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Dir 2204 Pto. 8 ATOS E FATOS JURIDICOS atos ilicitos 2011 09

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Dir 2204 Pto.8– ATOS E FATOS JURÍDICOS – elementos essenciais e nulidades. Atos lícitos e ilícitos
Prof. Rosa Maria Aranovich
Arts. 104 /184 do Cód. Civil
Fato em sentido genérico é todo o acontecimento. Alguns deles repercutem no mundo jurídicos, outros não.
O direito nasce sempre de um fato e este passa a ser um fato jurídico. O que torna jurídico um fato é a norma jurídica. Fato Jurídico é assim todo o acontecimento previsto na lei e do qual surgem efeitos jurídicos (consequências relevantes no mundo jurídico).
FATO JURÍDICO é, assim, todo o acontecimento em virtude do qual as relações de direito (relações jurídicas) NASCEM, SE MODIFICAM OU SE EXTINGUEM. Fatos que trazem consequências no plano jurídico. Exs de fatos jurídicos ( nascimento, morte, contrato de locação, de compra e venda,etc )
Em sentido amplo, os fatos jurídicos englobam todos os eventos para os quais o direito atribui consequências jurídicas, sejam eles decorrentes da vontade humana (atos jurídicos ou NEGÓCIOS JURÍDICOS, na acepção do novo CC - ATOS INTENCIONAIS DOS SUJEITOS DE DIREITO), ou independentes dela, qdo. decorrem apenas da natureza (ex. furacão, tsunami, mera passagem do tempo, etc..), mas geram consequências jurídicas (ex. Seguros, completar a maioridade aos dezoito anos) Estes últimos são fatos jurídicos em sentido estrito e os primeiros em sentido amplo.
Em sentido estrito, os fatos jurídicos seriam os fatos da natureza independentemente da vontade humana. Podem ser ordinários (morte, nascimento, maioridade, decurso do tempo, etc) ou extraordinários ou irresistíveis porque ocorrem por caso fortuito ou força maior.
 
Os NEGÓCIOS JURÍDICOS são atos por excelência da autonomia privada porque o particular regula os próprios interesses. ou auto regulação dos interesses. Apenas são considerados assim e são aptos para produzirem efeitos jurídicos quando forem lícitos, isto é, de acordo com o direito.
 Os elementos de validade ou elementos essenciais dos negócios jurídicos (art. 104”a validade do negócio jurídico requer”:) são: 1)AGENTE CAPAZ(correspondência com os arts. 3 e 4 – problema com a capacidade absoluta e relativa do agente e com a questão da representação, assistência, tutela (menor órfão e ..) e curatela (enfermidade mental e doentes que não podem exprimir a vontade). Se o negócio jurídico pressupõe uma declaração da vontade do agente, a sua capacidade é indispensável à validade do ato.
2)OBJETO LÍCITO, POSSÍVEL, DETERMINADO OU DETERMINÁVEL. objeto lícito significa que ele deve estar conforme à lei. Se ilícito, nulo será o negócio jurídico (CC art. 166,II), não produzindo qualquer efeito jurídico ( venda de objeto roubado). Objeto possível significa que, além de juridicamente possível, o ato deve ser possível (viável, realizável) fisicamente (ex. a volta ao mundo em 2 horas). Mas a impossibilidade deve ser absoluta.
3)FORMA PRESCRITA OU NÃO PROIBIDA em LEI.
DEFEITOS DOS ATOS JURÍDICOS E NULIDADE DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS arts.166,167,168,169,170, 171 e ss do CC.
É a sanção imposta pela norma jurídica que determina a privação dos efeitos jurídicos do ato se não observados os requisitos legais.
 Hipóteses legais que acarretam a nulidade :1) agente absolutamente incapaz, 2) objeto ilícito, impossível, indeterminável; 3) motivo ilícito; 4)quando tem forma proibida ou for preterida solenidade essencial 5) fraude de lei imperativa 6) simulação.
ANULABILIDADE DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS : art.s 171/184 – 1) incapacidade relativa e 2) vícios da vontade : erro ou ignorância, dolo, coação, estado de perigo, fraude contra credores. 
ERRO (art. 138) é uma falsa idéia da verdade entre aquilo que o agente pretendia e aquilo que realizou, uma divergência entre a vontade declarada e aquela que manifestaria se, por ventura, tivesse conhecimento do fato. Se houve a interferência malévola de terceiro para ocasionar o erro, é o caso de dolo. O erro tanto pode ocorrer sobre pessoas ou coisas ( aquisição de uma coisa qdo na verdade está havendo uma locação ).
DOLO civil é um erro provocado por malicia ou ardil, visando o benefício de alguém que é o autor do dolo. (EX contrato de seguro em que o proponente omite a existência de um tumor maligno e poucos meses depois vem a falecer).
COACÃO civil ou moral qdo uma ameaça ou intimidação (operação psicológica) que coloca a vítima numa situação tal que levadas pelo temor, emite uma declaração de vontade que não corresponde à sua vontade real.
FRAUDE CONTRA CREDORES : - art. 159 do CC. Insolvência ocorre quando as dívidas excederem ao valor dos bens do devedor.
Diferenças entre nulidade(nulidade absoluta) e anulabilidade(nulidade relativa): 
Ambas dependem de pronunciamento judicial para serem conhecidas, mas tem diferença de grau, a primeira é mais grave que a segunda.
O negócio nulo, em realidade, não chega a produzir efeito jurídico, por isso a decisão judicial desconstitui o ato “para traz”, retroage. Se um menor de 16 anos vendeu um bem sem o seu representante, uma vez reconhecida a nulidade por decisão judicial, o bem deve retornar ao seu patrimônio e o dinheiro recebido deve ser devolvido. Todos os efeitos que decorreram do negócio devem ser desconstituídos . O ato nulo não pode ser ratificado (confirmado) , não prescreve e pode ser alegado, em processo judicial, por qualquer interessado, Ministério Público e conhecido pelo juiz de ofício.
O negócio anulável produz efeitos jurídicos válidos que não são desconstituídos até ser decretada a anulabilidade pela decisão judicial, Na mesma situação fática, se o menor era relativamente incapaz, o bem retorna ao seu patrimônio e o valor pago retorna, mas os frutos gerados no período( alugueis, por ex.) são preservados. Pode ser ratificado(art. 172) e anulabilidade prescreve no prazo geral de 4 anos (arts 178/179). O juiz não pode conhecer da situação sem alegação dos interessados no processo.
ATOS ILÍCITOS- Art. 186 e ss – ação ou omissão voluntária, negligência (falta de precaução, atenção) ou imperícia( falta de habilidade técnica ou aptidão para a pratica do ato)causadora de dano físico ou moral. Também quando excede os limites impostos pelos fins do ato (abuso de direito). No caso de ato ilícito acontecem condutas que são reprovadas pelo direito, contrárias ao direito ( e por consequência reprovadas pela sociedade). São comportamentos que a pessoa não deve ter. Quem age de acordo com o direito pratica ato licito e quem não age contra o direito, pratica ato ilícito.
Exceção ou exclusão da ilicitude: legítima defesa, exercício regular de direito e quando para remover perigo eminente. Tambem nÃO pode exceder os limites do indispensável para remoção de perigo(art. 188 do CC).
Consequência jurídica do ato ilícito: As sanções para quem pratica ilicitude podem ser penais (a consequência em geral é aplicação de uma pena de privação de liberdade, ou multa, ou prestação de serviços à comunidade, após o devido processo judicial penal), administrativas (aplicação de multa ou suspensão de direito por autoridade pública) ou civis , que gera a obrigação de indenizar o dano causado . Se não ocorreu dano, prejuízo, não há a obrigação de indenizar.
Também é importante que tenha havido culpa ou dolo e a relação de causa e efeito entre o ato e o dano causado (prejuízo).v. art. 927 CCiv
As consequências civis são as relacionadas aos arts. referidos do CCiv.
Um mesmo ato ilícito de gerar consequências penais, administrativas e civis. Uma não substitui a outra, são independentes.

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