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* Instituto Geral de Perícias Fotografia Forense Professor: Pedro Augusto Pinto Bonnassis Perito Criminal - Divisão de Perícias em Homicídios Graduação: Biologia - UFSC Mestrado: Biotecnologia - UFSC * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Fotografia Forense Duração total - 12 horas 18/07 - 4hs Teórica 22/07 - 2hs teórica e 2hs prática 23/07 – 4hs prática (IML) Objetivos Possibilitar que os alunos sejam capazes de manusear adequadamente os equipamentos fotográficos, produzindo fotografias de interesse médico-legal, que visem instruir os processos penais, servir como registro perene para eventuais esclarecimentos que se façam necessários por Médicos-Legistas e Peritos Criminais e possibilitar a identificação de cadáveres. * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense O que é Fotografia? * Fotografia - conceito 1.Processo de formar e fixar sobre uma emulsão fotossensível a imagem dum objeto, e que compreende, usualmente, duas fases distintas: na primeira, a emulsão é impressionada pela luz, e sobre ela se forma, por meio dum sistema óptico, a imagem do objeto; na segunda, a emulsão impressionada é tratada por meio de reagentes químicos que revelam e fixam, permanentemente, a imagem desejada. 2.Imagem obtida por esse processo. 3.Técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando-as em uma superfície sensível. Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * Histórico da Fotografia A invenção da fotografia é resultado de um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando, juntas ou em paralelo, ao longo de muitos anos. O primeiro registro fotográfico conhecido data de 1826 e foi produzido pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo sensível à luz chamado Betume da Judeia. Joseph Nicéphore Niépce utilizou-se do conceito da câmara escura para produzir a primeira fotografia permanente do mundo. Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * Primeiro registro fotográfico Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * A Câmera Fotográfica Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Equipamento que viabiliza a criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando-as em uma superfície sensível. Princípio da CÂMARA ESCURA Dispositivo ótico que consiste numa caixa fechada com um orifício para a entrada controlada de luz. * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Câmara Escura * A Câmera Fotográfica Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * A Câmera Fotográfica Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * Controles da entrada de luz: Abertura Diafragma Exposição Obturador Sensibilidade ISO (International Standards Organization) filme/sensor Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * ABERTURA Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense ABERTURA - restringe o diâmetro da trajetória da luz Diafragma * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense EXPOSIÇÃO - controla a entrada de luz pelo tempo em que o filme/sensor é exposto à ela através do obturador Obturador * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense SENSIBILIDADE DO FILME/SENSOR Determina o grau de sensibilidade do filme/sensor à luz. Quanto maior o valor do ISO, mais sensível será o filme/sensor ISO - International Standards Organization 100 200 400 800 1600 3200 6400 . . . MAIOR SENSIBILIDADE MAIOR QUALIDADE * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense SENSIBILIDADE DO FILME/SENSOR * Instituto Geral de Perícias MÁQUINA FOTOGRÁFICA * Instituto Geral de Perícias CRISTALINO LENTE ÍRIS DIAFRAGMA PUPILA ABERTURA RETINA FILME OBJETO OBJETO OLHO HUMANO MÁQUINA FOTOGRÁFICA * CÂMERA ANALÓGICA X CÂMERA DIGITAL Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * CÂMERA FOTOGRÁFICA ANALÓGICA Utiliza um filme fotossensível para formar a imagem que fica armazenada no próprio filme Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense CÂMERA FOTOGRÁFICA DIGITAL Utiliza um sensor eletrônico para captar a imagem e armazena os dados em dispositivos de armazenamento como cartão de memória, por exemplo * CÂMERAS ANALÓGICAS Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense CÂMERAS ANALÓGICAS * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense CÂMERAS ANALÓGICAS * TIPOS DE CÂMERAS DIGITAIS Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Compactas Point & Shoot Superzoom Compactas Amadoras DSRL * Polaroid Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * Go Pro Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * FUJIFILM - S2980 Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense * Funções Básicas da Câmera Fotográfica Digital Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Zoom óptico – capacidade de “trazer” o motivo para perto. Acionamento próximo ao botão de disparo Flash – recurso luminoso para suprir a falta de iluminação adequada no ambiente. Opções Flash permanente – Automático – Sem Flash Controle de Flash – permite ajustar a intensidade do flash * Funções Básicas da Câmera Fotográfica Digital Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Função Macro – permite aproximar a câmera do objeto para fotografar melhor os detalhes Função SuperMacro – permite aproximar ainda mais a câmera do objeto para fotografar melhor os detalhes Outros – redução de olhos vermelhos, balanço de brancos, disparos múltiplos, temporizador e etc.. * Modos de Operação da Câmera Fotográfica Digital Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Modo Automático – todos os ajustes são feitos pela câmera, que percebe o ambiente e faz os cálculos necessários para os ajustes Modo Gravação de Vídeo – permite gravar vídeos com a câmera digital Outros – modo manual (M), esporte, noturno, paisagem etc. * Fotografando Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Enquadramento – ato de colocar o motivo dentro do visor da câmera. Motivo sempre centralizador. Regra dos terços. Foco – o fotógrafo deve estar certo de que o motivo esteja focado antes de acionar o botão de disparo. O foco automático é realizado pressionando-se o botão de disparo até a metade (DELICADEZA). Quando a máquina realiza o foco, geralmente emite um sinal sonoro e visual (no LCD). * Fotografando Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Disparo – momento em que a fotografia é de fato realizada. Após o procedimento anterior (focagem), pressiona-se o botão até o fim para realizar a fotografia. IMPORTANTE: Manter as mãos firmes. Não tremer Verificando o resultado – é interessante que seja feita a verificação do registro para que se garanta a qualidade do trabalho. LEMBRE-SE: Não haverá outra oportunidade de fotografar o motivo. * Tratamento pós-fotografia Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense É possível aplicar tratamento nas fotografias obtidas. No entanto, deve-se tomar o cuidado de preservar o arquivo original, sob pena de perdê-lo caso o tratamento não seja eficaz. Diversos softwares podem ajudar neste sentido: Photoshop, Microsoft Picture Manager e etc. * Cópias de segurança Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense De tempos em tempos, à critérios de Vossas Senhorias, é importante que se faça uma cópia de segurança (back-up) dos arquivos fotográficos (bem como de todos os outros). Estes arquivos de segurança devem ser armazenados em locais distintos das cópias originais. (HDexterno, CD, DVD, Rede????) * Armazenamento Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense O armazenamento inicial se dá no próprio cartão de memória que está dentro da máquina. Posteriormente, e IMEDIATAMENTE, os registros fotográficos devem ser transferidos para o computador, organizados em pastas, devidamente nomeadas. * FOTOGRAFIA FORENSE Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense CONCEITO Ramo da Criminalística que se ocupa da reprodução precisa e exata de provas, lugares, armas e objetos, cenas de crime autópsias e outros, através da produção de imagens fotográficas. * FOTOGRAFIA FORENSE Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense HISTÓRICO Embora se possa argumentar que a análise de imagens forenses tenha começado em 1851, com a análise científica de um daguerreótipo, somente em 1859 a Suprema Corte dos EUA pronunciou-se sobre a admissibilidade de fotografias usadas como prova. * FOTOGRAFIA FORENSE Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense HISTÓRICO Em 1870, Alphonse Bertillon, criminologista francês, fundou o primeiro laboratório de Identificação Criminal baseada nas medidas do corpo humano, criando o Sistema Antropométrico, conhecida como sistema Bertillon, utilizado em toda a Europa e EUA até 1970. * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense FICHA CRIMINAL * IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA FORENSE Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Documentação de provas Registro perene dos vestígios Produção de evidências sólidas para que as autoridades possam formar suas convicções a respeito da materialidade das provas apresentadas, facilitando assim o julgamento • Visualização de detalhes imperceptíveis a olho nu • Reprodução de provas que possam desaparecer ou tenham de ser removidas, para futura análise Esclarecimento de possíveis duvidas que venham a surgir Enriquecimento do Laudo Pericial * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense IMPRESSÕES DIGITAIS * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense IMPRESSÕES DE PLANTAS DE PÉS OU CALÇADOS * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense MARCAS DE PNEUMÁTICOS * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense MARCAS DE MORDIDAS * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense TRATAMENTO PÓS-FOTOGRÁFICO * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense LUZ ULTRA-VIOLETA * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Caso Nelson Carlos Ribeiro * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime. Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. Legislação e Normativa pertinentes * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos Peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. Recomendação Técnica Para Exames em Local de Crime – RT 002 - IGP 13.2 Fotografia Legislação e Normativa pertinentes * RECOMENDAÇÕES PARA FOTOGRAFIAS DE INTERESSE MÉDICO-LEGAL Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense ILUMINAÇÃO - Local bem iluminado - Iluminação bem distribuída (evitar sombras) - Utilizar o flash somente se necessário. Cuidado com flash muito forte. - Recorrer aos recursos da máquina para realizar a fotografia: ISO Exposição Abertura RUÍDO FOT. BORRADA PROFUNDIDADE DE CAMPO USO MODERADO USO DE TRIPÉ USO MODERADO - Tratamento pós-fotográfico * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense RECOMENDAÇÕES PARA FOTOGRAFIAS DE INTERESSE MÉDICO-LEGAL USO DE ESCALAS - Utilizar escalas. SEMPRE! O uso de escalas é fundamental para que se possa ter ideia do tamanho do motivo da fotografia (Lesão, tatuagem e outros). A escala deve estar no mesmo nível do motivo da fotografia. USO DE ETIQUETAS Nº DA OCORRÊNCIA Registrar na fotografia o número da ocorrência, para evitar problemas de identificação das fotografias. OBSERVAÇÃO: A escala e o nº da ocorrência podem estar na mesma etiqueta. * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense RECOMENDAÇÕES PARA FOTOGRAFIAS DE INTERESSE MÉDICO-LEGAL CONFIGURAÇÃO DA CÂMERA - Selecionar conscientemente o modo (manual, automático, gravação de vídeo) ou o recurso (função macro, flash..) a serem utilizados - Definição de qualidade. Mínimo 7 MP. PIXEL Um pixel (picture + element) é considerado como o menor componente de uma imagem digital. A definição de pixel é altamente dependente do contexto a qual a palavra está inserida. * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense RECOMENDAÇÕES PARA FOTOGRAFIAS DE INTERESSE MÉDICO-LEGAL PIXEL Por exemplo: 1,3 MP significa que existem aproximadamente 1.300.000 pixels na imagem, o que corresponde à multiplicação da largura pela altura da imagem, ou seja, uma imagem de 1280 pixels de largura por 1024 pixels terá exatamente 1.310.720 pixels. Nota: A resolução aumenta quanto mais pixels tiverem numa imagem * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense FOCO - Certificar-se de que o motivo da fotografia esteja em foco (sinal sonoro e luminoso). - Certificar-se de que a escala esteja em foco juntamente com o motivo da fotografia. ENQUADRAMENTO - Centralizar o objeto. - Fotografar perpendicularmente. RECOMENDAÇÕES PARA FOTOGRAFIAS DE INTERESSE MÉDICO-LEGAL * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense RECOMENDAÇÕES PARA FOTOGRAFIAS DE INTERESSE MÉDICO-LEGAL DISPARO - Manter as mãos firmes durante o clique. CHECAGEM - Conferir a fotografia. ARMAZENAMENTO - Armazenar adequadamente os registros fotográficos. Organização em pastas, cópias de segurança, segurança cibernética, etc. * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense O QUE FOTOGRAFAR? Cadáveres Rosto: frente e perfil Corpo inteiro Costas Lesões (plano aberto e fechado) Tatuagens Sinais Cicatrizes * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense O QUE FOTOGRAFAR? Cadáveres sem identificação Rosto: frente e perfil Corpo inteiro Costas Lesões (plano aberto e fechado) Tatuagens (plano aberto e fechado) Sinais (plano aberto e fechado) Cicatrizes (plano aberto e fechado) * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense O QUE FOTOGRAFAR? Cadáveres sem identificação Roupas e calçados: - verificar se a cor das roupas fica fidedigna nas fotografias. A putrefação escurece a roupa com os líquidos da decomposição. Cuidado para não descartar alguém erroneamente - etiquetas - solas de sapato (numeração/tamanho), marca, desenho, artes em geral. Outros: - adornos, aparelhos ortodônticos, prótese dentária. - outros objetos que forem encontrados junto ao corpo. * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense CONCLUINDO - Conhecer bem o seu equipamento Usar o bom senso e a delicadeza na hora de fotografar Fotografar com “amor” no coração Cuidar do seu equipamento. Ele é do Estado. Ter noção de que o trabalho de AML é extremamente importante e acreditar que a qualidade dele se reflete nas mais altas instânciasdo Judiciário * Instituto Geral de Perícias - Fotografia Forense BOA SORTE!! SEJAM BEM-VINDOS AO SERVIÇO PÚBLICO
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