Buscar

CLDF - Capítulo I - Regime Jurídico - Princípios Administrativos - 2017 Vandré Amorim

Prévia do material em texto

DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 1 
 
CAPÍTULO I 
DOS REGIMES JURÍDICOS 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
I. CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
É o ramo do direito público interno que estuda o conjunto de normas jurídicas 
(princípios e regras) que regem a organização e o funcionamento da Administração Pública e as 
relações jurídicas decorrentes de sua atuação, quando no uso da Supremacia do interesse público. 
Incide tanto nas relações entre a Administração e o administrado (particulares) quanto nas relações 
internas da Administração (agentes públicos). 
Para a conceituação do Direito Administrativo adota-se na doutrina majoritária o 
“Critério da Administração Pública”, que defende que a atividade administrativa está presente em 
todos os Poderes do Estado (Judiciário, Legislativo e Executivo, sendo que nesse último há uma 
predominância). 
Esse critério é adotado, sobretudo, em contraposição ao chamado “Critério do Poder 
Executivo”, que só admite atividade administrativa no Poder Executivo. 
Segundo a doutrina, vários foram os critérios utilizados para conceituar o Direito 
Administrativo. Contudo, o que realmente se sobressai na atual concepção desse ramo do direito 
público é o critério da Administração Pública, independentemente do Poder do Estado em que a função 
administrativa é desenvolvida. 
 
II. REGIMES JURÍDICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
As relações jurídicas que se estabelecem dentro da Administração (âmbito interno) ou 
entre a Administração e os particulares devem se nortear em regras jurídicas (regime jurídico) que 
permitam a busca do interesse coletivo. Para que a Administração Pública consiga atingir o bem 
comum, lhe é conferida a garantia de se valer de várias prerrogativas que asseguram o uso da 
denominada Supremacia do Interesse Público sobre o interesse privado (particular). A esse conjunto 
de regras (com prerrogativas e privilégios de direito público), dá-se o nome de regime jurídico de 
direito público, também chamado pela doutrina de Regime Jurídico Administrativo. Essa é a regra 
de atuação do poder público. 
A expressão Regime Jurídico Administrativo é reservada tão somente para abranger 
o conjunto de traços, de conotações, que tipificam o Direito Administrativo, colocando a 
Administração Pública numa posição privilegiada. Da aplicação de tal regime decorrem dois princípios 
essenciais: o da Supremacia do Interesse Público (posição privilegiada da Administração, com diversas 
prerrogativas – presunção de legitimidade, autoexecutoriedade, impenhorabilidade de bens, etc.) e o 
da Indisponibilidade do Interesse Público (que não permite que a Administração Pública abra mão do 
interesse público a fim de beneficiar interesses pessoais, ou seja, são os limites e sujeições que lhe são 
aplicáveis). Destaque-se, contudo, a possibilidade de aplicação supletiva de normas de direito privado, 
como a arbitragem, os princípios gerais do direito, regras privadas em matéria contratual etc. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 2 
 
No entanto, existem relações jurídicas estabelecidas entre a Administração e os 
particulares que não são regidas pelo Direito Administrativo (Direito Público), mas sim, por ramos do 
Direito Privado (p.ex.: Direito Civil, Direito Empresarial, Direito do Consumidor). Isto ocorre quando 
a Administração abre mão da sua Supremacia, o que se dá apenas excepcionalmente, de acordo com 
a CF e a lei. Nesses casos, p.ex., não há a prática do chamado ato administrativo, mas sim de ato da 
administração, regido por um conjunto de regras, preponderantemente (mas não exclusivamente), de 
direito privado, e é chamado de Regime Jurídico de Direito Privado. 
Quanto a esse regime jurídico de Direito Privado que a Administração Pública também 
pode se submeter (p.ex.: quando um banco estatal – BB, CEF, BRB – celebra com particular um 
contrato de abertura de contacorrente; ou ainda quando está na condição de locatária), é necessário ter 
atenção no sentido de que ele jamais será adotado de maneira exclusiva – daí o fato de ele ser também 
chamado de Regime Jurídico Híbrido ou Misto. Isso porque algumas regras do direito comum (Civil, 
consumidor, etc.) serão afastadas (derrogadas), a fim de que normas de direito público tenham 
incidência. Percebe-se assim que se trata de uma predominância de regras de direito privado, mas não 
de exclusividade. 
Dessa forma, é correto afirmar que a Administração Pública pode submeter-se a regime 
jurídico de direito público (regra) ou a regime jurídico de direito privado (exceção). A opção por 
um regime ou outro é feita, em regra, pela Constituição ou pela lei, como, p.ex., os artigos 173, § 1º, e 
o art. 175, ambos da Constituição. A expressão Regime Jurídico da Administração Pública é 
utilizada para designar, em sentido amplo, tanto o regime de direito público quanto o de direito privado 
a que pode submeter-se a Administração Pública. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 3 
 
CAPÍTULO II 
PRINCÍPIOS DA ADMNISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
1. PRINCÍPIOS QUE REGEM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Princípio, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, é o mandamento nuclear de um sistema, 
verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que ser irradia sobre diferentes normas, compondo-
lhes o espírito e servindo de critério para exata compreensão e inteligência delas, exatamente porque 
define a lógica e a racionalidade do sistema normativo, conferindo-lhe a tônica que lhe dá sentido 
harmônico. Adverte, ainda, o autor que violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma 
norma. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, 
mas a todo o sistema de comandos. 
Segundo a doutrina do Direito Administrativo, os princípios que regem a Administração 
Pública podem ser divididos em duas grandes classes: primeiro, os Princípios Constitucionais da 
Administração Pública, por constarem, explícita ou implicitamente, na Carta Política de 1988, e, 
segundo, os princípios de natureza infraconstitucional (expressos ou implícitos), disciplinados em 
normas legislativas situadas abaixo da Constituição (tais como as leis ordinárias e complementares). 
Não obstante essa divisão, registre-se não haver hierarquia entre essas classes de princípios. 
 
2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EXPRESSOS 
NA CONSTITUIÇÃO 
São os próprios princípios administrativos, considerados como postulados básicos e 
fundamentais da Administração Pública. 
Ressalta-se que os princípios constitucionais podem ser expressos (LIMPE) ou implícitos. 
Os previstos de forma expressa na Constituição Federal vêm retratados no seu art. 37, caput: 
 
“Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...) 
 
A. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 
É o princípio basilar do regime jurídico-administrativo, já que o Direito Administrativonasce com o Estado de Direito. É o fruto da submissão do Estado à lei. Em suma, consagra-se a ideia 
de que a Administração Pública só pode ser exercida na conformidade da lei e que, de conseguinte, a 
atividade administrativa é atividade sublegal, infralegal, consistente na expedição de comandos 
complementares à lei (C.A.B.M.). 
Condiciona a validade e a eficácia de toda a atividade administrativa ao 
atendimento da lei, ou melhor, do direito como um todo. É o atendimento ao ordenamento 
jurídico, daí inclusive ser a legalidade hoje tratada como juridicidade. Isso porque, no Direito 
Administrativo, a legalidade não se limita apenas à conformidade com as leis em sentido formal, mas 
também às demais fontes do direito administrativo, tais como a jurisprudência, os princípios, etc. As 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 4 
 
leis administrativas são de ordem pública, donde se conclui que seus preceitos contêm “poderes-
deveres” e não podem ser desatendidos nem mesmo por acordo entre os seus destinatários. 
Ancorado nesse princípio, surgiu a máxima: “ao particular é permitido tudo aquilo que 
a lei não proíbe. Já ao agente público só é dado o direito de agir na forma que a lei determinar”. Para 
o particular vale a chamada “autonomia da vontade”, enquanto para o agente público vigora a estrita 
legalidade. “Portanto, a função do ato administrativo só poderá ser a de agregar à lei nível de 
concreção; nunca lhe assistirá instaurar originariamente qualquer cerceio a direito de terceiros” 
(C.A.B.M.). 
Este princípio é consectário do Estado Democrático de Direito (art. 1º da CF/88), onde 
todos se submetem ao império da lei, inclusive o próprio Estado, que, no âmbito do Direito 
Administrativo, é representado pela Administração Pública. 
Segundo C.A.B.M., “a integral vigência do princípio da legalidade pode sofrer 
transitória constrição perante circunstâncias excepcionais mencionadas expressamente na Lei Maior. 
Isto sucede em hipóteses nas quais a Constituição faculta ao Presidente da República que adote 
providências incomuns e proceda na conformidade delas para enfrentar contingências anômalas, 
excepcionais, exigentes de atuação sumamente expedida, ou eventos gravíssimos que requerem 
atuação particularmente. É o caso tão só das ‘medidas provisórias’ (previstas no art. 62 e parágrafos), 
da decretação do ‘estado de defesa’ (regulado no art. 136) e do ‘estado de sítio’ (disciplinado nos 
arts. 137 a 139)”. 
 
B. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
 
A interpretação desse princípio pode ser feita por dois aspectos, quais sejam: 
1º aspecto: proíbe que os atos produzidos pela Administração se destinem ao 
atendimento de interesses particulares, ou que se confundam com os interesses pessoais do agente 
público. É corolário do princípio da generalidade, inerente às normas jurídicas: “A lei é impessoal e 
destina-se à observância de todos”. Favorecimentos pessoais jamais atendem ao interesse público, ou 
seja, ao fim público. Nem favoritismo nem perseguições são toleráveis. 
2º aspecto: leva-nos à natureza da relação jurídica decorrente do ato praticado pelo 
agente administrativo para com a Administração, que é de imputação, e não de representação. Isto 
significa que “os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que o pratica, 
mas ao órgão ou entidade administrativa da Administração Pública, de sorte que ele é o autor 
institucional do ato. Ele é apenas órgão que formalmente manifesta a vontade estatal” (José Afonso 
da Silva, citado por ZANELLA DI PIETRO, 4ª ed., Atlas). Resumindo, os atos do agente 
administrativo são imputados, atribuídos à Administração, não podendo ser reivindicados por ele 
como realização própria, pessoal. Daí surge a Teoria do Funcionário de Fato ou Aparente. 
 
C. PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
 
É o princípio que submete o agente administrativo à observância não apenas da norma 
jurídica, mas, também, da lei ética da própria instituição, impondo-lhe, em sua conduta, os ditames da 
moral administrativa, assim entendido o “conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina 
interior da Administração”. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 5 
 
Engloba e transcende, por isso, o dever de probidade (vide, p.ex., a Lei 8.429/92 – Lei 
de Improbidade). É pressuposto de validade do ato administrativo. 
Cremos ser oportuno transcrever os incisos III e IV do Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto 1.171/94: 
“III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, 
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a 
finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato 
administrativo”. 
“IV - A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou 
indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade 
administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, 
erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade”. 
O § 4º do Art. 37 da CF/88 prevê que os atos de improbidade administrativa, na forma 
e gradação previstas em lei, e sem prejuízo da ação penal cabível, importarão: 
 A suspensão dos direitos políticos; 
 A perda da função pública; 
 A indisponibilidade dos bens; e 
 O ressarcimento ao erário. 
Um recente exemplo de lei editada para se atender ao princípio da moralidade é a “Lei 
da Ficha Limpa” (LC 135/2010). 
 
D. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
 
É o princípio que impõe à Administração Pública, num primeiro aspecto, a divulgação 
oficial de seus atos e, num segundo aspecto, propicia aos interessados o conhecimento da conduta 
interna de seus agentes. Traduz a ideia de acessibilidade da informação em poder do Estado. Por esse 
princípio, as leis, atos e contratos administrativos que produzem consequências jurídicas fora dos 
órgãos que os emitem exigem publicidade para que produzam efeitos perante partes e terceiros. 
“A publicidade não é elemento formativo do ato e sim requisito de eficácia e 
moralidade. Propicia o controle dos atos e contratos da Administração pelo povo, através dos meios 
constitucionais: Mandado de Segurança, Ação Popular, Habeas data etc”. 
O texto constitucional está permeado de normas que expressam (e, às vezes, até 
restringem) o princípio, como por exemplo, o § 3º do art. 165, os incisos XIV, XXXIII e LX do art. 5º 
da CRFB/88. 
Assim, não se trata de aplicação absoluta, tendo em vista a possibilidade de sigilo de 
alguns atos. 
 
E. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
 
Este princípio foi introduzido no texto do caput do art. 37 da CF/88 pela EC 19/98. A 
doutrina busca, aos poucos, desvendar o conteúdo deste princípio. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 6 
 
Pode-se conceituá-lo como o princípio que exige o exercício efetivo do cargo segundo 
padrões mínimos de proficiência que garantam o desempenho de serviço público adequado, como está 
a exigiro inciso IV do art. 175 da CF/88. 
Por serviço adequado entende-se aquele prestado ao povo, em geral, e a cada 
destinatário específico, em particular, segundo os critérios (ou requisitos) de: 
 permanência: garante a continuidade do serviço; 
 generalidade: oferecido com igualdade para todos; 
 eficiência: serviço atualizado tecnicamente; 
 cortesia: bom tratamento ao público e ao usuário; 
 modicidade: tarifas razoáveis, quando onerosos. 
O requisito da eficiência já existia no nosso ordenamento constitucional (inciso II do 
art. 74 da CF) e vinha explícito em diversos diplomas infraconstitucionais, como, por exemplo, no 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo 
Decreto 1.171/94 que dispõe, entre outras coisas: 
“XIV - são deveres fundamentais do servidor público: 
a) Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, funções ou emprego público de que seja titular; 
b) Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento; 
c) Manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviços e a legislação pertinente ao órgão 
onde exerce suas funções; 
d) Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo 
ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa 
ordem”. 
Na Seção III - estabelece o pouco conhecido (até pelos próprios servidores) Código de Ética: 
“XV - É vedado ao servidor público: 
e) Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister; 
O inciso I do susomencionado Código coloca, entre as regras deontológicas, a eficácia, 
que, para a ciência da Administração, representa o resultado positivo obtido na comparação entre os 
objetivos traçados e os resultados alcançados. A eficácia depende, então, da eficiência, que resulta 
da relação entre os resultados alcançados e os recursos utilizados. Entre os recursos está o elemento 
humano. 
O Estatuto do Servidor Público Civil Federal (Lei 8.112/90) exige observância, e como 
condição de aprovação no estágio probatório, dos fatores de capacidade de iniciativa e 
produtividade, entre outros (art. 20, III e IV). Aliás, a Lei 1.711/52 (substituída pela Lei 8.112/90), 
em seu artigo 19, IV, já exigia textualmente o requisito da eficiência para aprovação no Estágio 
Probatório. 
Em seu art. 116, a Lei 8.112/90 aponta como alguns dos deveres do servidor: 
“I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; (...); 
V - atender com presteza; (...); 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público”. 
O art. 117 faz constar entre as proibições: 
“XV - proceder de forma desidiosa”. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 7 
 
Já o art. 132 diz que a demissão será aplicada nos seguintes casos: 
“XIII - transgressão aos incisos IX a XVI do art. 117”. 
O Princípio da eficiência é, em síntese, o princípio pelo qual os cargos, as funções e 
os empregos públicos devem ser efetivamente exercidos (desempenhados), com proficiência, zelo, 
presteza e excelência técnica a fim de garantir a consecução do objetivo maior do Estado, que é 
satisfazer o interesse público através da prestação de serviço adequado, garantindo a eficácia da 
Administração. 
A sua desobediência pode levar à perda do cargo, até mesmo do servidor estável, 
“mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de Lei Complementar” 
assegurada ampla defesa (art. 41, § 1º, III, da CF/88 com a redação da Emenda Constitucional 19/98). 
 
3. OUTROS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS 
A seguir, princípios denominados reconhecidos, ou não-expressos, ou implícitos. É 
de se ressaltar, no entanto, que tais princípios não se encontram expressos na Constituição Federal, 
mas estão previstos, claramente, em diversas leis infraconstitucionais. 
A propósito, vide o art. 2º da Lei 9.784/99 – “A Administração Pública obedecerá, 
dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.”. São 
alguns deles: 
 
A. PRINCÍPIO DA FINALIDADE 
 
É o princípio que impõe ao administrador público a observância, para a prática de 
qualquer ato administrativo, do seu fim legal, indicado expressa ou virtualmente na norma de direito. 
E a finalidade maior é o interesse público ou a conveniência para a Administração. 
Este princípio impõe-se, de primeira mão, ao legislador e, depois, ao administrador e 
aos agentes públicos em geral. 
O legislador não deve perder de vista a finalidade maior do serviço público, que é a de 
satisfazer as necessidades públicas (critério político de reconhecimento) através de um serviço público 
adequado. Caso contrário, certamente pecará por falta de razoabilidade, regulamentando demais, 
onerando os cofres públicos e atingindo a esfera sagrada dos direitos individuais. 
Os atos que não respeitem a finalidade (geral e específica) incorrem no denominado 
“desvio de poder” ou “desvio de finalidade”, vício que os tornam nulos. Quem desatende ao fim legal 
desatende à própria lei. 
 
B. PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA 
 
É o controle realizado pela administração sobre seus próprios atos, que poderão ser 
revogados ou anulados, independentemente de recurso ao Poder Judiciário. É consectário do princípio 
da legalidade. 
Pauta-se na relação de subordinação existente nos órgãos públicos. Está consagrado, 
sobretudo, em duas súmulas do STF (Súmula 346 – “A Administração Pública pode declarar a 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 8 
 
nulidade dos seus próprios atos.” – e Súmula 473 – “A Administração pode anular seus próprios atos, 
quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, 
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial.”). 
Não confundir com a denominada Tutela (ou Supervisão), que é pautada na relação de 
vinculação entre os entes. Trata-se de controle finalístico, restrito aos aspectos de legalidade, não 
envolvendo, pois, análise de mérito administrativo. 
 
C. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE 
 
"Impõe à administração atuar dentro de limites aceitáveis, utilizando-se 
adequadamente dos meios para atingir os fins desejados, numa congruência lógica entre as situações 
postas no caso concreto e as decisões administrativas tomadas". Exemplificando, é vedada a 
imposição de obrigações, restrições e sanções aos administrados, em medida superior àquelas 
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público (Lei 9784/99, art. 2º, VI). 
É de se observar que, para MARIA SYLVIA DI PIETRO, bem assim para grande parte da 
doutrina e jurisprudência, o princípio da proporcionalidade "constitui um dos aspectos contidos no 
princípio da razoabilidade", pois este exige proporcionalidade entre os meios de que se utiliza a 
Administração e os fins a serem alcançados. Meios e fins são colocados em equação mediante um 
juízo de ponderação. Corroborando essa linha de raciocínio, veja-se o seguinte excerto extraído do 
repositório jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça (REsp 728.999/PR,Relator Ministro Luiz 
Fux), verbis: 
“(...) 2. A atuação da Administração Pública deve seguir os parâmetros da 
razoabilidade e da proporcionalidade, que censuram o ato administrativo que não 
guarde uma proporção adequada entre os meios que emprega e o fim que a lei almeja 
alcançar. 
3. A razoabilidade encontra ressonância na ajustabilidade da providência 
administrativa consoante o consenso social acerca do que é usual e sensato. Razoável 
é conceito que se infere a contrario sensu; vale dizer, escapa à razoabilidade "aquilo 
que não pode ser". A proporcionalidade, como uma das facetas da razoabilidade revela 
que nem todos os meios justificam os fins. Os meios conducentes à consecução das 
finalidades, quando exorbitantes, superam a proporcionalidade, porquanto medidas 
imoderadas em confronto com o resultado almejado.” 
Assim, a razoabilidade seria composta de adequação, necessidade/utilidade e 
proporcionalidade em sentido estrito. 
 
D. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
Por este princípio, não podem os serviços públicos ser interrompidos, via de regra, por 
motivos comuns, dado à essencialidade e características de inadiáveis. Suas particularidades são 
aprofundadas no tema de “Serviços Públicos”. 
São exemplos de aplicação desse princípio: A limitação ao direito de Greve no serviço 
público; a restrição à cláusula da exceção de contrato não cumprido pela Lei de licitações; a 
possibilidade de ocupação provisória nos casos de serviços essenciais (art. 58, V, da Lei 8.666/93). 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 9 
 
“A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação 
decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da 
suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de 
acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi 
provocada por conduta ilícita do Poder Público” (STF - RE 693.456/RJ – DJE de 8-
11-2016 – Repercussão Geral - Tema 531). 
O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis 
e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. 
É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas 
das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do Código de Processo 
Civil (CPC), para vocalização dos interesses da categoria. 
 
E. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA (PROTEÇÃO À CONFIANÇA) 
Esse princípio comporta dois vetores básicos quanto às perspectivas do cidadão. De um 
lado, a perspectiva de certeza, que indica o conhecimento seguro das normas e atividades jurídicas, e, 
de outro, a perspectiva de estabilidade, mediante a qual se difunde a ideia de consolidação das ações 
administrativas e se oferece a criação de novos mecanismos de defesa por parte do administrado, 
inclusive alguns deles, como o direito adquirido e o ato jurídico perfeito. 
Uma das principais implicações desse princípio vem retratada no artigo 2ª, XIII, da Lei 
9.784/99, em que se diz que deve ser observada a “interpretação da norma administrativa da forma 
que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação.” 
Outro dispositivo legal de aplicação do referido princípio é o artigo 54 daquela lei que 
afirma que “O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, 
salvo comprovada má-fé”. Não anulando a Administração Pública nesse prazo, presume-se que ela 
não tem mais interesse em assim proceder, devendo, pois, consolidar-se a situação fática, ainda que 
pautada numa ilegalidade, convalidando-se tacitamente o ato administrativo. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 10 
 
 TESTANDO SEU APRENDIZADO: 
 
1) (FCC - 2016 - AL-MS - Nível Médio) O regime jurídico administrativo tipifica o próprio 
direito administrativo e confere à Administração 
a) prerrogativas instrumentais à consecução de fins de interesse geral, não a sujeitando, no entanto, a 
restrições, isso em razão do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. 
b) prerrogativas não aplicáveis ao particular e instrumentais à cura do interesse público, tais como a 
autotutela e o poder de polícia, dentre outras tantas, que lhe permitem assegurar a supremacia do 
interesse público sobre o privado. 
c) privilégios em face do particular, que podem ser exercidos de forma ampla e irrestrita, em razão de 
sua posição vertical face aos mesmos. 
d) restrições e prerrogativas necessárias à consecução dos seus fins, que são igualmente identificáveis 
nas relações entre os privados em razão do princípio da isonomia. 
e) amplo poder em face do particular, que se sujeita aos seus comandos independentemente do fim 
objetivado, uma vez que o agir administrativo é presumidamente de acordo com a lei. 
2) (FCC - 2014 - TCE-PI - Auditor Federal de Controle Externo) O ordenamento jurídico 
pátrio agasalha regimes jurídicos de natureza distinta. A Administração pública 
a) obrigatoriamente submete-se a regime jurídico de direito público em matéria contratual. 
b) submete-se a regime jurídico de direito público, podendo, por ato próprio, de natureza regulamentar, 
optar por regime diverso, em razão do princípio da eficiência e da gestão administrativa responsável, 
e adequado planejamento. 
c) pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime jurídico de direito público, 
conforme disposto pela Constituição Federal ou pela lei. 
d) quando emprega modelos privatísticos, é integral sua submissão ao direito privado. 
e) pode submeter-se a regime jurídico de direito público ou de direito privado, sendo a opção, por um 
ou outro regime jurídico, para a Administração pública indireta, livre ao Administrador. 
3) (FCC - 2016 - AL-MS - Assistente Legislativo) A Administração pública está sujeita a 
regime jurídico administrativo, que 
a) não se aplica às hipóteses de desconcentração do serviço público, método de gestão administrativa 
utilizado para flexibilização do regime jurídico aplicável à atuação da Administração. 
b) não se aplica às hipóteses de descentralização do serviço público, que passa a ser de competência 
de pessoas jurídicas com personalidade própria e distinta do Estado. 
c) não se aplica às autarquias, porque integrantes da Administração pública indireta. 
d) aplica-se às autarquias, pessoas jurídicas de direito público que integram a Administração pública 
indireta do Estado. 
e) pode ser afastado por decisão discricionária do Administrador, desde que justificada, em razão dos 
princípios da eficiência e economicidade. 
4) (FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo) Os princípios que regem a 
Administração pública 
a) são aqueles que constam expressamente do texto legal, não se reconhecendo princípios implícitos, 
aplicando-se tanto à Administração direta quanto à indireta. 
b) podem ser expressos ou implícitos, os primeiros aplicando-se prioritariamente em relação aos 
segundos, ambos se dirigindo apenas à Administração direta. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Façaparte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 11 
 
c) são prevalentes em relação às leis que regem a Administração pública, em razão de seu conteúdo 
ser mais relevante. 
d) dirigem-se indistintamente à Administração direta e às autarquias, aplicando-se seja quando forem 
expressos, seja quando implícitos. 
e) aplicam-se à Administração direta, indireta e aos contratados em regular licitação, seja quando forem 
expressos, seja quando implícitos. 
5) (FCC - 2015 - TRT - 15ª Região - Juiz do trabalho) Sobre os princípios informativos da 
atuação administrativa e a aplicação deles como ferramentas para controle interno e externo, 
considere: 
I. os princípios possuem força normativa e informativa aferível sempre em conjunto com as demais 
normas do ordenamento, não se lhes emprestando poder autônomo para servir de parâmetro de controle 
dos atos praticados pela Administração. 
II. os princípios que regem a atuação da Administração pública podem ser informativos ou 
interpretativos, mas em algumas hipóteses também se pode retirar força autônoma para, quando 
violados, servirem como fundamento direto para exercício de medidas de controle externo. 
III. os princípios implícitos não gozam da mesma força normativa dos princípios expressos, tendo em 
vista que estes podem ser invocados como fundamentos para controle dos atos da Administração, uma 
vez que possuem conteúdo definido e descrito na legislação vigente. 
Está correto o que consta em 
a) I, II, e III. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) II, apenas. 
6) (FCC - 2015 - TCM-GO – Procurador) Sabe-se que os princípios que regem a 
Administração pública são expressos ou implícitos, não havendo distinção hierárquica entre eles. 
A aplicação individualizada desses princípios pode levar à prevalência de um sobre outros. 
Também é possível experimentar situações que aparentam mitigação da força dos princípios, 
quando, na verdade, constituem mera interpretação para fins de aplicação, configurando 
regular observância de seu conteúdo, do que é exemplo, 
a) o estabelecimento de distinção em função de sexo para participação em concurso público para 
provimento de cargos cujas atribuições guardem pertinência com as exigências e restrições objetivas 
feitas no edital. 
b) a inversão da ordem de nomeação entre os aprovados em concurso público diante de análise 
comparativa entre a qualificação técnica dos classificados. 
c) a possibilidade de preterição de norma legal expressa diante de solução mais efetiva tirada da 
interpretação do princípio da moralidade. 
d) a prevalência do princípio da eficiência diante do princípio da impessoalidade, preterindo-se a 
escolha objetiva pela análise de qualificação técnica. 
e) a preterição de norma legal expressa vigente, diante de entendimento mais favorável extraído da 
exegese de princípio constitucional ou legal. 
7) (FCC - 2015 - TRE-RR - Analista Judiciário - Área Administrativa) A Administração 
Pública Federal, enquanto não concluído e homologado determinado concurso público para 
Auditor Fiscal da Receita Federal, alterou as condições do certame constantes do respectivo 
edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie. E, assim ocorreu, porque antes do 
provimento do cargo, o candidato tem mera expectativa de direito à nomeação. Trata-se de 
aplicação do Princípio da 
a) Eficiência. 
b) Publicidade. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 12 
 
c) Legalidade. 
d) Motivação. 
e) Supremacia do interesse privado. 
8) (FCC - 2017 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Em 
importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, foi considerada 
inconstitucional lei que destinava verbas públicas para o custeio de evento cultural tipicamente 
privado, sem amparo jurídico-administrativo. Assim, entendeu a Corte Suprema tratar-se de 
favorecimento a seguimento social determinado, incompatível com o interesse público e com 
princípios que norteiam a atuação administrativa, especificamente, o princípio da 
a) presunção de legitimidade restrita. 
b) motivação. 
c) impessoalidade. 
d) continuidade dos serviços públicos. 
e) publicidade. 
9) (FCC - 2017 - TRE-SP - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Considere a lição de 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou 
beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear 
o seu comportamento. (Direito Administrativo, São Paulo: Atlas, 29ª edição, p. 99). Essa lição 
expressa o conteúdo do princípio da 
a) impessoalidade, expressamente previsto na Constituição Federal, que norteia a atuação da 
Administração pública de forma a evitar favorecimentos e viabilizar o atingimento do interesse 
público, finalidade da função executiva. 
b) legalidade, que determina à Administração sempre atuar de acordo com o que estiver expressamente 
previsto na lei, em sentido estrito, admitindo-se mitigação do cumprimento em prol do princípio da 
eficiência. 
c) eficiência, que orienta a atuação e o controle da Administração pública pelo resultado, de forma que 
os demais princípios e regras podem ser relativizados. 
d) supremacia do interesse público, que se coloca com primazia sobre os demais princípios e interesses, 
uma vez que atinente à finalidade da função executiva. 
e) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administração pública devem ser de conhecimento 
dos administrados, para que possam exercer o devido controle. 
10) (FCC - 2015 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário) O artigo 37 do § 1º da CF 
expressamente proíbe que conste nome, símbolo ou imagens que caracterizem promoção pessoal 
de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos. A referida proibição decorre da aplicação do princípio da 
a) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como no 
exemplo, em relação à própria Administração e também em relação aos administrados. 
b) especialidade, que a despeito de não estar expressamente previsto no art. 37 da CF, deve ser 
observado, como no exemplo, tanto em relação à própria Administração como em relação aos 
administrados. 
c) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como no 
exemplo, em relação à própria Administração, mas não em relação aos administrados, que estão 
sujeitos ao princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 13 
 
d) especialidade, que decorre do princípio da legalidade e da indisponibilidade do interesse público 
sobre o privado e, por essa razão, aplica-se à atividade publicitária da Administração, tida por especial 
em relação às demais atividades públicas. 
e) publicidade, que está expressamente previsto no artigo 37 da CF e configura-se no princípio 
legitimador da função administrativa, informada pelo princípio democrático. 
11) (FCC - 2016 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - ÁreaAdministrativa) 
Manoela foi irregularmente investida no cargo público de Analista do Tribunal Regional do 
Trabalho da 23ª Região, tendo, nessa qualidade, praticado inúmeros atos administrativos. O 
Tribunal, ao constatar o ocorrido, reconheceu a validade dos atos praticados, sob o fundamento 
de que os atos pertencem ao órgão e não ao agente público. Trata-se de aplicação específica do 
princípio da 
a) impessoalidade. 
b) eficiência. 
c) motivação. 
d) publicidade. 
e) presunção de veracidade. 
12) (FCC - 2015 - MPE-PB - Técnico Ministerial) A sistemática dos precatórios judiciais está 
prevista no artigo 100 da Constituição Federal que dispõe: Os pagamentos devidos pelas 
Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, 
far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos 
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e 
nos créditos adicionais abertos para este fim. O citado dispositivo constitucional constitui 
cristalina aplicação do princípio da 
a) presunção de veracidade. 
b) publicidade. 
c) motivação. 
d) supremacia do interesse privado. 
e) impessoalidade. 
13) (FCC - 2015 - DPE-RR – Administrador) Quando um Prefeito comete um ato relacionado 
à indistinção entre os patrimônios público e privado, ele está violando o princípio da 
a) impessoalidade. 
b) eficiência. 
c) publicidade. 
d) moralidade. 
e) finalidade. 
14) (FCC - 2015 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do trabalho) Acerca dos princípios informativos 
da Administração pública, considere: 
I. O princípio da publicidade aplica-se também às entidades integrantes da Administração indireta, 
exceto àquelas submetidas ao regime jurídico de direito privado e que atuam em regime de competição 
no mercado. 
II. O princípio da moralidade é considerado um princípio prevalente e a ele se subordinam os demais 
princípios reitores da Administração. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 14 
 
III. O princípio da eficiência, que passou a ser explicitamente citado pela Carta Magna a partir da 
Emenda Constitucional nº 19/1998, aplica-se a todas as entidades integrantes da Administração direta 
e indireta. 
Está correto o que consta APENAS em 
a) III. b) I e II. c) II e III. d) I e) II 
15) (FCC - 2016 - PGE-MT - Analista – Administrador) A respeito dos princípios básicos da 
Administração pública no Brasil, é INCORRETO afirmar que o princípio 
a) de impessoalidade demanda objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção 
pessoal de agentes públicos. 
b) de legalidade demanda atuação da Administração pública conforme a lei e o Direito. 
c) de moralidade demanda atuação da Administração pública segundo padrões éticos de probidade, 
decoro e boa-fé. 
d) da eficiência demanda celeridade na atuação da Administração pública, se necessário em 
contrariedade à lei, dada a primazia do resultado sobre a burocracia. 
e) de publicidade demanda a divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de 
sigilo previstas no ordenamento jurídico. 
16) (FCC - 2015 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Os 
princípios balizadores das atividades da Administração pública ganharam importância e 
destaque nas diversas esferas de atuação, tal como o princípio da eficiência, que 
a) permite que um ente federado execute competência constitucional de outro ente federado quando 
este se omitir e essa omissão estiver causando prejuízos aos destinatários da atuação. 
b) autoriza que a Administração pública interprete o ordenamento jurídico de modo a não cumprir 
disposição legal expressa, sempre que ficar demonstrado que essa não é a melhor solução para o caso 
concreto. 
c) deve estar presente na atuação da Administração pública para atingimento dos melhores resultados, 
cuidando para que seja com os menores custos, mas sem descuidar do princípio da legalidade, que não 
pode ser descumprido. 
d) substituiu o princípio da supremacia do interesse público que antes balizava toda a atuação da 
Administração pública, passando a determinar que seja adotada a opção que signifique o atingimento 
do melhor resultado para o interesse público. 
e) não possui aplicação prática, mas apenas interpretativa, tendo em vista que a Administração pública 
está primeiramente adstrita ao princípio da supremacia do interesse público e depois ao princípio da 
legalidade. 
17) (FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) 
Determinada empresa do ramo farmacêutico, responsável pela importação de importante 
fármaco necessário ao tratamento de grave doença, formulou pedido de retificação de sua 
declaração de importação, não obtendo resposta da Administração pública. Em razão disso, 
ingressou com ação na Justiça, obtendo ganho de causa. Em síntese, considerou o Judiciário que 
a Administração pública não pode se esquivar de dar um pronto retorno ao particular, sob pena 
inclusive de danos irreversíveis à própria população. O caso narrado evidencia violação ao 
princípio da: 
a) publicidade. 
b) eficiência. 
c) impessoalidade. 
d) motivação. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 15 
 
e) proporcionalidade. 
18) (FCC - 2017 - TRT - 11ª Região (AM e RR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) 
A atuação da Administração é pautada por determinados princípios, alguns positivados em 
âmbito constitucional ou legal e outros consolidados por construções doutrinárias. Exemplo de 
tais princípios são a tutela ou controle e a autotutela, que diferem entre si nos seguintes aspectos: 
a) a autotutela é espontânea e se opera de ofício, enquanto a tutela é exercida sempre mediante 
provocação do interessado ou de terceiros prejudicados. 
b) a autotutela se dá no âmbito administrativo, de ofício pela Administração direta ou mediante 
representação, e a tutela é exercida pelo Poder Judiciário. 
c) ambas são exercidas pela própria Administração, sendo a tutela expressão do poder disciplinar e a 
autotutela do poder hierárquico. 
d) a tutela decorre do poder hierárquico e a autotutela é expressão da supremacia do interesse público 
fundamentando o poder de polícia. 
e) é através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico sobre entidades da 
Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce controle sobre seus próprios atos. 
19) (FCC - 2015 - DPE-SP – Administrador) Considere a seguinte situação hipotética. Em 
uma manifestação popular pacífica, centenas de policiais militares dispararam bombas de gás e 
balas de borracha por horas ininterruptas contra os manifestantes que reivindicavam direitos 
trabalhistas ao governo. Por considerar exagerada a reação dos policiais, que deixou centenas 
de feridos, o Ministério Público sustenta que os agentes públicos responsáveis pela operação 
violaram princípios da Administração pública, em especial o princípio da 
a) especialidade, uma vez que o excesso de violência dos policiais anula os objetivos de sua função, 
de garantir a ordem. 
b) segurança jurídica, porque a ação dos policiais colocou em risco a vida dos manifestantes, afetando 
a ordem social. 
c) proporcionabilidade,pois os policiais utilizaram medidas de intensidade superior à estritamente 
necessária à situação. 
d) impessoalidade, já que os policiais promoveram tratamento diferenciado, atingindo somente parte 
dos manifestantes. 
e) eficiência, em razão dos resultados da repressão policial acarretarem ônus financeiros para a 
Administração pública. 
20) (FCC - 2015 - TRE-PB - Técnico Judiciário - Área Administrativa) O princípio da 
supremacia do interesse público 
a) é hierarquicamente superior aos demais princípios, impondo-se sempre que houver conflito entre o 
interesse público e o interesse particular. 
b) foi substituído pelo princípio da indisponibilidade dos bens públicos, posto que as decisões que 
visam ao atendimento do interesse público não colidem mais, na atualidade, com os interesses 
privados. 
c) depende de interpretação do conteúdo no caso concreto, não se aplicando apriorística ou 
isoladamente, sem considerar os demais princípios e as demais normas que se apliquem aos diversos 
interesses contrapostos, públicos e privados. 
d) é aplicado quando inexiste disposição legal para orientar determinada atuação, posto que, em 
havendo, é típico caso de incidência do princípio da legalidade. 
e) depende essencialmente do princípio da legalidade, uma vez que, para sua integral aplicação e 
validade, é necessário que exista norma legal expressa nesse sentido. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Vandré Amorim 
Faça parte do Grupo “Direito Administrativo para Concurso” do facebook e tenha acesso a dicas, tabelas, resumos, 
informações sobre novos concursos e muito mais. http://www.facebook.com/groups/direitoadministrativoparaconcurso/. Página 16 
 
 
GABARITO 
 
1) B 
2) C 
3) D 
4) D 
5) E 
6) A 
7) C 
8) C 
9) A 
10) A 
11) A 
12) E 
13) D 
14) A 
15) D 
16) C 
17) B 
18) E 
19) C 
20) C

Continue navegando