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Fim do Primeiro Reinado e Período Regencial

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CCJ0105 – HISTÓRIA DO DIREIRO BRASILEIRO
Aula 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
O Brasil na Linha do Tempo 
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
O Código Penal de 1830
Influência de Cesare Beccaria. 
Revogação do Livro V das Ordenações Filipinas, mantendo as penas de morte e de galé e açoite para os escravos (mesmo que extinta pela Constituição).
Utilização de princípios gerais penais presentes na Constituição de 1824 conforme inciso XVIII do Art. 179 : “Organizar–se-ha quanto antes um Codigo Civil, e Criminal, fundado nas solidas bases da Justiça, e Equidade.”(sic)
Previsão de crimes contra a civilidade e bons costumes (vadios, capoeiras, prostituição, etc.)
Maioridade penal: 14 anos.
Código liberal e aplicação conservadora.
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
Crise do Primeiro Reinado -1822 a 1831- e a Abdicação de D. Pedro I
 Razões da Crise:
O centralismo autoritário
Interesse na sucessão portuguesa
Privilégios concedidos aos Portugueses.
Crise econômica (gastos com a Guerra da Cisplatina e com a disputa na sucessão do trono português)
Abdicação do trono para o primogênito Pedro II
 O Rei reina, mas não governa
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
CRISE DO PRIMEIRO REINADO
Principais motivos pelos quais o Primeiro Reinado foi, paulatinamente, se enfraquecendo até o momento da abdicação de Pedro I: 
1 - o autoritarismo de que era acusado o monarca;
2 - o suposto privilégio que o mesmo estaria concedendo aos interesses portugueses em detrimento do interesses  "brasileiros"; 
3 - a crise econômica por que passava o país, em razão dos gastos com guerras (especialmente, Cisplatina e a repressão à Confederação do Equador). 
4- Sucessão do Trono Português
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
A Confederação do Equador foi um movimento político e revolucionário ocorrido na região Nordeste do Brasil em 1824. 
O movimento teve caráter emancipacionista e republicano. Ganhou este nome, pois o centro do movimento ficava próximo a Linha do Equador. A revolta teve seu início na província de Pernambuco, porém, espalhou-se rapidamente por outras províncias da região (Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba).
CAUSAS:
 - Forte descontentamento com centralização política imposta por D. Pedro I, presente na Constituição de 1824;
 - Descontentamento com a influência portuguesa na vida política do Brasil, mesmo após a independência;
 - A elite de Pernambuco havia escolhido um governador para a província: Manuel Carvalho Pais de Andrade. Porém, em 1824, D.Pedro I indicou um governador de sua confiança para a província: Francisco Paes Barreto. Este conflito político foi o estopim da revolta.
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
DESFECHO: Sob o comando do almirante britânico Thomas Cochrane, as forças militares do império atuaram com rapidez e força para colocar fim ao movimento emancipacionista. Um dos principais líderes, Frei Caneca, foi condenado a morte. Padre Mororó, outra importante liderança, foi executado a tiros. Outros foram condenados à prisão como foi o caso do jornalista Cipriano Barata. Muitos revoltosos fugiram para o sertão e tentaram manter o movimento vivo, porém o movimento perdeu força no mesmo ano que começou.
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
A Guerra da Cisplatina foi um conflito armado entre Brasil (Império do Brasil) e Províncias Unidas do Rio da Prata, ocorrida entre 1825 e 1828. 
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
A região era motivo de disputas entre Portugal e Espanha desde o final do século XVII. Até 1816 a região foi território espanhol. Porém, em 1816, ela foi invadida e anexada a coroa portuguesa. D. João VI anexou a região ao Reino Unido de Portugal e Alvarges, denominando-a de Província Cisplatina. Porém, como a anexação não foi aceita pela população de maioria espanhola da região, teve início um movimento de independência. A Guerra durou 3 anos, gerando ao Império Brasileiro enormes gastos financeiros, além de perdas humanas.
 O Império brasileiro encontrou dificuldades em formar uma força militar capaz de vencer os revoltosos. 
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
 Crise de Sucessão ao Trono Português
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
A aversão à D. Pedro I se intensifica ainda mais, com opositores desafiando as leis políticas implantadas por ele e o aumento dos tumultos de moradores contrários ao regime nas ruas.
Esses atos enfraquecem o alicerce político do imperador, que foi perdendo apoio dos ministros e pressionado a sair do cargo. No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro abdica do cargo de imperador, retorna à Europa e deixa o trono para seu filho Pedro, de 5 anos.
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
Governo Regencial 1831/1840 e a Crise No Período
Ausência do Rei Ausência de legitimidade
Temor de anarquia: dissolução do Império e alteração da estrutura social acordo entre liberais moderados e liberais exaltados.
Regência Trina 
- Descentralização 
- Maior autonomia local
- Criação da Guarda Nacional
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
PERIODO REGENCIAL – 1831/1840
Nos termos do art. 123 da Constituição de 1824, foi estabelecida uma regência trina para governar o país. De toda sorte, a crise se instalou em razão das diversas direções tomadas pelas elites políticas em razão da crise gerada pela abdicação de D. Pedro I.  
 *Art. 123. Se o Imperador não tiver Parente algum, que reuna estas qualidades, será o Imperio governado por uma Regencia permanente, nomeada pela Assembléa Geral, composta de tres Membros, dos quaes o mais velho em idade será o Presidente.    
* Art. 124. Em quanto esta Regencia se não eleger, governará o Imperio uma Regencia provisional, composta dos Ministros de Estado do Imperio, e da Justiça; e dos dous Conselheiros de Estado mais antigos em exercicio, presidida pela Imperatriz Viuva, e na sua falta, pelo mais antigo Conselheiro de Estado.
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA
 Governou o país por aproximadamente três meses, era composta pelos senadores Nicolau de Campos Vergueiro e José Joaquim de Campos (Marquês de Caravelas) e pelo Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, pai do Duque de Caxias. As três grandes correntes políticas do Brasil Imperial estavam assim representadas: os liberais, com o Senador Campos Vergueiro, os conservadores, por Carneiro de Campos, e os militares, pelo General Francisco de Lima e Silva, o "Chico Regência".
Mantendo inalterada a Constituição de 1824, a Regência Provisória tinha um caráter liberal . Era o início do chamado avanço liberal, que durou até 1837, quando os grupos políticos das províncias alcançaram um maior grau de autonomia.
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
Três partidos se destacavam:
- Restauradores (Caramurus), que defendiam a volta de D. Pedro I ao poder;
- Moderados (Chimangos), que desejavam manter o processo eletivo pela via do voto censitário e continuação da Monarquia; 
- Exaltados (Farroupilhas/Jurujubas), defendiam o federalismo, queriam reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e voto universal.História do Direito Brasileiro
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 A Regência Trina Permanente (1831-1834)
 Uma vez instalada a Assembléia Geral, foi eleita em 17 de junho de 1831 a Regência Trina Permanente, que ficou composta pelos deputados José da Costa Carvalho, político do sul do país, João Bráulio Muniz, do norte, e novamente pelo Brigadeiro Chico Regência. 
Tal composição representava, por um lado, uma tentativa de equilíbrio entre as forças do norte e do sul do país; por outro lado, a permanência do Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, era a garantia do controle da situação e da manutenção da ordem pública.
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
A guarda Nacional - 1831
Solução para manutenção da ordem e reforço do vínculo entre o poder central e as lideranças locais
A institucionalização do fenômeno do “Coronelismo” 
Poder de fato Poder de Direito
(Poder econômico Poder político Poder de polícia)
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
Os regentes nomearam Diogo Antônio Feijó, enérgico padre e deputado, para comandar o Ministério da Justiça. Sua principal missão era evitar e reprimir as revoltas no Brasil, mantendo a ordem institucional.
 
O ministro Feijó criou a Guarda Nacional, que nada mais era do que uma milícia armada, com o principal objetivo de combater as revoltas populares.
A patente de Coronel, mais alta, era entregue aos latifundiários, homens ricos.
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
Com o passar do tempo, a função pública e mantenedora da ordem, que justificou a criação desse novo elemento, teve suas funções desvirtuadas, pois as forças da Guarda Nacional foram usadas pelos grandes latifundiários para assegurar seus interesses . Ou seja, como instrumento de coerção política utilizado pelos coronéis
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A Proibição do Tráfico Negreiro de 1831: A Lei para Inglês Ver
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Além de enfrentar o movimento das ruas e das tropas, os interesses divergentes de restauradores e exaltados, os atentados, as fugas de escravos e insurreições negras, o governo regencial tinha, também, que enfrentar a pressão inglesa para a extinção do tráfico negreiro internacional. 
Em 7 de novembro de 1831, o governo regencial do Império (o imperador Pedro I havia abdicado do trono em 7 de abril do mesmo ano) promulgou lei específica confirmando a proibição do tráfico, além de declarar a liberdade de todos os escravos africanos ilegalmente trazidos para o país a partir daquela data (CONRAD, 1978, p. 32)
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
O código de Processo Criminal de 1832
Superação do tom inquisitorial das Ordenações Filipinas, garantindo maior contraditório.
Papel ampliado para o “juiz de paz” (leigo e eleito por voto censitário)
Maior controle do poder para as elites dos grandes proprietários locais
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
 O primeiro Código Processual Penal brasileiro de 1832, foi  o mesmo, seguindo a linha do Código Penal, considerado liberal para a época, oferecendo muitas garantias de defesa aos acusados e valorizando o juiz, conferindo-lhe funções importantes.
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A criação do Código do Processo Criminal, em 1832, restabeleceu a autonomia municipal de acordo com as propostas dos exaltados e os interesses de vários proprietários de escravos e terras que exaltavam a liberdade, mas acreditavam que em seus domínios a lei deveria ser a sua vontade, reforçando assim o poder daquele que governava a casa.
As funções do juiz de paz, foram bastante ampliadas pelo Código:
Os juízes, eleitos pelos cidadãos ativos da localidade, passaram a exercer, também, o papel de polícia local, com o poder de prender, formalizar a culpa e julgar. 
Em casos de urgência podiam convocar a Guarda Nacional e a polícia. Acima do juiz de paz, instituiu-se a figura do juiz municipal, escolhido pelo presidente da Província.
Foi abolida a pena de morte, embora fosse mantida a pena do açoite.
 O Código regulava, também, o processo eleitoral e o recrutamento da Guarda Nacional. 
O fortalecimento do poder dos juízes de paz, entretanto, desagradou a vários setores da sociedade.
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
O Código de Processo Criminal tratou da nova organização judiciária, que manteve nas províncias do Império as divisões em distritos de paz, termos e comarcas. No distrito, constituído por, no mínimo, 75 casas, haveria um juiz de paz eleito nas localidades, que contava, para auxiliá-lo, com um escrivão, inspetores de quarteirões e oficiais de justiça. O juiz de paz dividiria o distrito em quarteirões, contendo, no mínimo, 25 casas habitadas e escolheria também um inspetor entre as pessoas bem conceituadas e maiores de 21 anos para atuar nos limites dessa jurisdição, sendo nomeados pela câmara municipal. No termo haveria um juiz municipal, auxiliado pelos oficiais de justiça, um conselho de jurados, um promotor público e um escrivão das execuções. Em cada comarca haveria um juiz de direito, nomeado pelo imperador, podendo chegar até o número de três nas cidades de maior densidade demográfica. Foram extintos os cargos de ouvidores de comarca, os de juízes de fora e ordinários. O Código de Processo Criminal manteve a distinção, já presente no Código Criminal, no procedimento das ações penais que seriam promovidas pelo promotor público quando os crimes fossem públicos e por quaisquer cidadãos quando fossem particulares (BAJER, 2002, p. 25).
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
A historiografia assinalou a importância que o juiz de paz adquiriu na década de 1830, principalmente na fase inicial dos processos nos distritos, em razão da extraordinária ampliação de suas atribuições policiais e judiciais. Cabia ao juiz julgar as contravenções às posturas das câmaras municipais e os crimes cujas penas eram leves conforme definidas pelo Código de Processo Criminal. Ao juiz de paz competia ainda vigiar os suspeitos, conceder passaportes, obrigar a assinar termo de bem viver aos vadios, mendigos, prostitutas, bêbados e todos os que perturbassem a ordem pública estabelecida (BRASIL. Código do Processo Criminal (1832), art. 12, parágrafos 1º ao 7º), (IGLÉSIAS, 1993, p. 149; SLEMIAN, 2008, p. 203; HOLLOWAY, 1997, p. 156).
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
O Código de Processo Criminal De 1832
Criação do Conselho de Jurados
Surgimento explícito do habeas corpus no sistema jurídico brasileiro
Maior especialização das funções (juiz de direito, juiz municipal, juiz de paz, juntas de paz e promotores públicos)
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
Habeas Corpus -O Código de Processo Criminal de 1832, em seu artigo 340, assim dispunha: “Todo cidadão que entender que ele ou outrem sofre uma prisão ou constrangimento ilegal em sua liberdade tem direito a pedir uma ordem de habeas corpus em seu favor
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
Habeas corpus significa "que tenhas o teu corpo", e é uma expressão originária do latim. Habeas corpus é uma medida jurídica para proteger indivíduos que estão tendo sua liberdade infringida, é um direito do cidadão, art. 5., LXVIII da ConstituiçãoFederal de 1988:
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Código de Processo Penal:
 Art. 647 CPP -  Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
O Ato Adicional de 1834 e a Regência Una
O Ato Adicional: implantação de “federalismo”?
Descentralização “constitucionalizada”;
Distribuição fiscal com orçamento próprio para as províncias;
poderes de nomeação e transferência de funcionários públicos (mesmo quando pertencentes ao governo federal); mas
presidentes provinciais continuavam a ser indicados pelo governo central (descaracterizando a “federação”.
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
Sendo a Regência um dos períodos mais agitados da história política do país, em que se destacam dois temas: 
1. A unidade territorial do país, que esteve em jogo com os inúmeros movimentos revoltosos e, 
2. O intenso debate acerca da centralização ou descentralização do poder. 
Neste sentido, é importante analisar os efeitos do chamado Ato Adicional de 1834, que teve por propósito dar suporte a medidas descentralizadoras no âmbito do poder. 
O Ato Adicional de 1834 foi aprovado pela Lei nº. 16 de 12 de agosto de 1834
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
No dia 12 de agosto de 1834, os membros da Câmara dos Deputados estabeleceram um conjunto de mudanças que afetaram diretamente as diretrizes da Constituição de 1824.  O Ato Adicional de 1834 foi uma medida legislativa tomada durante a Regência Trina Permanente, contemplando os interesses dos grupos liberais. O Ato Adicional alterava a Constituição de 1824 e foi uma tentativa de conter os conflitos entre liberais e conservadores nas disputas pelo poder político central.
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
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Outra importante reforma que o Ato Adicional estipulou foi a extinção da Regência Trina e a escolha de apenas um representante para ocupar o cargo regencial. Com a formação da chamada Regência Una, vários candidatos se dispuseram a ocupar o novo cargo do poder executivo. Organizada por meio de eleições diretas e voto censitário, a escolha do regente, apesar de ser uma manifestação de tendência liberal, foi marcada por fraudes denunciadas em várias regiões do território nacional.
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
A Regência Una do Padre Diogo Antônio Feijó
Conforme estipulado pelo Ato Adicional, realizou-se, a 7 de abril de 1835, a eleição para o cargo de Regente Único (1835 - 1837).
 A Regência de Araújo Lima: o "Regresso Conservador"
Após a queda do Padre Feijó, o Ministro da Justiça, o pernambucano Pedro de Araújo Lima, assumiria interinamente, nomeando um novo gabinete composto por políticos regressistas, que ficou conhecido como Ministério das Capacidades pela fama de que gozavam os seus componentes (1837 – 1840).
 
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AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
Articulação Teoria E Prática
Você estudou que a legitimidade do exercício do Poder na Constituição de 1824 tinha fortes fundamentos na figura real e no carisma do Imperador, que o exercia principalmente por meio do denominado Poder Moderador. Porém, como você teve a oportunidade de estudar no decorrer do Capítulo 3 do Livro Didático de História do Direito Brasileiro, a abdicação do Imperador em 1831 abre um vácuo no Poder, já que seu sucessor, o Infante Pedro, futuro D. Pedro II, possuía apenas 5 anos de idade nesta oportunidade. Neste sentido, responda:
Partindo-se de uma premissa que você já deve ter percebido, ou seja, de que o exercício do poder é sempre mais suave quando aquele que o exerce transmite autoridade aos que a ele devem se submeter, 
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
a) que soluções são colocadas em prática pelos governos regenciais com vistas a viabilizar o exercício do governo sem a presença de um “imperador”? 
b) O Ato Adicional de 1834 permitiu maior autonomia às províncias? Pode-se dizer que, com o este Ato Adicional o Brasil teve uma experiência Federativa no Império?
c) Como é possível relacionar o surgimento da chamada “Guarda Nacional” com o contexto histórico deste período regencial?
Articulação Teoria E Prática
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
A Crise da Legitimidade e as Revoltas na Regência
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
As Revoltas no Âmbito da Crise Regencial
NOME
PROVÍNCIA
DATA
LÍDERES
FATOS
CAUSAS PRINCIPAIS
CABANAGEM
Grão-Pará
(Amazonas, Pará,Amapá, Roraima eRondonia)
1833-36
Malcher, Vinagre, Angelim
Revolta dos liberais contra o presidente nomeado pelo governo regencial; situação de miséria dos cabanos.
Domínio sobre Belém durante um ano e lutas no interior; morte de 40% da população da província.
SABINADA
Bahia
1837-38
Dr. Sabino Álvares
Insatisfação com as autoridades impostas pela Regência.
Organização da
RepúblicaBahiense.
BALAIADA
Maranhão
1833-41
Manuel "Balaio", Raimundo Gomes, Cosme
Insatisfação com o presidente nomeado pela Regência e revolta de vaqueiros, fazedores de balaios e escravos fugidos
Conquista da vila de Caxias; anistia aos revoltosos.
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
As Revoltas no Âmbito da Crise Regencial
NOME
PROVÍNCIA
DATA
LÍDERES
FATOS
CAUSAS PRINCIPAIS
MALÊS
Bahia
1835
Escravos malês
Reagindo à dura repressão às práticas religiosas entre os escravos, os malês planejavam uma insurreição, que foi descoberta antes de sua efetivação.
Dura repressão ao conflito, resultando na punição de 500 pessoas, das quais 16 foram condenadas à morte e três foram realmente executados.
FARROUPILHA
Rio Grande do Sul
1835-45
Bento Gonçalves; Giuseppe Garibaldi.
Altos impostos, exigência de mudanças políticas, exemplo das repúblicas platinas.
Fundação das repúblicas de Piratini e Juliana; anistia aos revoltosos.
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
A Questão da Legitimidade e as Revoltas no Período Regencial
História do Direito Brasileiro
AULA 05: O Fim do Primeiro Reinado e o Período Regencial
 
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 05: ALGUMAS QUESTÕES DA PSICOLOGIA SOCIAL....

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