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Politicas Públicas
Aula 6
Aula 6: O significado do estatuto da criança e do adolescente
	O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)  foi o resultado de um longo debate travado na sociedade brasileira, que se iniciou em 1979 com a elaboração do Código de Menores, e que ganhou um novo impulso com a promulgação da atual constituição brasileira (CF/1988). Esse debate envolveu diferentes setores da sociedade, sob a forma de movimentos populares, incluindo-se as Organizações Não Governamentais (ONGs) e representantes dos Três Poderes da República.
 
	
	
	
	No plano internacional, a assinatura da Convenção Internacional dos Direitos da Criança das Organizações das Nações Unidas (1989)  acelerou decisivamente a transformação das políticas públicas voltadas para crianças e jovens.
Aula 6: O significado do estatuto da criança e do adolescente
O Estatuto e a Educação
	
	O tema da Educação é tratado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente como um direito de todos e um dever do Estado. Apresenta-se sob a forma de sete artigos (do artigo 53 ao 59), em que estão estabelecidos os objetivos da educação, além de estarem especificados os papéis do Estado quanto aos deveres, a responsabilidade da família, as competências dos gestores escolares, o respeito aos valores culturais, artísticos e históricos da comunidade a qual o estudante pertence.
Aqui foram destacados os artigos do estatuto em que estão explicitados os direitos e os deveres (clique para ver o texto da lei):
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º - Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.
“O Estatuto da Criança e do Adolescente mudou os paradigmas em relação ao menor, reconhecendo-o como sujeito de direitos, assegurando-lhe, entre outros, o direito fundamental à educação. Portanto mudou a lei que alterou a relação entre a criança, o adolescente e a educação.Todavia indaga-se: mudou a formação do professor? A sua formação contempla a questão da cidadania infanto-juvenil? A mudança da lei proporcionou alteração em sua prática diária na sala de aula?” (Ferreira, Luiz Antonio M. O Estatuto da Criança e do Adolescente e o Professor – reflexos na sua formação e atuação. S.P.: Cortez, 2008, p. 16)
A formação docente precisa acompanhar esses novos tempos iniciados com a publicação do Estatuto. É necessário incorporar novos conhecimentos na sala de aula e novas posturas que reconheçam os direitos das crianças e jovens cidadãos. A falta de informação sobre o dispositivo legal em questão acarreta problemas nas escolas, desrespeitos generalizados, violências indiscriminadas. O conhecimento da lei por todos os envolvidos no processo de aprendizagem contribuirá sobremaneira para a garantia desses direitos. 
Mundo ideal versus mundo real
fundamental, portanto, que todo professor conheça o texto do Estatuto da Criança e do Adolescente para que possa contribuir no cumprimento de suas determinações, além de acompanhar a sua aplicação. Ferreira (2008:109) entende que educação e cidadania são indissociáveis, pois somente a educação assegura o exercício pleno da cidadania. Pela educação, os alunos serão capazes de exigir direitos e de cumprir deveres.
Fazer cumprir significa criar condições de manter todas as crianças nas escolas. Além disso, interessa também ao educador conhecer o Conselho Tutelar , seu funcionamento e atuação. Este é o órgão que recebe as denúncias e assegura o cumprimento dos termos do estatuto. É composto por conselheiros eleitos na comunidade, que tem como objetivo acompanhar os casos de violações.
	Referências bibliográficas desta aula:
Costa, Messias. A Educação nas Constituições do Brasil: dados e direções. RJ: DP&A, 2002.
Aula 06 – O Significado do Estatuto da Criança e do Adolescente 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, foi o resultado de um longo debate travado na sociedade brasileira, que se iniciou em 1979 com a elaboração do Código de Menores.  
A discussão ganhou um novo impulso com a promulgação da atual constituição brasileira, a Constituição Federal de 1988. No plano internacional a assinatura da Convenção Internacional dos Direitos da Criança das Organizações das Nações Unidas, em 1989 acelerou decisivamente a transformação das políticas públicas voltadas para crianças e jovens.  
O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069/90, é o dispositivo legal que estabelece os direitos e deveres de crianças e adolescentes no Brasil. 
Apresenta os direitos relacionados à educação, à saúde, à vida familiar e à vida em sociedade, além de também dispor sobre os deveres. 
O texto do estatuto compõe-se de 267 artigos, e está organizado em duas partes: a Geral e a Especial, que por sua vez se dividem em Títulos, subdivididos em capítulos, e esses em seções. Os títulos tratam sobre: 
Os Direitos Fundamentais 
A Prevenção 
A Política de Atendimento 
As Medidas de Proteção 
A Prática do Ato Infracional 
 As Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável 
O Conselho Tutelar 
O Acesso à Justiça 
Os Crimes e as Infrações Administrativas 
A educação se apresenta em sete artigos, em que estabelece os objetivos da educação, especifica os papéis do Estado quanto aos deveres, a responsabilidade da família, as competências dos gestores escolares, além de garantir o respeito aos valores culturais, artísticos e históricos da comunidade a qual o estudante pertence. 
Para essa lei, as crianças e os jovens adolescentes devem ser vistos como pessoas que estão em processo de desenvolvimento, sujeitos de direitos e passíveis de proteção integral. 
A lei 8069/90 é considerada um dos modelos legais mais avançados no mundo, tanto em termos políticos quanto jurídicos. O texto da lei evidencia o compromisso do Estado, e da sociedade civil de garantir o atendimento dos direitos das crianças e dos jovens. 
 Vejamos os destaques para seus artigos 4º e 5º:
Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
Art.5º. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. 
A questão principal é a de implementar o conteúdo que o Estatuto apresenta. Não basta que os textos legais se mostrem avançados em suas formulações, o fundamental é que os avanços se apresentem em conquistas sociais. 
É fundamental que todo professor conheça o texto do Estatuto da Criança e do Adolescente para que possa contribuir para o cumprimento de suas determinações, além de acompanhar a sua aplicação. Este deve estimular o conhecimento e a capacidade reflexiva em seus alunos. 
“O preparo para o exercício da cidadania, que é apresentado como um dos objetivos da educação visa a assegurar a todas às crianças e aos adolescentes a efetividade de seus direitos (civis, sociais e políticos) e o cumprimento de suas obrigações.”
Fazer cumprir o Estatuto da Criança e do adolescente, significa criar condições de manter todas as crianças nas escolas. 
É necessário que o educador conheça o Conselho Tutelar,seu funcionamento e atuação.Este é o órgão que recebe as denúncias,e assegura o cumprimento dos termos do estatuto.É composto por conselheiros eleitos na comunidade,que tem como objetivo acompanhar os casos de violações.
Aula 7: A política educacional dos anos 90
 estudo dirigido desta aula.
A ideologia neoliberal, apresentada como única via para enfrentar a crise econômica nacional, ocupou paulatinamente credibilidade junto às elites brasileiras e tornou-se hegemônica a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). A política educacional brasileira dos anos 90 foi implementada através de um conjunto articulado de reformas, com orientação do Banco Mundial, de acordo com o que preconizava tal ideologia no que tange à educação. No vídeo acima, você vê parte da campanha para reeleição de FHC (1998).
Quem é o Banco Mundial?
O Banco Mundial e a América Latina
	
	A crise do endividamento, vivida pelos países da América Latina a partir dos anos 80, possibilitou uma maior interferência do Banco na política interna dessas nações. Sob essa perspectiva, o Banco Mundial, no final dos anos 80, formulou um conjunto de reformas a serem aplicadas nos países endividados para atender às necessidades de expansão do capital internacional. Essas reformas, que ficaram conhecidas como “Consenso de Washington”, defendiam principalmente: a) o equilíbrio orçamentário mediante a redução dos gastos públicos; b) a abertura comercial; c) a liberalização financeira; d) a desregulamentação dos mercados internos; e) a privatização das empresas e dos serviços públicos.
	Embora esses países pudessem enfrentar recessão e aumento da pobreza num primeiro momento de implantação das reformas, só assim, afirmava o Banco, seria possível retomar o crescimento econômico. Enfim, retomar o desenvolvimento sustentável. No vídeo acima, você vê o anúncio da então Ministra da Economia do Governo Collor anunciado um pacote econômico, em 16/03/1990.
Aula 7: A política educacional dos anos 90
Economia e política social
Nesse sentido a educação, como política social focalizada, tem lugar de destaque nas propostas do Banco Mundial para a América Latina. A Reforma da Educação instituída para priorizar a educação inicial em detrimento dos demais níveis de ensino é um bom exemplo do papel que desempenhamos nessa nova ordem mundial. Na foto, vemos uma imagem da USP.
Ora, se as condicionalidades impostas pelos Organismos Internacionais têm nos conduzido a um processo de recolonização, caracterizado pelo fim do desenvolvimento autônomo e dependência científica e tecnológica, qual seria a necessidade de se investir numa educação de longa duração?
Política educacional: lógica neoliberal
Funcionamento da reforma educacional
	
	Nesse sentido, as Reformas Educacionais indicadas pelo Banco Mundial apresentaram basicamente dois eixos. O primeiro voltado para uma educação racional e eficiente, capaz de reduzir os custos, o que implica na divisão de responsabilidades entre o Estado e a sociedade. O segundo, centrado na qualidade do ensino em função do diagnóstico apresentado pelo Banco acerca dos principais problemas da educação.
Tais problemas estão relacionados ao acesso e permanência dos alunos na escola, crescimento acelerado da demanda de educação secundária e superior, alfabetização de adultos e aprofundamento da distância entre países da OCDE (Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e da América Latina e Caribe.
Política neoliberal para a educação
 
	
	A concepção neoliberal que passou a orientar essa política educacional tratou a educação não mais como um direito do cidadão, mas sim como uma mercadoria. Não seria por outro motivo que, Paulo Renato Souza, um economista que foi ministro da educação nos dois governos de Fernando Henrique, tenha ocupado uma vice-presidência no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).    
	A educação ocupou um papel relevante na reforma do Estado brasileiro. Para tanto, o primeiro governo de Fernando Henrique (1995-1998) sofreu uma profunda reformulação, tomando como base o conceito de equidade social da forma que aparece nos estudos produzidos pelos Organismos Internacionais ligados à ONU e promotores da Conferência de Jomtien.
Descentralização do ensino ou da responsabilidade?
A “Conferência de Educação para Todos” (Março de 1990, em Jomtien) estabeleceu como orientação priorizar o ensino fundamental em detrimento dos demais níveis de ensino. Ainda, defendeu que a tarefa de assegurar a educação é de todos os setores da sociedade. De acordo com essa postura, o dever do Estado foi relativizado.
Aula 7: A política educacional dos anos 90
A teoria na prática
O eixo descentralização/racionalização tem, na municipalização do ensino e na criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), a principal articulação do governo federal para ampliar o atendimento ao ensino fundamental, sem aumentar os recursos destinados a esse nível de ensino. O governo federal repassa aos municípios, muitas vezes as unidades mais pobres da Federação, a responsabilidade com esse nível de ensino, como bem podemos observar no quadro a seguir:
Aula 7: A política educacional dos anos 90
A política educacional desse modelo de Estado Capitalista, implantado no Brasil de forma dominante a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso, tem na municipalização da educação e no FUNDEF os elementos fundamentais da atual política econômica. Com essa descentralização, o Estado repassa a responsabilidade do investimento na educação para outros setores da sociedade. Porém, a formulação e o controle da aplicação dessa política são altamente centralizados, o que não permitiu a participação da sociedade na sua elaboração. 
Na próxima aula, você vai estudar o processo de elaboração da atual LDBN – Lei 9394/96, palco de disputas de projetos, características, avanços, retrocessos e desafios. Não deixe de realizar os exercícios de autocorreção e de participar do fórum de discussão desta aula. Até l
SLIDES AULA 7
Aula 07 – A Política Educacional Brasileira nos Anos 90 - O Neoliberalismo e Suas Implicações na Educação no Cenário Internacional e Brasileiro.
A política educacional brasileira, dos anos 90, foi implementada através de um conjunto articulado de reformas, com orientação do Banco Mundial. 
A ideologia neoliberal apresentada como única via para enfrentar a crise nacional foi ganhando credibilidade gradativamente junto às elites brasileiras e tornou-se hegemônica a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso.
O Grupo Banco Mundial compreende:
O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) 
A Corporação Financeira Internacional (IFC)
O Organismo Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA)
A AssociaçãoInternacional de Desenvolvimento (IDA)
O Centro Internacional para Resolução de Disputas sobre Investimentos (ICSID)
O poder de decisão dos países no Banco Mundial e no FMI não se dá através do voto individual de cada país, mas sim, em função do capital depositado por cada um deles no Fundo. Sendo assim, desde a fundação até hoje existe uma divisão entre Europa e EUA, de modo que sempre o presidente do Banco Mundial é um americano e o do FMI indicado pela União Européia. 
O financiamento não é o único, nem o mais importante papel desempenhado pelo Banco no setor social, mas sim o caráter estratégico que vem desempenhando no processo de reestruturação neoliberal dos países dependentes.
A crise do endividamento, vivida pelos países da América Latina, a partir dos anos 80, possibilitou uma maior interferência do Banco na política interna desses países. 
Nessa perspectiva, o Banco Mundial, no final dos anos 80, formula um conjunto de reformas a serem aplicadas nos países endividados para atender às necessidades de expansão do capital internacional. 
Essas reformas ficaram conhecidas como “Consenso de Washington” e defendiam:
Equilíbrio orçamentário, mediante a redução dos gastos públicos;
Abertura comercial;
Liberalização financeira;
Desregulamentação dos mercados internos, e
Privatização das empresas e dos serviços públicos.
Embora esses países pudessem, num primeiro momento, enfrentar recessão e aumento da pobreza, só assim, afirmava o Banco, seria possível retomar num futuro próximo ao crescimento econômico, enfim, ao desenvolvimento sustentável. 
Após todos esses anos, os países periféricos, que sofreram o ajuste neoliberal imposto pelos Organismos Internacionais, aprofundaram cada vez mais sua crise de endividamento, sua dependência ao capital financeiro internacional, o que tem permitido a esses Organismos, total controle da organização interna desses países. 
A reestruturação dos países periféricos, embasadas pelas políticas do Banco Mundial e do FMI, resultou no fim do desenvolvimento autônomo e na forte desestabilização da estrutura interna desses países, que passaram a apresentar índices elevados de desemprego, miséria e violência. 
O sentido de política social focalizada na pobreza, expressa nos documentos do Banco Mundial, reflete uma concepção de atendimento mínimo para aqueles que não podem adquirir esses serviços no mercado. O que vai romper com o princípio da igualdade de direitos, luta histórica do movimento popular. 
Nesse sentido, a educação, como política social focalizada, tem lugar de destaque nas propostas do Banco Mundial para década de 90, na América Latina. A Reforma da Educação instituída para priorizar a educação inicial em detrimento dos demais níveis de ensino, é um bom exemplo do papel que desempenhamos nessa nova ordem mundial.
As condicionalidades impostas pelos Organismos Internacionais têm nos conduzido a um processo de recolonização, caracterizado pelo fim do desenvolvimento autônomo e dependência científica e tecnológica.
Educação para o Banco Mundial
A educação, na nova proposta do Banco, está vinculada ao mercado de trabalho segmentado. Se por um lado, ainda encontramos o mercado moderno, urbano, com empregos protegidos, por outro, encontramos o mercado tradicional, informal, sem proteção trabalhista, onde atua a maior parte da população economicamente ativa. Sendo assim, não há lugar para o desenvolvimento autônomo de todos os países nem para a inclusão de todos os indivíduos, é a isso que o Banco chama de equidade, na verdade, uma distribuição desigual.
Portanto, na ótica do Banco, como a maioria da população está inserida no mercado tradicional, não há motivo, nem necessidade para uma educação de longa duração e custos elevados. Por isso, o Estado deve priorizar o ensino fundamental, também segmentado, ou seja, um nível de ensino desvinculado do outro, para que a maior parte da população possa, o mais rápido possível, se dirigir ao mercado de trabalho tradicional e, portanto, não aspirar os empregos do setor moderno. 
As Reformas Educacionais indicadas pelo Banco Mundial apresentaram basicamente dois eixos:
Voltado para uma educação racional e eficiente, capaz de reduzir os custos, o que implica na divisão de responsabilidades entre o Estado e a sociedade.
É desse ponto de vista, que a defesa da descentralização deve ser entendida. Tanto a descentralização que induz à privatização do ensino, quanto à descentralização que promove a municipalização da educação primária como forma de tirar a responsabilidade do Estado com esse nível de ensino. 
Voltado para a qualidade do ensino em função do diagnóstico apresentado pelo Banco acerca dos principais problemas da educação. 
Para ele, na América Latina, os problemas estão relacionados ao acesso e permanência dos alunos na escola, crescimento acelerado da demanda de educação secundária e superior, alfabetização de adultos e aprofundamento da distância entre países da OCDE e da América Latina e Caribe.
No Brasil, o Banco Mundial ampliou sua atuação a partir da década de 80, com um maior volume de empréstimos, vinculados à interferência na elaboração dos projetos educacionais, como por exemplo, o Projeto EDURURAL, ou Nordeste I, desenvolvido entre 1980 e 1987. 
Porém, é na década de 90, com a incorporação das recomendações provenientes das Conferências Internacionais, de 1990 na Tailândia e 1993 em Nova Delhi, ao Plano Decenal Brasileiro para a Educação que vamos verificar, de fato, a importância que esse Organismo Internacional assume na política educacional brasileira.
A educação ocupou um papel relevante na reforma do Estado brasileiro. Para tanto, no primeiro governo de Fernando Henrique (1995-1998), sofreu uma profunda reformulação, tomando como base o conceito de equidade social da forma que aparece nos estudos produzidos pelos Organismos Internacionais ligados à ONU e promotores da Conferência de Jomtien. 
Podemos, ainda, identificar que a política educacional do modelo de Estado Capitalista, implantado no Brasil de forma dominante a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso, tem na municipalização da educação e no FUNDEF os elementos fundamentais da atual política econômica. 
Com essa descentralização, o Estado repassa a responsabilidade do investimento na educação para outros setores da sociedade. Porém, a formulação e o controle da aplicação dessa política são altamente centralizados, o que não permitiu a participação da sociedade na sua elaboração. 
AULA 8
Aula 8: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: elaboração, características, avanços e retrocessos
Nessa aula você vai estudar o processo de elaboração da atual LDBN 9394/96, no governo de Fernando Henrique, em um contexto de Reestruturação do Estado, no qual a educação exerceu um papel preponderante na política Nacional. No vídeo acima, você vê uma brincadeira que relaciona parte do cotidiano de sala de aula com a realidade brasileira, tudo regado a uma paródia de música.
Aula 8: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: elaboração, características, avanços e retrocessos
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBN 9394/96
	
	A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é considerada a lei maior da educação no país, e está subordinada à Constituição Federal e situa-se logo abaixo dela, definindo de uma maneira geral a nossa educação. Por ter um caráter abrangente, necessita de regulamentação, ou seja, de legislação específica para vários de seus dispositivos. Segundo Demerval Saviani , fixar as diretrizes da educação nacional:
	
	“(...) não é outra coisa senão estabelecer os parâmetros, os princípios, os rumos que se deve imprimir à educação no país. E ao se fazer isso estará sendo explicitada a concepção de homem, sociedade e educação através do enunciado, dos primeiros títulos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional relativos aos fins da educação, ao direito, ao dever, à liberdade de educar e ao sistema de educação bem como à sua normatização e gestão”.(Saviani, 1998, p.189)
Aula 8: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: elaboração, características, avanços e retrocessos
A Nova LDB – texto final
O texto final da atual LDB deve ser compreendido no processo de disputa de projeto político pelo qual passa o país no período final de seu longo trajeto na Câmara e no Senado. A vitória do projeto conservador, no final de 1994, liderado por Fernando Henrique Cardoso, significou para o país o avanço da política neoliberal, na qual o mercado se sobrepõe aos interesses da maioria da população. O resultado desse processo poderia ser assim enumerado (clique nas caixas para ver a descrição):
Redução
Fragmentação
Recursos
Descaracterização
REDUÇÃO
Redução do dever do Estado com a universalização da educação básica – ao responsabilizar o poder público somente pela oferta obrigatória e gratuita do ensino fundamental e ao diminuir o compromisso da União para com a educação pública através da transferência de encargos para as esferas administrativas de nível estadual e municipal, a nova LDB acaba rompendo com o conceito de obrigatoriedade da educação básica, consolidando o disposto na emenda constitucional n° 14, que diz caber à União uma ação meramente suplementar no financiamento da educação.
Fragmentação da concepção de Sistema Nacional de Educação – o que estabelece a nova LDB é uma mera justaposição dos poderes municipal, estadual e federal, tendo sido os respectivos conselhos descaracterizados e destituídos de autonomia política, de representatividade social e de responsabilidade de conduzir e acompanhar a implementação das políticas educacionais.
Recursos financeiros – alguns aspectos importantes que constam na nova LDB acerca do financiamento da Educação têm origem no projeto da Câmara de Deputados debatido exaustivamente com a sociedade. Sendo assim, vamos destacar em primeiro lugar, a fixação de prazos para o repasse dos valores do caixa da União, dos estados e dos municípios ao órgão responsável pela educação. Outro ponto positivo é a delimitação do que pode e do que não pode ser considerado como despesa de manutenção e desenvolvimento do ensino. Essa medida estava presente no projeto original, e sua permanência representou uma importante conquista para o controle dos recursos públicos pela sociedade. No entanto, a lei aprovada não garantiu que os recursos públicos fossem destinados apenas para a educação pública, o que significou, mais uma vez, a vitória do setor privado ao manter o financiamento público para esse setor.
Descaracterização do profissional da educação – ao não estabelecer um piso salarial profissional nacional, a nova lei descaracteriza a figura do professor, descrevendo-a a partir de suas responsabilidades, ou a partir de sua formação
da União e dos estados, conjugados à emenda constitucional de n°14 e a Lei 9.424/96 que criou o Fundo, expressam a política educacional do governo federal, que propõe ao país uma educação mínima com obrigatoriedade apenas para o ensino fundamental, abrindo o terreno para a ação da iniciativa privada nos outros níveis da educação nacional.
AULA 8 SLIDES
Contextualização Histórica
Elaborada por força da Constituição Federal de 1988.
Elaborada no período de redemocratização do país o que possibilitou um debate nacional.
O projeto da sociedade civil, vinha sendo construído numa discussão que já durava cerca de 8 anos. 
O então senador da república Darcy Ribeiro, elaborou um projeto substitutivo e deu entrada no Senado Federal.
Com o apoio dos parlamentares e do próprio executivo este projeto substitutivo é aprovado com pequenas emendas.
O projeto da sociedade civil é abandonado com a aprovação do substitutivo.
Características inovadoras:
Estabeleceu a educação como dever do Estado e da Família e como direito do cidadão.
Estabeleceu a tríplice finalidade do ensino:
 a) Pleno desenvolvimento do educando.
 b) Preparo para o exercício da cidadania.
 c) Qualificação para o trabalho.
Liberdade para ensinar e pesquisar com pluralismo de idéias e concepções pedagógicas.
Gratuidade do ensino público em todos os níveis, gratuidade e obrigatoriedade para o ensino fundamental, inclusive para os que não tiveram acesso na idade própria.
Gestão Democrática do ensino público garantida na participação da comunidade escolar na elaboração do PPP e dos conselhos escolares.
Instituição dos Sistemas Municipais de Ensino.
Determinações das incumbências e abrangências de cada ente federado(União, Estados e Municípios) e do regime de colaboração entre os mesmos.
Determinação das competências da escola e do professor.
Garantia de acesso e permanência pelos princípios da universalidade e igualdade.
Vinculação de percentuais de impostos para o financiamento da educação pública.
 a) 18% para União.
 b) 25% para Estados e Municípios.
Caracterização do que é considerado gasto e o que não é considerado gasto com educação.
Reconhecimento da educação infantil como primeira etapa da Educação Básica.
Estabelecimento da política de inclusão nas escolas regulares para os alunos com necessidades especiais.
Educação profissional com oferta integrada e articulada com o ensino regular.
Garantia de escolas indígenas com ensino bilíngüe, respeitando a língua materna.
Reconhecimento do ensino à distância nos níveis fundamental, médio, profissionalizante e superior como forma de universalização e democratização do ensino.
Educação profissional com oferta integrada e articulada com o ensino regular.
Garantia de escolas indígenas com ensino bilíngüe, respeitando a língua materna.
Reconhecimento do ensino à distância nos níveis fundamental, médio, profissionalizante e superior como forma de universalização e democratização do ensino.
Ingresso no magistério público somente mediante a concurso; direito a aperfeiçoamento profissional e plano de carreira.
Organização da Educação Básica na LDBEN 9394/96.
Modalidades de Ensino:
Educação de Jovens e Adultos.
Ensino Profissionalizante.
Educação Indígena.
Educação para alunos com necessidades especiais.
Educação à Distância.
Organização da Educação Básica:
Organização em séries anuais,períodos semestrais, ciclos e grupos não seriados.
Classificação e Reclassificação de alunos, tendo como base as normas curriculares gerais.
Calendário Escolar adequado as peculiaridades locais, sem redução da carga horária mínima.
Carga horária mínima anual de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias letivos de efetivo trabalho escolar.
Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Possibilidade de aceleração de estudos.
Obrigatoriedade de estudos de recuperação.
Na educação infantil não há obrigatoriedade de carga horária mínima nem dias letivos, e a avaliação não tem objetivo de retenção e promoção mesmo para o ensino fundamental.
O currículo do ensino fundamental e médio devem ter uma base comum nacional a ser complementada por uma parte diversificada.
O ensino da Arte e da Educação física constituirão componentes curriculares obrigatórios.
O ensino religioso é de matrícula facultativa.
Na parte diversificada, a partir do 6º ano de escolaridade, será incluído obrigatoriamente o ensino de uma língua estrangeira moderna. 
Obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no ensino fundamental e médio. 
AULA 9
Aula 9: A nova Lei de diretrizes e bases da educação (LDB) e o plano nacional de educação
 vídeo acima nos leva a fazer um questionamento: qual o melhor formato a ser escolhido para a educação? No Brasil, a educação, sobretudo a de escolas públicas, ainda é precária. Os professores são mal pagos, os alunos têm dificuldade de aprender e o sistema educacional é deficiente. O governo, na tentativa de minimizar a precariedade desse cenário, cria medidas de fomento a iniciativas públicas e privadas que visam dar subsídios para melhorar a qualidade de ensino nopaís. Nesta aula, vamos ver o que foi a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e como desta surgiu o Plano Nacional de Educação (PNE).
A nova lei de diretrizes e bases da educação
DA PREVENÇÃO, DOS PRODUTOS E DOS SERVIÇOS
ART.53ª59
ART 60 A 69
O Plano Nacional de Educação (PNE)
O embate que resultou na criação do PNE
	“O Plano Nacional de Educação (PNE), criado pelo MEC, traça as diretrizes e metas para a Educação Brasileira, que devem ser cumpridas até o final desta década.”
 
	
	A demora do Governo Federal para elaborar uma proposta de plano não fez com que a sociedade ficasse parada. Liderada pelo Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, a sociedade organizada formulou e aprovou, no 1º e no 2º Congresso Nacional de Educação (Coned), uma proposta de PNE da sociedade brasileira.A proposta de plano que surgiu dessa mobilização foi apresentada ao Congresso Nacional antes da do governo pelo deputado Ivan Valente, que reuniu assinaturas de “mais de setenta parlamentares e de todos os líderes dos partidos de oposição” (Valente: 2002 97)
Entenda as diferenças entre o PNE defendido pela sociedade brasileira e o PNE aprovado
SLIDES AULA 9
Aula 09 – Plano Nacional de Educação e Plano de Desenvolvimento da Educação
Plano Nacional de Educação – PNE
O Plano Nacional de Educação, votado e aprovado pelo Congresso Nacional, foi sancionado com nove vetos, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 09 de janeiro de 2001, transformando-se na Lei n° 10.172/01.
Coube a essa lei definir as metas a serem atingidas pela educação no país na década que começa com a sua aprovação, bem como os meios para que estas se realizem.Foram definidas 294 metas.
A demora do governo federal na elaboração de uma proposta de Plano, não imobilizou a sociedade organizada, que liderada pelo Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, formulou e aprovou uma proposta de PNE da sociedade brasileira.
A proposta de Plano oriunda dessa ampla mobilização da sociedade foi apresentada ao Congresso Nacional, antes da proposta do governo, pelo deputado Ivan Valente que reuniu assinaturas de mais de setenta parlamentares e de todos os líderes dos partidos de oposição. Surgiu então, no dia 10 de fevereiro de 1998, o Projeto de Lei n° 4.155/98. 
Curiosamente, um dia após a apresentação do Projeto da sociedade brasileira, o governo federal se viu obrigado a:
“desengavetar o seu projeto, apresentando-o ao parlamento (Projeto de Lei n° 4.173/98). Tal cronologia conferiu à tramitação do PNE uma situação inusitada: o projeto de FHC foi anexado ao da sociedade na discussão e deliberação da matéria no Congresso” (Valente: 2002, 97). 
O relator do projeto da sociedade brasileira, o deputado Nelson Marchezan (também do PSDB, e que pertenceu a ARENA no período da ditadura militar), utilizou a mesma tática, que os governistas já haviam utilizado na LDB, “a de apresentar um substitutivo que em sua estrutura e princípios gerais, pautou-se no PL n° 4173/98” (Pinto: 2002, 120). 
A mobilização popular e os debates na Câmara, promovidos pela Comissão de Educação, contribuíram para que o texto final do relator apresentasse alguns avanços, em especial, no que se refere ao financiamento da educação. Esses avanços não se concretizaram em função dos vetos do presidente ao projeto aprovado na Câmara dos Deputados. 
 As diferenças encontradas entre os dois projetos colocam em oposição duas propostas opostas de política educacional, assim como dois projetos de país. O projeto da sociedade defendia o fortalecimento da escola pública estatal e democratização da gestão educacional, como forma de universalizar a educação básica e ampliar o atendimento ao ensino superior. Isso implicaria, dentre outras medidas, em ampliar os recursos empregados na manutenção e desenvolvimento do ensino público, o que significaria passar de 4% para 10% do PIB, ao fim de dez anos do PNE.
O PNE aprovado, além de definir as metas e os objetivos da educação brasileira para a próxima década, determinou que estados e municípios, com base no Plano Nacional, elaborassem seus respectivos Planos. 
A discussão dos Planos Estaduais e Municipais de Educação poderia contribuir para a mobilização e o debate educacional descentralizado e criar um novo espaço de aprendizado de processos de planejamento coletivo, especialmente naqueles estados e municípios que têm exercido pouco esta prática.
O ciclo de debates sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) abordou todos os níveis da educação básica e as modalidades especial, do campo e de jovens e adultos.Mesmo que o país tenha democratizado o acesso à educação, é preciso considerar que a educação nunca foi de qualidade para todos e é neste ponto que residem as razões da evasão e da repetência. 
De acordo com o Censo Escolar mostra que, em média, 40% dos alunos que ingressam na primeira série do ensino fundamental não passam para a segunda série e que, nas regiões Norte e Nordeste, esse índice sobe para 65% a 70%. 
Quando trata do recorte racial, também mostra a desigualdade na escolaridade entre a população branca e negra. Os brancos têm, em média, 8,4 anos de estudo e os negros e pardos, 6,2 anos. 
Elevação global do nível de escolaridade da população;
Melhoria da qualidade de ensino em todos os níveis;
Redução da desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à permanência com sucesso na escola pública;
Democratização da gestão do ensino público nos estabelecimentos oficiais.
O PNE está orientado por três eixos:
A Educação como direito.
A Educação como motor do desenvolvimento econômico e social.
A Educação como meio de combater a pobreza e a miséria, revertendo o quadro de exclusão social.
As prioridades no PNE:
Garantia de ensino fundamental obrigatório de 8 anos a todas as crianças de 7 aos 14 anos:acesso, permanência e conclusão desse ensino.
Garantia de ensino fundamental a todos que não tiveram acesso na idade própria ou que não concluíram.
Ampliação do atendimento nos demais níveis de ensino.
Valorização dos profissionais da educação.
Desenvolvimento de sistemas de informações e de avaliação em todos os níveis de ensino. 
Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE:
O Plano de desenvolvimento da Educação refere-se a todos os segmentos do ensino, mas tem um foco prioritário na Educação Básica. As medidas devem ser implementadas conjuntamente pela União, estados e municípios e visam solucionar os problemas que afetam o rendimento, a frequência e a permanência do aluno na escola. 
O PDE foi uma iniciativa governamental e teve como eixo norteador o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que serviu como parâmetro para avaliar a situação de cada município brasileiro, a partir dos resultados obtidos na Avaliação Nacional da Educação Básica, na Prova Brasil e no Censo Escolar.
A elaboração do plano contou com a participação de ex-ministros da Educação, além de docentes e pesquisadores de diferentes áreas convidados a contribuir para sua construção. Após sua elaboração, o plano foi apresentado à sociedade através de um Congresso acadêmico, pelo ministro da Educação, em 2007.
AULA 10
Aula 10: Financiamento da Educação e suas vertentes – Emenda constitucional nº 14, FUNDEF, FUNDEB
Esta é a última aula dessa disciplina. Agora que você já possui um conhecimento das políticas educacionais brasileira dos últimos anos, precisa compreender como elas se concretizaram. Para isso, nada melhor que buscar este entendimento na composição, distribuição e fiscalização das verbas alocadas na educação. Também é necessário estudar a política de fundos, a nível estadual, utilizada desde 1998, com a implantação do FUNDEF e, posteriormente, do FUNDEB, que mascarou a questão fundamental discutida por estudiosos do financiamento, que apontam a necessidade de ampliar as verbas destinadas à educação, para que o Brasil possa superar os problemas educacionais que se arrastam ao longo da nossa história.
“Sociedade dos PoetasMortos” (Dead Poets Society). Este é o nome do filme no qual um professor de literatura é contratado para dar aula em um colégio conservador. Sua proposta é revolucionar o método de ensino, fazendo os alunos aprenderem a pensar por si mesmos. No Brasil, infelizmente, nosso sistema de ensino ainda encontra entraves no que concerne à tentativa de mudar as atuais regras que regem a educação. Veja a cena ao lado e pense se sua sua posição é passiva ou ativa diante do quadro educacional brasileiro atual.
AULA 10 SLIDES
Aula 10 – Financiamento da Educação
Educação como investimento:
Benefícios para o Poder Público:
correlação entre escolaridade da população e desenvolvimento
atração de investimentos
dinamização do consumo
Benefícios para o cidadão
melhoria da qualidade de vida
maior acesso a empregos qualificados
ascensão sócio-econômica
Meios para assegurar o direito: Vinculação constitucional:
Art. 212. A União aplicará,anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências na manutenção e desenvolvimento do ensino.(*)
(*) Regulamento nos arts. 70 e 71 da LDB 9394/96
Primeira subvinculação: 
FUNDEB
Art. 60, I - cria, no âmbito de cada estado e do Distrito Federal, um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização do Magistério, de natureza contábil (FUNDEB).(*)
(*) Regulamentado pela Lei Federal 11.494/2007 de 20 de junho de 2007.
Composição do FUNDEB
20% de:
ITCM
ICMS
ISS
IPVA
IPTR
FPE
FPM
IPI
b) Recursos da União: complementação aos fundos que não atingirem o valor mínimo anual por aluno
Características do FUNDEB:
Âmbito de cada estado
Contas específicas e automaticidade dos repasses
Conselho de Acompanhamento e Controle Social
Programação orçamentária específica
Eqüidade
No âmbito de cada estado, investimento mínimo igual por aluno, independente de ser escola de rede estadual ou municipal
FUNDEB – Mecanismo redistributivo (I)
Valor mínimo anual por aluno.
Fixado nacionalmente por Decreto do Executivo Federal. Em 2007:
Creche-751,05
Pré escolar-851,66
Séries iniciais E.F(urbano)-946,29
Séries iniciais E.F(rural)-993,61
Séries Finais E.F(urbano)-1040,92
Séries Finais E.F(rural)-1088,24
Ens. Fund.(integral)-1182,86
Ens. Médio(urbano)-1135,55
Ens. Médio(rural)-1182,86
Ens.Médio(Int.e/ou +prof.)-2209,80
Educ. Especial-2039,82
Educ. Indígena-2039,82
EJA-1189,89
FUNDEB – Mecanismo redistributivo (II)
Valor mínimo anual por aluno é diferenciado:
Valor anual estimado por aluno para o FUNDEB no âmbito dos estados:
Segundo o número de matrículas apurado pelo censo escolar do ano anterior:
E.F e E.E= totalidade das matrículas.
E.I; E.M e EJA= 1/3 das matrículas em 2007,
2/3 em 2008 e a totalidade à partir de 2009.
Segunda subvinculação: 60 % dos recursos do FUNDEB:
Pagamentos dos professores/profissionais do magistério, inclusive encargos patronais.
Retorno do FUNDEB para Estado/ Municípios – Lei 11.494/2007:
Outros Recursos (I) Salário-educação
Marco legal: CF – art.212,§5°, Lei 11.494/2007.
Fonte adicional de financiamento da educação básica pública.
Alíquota: 2,5% sobre o total de remuneração pagas ou creditadas, a empregados
Outros Recursos (II) Salário-educação (continuação):
Cota federal: 1/3 do montante total dos recursos, aplicado em:
Universalização da educação básica.
Redução dos desníveis sócio-econômicos
Cota estadual: 2/3 do montante total de recursos, dos quais no mínimo 50% devem ser redistribuídos entre estado e municípios, proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica
Linhas de financiamento do FNDE(cota – federal do Salário – Educação):
Principais projetos/Atividades
Merenda -PNAE
Livro Didático-PNLD
Saúde Escolar-PNSE
Prod.Progr.Mat. Educativos
Veículos Escolares- PNTE
PROINFO
FUNDESCOLA
TV Escola
Combate ao analfabetismo.
Educação Especial.

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