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Dir.2204 pto. 7

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Dir.2204 – Unidade II DIREITO CIVIL
Pto. 7 – SUJEITOS DE DIREITO: PESSOA NATURAL E PESSOA JURÍDICA. CAPACIDADE, INCAPACIDADE E EMANCIPAÇÃO. DOMICILIO
PRELIMINARES
CONCEITO DE DIREITO CIVIL :O direito civil, chamado também de Direito Comum, pode ser conceituado como o conjunto de regras e princípios que regulam as relações entre as pessoas e entre estas e os bens que elas se utilizam.
Divide-se em parte geral e parte especial. PARTE GERAL ( arts. 1º/ 232) contém a noção sobre as pessoas (físicas e jurídicas – sujeitos de direitos), bens, atos e fatos jurídicos, prescrição e decadência e prova. São conceitos básicos de todo o direito. PARTE ESPECIAL divide-se em direito das obrigações ( obrigação é uma relação jurídica estabelecida entre duas ou mais pessoas visando uma prestação de dar, de fazer ou não fazer. Elas provém de contratos, de declarações unilaterais de vontade ou de atos ilícitos.), direito de empresa, direito das coisas (trata das relações jurídicas das coisas que podem ser apropriadas pelo homem - posse e propriedade, usufruto, habitação, hipoteca, etc., diferença entre direito real – poder que o homem tem sobre as coisas que ele se apropria - e direito pessoal – relação jurídica entre pessoas), direito de família e direito das sucessões.
Direito Empresarial : conjunto (arts. 966//1195) de princípios, regras e instituições que regulam os atos de comercio ( mediação entre produtor e consumidor com habitualidade e objetivo de lucro) e das pessoas que exercem profissionalmente esses atos.
Empresa: - atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens e serviços para o mercado, visando o lucro. Conceito utilizado no Direito Tributário, Direito do Trabalho e na Economia.
O Cód Civil novo é a Lei 10.406/ 10.1º.02 e entrou em vigor em 10.1º.03. O anterior era de 1916. A Lei de Introdução ao Cód. Civil (LICC) é o DL 4657/42.
SUJEITOS DE DIREITO: centro de imputação de direitos e obrigações na ordem jurídica, com a finalidade de orientar a superação de conflitos de interesses que envolvem, direta ou indiretamente, pessoas. Ao descrever fatos que pretende regular, a norma jurídica acaba se referindo a agente ou agentes, estes são os sujeitos de direito. São sujeitos as PESSOAS FÍSICAS OU NATURAIS ( homens e mulheres nascidos com vida), os nascituros (homens e mulheres em gestação de útero, v. art. 2º do CC)) e as PESSOAS JURÍDICAS (sociedades empresárias, cooperativas, fundações etc..). 
Os sujeitos de direito podem ser personificados ( pessoas físicas ou jurídicas) ou não, ou seja, nem todo o sujeito é pessoa, tem personalidade jurídica. Mas mesmo os sujeitos despersonalizados, são titulares de direitos e deveres. Os sujeitos de direito personificados recebem do Direito uma autorização genérica para a prática de atos e fatos jurídicos – a pessoa pode fazer tudo que não é proibido. Já os sujeitos despersonalizados só podem praticar os atos inerentes a sua finalidade para os quais são legalmente autorizados.
Também existem alguns entes grupais que não tem personalidade jurídica, mas a lei lhes confere, em face da comunhão de interesses e conjunto de direitos e obrigações, uma personificação anômala com capacidade processual, ativa e passiva, mediante representação: o condomínio edilício, residencial ou comercial ( propriedade em comum representada pelo síndico), o espólio( massa patrimonial e conjunto de direitos e obrigações do de cujus, representado pelo inventariante), a massa falida ( que surge após a sentença declaratória da falência, acervo de bens do falido que é representada pelo síndico), as heranças jacentes ( qdo o de cujus não fez testamento nem herdeiros ou havendo estes, renunciaram, representadas por um curador – arts. 1819 a 1823 do CC) e as sociedades irregulares ou de fato não personificadas, que podem exercer alguns direitos como a defesa em juízo e tem responsabilidades atribuídas pela lei.
PERSONALIDADE JURÍDICA ou CIVIL: autorização genérica conferida pelo direito para determinados sujeitos – as pessoas - para a prática de atos não proibidos. Podem fazer tudo o que quiserem desde que para eles não seja vedado ( art. 5º, II da Constituição Federal: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer uma alguma coisa senão em virtude de lei” . Aptidão genérica para titular direitos e obrigações, para contrair negócios jurídicos. A personalidade jurídica da pessoa física começa a partir do nascimento com vida (art. 2º do CC).
INICIO e FIM DA PERSONALIDADE CIVIL DA PESSOA FÍSICA. É preciso que o nascituro nasça com vida para adquirir a personalidade jurídica e se torne pessoa física (ART. 2O do CC). O natimorto ( aquele feto ja concebido e que se encontra no ventre materno é um sujeito de direito em portencial) não se torna herdeiro, por ex.). Termina a personalidade jurídica da pessoa física, com a morte (art. 6 do CC). Ausência e morte presumida (art. 7º)
 CAPACIDADE JURÍDICA: atributo diferente da personalidade jurídica. Todas as pessoas físicas tem personalidade jurídica, mas nem todas são capazes. Capacidade jurídica é a aptidão determinada pela ordem jurídica para o gozo e exercício de um direito pelo seu titular. . Aptidão para alguém exercer por si os atos da vida civil.
A capacidade jurídica se divide um capacidade de direito ( jurídica ou de gozo) capacidade de fato ( de exercício). A primeira é a personalidade jurídica que o homem adquire com o nascimento com vida, neste sentido emprega o CC, no art. 1º - “todo o homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil”. A pessoa tem o gozo do direito mas pode não ter o seu exercício. A segunda é propriamente o que comumente se chama de capacidade, que exige que a pessoa para exercer por si os atos da ordem jurídica teve reunir atributos de idade e de sanidade mental para que possa compreender sozinha o sentido de seus atos e ter responsabilidade.. Assim, pela lei brasileira, as pessoas são plenamente capazes, deixando a incapacidade, a partir dos 18 anos completos, quando cessa a menoridade e ocorre a maioridade (art.5º).
Diferença entre incapacidade absoluta e incapacidade relativa (art. 3º e 4º do CC). A incapacidade é excepcional e tem que estar prevista em lei, já que a capacidade se presume. Os incapazes são considerados, pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente) . É absoluta quando a pessoa está privada de (não pode) praticar atos da vida civil, embora possa ser titular de direitos. É uma proteção para àqueles que não podem compreender plenamente os seus atos. Ela é representada nesses atos por seus responsáveis – pais, tutores (para filhos órfãos ou de pais ausentes) ou de perda do poder familiar) ou curadores (para deficientes mentais interditados ou que não puderem exprimir sua vontade –. surdos-mudos, ébrios e viciados em tóxicos). São os mencionados no art. 3º do Cód. Civil. É relativa nas hipóteses do art. 4º, diz respeito àqueles que podem praticar por si os atos da vida civil mas que precisam, para alguns atos mais importantes, da assistência de outra pessoa. Capacidade dos índios ( os integrados são plenamente capazes e os não integrados são tutelados pela FUNAI – Estatuto do Indio de 1973 e da Funai – de 2003.
Para alguém ser interditado é necessário sempre um processo judicial, porque a incapacidade não se presume, a não ser na questão de idade, ela precisa ser provada.
EMANCIPAÇÃO : antecipação da capacidade de exercício do menor antes da idade legal ( art.5º par. Único). Deve ser registrada. Menor impúbere ( menos que 16 anos) e menor púbere ( de 16 a 18 anos). Uma vez emancipado não pode retornar à incapacidade, exceto doença mental posterior. Pode haver emancipação por concessão dos pais, por sentença do juiz ( do menor órfão que está sob tutela ), pelo casamento, pelo exercício de cargo público efetivo, pela colação de grau em curso de ensino superior e pelo estabelecimento civil ou comercial com economia própria.
DOMICÍLIO da pessoanatural ou física: Lugar onde a pessoa natural estabelece sua residência com ânimo definitivo. Sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos de direito(processual, por exemplo, onde deve ser citada) e onde exerce e pratica, habitualmente, seus atos e negócios jurídicos. Domicílio legal e voluntário. Diferença de residência. Arts. 70 a 78 do C.Civil.

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