismo.
Racionalidade moderna: o Estado moderno ocidental e suas formas de associação, tal como exércitos, partidos, empresas e igrejas, tendem a adotarem o sistema da dominação racional-legal. Também diz respeito ao uso da técnica e da ciência. 
Burocracia: é o meio de transformar uma ação comunitária em ação societária racionalmente ordenada. As causas de sua origem são: surgimento da economia monetária, do sistema tributário e de exércitos permanentes. Seus princípios são: regularidade abstrata da execução da autoridade, igualdade perante a lei, horror ao privilégio e rejeição do tratamento de casos individualmente. Suas vantagens são: precisão, velocidade, clareza, continuidade, unidade, discrição, calculabilidade e previsibilidade. 
Desencantamento do mundo: substituição de crenças místicas e religiosas por meios técnicos e científicos. Todavia, a crescente intelectualização e racionalização não indicam um conhecimento maior e geral das condições sobre as quais vivemos, e sim a cresça em que podemos obter esse conhecimento a qualquer momento.

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