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Atos processuais

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Atos processuais
Atos processuais são atos das partes, juiz e auxiliares da Justiça que provocam consequências jurídicas no processo. Os atos processuais impulsionam o processo no sentido de obter uma decisão final.
Destarte, é ato processual qualquer ato praticado por quaisquer das pessoas envolvidas na relação jurídica processual e que de qualquer forma possuem relevância para ela, criando, modificando e extinguindo a relação processual.
"É aquele praticado no processo e que para este tem relevância jurídica." (José Frederico Marques)
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Atos das partes 
Os atos processuais das partes encontram-se dispostos a partir do art. 154 do CPC/73 e 188 do NCPC e podem ser por iniciativa, de desenvolvimento ou decisórios.
*Novidade: art 190 NCPC – processo que admita autocomposição – as partes poderão estipular mudanças no procedimento. O juiz controlorá a validade das convenções feitas. 
Art. 191 – fixação de calendário entre as partes e o juiz
As declarações unilaterais de vontade (petição inicial, contestação, etc..) produzem efeitos imediatamente, já as declarações bilaterais (acordos) são atos que dependem de homologação do juiz para que possam surtir efeitos a terceiros. A desistência da ação é ato unilateral quando ocorrer antes da contestação e ato bilateral quando ocorrer depois da contestação, uma vez que depende do consentimento do réu para isso.
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Prática eletrônica de atos
Art. 193 NCPC – atos total ou parcialmente digitais. 
Os atos digitais respeitarão a publicidade ou não dos processos, o acesso dos advogados, das partes. Acompanhamento das audiências. 
- o CNJ terá o papel de regulamentar a prática e a comunicação oficial de atos processuais por meio eletrônico
- as falhas no sistema e omissão dos operadores no sistema configuram justa causa (art. 223 NCPC). 
As unidades do Poder Judiciário disporão de acesso gratuito ao sistema (com atenção à acessibilidade) 
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Atos do juiz
Art. 162, CPC./ art. 203 NCPC Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
Estes atos dizem respeito apenas a pronunciamentos do juiz. Além destes, existem outros atos que o juiz pratica no decorrer do processo tais como: interrogar as partes, fazer inspeção judicial, e tomar depoimento de testemunhas.
sentenças
Sentença é o pronunciamento do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 485 e 487 do NCPC – põe fim à fase cognitiva do procedimento comum e extingue a execução. 
Decisão interlocutória
Decisão interlocutória é o pronunciamento do juiz de natureza decisória que não seja sentença
O recurso que se tem contra a decisão interlocutória é o agravo.
despachos
São despachos todos os demais prounciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.
Os despachos de mero expediente são irrecorríveis, não existe recurso contra eles, a única forma encontrada para atacá-los é a correição parcial.
Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.
acórdãos
Julgamento colegiado proferido pelos tribunais
Atos do escrivão e chefe de secretaria
Ao receber a petição inicial de qualquer processo, o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início; e procederá do mesmo modo quanto aos volumes que se forem formando.
Cabe ao escrivão, em síntese, a documentação e comunicação dos atos às partes.
Forma dos atos processuais
"Forma, em direito, é fruto da necessidade de manifestação da vontade obedecer a certos moldes, quando o próprio sistema define o modelo a ser seguido." (Arruda Alvim)
"É o conjunto de formalidades que se devem observar para que o ato jurídico seja plenamente eficaz." (Humberto Teodoro Júnior)
Atos solenes
Atos solenes são aqueles para os quais a lei prevê determinada forma como condição de validade.
Formalismo x instrumentalidade
O direito processual é direito formal, pois visa garantir o regular desenvolvimento do processo e dos direitos das partes. Caso o ato não seja praticado conforme a forma estabelecida e não atinja o seu fim o mesmo será declarado nulo.
Entretanto, "o atual CPC prestigia o sistema que se oriente no sentido de aproveitar ao máximo os atos processuais, regularizando, sempre que possível, as nulidades sanáveis." (RT 659/183). Prevalece, então, o princípio da instrumentalidade das formas como meio para atingir a finalidade do ato.
Assim, a substância do ato (sua finalidade) prevalece sobre a forma. Atingida a finalidade, ainda que a lei prescreva a formalidade, não há nulidade. O ato só é declarado nulo se não observadas as suas formas processuais e por isso não alcançar seu fim.
P. Da publicidade
Art. 5º, LX da CR/88 - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.
Art 189 NCPC / art 155 CPC 
Interesse publico e social;
Casamento, separação de corpos, união estável, filiação, alimentos e guarda;
Dados protegidos constitucionalmente
Que versem sobre arbitragem
Lugar dos atos processuais
Estabelece o art. 212 do CPC: "Os atos processuais serão realizados em dias uteis, das seis as vinte horas. 
Assim, os atos são realizados, em regra, na sede do juízo onde tramita o processo. Com o avanço da tecnologia, foram criadas exceções a esta regra (exemplo: protocolo integrado para alguns casos). Mas existem alguns atos que devem ser praticados fora da sede do juízo, estes atos serão praticados mediante carta.
Se os autos não forem digitais, as peças deverão ser protocoladas no horario de funcionamento do forum ou tribunal. 
As peças digitais podem ser protocoladas até as 24 h. do ultimo dia do prazo. 
Comunicação dos atos
A comunicação dos atos é feita por meio de carta, citação e intimação.
NCPC – a partir do art. 236 
Cartas
Os atos praticados fora da sede do juízo são feitos por meio de carta. 
- Carta precatória - é aquela em que a diligência nela requisitada tem de ser cumprida por juiz da mesma hierarquia. O juiz deprecante é aquele que expede a carta e o juiz deprecado é aquele que cumpre a carta;
- Carta de ordem - juiz de hierarquia superior expede esta carta para que outro de hierarquia inferior pratique o ato necessário;
- Carta rogatória - são atos realizados em juízos de jurisdição diferentes (países diferentes) Ex.: réu domiciliado no exterior.
- Carta arbitral (novo) – para que o órgão judicial pratique u determine o cumprimento de ato de pedido de cooperação judiciária. 
O novo cpc admite a pratica de atos processuais por videoconferência. 
O novo Cpc admite a emissão de cartas à juizos estaduais onde não há justiça federal. 
Citação
A relação jurídica processual se forma de forma progressiva. No caso de estar formalmente correta e completa a petição inicial, o juiz ordenará a citação (uma espécie de comunicação ao réu para que este tome conhecimento da demanda e apresente sua defesa).
Assim, é por meio da citação, que se chama o réu ou o executado à relação e essa se completa. A citação é, portanto, ato fundamental para a validade da relação jurídico processual.
Admite-se à ausência da citação do réu ou executado nas hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. (novo cpc) 
Caso a citação seja nula, mas o réu comparece e se defende, a citação tem validade pois o comparecimento supre a nulidade da citação.
Art. 240 NCPC A citação válida, mesmo se feita por juízo incompetente, induz litispendência, faz litigiosa a coisa; e, constitui em mora o devedor. 
A interrupção da prescrição é operada pelo despacho que ordena a citação e retroage à data da propositura da ação. 
O autor tem que promover a citação (adotar as providências necessárias) no prazo de 10 dias após o despacho que ordenar. 
Regra:
citação pessoal. Mas pode ser feita para a pessoa do representante, procurador. Na ausência do réu, pode ser feita na pessoa de seu mandatário, administrador, preposto ou gerente (quando a ação se originar de atos por eles praticados). O locador que se ausenta do Brasil pode ser citado na pessoa do administrador do imóvel, quem recebe os alugueis. As citações à Fazenda Publica são feitas na pessoa dos seus procuradores. 
Não se fará a citação , salvo para evitar perecimento do direito (art. 244 NCPC)/ citação do “mentalmente incapaz”, art. 245 NCPC
A citação ocorre por meio de correspondência enviada pelo correio(com aviso de recebimento), mas também poderá realizada por um oficial de justiça (serventuário público que desempenha as diligências judiciais), pelo escrivão ou chefe de secretaria (se o citando comparecer em cartório) ou mesmo por edital (intimação publicada em jornal) ou por meio eletrônico
Citação pelo correio - regra:
Art. 247, NCPC. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: 
a) nas ações de estado; 
b) quando o citando for incapaz; 
c) quando o citando for pessoa de direito público; 
d) quando o citado residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; 
f) quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
Citação por oficial de justiça.
Art. 249, NCPC. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste código ou em lei, ou quando frustradas as citações pelo correios. 
Se o réu, depois de procurado por DUAS vezes em sua residência pelo oficial de justiça, não for encontrado e houver suspeita de que esteja se ocultando da citação, o oficial de justiça poderá fazer a citação por hora certa. Neste tipo de citação o oficial de justiça intima qualquer pessoa da família do réu, ou, na sua falta, qualquer vizinho, para que avise o réu de que voltará no dia seguinte em determinada hora.
Novidade: condomínios edilícios ou loteamentos com controle de acesso
Se, ainda assim, na hora marcada não o encontrar novamente, o oficial de justiça informar-se-á das razões da sua ausência e dará por feita a citação, deixando o contra-fé (cópia da petição inicial e da ordem de citação) com qualquer pessoa da família ou vizinho.
Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará aviso ao executado no prazo de 10 dias, dando-lhe ciência. 
‹nº›
A citação por edital.
Art. 256, NCPC. Far-se-á a citação por edital:
I - quando desconhecido ou incerto o citando;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar;
III - nos casos expressos em lei.
Art. 258 NCPC : pena de multa de 5 salarios minimos à parte que, dolosamente, alegar os motivos acima à situação inverídica. 
Art 259 NCPC: novidade: publicidade aos processos de usucapião, recuperação ou substituição de titulos ao portador e qualquer ação em que seja necessária a provocação de interessados ou desconhecidos. 
‹nº›
Destarte, em casos especiais, quando o réu encontrar-se em lugar incerto ou ignorado, o juiz autorizará a citação por edital, que deverá ser afixado na sede do juízo e publicado, no prazo máximo de 15 dias, uma vez no Diário Oficial e pelo menos duas vezes em jornal local.
Se, sabidamente o réu encontrar-se em outro país, poderá o juiz solicitar a sua citação à autoridade judiciária estrangeira, por meio de carta rogatória, conforme disposto em convenções internacionais ou pela via diplomática.
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A citação inválida provoca a nulidade da relação jurídico processual, podendo ser regularizada dentro da mesma ação. É um vício insanável como regra, pois é o ato mais fundamental do procedimento.
Se houve uma sentença de mérito onde existiu uma citação inválida, não há coisa julgada. Ela pode ser argüida a qualquer momento, a qualquer tempo e é imprescritível. Mesmo após 02 anos, pode ser desconstituída a sentença mediante ação de querella nulitatu. Não está sujeita a ação rescisória porque o vício é tão grave que não temos coisa julgada.
‹nº›
Intimação
Art. 269, NCPC. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei. Não sendo possível, as intimações serão feitas pessoalmente (na mesma comarca) ou por carta registrada (em comarcas diversas). 
A intimação para o advogado se dá pela imprensa. Mas a intimação para as partes não pode se dar pela imprensa, apenas pessoalmente, via correio ou oficial de justiça.
Só serão feitas as intimações por oficial de justiça, quando frustrada a realização por meio eletrônico ou correio. 
‹nº›
Tempo dos atos processuais
O legislador estabelece prazos e tempos para a prática de atos processuais com o objetivo de atingir o fim do processo, que nada mais é do que a obtenção de uma sentença.
Como regra geral, os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas
Dia útil para o processo, é o dia em que o expediente forense é normal. Assim, qualquer evento que implique no fechamento do Fórum antes do previsto, com o fim das atividades forenses, torna o dia inútil.
‹nº›
Os atos praticados por meio de petição devem ser feitos por protocolo dentro do limite de tempo. A lei de organização judiciária estadual estabelece, ainda, qual o horário em que tais atos são possíveis. 
Os atos que não dependem de protocolo (como por exemplo a citação) podem ser exercidos em dias úteis de 6 (seis) às 20 (vinte) horas. Fora deste horário, é necessário a expressa autorização judiciária. 
art. 213 NCPC : A prática eletrônica dos atos pode ocorrer em qualquer horário até as 24 h do ultimo dia do prazo. 
Regra geral, não se realiza ato processual em férias forenses. Estas são consideradas dias não úteis, além de afetarem os prazos iniciados antes delas. Mas, como para toda regra existem exceções, vejamos os art. 214 NCPC estabelece que, no caso de tutelas de urgência ou quando a CR autorizar. 
Suspensão dos prazos
As férias forenses também têm o condão de suspender a fluência dos prazos. Lembrando que na suspensão inicia-se a contagem do prazo onde houve a suspensão da contagem do prazo. Diferente da interrupção, em que inicia-se a contagem de novo prazo a partir da interrupção deste. Art. 215 NCPC: 
- não se suspendem:
Os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação do direito e quando puderem ser prejudicados pelo adiamento. 
Ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador.
Os demais processos que a lei determinar. 
prazos
Prazo é o lapso de tempo em que o ato processual pode ser validamente praticado. É delimitado por dois termos: termo inicial (dies a quo) e termo final (dies ad quem). Elpídio Donizette
Conforme a origem (fonte), os prazos podem ser:
- Legais - prazos previstos no CPC e em leis esparsas. Como regra geral estes prazos não inalteráveis.
- Judiciais - prazos estabelecidos pelo juiz, que geralmente são aqueles prazos não dispostos em lei. A lei sempre estabelece um prazo, chamado de subsidiário, caso o juiz não fixe ou altere um prazo. Como regra geral o prazo legal subsidiário era de 05 (cinco) dias(art. 185, CPC), 24 horas após as intimações e de 10(dez) dias para a apresentação do rol de testemunhas. No Novo CPC, esse prazo é de 48 horas após as intimações, 5 dias para a prática de ato processual a cargo da parte. 
- Convencionais - prazos fixados de comum e expresso acordo das partes.
OBS: Novidade do NCPC: Serão considerados tempestivos os atos praticados antes do termo inicial do prazo.
OBS2: Contagem de prazo no NCPC: dias úteis (art. 219). 
OBS3: Férias forenses: 20 de Dez à 20 de Jan (suspendem-se os prazos)
Conforme o destinatário, os prazos podem ser:
- Próprio - prazo destinado às partes. Este prazo pode ser individual (a apenas uma das partes) ou comum (a ambas as partes). Caso o(s) destinatário(s)
do prazo não pratique(m) o ato dentro do mesmo, há consequências processuais a ele(s), chamada de preclusão temporal (que será vista mais a frente).
- Impróprio - prazo destinado ao juiz e auxiliares judiciários. Neste caso não há qualquer sanção para o(s) destinatário(s) que não cumprir (em) o ato dentro do prazo.
Conforme a natureza, os prazos podem ser:
- Dilatório - prazo que pode ser alterado livremente pelo juiz ou pelas partes, apesar de estar previsto em lei. A exemplo podem ser citados os prazos para a entrega de alegações finais ou para a entrega de laudo. Todos os prazos convencionais são em regra dilatórios.
Cumpre ainda ressaltar que a ampliação ou redução dos prazos dilatórios deve ser requerida pelas partes antes do término do prazo, com motivo justo e deferido pelo juiz com a fixação de novo prazo.
- Peremptório - prazo que não pode ser modificado nem pelas partes nem pelo juiz. A exemplo podem ser citados os prazos para contestar, recorrer, arrolar testemunhas... Todos os prazos legais são em regra peremptórios.
Regras gerais para a contagem dos prazos:
art. 219 – dias úteis
Comarcas de difícil transporte – o juiz pode prorrogar o prazo por até dois meses. (art. 221 NCPC) 
O juiz não pode reduzir prazo peremptório sem anuências das partes. 
- havendo calamidade pública, o limite de dois meses pode ser extrapolado. 
JUSTA CAUSA – art 223 – evento alheio à vontade da parte – prorroga-se o direito de praticar ou emendar o ato processual. Caso contrário, decorrido o prazo para praticar ato, extingue-se o direito de emendar o ato processual. 
Art 224 Contagem de prazo: exclui o primeiro dia e inclui o ultimo. 
Inicio e fim da contagem, só em dias úteis. 
A data da publicação é o primeiro dia util seguinte ao da disponibilização da informação no diário da Justiça eletrônico. (a contagem só se inicia após o primeiro dia util seguinte ao da publicação). 
art. 226 – o juiz profere os despachos no prazo de 5 dias (antes eram 2 dias), as decisões interlocutórias no prazo de 10 dias (antes não tinha prazo previsto) e as sentenças no prazo de 30 dias (antes eram 10 dias). / art 227 – PRAZOS IMPRÓPRIOS!
- Prazos para o serventuário: 1 dia para remeter os autos conclusos e 5 dias para executar os atos processuais (no processo eletrônico, a juntada de documentos independe da atividade do servidor). 
- Litisconsortes com diferentes advogados terão prazo em dobro para se manifestar em qualquer juízo ou tribunal. 
- os prazos são contados sempre da intimação. 
- Começo do prazo: juntada aos autos do mandado cumprido./ se for por edital, o dia util seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz/ se for eletrônica, o dia util seguinte à consulta ao teor da citação ou intimação, ou ao termino do prazo automático/ se for por carta, a data de juntada do comunicado/ quando o adv for fazer carga e estiver no prazo para comunicação, conta da data do dia da carga. 
OBS: mais de um réu: prazo para contestar conta da ultima juntada dos mandados de citação e intimação. OBS: art 232: cartas precatórias, rogatórias ou de ordem – citações e intimações eletrônicas do juiz deprecante ao juiz deprecado. 
A Fazenda Pública e o Ministério Público possuíam, por força de lei, o quádruplo do prazo para contestar e o dobro do prazo para recorrer. Este benefício, que encontra-se disposto no art. 188 do CPC, estende-se à Defensoria Pública por força de lei extravagante.
Mas hoje, com o NCPC, não existe mais esse prazo em quadruplo: só em dobro, para as manifestações desses órgãos, inclusive a Defensoria Pública.
Assim, se o prazo é inobservado:
- pelo juiz, aplica-se o art. 235 do NCPC em que a parte faz uma representação contra a morosidade do juiz ao Presidente do Tribunal;(representação ao Corregedor do Tribunal ou ao CNJ). Força executória do NCPC: determinação para o juiz cumpra o ato em 10 dias, após oportunização do contraditório). 
- pelo serventuário, aplica-se o art. 233 do NCPC em que são aplicadas sanções administrativas frente a instauração de processo administrativo;
- pelo advogado, no caso de não devolução dos autos, aplica-se o art. 244 NCPC; Cumulação de multa se, após 3 dias de vencido o prazo, de metade do Salário mínimo. / Representação na Ordem.
- pelas partes, estas sofrem como consequências os efeitos da preclusão ou revelia.
Revelia
A revelia se caracteriza pelo não comparecimento do réu quando intimado para uma audiência ou quando deixa de oferecer contestação depois de citado. A revelia produz efeitos jurídicos danosos para o revel posto que reputar-se-ão verdadeiras as afirmações do autor quanto aos fatos narrados na peça inicial e correrão os prazos independentemente de sua intimação.
No caso do executado não se aplica a pena de revelia (§2º do art. 239 NCPC). 
Preclusão
Preclusão
Preclusão é a perda de uma faculdade ou direito processual da parte e pode-se dar por três causas diversas (espécies):
- Preclusão Temporal: determinada pela perda do prazo (espaço de tempo em que o ato seja praticado validamente). O ato pode ser tempestivo (ato praticado dentro do prazo estabelecido) ou intempestivo (ato praticado fora do prazo estabelecido), caso seja intempestivo, ocorrerá a preclusão temporal.
Este tipo de preclusão ocorre somente para as partes uma vez que os atos do juiz não sofrem preclusão.
- Preclusão Consumativa: ocorre pela prática do ato, ou seja, realizado o ato, não é possível realizá-lo novamente (exemplo: art. 507 do NCPC);
- Preclusão Lógica: decorre da incompatibilidade entre o ato praticado com o que se queria praticar (exemplo: ação de despejo, em lugar de contestar, entrega as chaves do imóvel ao locador, então não pode recorrer - art. 1000, NCPC).

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