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Revisão Direito civil 2

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Obrigação é "o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação". É a relação de crédito e débito que se extingue com o cumprimento da mesma e que tem por objeto qualquer prestação economicamente aferível. As obrigações são classificadas de acordo com os seguintes critérios:
1. Classificadas quanto ao objeto
O objeto da obrigação pode ser mediato ou imediato.
- Imediato: a conduta humana de dar, fazer ou não fazer.
Ex.: Dar a chave do imóvel ao novo proprietário.
- Mediato: é a prestação em si.
Ex.: O que é dado? A chave.
De acordo com essa classificação, podemos destacar:
Obrigações de dar, que se subdivide em dar coisa certa ou incerta;
Ex.: Dar um documento a alguém.
Obrigação de fazer;
Ex.: Fazer uma reforma em parede divisória entre terrenos.
Obrigação de não fazer;
Ex.: Não fazer um muro elevado a certa altura.
2. Classificadas quanto aos seus elementos
A obrigação é composta por três elementos, que são:
- Elemento subjetivo, ou seja, os sujeitos da relação (ativo e passivo),
- Elemento objetivo, que diz respeito ao objeto da relação jurídica, e
- Vínculo jurídico existente entre os sujeitos da relação.
Dividem-se, portanto, as obrigações em:
Simples: que apresenta todos os elementos no singular, ou seja, um sujeito ativo, um sujeito passivo e um objeto.
Composta ou Complexa: contrária a primeira, apresenta qualquer um dos elementos, ou todos, no plural. Por exemplo: um sujeito ativo, um sujeito passivo e dois objetos. Esta, por sua vez, divide-se em:
Cumulativas: os objetos aparecem relacionados com a conjunção "e". Somando-se, então, os dois objetos.
Ex.: "A" deve dar a "B" um livro e um caderno.
 Alternativas: os objetos aparecem relacionados com a conjunção "ou". Alternando então, a opção por um ou outro objeto.
Ex.: "A" deve dar a "B" R$ 10.000,00 ou um carro.
As obrigações que possuem multiplicidade de sujeitos são classificadas como:
Divisíveis: são as obrigações em que o objeto pode ser dividido entre os sujeitos.
Ex.: Determinada quantia em dinheiro - R$ 1.000,00.
Indivisíveis: são as obrigações em que o objeto não pode ser dividido entre os sujeitos.
Ex.: Um animal, um veículo etc.
Solidárias: não depende da divisibilidade do objeto, pois decorre da lei ou até mesmo da vontade das partes. Pode ser solidariedade ativa ou passiva, de acordo com os sujeitos que se encontram em número plural dentro da relação.
Quando qualquer um deve responder pela dívida inteira, assim que demandado, tendo direito de regresso contra o sujeito que não realizou a prestação. Ex.: "A" e "B" são sujeitos passivos de uma obrigação. "C", sujeito ativo, demanda o pagamento total da dívida a "A", que cumpre a prestação sozinho e pode, posteriormente, cobrar de "B" a parte que pagou a mais.
3. Obrigações de Meio e de Resultado
- Obrigação de meio é aquela em que o devedor, ou seja, o sujeito passivo da obrigação, utiliza os seus conhecimentos, meios e técnicas para alcançar o resultado pretendido sem, entretanto, se responsabilizar caso este não se produza. Como ocorre nos casos de contratos com advogados, os quais devem utilizar todos os meios para conseguir obter a sentença desejada por seu cliente, mas em nenhum momento será responsabilizado se não atingir este objetivo.
- Obrigação de resultado é aquela que o sujeito passivo não somente utiliza todos os seus meios, técnicas e conhecimentos necessários para a obtenção do resultado, como também se responsabiliza caso este seja diverso do esperado. Sendo assim, o devedor (sujeito passivo) só ficará isento da obrigação quando alcançar o resultado almejado. Como exemplo para este caso temos os contratos de empresas de transportes, que têm por fim entregar tal material para o credor (sujeito ativo) e se, embora utilizado todos os meios, a transportadora não efetuar a entrega (obter o resultado), não estará exonerada da obrigação.
Comodato é empréstimo apenas para uso, enquanto que o mútuo é para consumo.
Exemplificando: há operadoras telefônicas que oferecem em comodato ao consumidor, quando este adquire um plano de internet banda larga, o modem de acesso à internet, devendo este objeto, em tese, ser devolvido à operadora telefônica contratada, na extinção do contrato. 
Em relação ao mútuo, trata-se de empréstimo de coisa fungível, devendo ser restituído ao mutuante coisa de mesmo gênero, grau e quantidade, a exemplo, o empréstimo de uma saca de café.
No comodato, a restituição será a da própria coisa emprestada, ao passo que no mútuo será de uma coisa equivalente. O comodato é essencialmente gratuito, enquanto o mútuo tem, na compreensão moderna, em regra, caráter oneroso. Embora possa ser gratuito, raramente se vê, na prática, as pessoas emprestarem coisas fungíveis, máxime dinheiro, sem o correspondente pagamento de juros.
O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
Mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Destarte, o contrato de mútuo constitui empréstimo para consumo, pois o mutuário não é obrigado a devolver o mesmo bem, como ocorre no comodato, mas sim coisa da mesma espécie.
Obrigação de Dar
Consiste em obrigação positiva, pela qual o devedor deve entregar um objeto que está na sua posse, transferindo-lhe a propriedade. Subdivide-se em obrigação de dar coisa certa, quando o objeto da obrigação é certo e determinado antes da entrega, e obrigação de dar coisa incerta, quando a obrigação é genérica, por ser o objeto incerto, sendo determinado apenas por seu gênero e quantidade.
A coisa certa pode ser observada através da sua individualização por gênero, espécie, qualidade e quantidade. O objeto prestacional é considerado intangível, pelo fato de não caber ao devedor poder cumprir a obrigação com uma coisa diferente da prevista, desta forma, o credor não é obrigado a aceitar outro objeto ainda que mais valioso (art. 313, CC).
Obrigação de restituir – é aquela em que o devedor se compromete a devolver algo que já pertence ao credor, portanto, o credor é o dono. Não está prevista no ordenamento jurídico, é uma ramificação da obrigação de dar.
- Art. 238 – Caso a coisa não seja devolvida, o credor estará sendo esbulhado e poderá requerer reintegração de posse. No entanto, tendo a coisa se perdido sem culpa do devedor, extingue-se a obrigação e o credor arca com os prejuízos, tendo resguardados os direitos adquiridos até o dia da perda (ex: aluguel vencido). A resolução não opera com efeito retroativo.
Obrigação de fazer
Abrange o serviço humano em geral, como a realização de obras ou a prestação de fatos que tenham utilidade para o credor. Consiste, portanto, em atos ou serviços a serem executados pelo devedor. Nas obrigações de fazer o serviço é medido pelo tempo, gênero ou qualidade, portanto, esses predicados são relevantes e decisivos. Há três espécies de obrigação de fazer:
 Obrigação de fazer infungível, personalíssima ou intuitu personae: quando for convencionado que o devedor cumpra pessoalmente a prestação; A figura do devedor é imprescindível. 
Exemplo: a pintura de um quadro por um pintor famoso.
Obrigação de fazer fungível ou impessoal: quando não há exigência expressa, nem se trata de ato ou serviço cuja execução dependa de qualidades pessoais do devedor ou dos usos e costumes locais, podendo ser realizado por terceiro; A obrigação poderá ser cumprida por qualquer pessoa que possua a mesma habilidade do devedor. 
Exemplo: construir um muro.
Obrigação de fazer consistente em emitir declaração de vontade (deriva de um contrato preliminar). Trata de busca de tutela de obrigação de fazer infungível.
Obrigação de Não Fazer
Impõe ao devedor um dever de abstenção, ou seja, de não praticar o ato que poderia livremente fazer se não tivesse obrigado. Se o ato for praticado, o devedor será considerado inadimplente, podendoo credor exigir, com base no artigo 251 do Código Civil, o desfazimento do que foi realizado, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado com perdas e danos.
Prescrição e decadência dizem respeito à perda de um direito, por motivos do não exercício pelo seu titular.
Na prescrição, o sujeito perde o direito à determinada ação, ou seja, seu direito de exigir algo por meios legais deixam de existir. O direito material ainda existe, porém ele não pode ser alcançado por vias jurídicas.
Na decadência, a pessoa perde o próprio direito material, por não ter formalizado o pedido de seu direito dentro de um prazo definido, por falta do uso desse direito.
Ônus: é a exigência que o sujeito pratique determinada conduta sob pena de não alcançar um determinado benefício, ou eventualmente suportar uma desvantagem.
Encargo: é um cláusula acessória de um ato jurídico que consiste em um ônus para o benefício. Também é admissível nas declarações unilaterais de vontade como, por exemplo, na promessa de recompensa.
Sujeição: se opõe a um direito potestativo (aquele que não admite contestações), que pode ser exercido sem a concordância, ou mesmo contra a vontade da outra parte. Exemplo: a revogação de um mandato ou demissão do emprego.
Dano material é o prejuízo financeiro efetivamente sofrido pela vítima, causando diminuição do seu patrimônio. Esse dano pode ser de duas naturezas: o que efetivamente o lesado perdeu, dano emergente, e o que razoavelmente deixou de ganhar, lucro cessante.
Nexo causal é um dos pressupostos da responsabilidade civil, juntamente com a conduta e o dano. Em verdade, trata-se de questão de suma importância, pois dirá ao julgador se o dano gerado a terceiro pode, ou não, ser encarado como resultado da conduta (ação ou omissão) praticada por um agente. Cuida-se de estabelecer critérios técnicos para que se saiba se um resultado pode ser imputado ao agente em razão de sua conduta.
Dano moral, material, emergente e lucro cessante.
Caso fortuito. É o evento proveniente de ato humano, imprevisível e inevitável, que impede o cumprimento de uma obrigação, tais como: a greve, a guerra etc. Não se confunde com força maior, que é um evento previsível ou imprevisível, porém inevitável, decorrente das forças da natureza, como o raio, a tempestade etc.
Obrigações periódicas também são conhecidas como obrigações contínuas, continuadas, ou de trato sucessivo.
Títulos executivos extrajudiciais: cheque, nota promissória, duplicata, termo de confissão de dívida.
Sobre a obrigação de dar coisa certa é correto afirmar que (72º exame OAB/MS):
a) Seu objeto é constituído por um corpo certo e determinado;
O credor da coisa certa:
d) Não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa.
Um palhaço foi contratado para animar uma festa de aniversário e, no dia do evento foi vítima de um sequestro
b) A obrigação se extingue por caso fortuito, com dever de indenizar do palhaço.
Natália, dona de uma loja de produtos de beleza, promete que os futuros adquirentes da loja manterão o direito de exclusividade concedido ao fornecedor. Ocorre que Augusta comprou a loja de Natália e não firmou esse compromisso com ela, nem tem intenção de cumprí-lo. Diante desta situação é correto dizer:
d) Natália não pode ser obrigada a indenizar, pois o adimplemento da obrigação agora depende de Augusta.
Quanto às obrigações é falso afirmar que:
b) Acoisa incerta será indicada , sempre, pelo gênero, quantidade e qualidade.
Assinale a alternativa incorreta:
b) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
Assinale a alternativa falsa, quanto à Compensação:
a) A compensação efetua-se entre dividas líquidas, vencidas e de coisas consumíveis.
A relação obrigacional que contém duas ou mais prestações de dar, de fazer ou de não fazer, decorrentes da mesma causa ou do mesmo título, que deverão realizar-se totalmente, de modo que o inadimplemento de uma envolve o seu descumprimento total, visto que o credor não está obrigado a receber uma sem a outra, denomina-se obrigação:
e) cumulativa ou conjuntiva
Nas obrigações alternativas, o direito de escolha:
d) Inexistindo cláusula em contrário, pertence ao credor, que deverá exercê-lo após a prévia notificação do devedor.
Marque a alternativa incorreta:
a) Na cessão o cessionário não tem limitações quanto a exercer os direitos e ações do credor.
Marque a alternativa incorreta:
b) A nulidade da obrigação é extensiva a cláusula penal.
Assinale a alternativa correta:
a) O terceiro não interessado, que venha solver dívida alheia, não terá sub-rogação em seufavor, ex vi legis;
Quanto ao pagamento é falso afirmar:
c) O devedor que paga tem direito a quitação regular porém não poderá retero pagamento se a mesma não lhe for dada
Quanto ao pagamento é falso afirmar:
a) O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a 
reembolsar-se do que pagar, sub-rogando-se nos direitos do credor;

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