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Aula 09 Noções de Administração p/ (Com videoaulas) Professor: Carlos Xavier Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 137 AULA 09: Gestão por competências. Conteúdo 1. Palavras Iniciais. ........................................................................................................................................ 2 2. Visão geral sobre competências e sua gestão. ........................................................................................... 3 2.1. Da noção de competência à gestão por competências. ........................................................................ 20 2.2. Mapeamento e descrição de competências. ......................................................................................... 24 2.3. Principais instrumentos para suprir a lacuna de competências. ........................................................... 28 3. Questões comentadas ............................................................................................................................... 31 4. Lista de questões ...................................................................................................................................... 99 5. Gabarito ................................................................................................................................................. 135 6. Bibliografia Principal ............................................................................................................................ 136 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 137 1. Palavras Iniciais. Oi meus amigos! Hoje estudaremos a gestão por competências, tema importante demais e cada vez mais cobrado em provas! Bons estudos! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier Periscope: @ProfCarlosXavier Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 137 2. Visão geral sobre competências e sua gestão. Para entender a gestão por competências, em primeiro lugar, você precisa entender que este assunto ainda é alvo de uma ampla discussão acadêmica, possuindo definições diferentes (e as vezes divergentes), de acordo com cada autor que discute o assunto. Assim, para evitar surpresas, a ideia é que esta aula traga para vocês vários conceitos, todos passíveis de serem cobrados em prova. Além disto, você deve manter a mente aberta para o uso de palavras, expressões e perspectivas diferentes na hora da prova, buscando associar aos conceitos apresentados nesta aula. Tenha em mente ainda que os conhecimentos que serão abordados aqui são aplicáveis ao setor público, que pode gerir as pessoas por competências!Isto dito, vamos começar pelas primeiras discussões sobre competências: Em 1973 o debate sobre competências na organização foi iniciado por McClelland, que diferenciou competências de aptidões, habilidades e conhecimentos. Naquele contexto as aptidões eram tidas como os talentos naturais que uma pessoa possui; as habilidades seriam uma demonstração do talento na prática; os conhecimentos eram aquilo que a pessoa precisava saber para que pudesse exercer bem determinada tarefa no seu trabalho. Com base nesta perspectiva inicial é que se desenvolveu o conceito mais frequente de competências. O conceito de competências e gestão por competências passou a ser amplamente utilizado, sendo aprofundado desde a década de 1990, mas continua em plena evolução até hoje. Hoje, é comum que se estabeleça que competências são o somatório dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos indivíduos que fazem com que eles possuam uma performance elevada no desempenho de seu trabalho. Perceba que este conceito trata de competências são individuais, e não organizacionais! 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 137 Assim, pode-se dizer que competências individuais = CHA: x (C) Conhecimentos; x (H) Habilidades; x (A) Atitudes. E o que significa cada um desses pontos? Vamos ver: x Conhecimentos: constituem o saber de um profissional. Representam o que a pessoa precisa saber para realizar uma determinada tarefa. São informações adquiridas por meio da educação, treinamento e desenvolvimento profissional e da experiência de cada um. Por exemplo, um mecânico de Habilidades Atitudes Conhecimentos Competência 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 137 automóveis precisa saber como funcionam os sistemas mecânicos para que possa trabalhar no reparo de um carro! x Habilidades: representam o saber-fazer (know-how) do profissional. Trata-se da capacidade que o profissional tem de utilizar o conhecimento que possui e as ferramentas e equipamentos que dispõe na realização de suas tarefas. Muitas vezes é possível comprová-las por meio de provas de proficiência, certificados, etc.. As habilidades são adquiridas por meio de cursos técnicos, leitura, estudos e pela prática do trabalho. Por exemplo: ao mecânico de automóveis mencionado no ponto anterior não basta ter os conhecimentos sobre o funcionamento dos componentes do automóvel, sendo preciso também que ele saiba como operar as máquinas e ferramentas utilizadas na prática. A habilidade do mecânico será comprovada se ele souber consertar o automóvel quebrado! Trata-se do saber-fazer, ou know-how! x Atitudes: é o querer-fazer do indivíduo (chamado por alguns autores de "saber ser")! As atitudes são as ações dos indivíduos em determinadas situações, em relação ao trabalho, as pessoas, etc. No exemplo do mecânico de automóveis, não adianta nada ele ter o conhecimento sobre mecânica e saber utilizar esse conhecimento para consertar os automóveis, se ele não tiver a atitude de trabalhar utilizando seus conhecimentos e habilidades. Um mecânico com ótimo conhecimento pode simplesmente não gostar de trabalhar, ILFDQGR�DSHQDV�³HQURODQGR´�QR�WUDEDOKR��(VWD�VHULD�XPD�DWLWXGH� negativa e que não agregaria valor ao cliente. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 137 Além dos CHAs, as características pessoais dos indivíduos também geram um importante impacto sobre diferentes tipos de competências no seu trabalho.Geralmente essas características podem ser classificadas em quatro: 1. A execução da tarefa em si: trata-se das características que estão ligadas as aptidões necessárias para as tarefas que serão executadas no cargo. Inclui competências como: atenção concentrada (foco em detalhes), atenção dispersa (visão ampla das coisas), aptidão numérica, verbal, espacial, etc. 2. Interdependência com outras tarefas: trata-se de características ou aptidões relacionadas com a execução de outras tarefas, além das que serão executadas. Inclui competências como atenção dispersa e abrangente, facilidade de coordenação, resistência aos conflitos, etc. 3. Interdependência com outras pessoas: são os aspectos que se relacionam com a necessidade de realizar contatos com outras pessoas. Inclui competências como: capacidade de colaboração e cooperação, liderança, capacidade de comunicação, etc. 4. Interdependência com a própria organização: são as características que devem ser observadas para serem compatíveis com os (1) objetivos da própria organização onde se irá trabalhar ou (2) de sua unidade de negócio ou mesmo departamento. Trata-se, neste caso, de uma comparação entre as competências exigidas pela organização e as competências disponíveis no indivíduo. No começo, a discussão acadêmica estava centrada sobre a própria noção de competências. Depois, passou a tratar da gestão de competências, 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 137 uma forma de gerenciar as competências existentes nos funcionários da organização, por meio de instrumentos de gestão de pessoas. Com o tempo, o conceito evoluiu e muitos autores passaram a falar de gestão por competências, como uma forma de gerenciar as organizações, seus processos e estratégias com base nas competências necessárias (na organização e suas pessoas). Assim, percebe-se que realizar a gestão por competências de forma estratégica está ligado a conseguir agregar, desenvolver e aplicar da melhor maneira as competências na organização, permitindo que ela possa agregar valor para o cliente! Para isso, o uso dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos indivíduos na organização é fundamental! Essa perspectiva passa a considerar que não basta a existência dos C.H.A., mas é preciso também um novo ponto para as competências: a entrega de resultados estratégicos! Sob esta perspectiva, deve-se pensar que as competências representam, no dia a dia, a capacidade de atingir os resultados desejados, com a menor utilização de recursos possíveis, seja de tempo, finanças, materiais, pessoal, etc.. Assim, um profissional com competência (ou competente) seria aquele que consegue atingir o resultado conforme esperado usando a menor quantidade de recursos possível. Este seria um profissional eficiente e eficaz ao mesmo tempo! Uma vez que trabalha com foco nos resultados e no longo prazo, é notável ainda que a gestão por competências trabalha alinhando as competências da organização e seus membros às necessidades derivadas da própria estratégia organizacional. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 137 - Mas Carlos, sempre ouvi falar que gestão de/por competências = CHA. Pelo que estou vendo, não é só isso... - Resposta: Exatamente! Se fosse, seria muito bom! Na verdade, como disse ao iniciar a aula, não existe uma única definição de gestão por competências que sirva para todos os casos. Infelizmente as bancas podem cobrar qualquer coisa, vinda de centenas de autores sobre o assunto! Elas até mudam de opinião sobre o tema! - Carlos, e como eu faço então? - Mantenha a cabeça aberta!!! Ao longo da aula veremos outras definições de competências, entre outros assuntos associados. Neste sentido, veja, por exemplo, a definição de competências apresentada por Fleury (2002), em uma obra que muitas bancas costumam cobrar: Definimos, assim, competência: um saber agir responsável e reconhecido que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agregue valor econômico à organização e valor social ao indivíduo. Veja, na definição de Fleury (2002) apresentada acima, que ela vai muito além de definir competências como a simples soma de conhecimentos, 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 137 habilidades e atitudes. Para ela, as competências precisam ser responsáveis e reconhecidas, ou seja, devem ser propositalmente utilizadas e devem ser percebidas pelas outras pessoas e pela organização. Além disso, elas devem agregar valor tanto para a organização quanto para os indivíduos possuidores das competências. Esta visão integra a competência do individuo e da organização, consideradas ao mesmo tempo. Por isso, se a banca disser que existem competências não reconhecidas e que não agregam valor diretamente, seja para o indivíduo, seja para a organização, você já sabe que a fundamentação mais provável seria a que estamos discutindo agora. Assim, isto estaria errado! Uma vez apresentados os conceitos das competências individuais (muitíssimo cobrados em concurso), já começamos uma expansão que vai muito além delas... RUAS et al (apud Medeiros, 2006), propôs os seguintes conceitos gerais: x Competências organizacionais: são as competências coletivas, que aparecem sob a forma de processos de produção e/ou atendimento, nos quais estão incorporados conhecimentos tácitos e explícitos, sistemas e procedimentos de trabalho, entre outros elementos menos visíveis como princípios, valores e culturas dominantes na organização. Estas competências estariam presentes em todas as áreas da organização, em formas e intensidades diferente; x Competências organizacionais básicas: são as competências coletivas que se desdobram em todo o espaço organizacional e que contribuem decisivamente para a sobrevivência da organização, porém, não para a sua diferenciação; 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 137 x Competências organizacionais seletivas: são competências coletivas que geram diferenciação. Este conceito segue o mesmo princípio de core competence. No fundo, observando o que diz o referido autor, percebe-se EDVLFDPHQWH� TXH� HOH� Gi� R� QRPH� GH� ³FRPSHWrQFLDV� RUJDQL]DFLRQDLV´� SDUD� aquelas que são da coletividade da organização, dividindo-as em básicas (que são as que servem de base/suporte na organização) e seletivas (que são as que geram a diferenciação da organização no mercado ± de forma similar às core competences, que veremos logo à seguir. Chiavenato (2007), por sua vez, IDOD�HP�XPD�YHUGDGHLUD�³FDVFDta de FRPSHWrQFLDV´�QHFHVViULDV�SDUD�TXH�DV�RUJDQL]Do}HV�SRVVDP�FULDU�YDORU�SDUD�D� organização. Para ele, essa cascata se organiza da seguinte forma: Fonte: Chiavenato (2007) Competências Essenciais (core competences) Competências funcionais (competências de cada área de atividade) Competências gerenciais(Competências de cada executivo) Competências individuais (Competências de cada pessoa) 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 137 1HVVD� ³FDVFDWD´�� as competências superiores precisam das competências inferiores para se sustentar. As competências mais abaixo são WLGDV�FRPR�EDVH�GD�³FDVFDWD´� Vamos então entender o que seriam cada uma dessas competências. O primeiro deles é o conceito de core competence, de Prahalad e Hamel, geralmente traduzido para o português como competências essenciais. Sobre elas, Boas e Andrade (2009), esclarecem que: (...) as competências organizacionais compõem um conjunto de recursos na forma de conhecimentos, habilidades, tecnologias, sistemas físicos, gerenciais e valores que a organização possui. Esse conjunto possibilita que a organização tenha a capacidade de combinar, misturar e integrar recursos, produtos e serviços, de maneira a se colocar de forma competitiva no mercado (...) Essas competências seriam parte da essência da organização, de sua alma, criando vantagens competitivas e agregando valor para o cliente. Elas seriam facilmente perceptíveis pelos consumidores dos produtos e serviços da organização através do valor provido pelos seus produtos e serviços, sendo difíceis de ser imitadas pela concorrência. Elas derivam da integração das competências que se situam ³KLHUDUTXLFDPHQWH´� DEDL[R� GHODV�� QD� FDVFDWD� GH� FRPSHWrQFLDV�� UHVXOWDQGR� GH� suas sinergias e de uma perspectiva sistêmica das mesmas. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 137 Chiavenato (2007) destaca que as competências essenciais apresentam quatro características básicas: 1. Propiciam uma forte vantagem competitiva para o negócio da empresa. 2. São indispensáveis para o sucesso da empresa. Constituem os fatores críticos do sucesso empresarial. Um fator crítico é aquele sem o qual o sucesso não acontece. 3. São singulares, específicas e próprias da empresa. Definem aquilo que a empresa sabe fazer melhor do que as outras. Em outras palavras, caracterizam a empresa. 4. São de difícil imitação pelas demais empresas. Sua complexidade decorre do fato de que são criadas, desenvolvidas, integradas e articuladas de uma maneira que dificilmente as outras empresas podem copiar e imitar. O seu arranjo também é singular e próprio de cada empresa. Além dessas características básicas, Fleury (2002) lembra que as competências essenciais possuem três características marcantes sobre a competitividade organizacional: 1ª) valor percebido pelo cliente; 2ª) diferenciação entre concorrentes; 3ª) capacidade de expansão para a empresa. Em outras palavras, as competências essenciais permitem a oferta de valor para o cliente. São elas que possibilitam que a organização se diferencie dos concorrentes justamente por meio do valor provido. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 137 Além disso, elas permitem que a organização possa aproveitar novas oportunidades de expansão, já que se constituem uma força competitiva relevante. Com isso em mente, vamos entender o que são as competências funcionais. Elas são as competências específicas de cada área da organização, servindo como base para o surgimento das competências essenciais. As competências funcionais possibilitam que as partes da organização (departamentos, diretorias, etc.) possam desempenhar suas funções especializadas, pois congregam o que é necessário para possibilitar esta especialização. As competências gerenciais, por sua vez, relacionam-se ao trabalho gerencial dos executivos. Trata-se das competências que ele deve possuir para atuar como gestor de pessoas. Uma classificação apresentada (da Training House) por Chiavenato (2007) propõe que as competências gerenciais podem ser agruparas da seguinte forma: x Competências relacionadas com as pessoas o Comunicações: ouvir e dar ideias; dar informações claras; obter informações imparciais. o Supervisão: treinamento, orientação e delegação; avaliação de pessoal e desempenho; disciplina e aconselhamento. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 137 x Competências relacionadas com o trabalho: o Administração: administração do tempo e priorização; estabelecimento de meta e padrões; planejamento e programação de trabalhos. o Raciocínio: identificação e solução de problemas; tomada de decisões e pesar riscos; pensar clara e analiticamente. As competências individuais, por fim, são aquelas que as pessoas devem ter para que possam atuar com sucesso na organização. Você pode associá-las aos conhecimentos, habilidades e atitudes que vimos no inicio da aula e aos resultados obtidos por meio de sua aplicação na prática profissional. Sobre as competências individuais, Boas e Andrade (2009), esclarecem que elas podem ser divididas em categorias distintas dos CHA que já foram explicados. Eles afirmam que, para Resende (2000), existem as seguintes competências: x Competências técnicas: de domínio de alguns especialistas (p. ex.,: saber dirigir carretas); x Competências intelectuais: relacionadas com a aplicação de aptidões mentais (p. ex., ter presença de espírito e discernimento); x Competências relacionais: envolvem habilidades práticas de relações e interações (p. ex., saber relacionar-se em diversos níveis); x Competências sociais e políticas: envolvem relações e participações na sociedade (p. ex., saber exercer influência em grupos sociais); 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 137 x Competências didático-pedagógicas: voltadas para a educação e o ensino em vários níveis (p. ex., saber educar e treinar obtendo resultados positivos); x Competências metodológicas: habilidade na aplicação de técnicas e meios de organizar atividades e trabalhos (p. ex., saber definir roteiros e fluxos de serviços); x Competências de liderança: reúnem habilidades pessoais e conhecimentos de técnicas de influenciar e conduzir pessoas na vida pessoal e profissional (p. ex., saber organizar e conduzir grupos comunitários). É preciso ter em mente ainda que, segundo Dalton e Thompson (1993, apud Dutra, 2008), o desenvolvimento dos profissionais, sob a gestão por competências, passa por diferentes etapas, ligadas ao nível de complexidade de atuação do indivíduo: 1) aprendiz (quando se desenvolvem atividades estruturadas, podendo inovar apenas dentro de limites preestabelecidos); 2) profissional independente (quando se atua de forma independente, entregando resultados independentemente de uma supervisão específica para isso); 3) mentor e integrador (quando o profissional lidera grupos e é responsável por desenvolver outras pessoas, orientando técnica e administrativamente e assumindo a supervisãoformal de grupos e projetos); 4) diretor ou estrategista (quando o profissional passa a ser responsável pela direção estratégica da organização, podendo representá-la em todos os níveis internos e perante pessoas e instituições externas). Tendo encerrado a visão sobre competências individuais, gerenciais, funcionais e organizacionais, outra perspectiva considera que as competências 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 137 podem ser de quatro tipos, conforme apresentadas por Boas e Andrade (2009): x Diferenciais: consideradas estratégicas, pois estabelecem a vantagem competitiva da empresa. São identificadas no estabelecimento da missão empresarial e descritas de forma genérica. São constituídas por um conjunto de capacitações que auxiliam a empresa a alcançar seus resultados e fazer o diferencial no mercado. x Essenciais: são aquelas identificadas e definidas como as mais importantes para o sucesso do negócio e devem ser percebidas pelos clientes. x Básicas: as necessárias para manter a organização funcionando. São percebidas no ambiente interno; estimulam e alicerçam o clima de produtividade. x Terceirizáveis: as que não estão ligadas à atividade- fim da organização e que podem ser repassadas a fontes externas com maior competência e valor agregado. Fleury (2004, apud Mills, 2002), por sua vez, fala em diferentes tipos de competências, conforme apresentado no quadro a seguir: Competências essenciais Competências e atividades mais elevadas, no nível corporativo, que são chave para a sobrevivência da empresa e centrais para sua estratégia. Competências distintivas Competências e atividades que os clientes reconhecem como diferenciadoras de seus concorrentes e que provêm vantagens competitivas. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 137 Competências organizacionais ou das unidades de negócio. Competências e atividades-chave, esperadas de cada unidade de negócios da empresa. Competências de suporte. Atividade que é valiosa para apoiar um leque de competências. Capacidades dinâmicas. Capacidade de uma empresa de adaptar suas competências pelo tempo. É diretamente relacionada aos recursos importantes para a mudança. Fonte: Fleury (2004, apud Mills, 2002) É possível falar também em tipos de competências necessárias em função de sua relevância para a organização ao longo do tempo. Sob este critério, elas podem ser classificadas em emergentes, declinantes, estáveis e transitórias: x Competências emergentes seriam aquelas que estão emergindo e se tornando mais importantes para a organização, havendo uma tendência de ampliação desta importância. x Competências declinantes estariam em uma tendência oposta as emergentes: elas se tornam cada vez menos relevantes. x Competências estáveis são aquelas cuja importância para a organização é relativamente estável; x Competências transitórias são aquelas que só são importantes em algum momento específico, como na resolução de uma crise, por exemplo. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 137 Carvalho, Nascimento e Serafim (2012), por sua vez, falam em competências conceituais, técnicas e interpessoais. Para eles: x Conceituais - envolvem conhecimentos, domínio de julgamentos e caracterizações que dão sustentação aos aspectos de habilidades técnicas, humanas, gerenciais e a atitudes, bem como a responsabilidades e experiências no que se refere à maneira de realizar algo. x Técnicas - compreendem o domínio de sistemas, métodos, técnicas e de processos específicos para determinada área de trabalho. x Interpessoais - consideram os aspectos que incluem relacionamento, comunicação e interação entre as pessoas, atentando para as atitudes e valores pessoais de forma eficaz. Neste sentido, os profissionais da cúpula organizacional necessitam de mais competências conceituais do que os outros, para compreender a realidade da organização como um todo. Profissionais da gerência em geral e que trabalham intensivamente em equipe necessitam ter bem desenvolvidas suas competências interpessoais, enquanto os profissionais da área operacional utilizam mais intensamente as suas habilidades técnicas. Além destas visões de competência, reproduzo a seguir uma série de definições mostrada por Boas e Andrade (2009) sobre o assunto. Tenha sempre em mente que esta lista é apenas um exemplo, para que você possa aprender, mantendo sua mente aberta para este assunto! Vamos vê-la: 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 137 Autor Conceitos Vasconcelos e Pagnonceli (2001) Qualidade e/ou habilidade marcante que, efetivamente, cria benefícios, conquistando e fidelizando o cliente. Ruas (2001) Conjunto de habilidades, tecnologias, culturas e valores, percebido pelos clientes e pelo acionista, e que faz a diferença em relação à sociedade. Materializa-se num conjunto peculiar de know-how, o qual é atemporal, duradouro, porém dinâmico e que constitui fonte para vantagem competitiva (mais do que ser vantagem competitiva), servindo de base para a capacidade de expansão da empresa. Goddard (1997) Conjunto de características que marcam o sistema de crenças (valores), o estilo de comportamento e o desenho estrutural da empresa. Ullrich (2000) Aprendizado coletivo na organização, especialmente no que diz respeito a como coordenar as diversas habilidades de produção e integrar as múltiplas correntes da tecnologia. Lei et al. (2001) Conjunto central de insights de definição e de solução de problemas que possibilitará à empresa criar alternativas de crescimento estratégico potencialmente idiossincráticas e para lidar, ao menos parcialmente, com seu ambiente. Tampoe (1994) Subsistema técnico ou de gerenciamento que integra diversas tecnologias, processos, recursos e conhecimentos para gerar produtos e serviços sustentáveis, vantagem competitiva única e valor agregado para uma organização. Fonte: Adaptado de Boas e Andrade (2009) 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 137 2.1. Da noção de competência à gestão por competências. Com todos estes conceitos em mente, fica claro que tanto competências quanto gestão por competências não representam um conceito fechado e pré-determinado. Ao contrário, trata-se de um assunto mais aberto, com diferentes abordagens. Saindo da noção de competências para a gestão por competências, a ideia que se sobressai é a utilização das contribuições dos funcionários, grupos, áreas, departamentos e da organização como um todo para contribuir com o desempenho do todo organizacional. Independentemente da abordagem adotada, a gestão por competências buscará alinhar as competências dos funcionários e daorganização à estratégia organizacional. Esta deverá buscar adquirir ou desenvolver as competências necessárias no longo prazo tanto para os seus colaboradores em suas carreiras quanto para a organização no seu futuro. Sobre este assunto, Carvalho, Nascimento e Serafim (2012) definem gestão por competências da seguinte forma: Consiste no instrumento que identifica as competências indispensáveis, incluindo conhecimentos e habilidades determinantes da eficiência e eficácia profissional, além de apontar as falhas ou deficiências de qualificação para atividades ou serviços especiais, proporcionando meios para aprimorar sua competência. Como consequência, optamos por um quadro formado de profissionais mais habilidosos e bem- sucedidos, possuidores de senso de responsabilidade e 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 137 autogestão mais acentuado e com probabilidade de obter desempenho superior. De uma forma mais ampla, podemos pensar em gestão por competências como a prática organizacional que busca identificar, desenvolver e adquirir as competências necessárias para que o desempenho global da organização possa ser melhorado. Como as competências estão, em grande parte, assentadas nas pessoas, é a partir das competências individuais que o desempenho individual é melhorado, gerando consequências nas competências e no desempenho organizacional. A ideia geral é que as competências individuais possam ser desenvolvidas de modo que as pessoas possam assumir responsabilidades cada vez maiores e atribuições com nível crescente de complexidade, aumentando as competências, o desempenho individual e organizacional. O foco está na trajetória futura do funcionário e da organização, e não nas necessidades atuais do espaço ocupacional (visão ampliada de cargo, para incluir as competências necessárias para realização de tarefas e entrega de resultados associados, visando o sucesso da organização)! Para Boas e Andrade (2009), a gestão por competências deverá passar por diferentes etapas: 1. Formulação da estratégia: é nessa etapa que a organização elabora o seu planejamento estratégico. Como a gestão por competências utiliza a estratégia da organização como base para adquirir e desenvolver competências, o planejamento estratégico é considerado como um passo da própria gestão por competências; 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 137 2. Definição dos indicadores de desempenho: é nesta etapa que os indicadores que possibilitarão à organização o acompanhamento da operacionalização de sua estratégia serão definidos. 3. Definição das metas: os indicadores apontam como deverá ser monitorado o desempenho da organização. As metas indicam qual o padrão de desempenho esperado, considerando as métricas definidas nos indicadores; 4. Mapeamento das competências: nesta etapa a organização deve identificar as competências que já possui, as competências necessárias para a execução de sua estratégia e, por fim, o gap (diferença ou lacuna) entre as competências atuais e as necessárias. Além disso, é importante que as competências identificadas nos funcionários sirvam de retroação (feedback) para que os mesmos possam identificar sua relação com as demandas organizacionais, tomando atitudes para seu autodesenvolvimento. 5. Planejamento de ações de gestão de pessoas (e sua implementação): se as competências atuais forem menores do que as necessárias, deverão ser tomadas decisões para acabar ou minimizar este gap. É nesta etapa que isto acontece. Como se pode ver, o mapeamento de competências é a base para que esta etapa possa ser bem realizada. 6. Feedback (retroação): é nessa etapa que se verifica se as ações decididas na etapa anterior foram ou não efetivas para minimizar o gap de competências, conforme desejado. Você deve ter em mente ainda que, logo após a retroação de informações para o processo de gestão de competências, considera-se que o 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 137 ciclo deve ser reiniciado, buscando-se uma constante adaptação das competências organizacionais às suas necessidades estratégicas. Tenha atenção: outras visões podem pensar de forma diferente. É possível, por exemplo, que as etapas 1, 2, e 3 (mencionadas acima) sejam consideradas parte do planejamento estratégico, e a gestão por competências se inicie apenas com o mapeamento das competências! Importante considerar ainda o que Pagès et al (1993) chamaram de objetivação e individualização. Objetivação refere-se à tradução, em termos quantitativos, o desempenho e as competências do indivíduo, buscando estimar o quanto sua contribuição ajuda no atingimento dos objetivos da organização. A individualização, por sua vez, é a estratégia de evitar a mobilização de trabalhadores por meio de reivindicações coletivas, por meio do reforço aos aspectos individuais. Na visão de Brandão e Guimarães (2001), o uso da gestão por competências, dessa forma, constituiria verdadeiro mecanismo de controle social e da manutenção das estruturas de poder sendo, mais do que instrumento de gestão estratégica, um exercício do pragmatismo de gestão. Como trata-se de um tema em plana construção, há a possibilidade de a banca encontrar algum modelo específico de qualquer outro autor e cobrá-lo na prova, além de visões diferentes sobre o papel das competências e sua gestão... - Carlos, e se isso acontecer na minha prova, o que eu faço? - Resposta: Se isso acontecer, tente identificar elementos que te ajudem a decifrar a questão para poder marcar! - Vamos em frente com o assunto... 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 137 2.2. Mapeamento e descrição de competências. Um ponto que deve ser destacado para o estudo da gestão por competências para concurso é a necessidade do correto mapeamento de competências necessárias e existentes. Para isso, é fundamental a realização da descrição das competências organizacionais e individuais necessárias. Essa descrição acontece com base no planejamento estratégico da organização, considerando opinião de especialistas, de chefes nos diferentes graus da hierarquia e do próprio funcionário. É importante que as competências descritas sejam objetivas e observáveis para que possam ser consideradas competências. Declarações de competências genéricas, fora dos critérios de objetividade e possibilidade de observação, tais como "conhecer os clientes e suas ideias sobre os produtos" fazem com que as pessoas tendam a dar a interpretação que melhor lhes convém, por isso devem ser evitadas. Já afirmações específicas e que demonstram ação, como "apresentar os benefícios dos produtos aos clientes, tendo em mente as objeções mais comuns ao fechamento de vendas" são consideradas competências. Para que se possa construir boas descrições de competências, é importante que: x Sejam utilizados verbos de ação, que representem comportamentos observáveiscomo analisar, selecionar, comunicar, avaliar, fazer, organizar, formular, etc.; x As descrições sejam validadas pelas partes interessadas e por pessoas-chave da organização, para evitar erros e inconsistências; x Validar a compreensão das competências com os funcionários, para garantir que todos entendam quais as competências descritas. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 137 Por outro lado, é importante evitar realizar descrições de competências que: x Sejam longas, cheias de termos técnicos ou de difícil compreensão pelas pessoas; x Sejam ambíguas, permitindo mais de uma interpretação; x Possuam obviedades e irrelevâncias; x Apresentem a mesma informação mais de uma vez; x Apresentem abstrações (lembre-se: é preciso ser o mais objetivo possível!) x Utilize verbos que não expressam ações, tais como saber, apreciar, acreditar, pensar, etc. Tendo como base esses vários critérios para a correta descrição das competências, os responsáveis pelo mapeamento podem utilizar-se das seguintes técnicas para levantar dados sobre as competências necessárias: x Análise da estratégia da organização para que sejam identificados com clareza e objetividade o que se deseja para o futuro da organização; x Realização de entrevistas com os trabalhadores da organização para identificar as situações e desafios enfrentados no dia a dia. Normalmente se utiliza para incorporar a visão dos funcionários àquilo que já foi observado no planejamento estratégico. x Observação do trabalho dos funcionários para identificar as competências que as pessoas e grupos de trabalho demonstram no dia a dia, e sua importância para atingir os resultados pretendidos. Quando comparado com a entrevista, tem como grande vantagem a possibilidade de verificação 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 137 prática das competências necessárias, que poderiam ser omitidas pelos funcionários. x Utilização de questionários para identificar as competências necessária, estabelecendo a descrição correta das competências e a aplicação dos questionários. Os respondentes podem avaliar, por exemplo, o grau de importância de cada competência descrita para o seu trabalho. Em termos de técnica, é possível se utilizar de diferentes escalas de medição, tais como o diferencial semântico (significados opostos colocados em cada lado de um formulário para que o funcionário aponte, para uma competência, se é "MUITO IMPORTANTE" ou "NADA IMPORTANTE", por exemplo); Escala de Likert para que o respondente aponte o grau de importância de 1 a 5, como "1 - nada importante, 2- pouco importante, 3 - medianamente importante, 4 - muito importante, 5 - totalmente importante"; Escala comparativa para se comparar importância de uma competência com outra; Escala de ordenação para que o respondente crie uma ordem de importância para as competências descritas. A literatura especializada sugere a inclusão de dados sobre o respondente ao final do questionário, para que se possa realizar tratamentos estatísticos em relação aos seus dados (gênero, idade, renda, instrução, cargo, perfil profissional, tempo de organização, etc.). x Uso de simulações para realizar suposições sobre o futuro do trabalho e do ambiente, para que se possa identificar as competências no mapeamento. Já na identificação das competências existentes geralmente é realizada por meio da avaliação de desempenho dos funcionários (por 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 137 competências), buscando se identificar as competências já existentes na organização. Ela envolve essencialmente a verificação da evolução do funcionário na carreira por meio do seu nível em uma determinada competência, ou pela obtenção de uma nova competência. Além disso, as metas estabelecidas também são importantes. Há uma preocupação com uma avaliação integral de conhecimentos, habilidades, atitudes, capacidade de mobilizar recursos e resultados obtidos, assim como a capacidade de desenvolver novas competências. Geralmente está associada à avaliação 360 graus, mas este modelo não é o único, sendo inclusive um modelo não recomendado para avaliar as competências técnicas. É importante lembrar ainda que o mapeamento só está completo quando se identifica também a lacuna (gap) de competências, sendo este a diferença entre as competências necessárias e as competências existentes na organização. Como consequência de uma avaliação de desempenho por competências e da identificação das competências necessárias (ou seja, do gap de competências) é possível se obter informações para decisões sobre investimentos em treinamento e desenvolvimento de pessoas, criação de um banco de talentos para desenvolvimento na carreira, estabelecimento das pessoas que mais merecem promoções na carreira, demissões, rotações de cargos, competências necessárias em processos seletivos, etc. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 137 2.3. Principais instrumentos para suprir a lacuna de competências. Considerando tudo o que estudamos até agora você precisa saber que a gestão por competências realizará ações necessárias para a superação da lacuna de competências, tais como: x Impactos da avaliação de desempenho por competências: a prova pode considerar que a avaliação de desempenho é, por si só, um instrumento para suprir a lacuna de competências, já que ela identifica as competências atuais!! x Recrutamento e seleção por competências: busca das competências existentes no candidato e da sua capacidade de desenvolver novas competências que sejam úteis para a organização no longo prazo, considerando a trajetória que o funcionário poderá percorrer na organização, e não apenas as necessidades do cargo atual; x Capacitação por competências: realização de ações de capacitação voltadas para a superação das lacunas de competências. O foco é compreender que o funcionário terá uma trilha de aprendizagem que o conduzirá para os cargos futuros na carreira, e que a organização deve estar focada em desenvolvê-lo para essas futuras atribuições. Ainda assim, o treinamento voltado para o cargo atual continua sendo realizado, sempre voltado para suprir a lacuna de competências necessárias para a realização do trabalho do indivíduo na unidade em que se encontra. Apesar disso é importante destacar que o treinamento deixa de ser o foco, que passa a ser dado sobre as ações de desenvolvimento de médio e longo prazo. x Certificação por competências: em vez de buscar certificar os funcionários de maneira tradicional, por simples cursos que 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 137 buscam transmitir conhecimentos, as organizações buscam que seus funcionários sejam certificados em competências que seprovem uteis, que realmente possibilitem a entrega de resultados relevantes para a organização. x Definição de cargos por competências: busca-se o agrupamento dos cargos tradicionais de mesmo nível de complexidade, com conhecimentos e áreas de atuação segmentados, em cargos mais amplos, com maior espaço de atuação do funcionários. Os novos cargos possuem maior "espaço ocupacional", ou seja, tarefas mais interessantes, complexas, desafiadoras e motivadoras para os funcionários. O modelo de gestão por competências privilegia a noção de espaço ocupacional sobre a noção tradicional de cargos. x Remuneração por competências: a remuneração deixa de ser paga simplesmente com uma parcela fixa mais uma parcela variável pelo esforço desempenhado. Na remuneração por competências têm-se a definição de faixas salariais amplas (chamadas broadbands) com base nas competências apresentadas pelos funcionários em relação as competências desejadas. Além disso, a parcela variável também considera as competências adquiridas dentro do escopo do plano de desenvolvimento de competências da organização. Trata-se de um modelo mais adotado com base na definição de cargos mais amplos, com ampliação do espaço ocupacional. Nesse caso, na remuneração serão considerados elementos como: novos conhecimentos adquiridos pelo funcionário, de acordo com o plano de capacitação da organização, habilidades úteis para o sucesso, proatividade, valor agregado para a organização, resultados entregues, etc. Bem... Vamos para as questões resolvidas de nossa aula! 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 137 Boa continuação com os estudos! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier Periscope: @ProfCarlosXavier 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 137 3. Questões comentadas QUESTÕES SOBRE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS 1. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) A gestão por competências tem como meta organizar esforços para que competências humanas possam gerar e manter as competências organizacionais necessárias para que sejam alcançados os objetivos estratégicos. Comentário: Questão totalmente interpretativa. Você teria que entender que a gestão por competências de fato se utiliza de esforços para fazer com que os indivíduos, através de suas competências, construam competências para a organização atingir seus objetivos. GABARITO: Certo. 2. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) Com a adoção da gestão por competências, torna-se desnecessária a reavaliação de processos e formas de administração do quadro de servidores. Comentário: Não tem relação nenhuma entre as duas coisas!! Quer dizer que, só porque utiliza a gestão por competências não é preciso ter gestão de processos? Ou realizar avaliações sobre como gerenciar o quadro de servidores? Nada a ver mesmo! GABARITO: Errado. 3. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) O desenvolvimento de competências profissionais pode não ser efetivo caso o contexto e o ambiente organizacional não contribuam para a adoção de uma nova forma de avaliar a gestão de pessoas. Comentário: De fato, se o contexto e o ambiente estiverem dificultando a adoção de um novo modelo de avaliar a gestão de pessoas (o próprio modelo por competências!), pode ser mais difícil que o desenvolvimento de competências tenha sucesso. GABARITO: Certo. 4. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) No que se refere ao servidor que ingressa em uma carreira, pode ser apurado o nível inicial de suas competências e ser definido o plano de desenvolvimento necessário à sua progressão funcional e promoção. Comentário: 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 137 A assertiva cria um caso prático de estabelecimento de um plano para desenvolvimento de competências. Ela afirma que as competências de um servidor podem ser medidas quando ele entra na organização (o que está certo), e com base nisso pode ser estabelecido um plano de desenvolvimento de suas competências, associado ao desenvolvimento da carreira, por meio de progressão e promoção (o que também está certo!). GABARITO: Certo. 5. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) Para o desenvolvimento de competências profissionais, devem ser consideradas apenas as ações de capacitação stricto sensu. Comentário: Claro que não, pessoal! A gestão por competências busca ir além desse modelo de formação tradicional! O importante é considerar a verdadeira capacitação do funcionário, independentemente de se obter na prática do trabalho ou numa pós graduação formal. GABARITO: Errado. 6. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) O plano de desenvolvimento de competências visa ampliar a capacidade individual para assumir atribuições e responsabilidades em níveis decrescentes de complexidade; apontar todas as deficiências individuais para o desenvolvimento profissional; estruturar um plano de capacitação voltado à redução de competências; e estimular o aprendizado mecânico do autodesenvolvimento. Comentário: Questão sem sentido, pessoal! A criação de um plano para desenvolvimento de competências estará ligado a competências cada vez mais complexas para aumentá-las e estimular um aprendizado mais orgânico, e não apenas tratando o funcionário como uma máquina. GABARITO: Errado. 7. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) As ações do trabalhador comportam conhecimentos, habilidades e atitudes aplicados na execução de tarefas. Comentário: Questão simples, que associa o trabalho do funcionário aos CHAs da gestão por competências. GABARITO: Certo. 8. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) As necessidades de qualificação, formação e capacitação devem ser selecionadas a partir do 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 137 conhecimento das atividades efetivamente realizadas por cada tipo de servidor da instituição. Comentário: Questão de interpretação sobre gestão por competências e capacitação. De fato, para que a capacitação das pessoas seja realizada é importante que se considere o que os indivíduos realmente realizam no seu dia a dia, e não apenas suposições abstratas. GABARITO: Certo. 9. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) Na esfera do setor público, o chefe, no desempenho de sua função, é referencial para a definição de competências, sendo essa definição o embasamento dos processos educativos. Comentário: A questão colocou a frase "na esfera do setor público" para lhe confundir. No fundo, a aplicação da gestão por competências respeitará toda a base teórica, apenas se adaptando para o setor público. Assim, sabendo-se que a definição de competências envolve o próprio funcionário, seu chefe e a própria organização, sabemos que o chefe não é o referencial para a definição das competências. GABARITO: Errado.10. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) A formação e a capacitação fundamentadas em competências constituem um processo de ensino e aprendizagem que facilita a mobilização de conhecimentos e a geração de habilidades, sendo esses conhecimentos e essas habilidades aplicados em situações reais de trabalho. Comentário: Questão puramente interpretativa. Diz, basicamente, que realizar capacitação com base em competências facilita a aplicação dos conhecimentos e habilidades para gerar resultados no trabalho. Faz todo sentido, pois essas são preocupações reais da gestão por competências. GABARITO: Certo. 11. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) O desenvolvimento de competências profissionais ou humanas é um processo de aprendizagem que visa preencher as lacunas existentes entre o que é exigido pelo órgão público e o que é apresentado pelos servidores no que tange aos conhecimentos, às habilidades e às atitudes. Comentário: 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 137 Em outras palavras: o desenvolvimento de competências é um processo importante para suprir o gap de competências. Certíssimo! GABARITO: Certo. 12. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) Na administração pública federal, as atividades de desenvolvimento de competências também podem auxiliar no planejamento das carreiras dos funcionários de estados, municípios e do Distrito Federal. Comentário: Super pegadinha para quem estava cansado(a) na hora da prova! De fato, o desenvolvimento de competências pode auxiliar no planejamento de carreiras nos diferentes níveis de governo. O problema da questão é que ela diz que isso se dá na Administração Pública Federal! Como é na federal, não pode ser nos outros níveis de governo! GABARITO: Errado. 13. (CESPE/FUB/Tecnólogo - RH/2015) As competências de uma organização, que visa garantir sua sobrevivência e estabelecer sua diferenciação no mercado competitivo, são formadas pelo conjunto das competências de seus membros. Comentário: Questão muito dúbia. Sabe-se que as competências de uma organização são derivadas do conjunto de competências de seus membros. Apesar disso, nasce algo maior, que não é a simples soma das competências dos indivíduos, mas sim um conjunto de competências da própria organização. Assim, como não fica claro como se deveria interpretar a questão, a mesma deveria ter sido anulada, o que não ocorreu. GABARITO considerado: Errado. 14. (CESPE/FUB/Tecnólogo - RH/2015) Situação hipotética: Uma empresa utiliza os resultados do mapeamento de competências para desenvolver ações de treinamento e desenvolvimento, bem como para fins de gestão de carreiras e sucessão, sistema de remuneração, dimensionamento do quadro, recrutamento, seleção e avaliação. Assertiva: Nesse caso, existe, na empresa, um modelo integrado de gestão por competências. Comentário: A questão é diferente do normal, mas é simples. De fato, quando utiliza de todos os elementos descritos para gerir a organização com base nas competências, a organização estará utilizando um modelo integrado de gestão por competências! GABARITO: Certo. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 137 15. (CESPE/FUB/Tecnólogo - RH/2015) Situação hipotética: Um empregado recebeu uma tarefa para ser executada e, apesar de todos os esforços dispendidos, ele não concluiu a tarefa com a qualidade requerida. Assertiva: Nessa situação, partindo-se da premissa que o conceito de competências engloba capacidades, compostas por conhecimentos, habilidades e atitudes, o empregado deixou de demonstrar atitude. Comentário: Mais uma questão no modelo situação-assertiva. Essa, por sinal, está muito bem formulada! Veja só: o funcionário se esforçou muito mas não entregou resultados. A assertiva afirma que ele deixou de demonstrar atitude, o que está errado, pois ele se esforçou! Ele só não apresentou a entrega de resultados, que é uma importante competência que não foi mencionada pela questão! GABARITO: Errado. 16. (CESPE/FUB/Tecnólogo - RH/2015) Para instituir um modelo de gestão de pessoas por competências, é importante compatibilizar as competências das pessoas às competências da organização. Comentário: Se não houver a compatibilização dessas competências não haverá alinhamento, e as competências dos indivíduos não conseguirão contribuir para o sucesso organizacional. Por isso, é fundamental que isso exista! GABARITO: Certo. 17. (CESPE/FUB/Tecnólogo - RH/2015) As competências individuais podem ser mensuradas quando o empregado entrega efetivamente à organização algo que tenha sido por ela solicitado. Comentário: A assertiva está escrita em ordem inversa, na tentativa de complicar algo que é muito simples. Veja só: Quando o funcionário entrega à organização algo por ela solicitado têm-se uma situação onde as competências do funcionário podem ser medidas. Está certo, afinal de contas, a entrega de resultados é uma importante competência! GABARITO: Certo. 18. (CESPE/STJ/TJAA/2015) A gestão por competências refere-se ao conjunto de mecanismos utilizados para gerir as competências dos servidores, ao passo que a gestão de competências refere-se à estruturação de atividades das áreas e das equipes da organização de acordo com os tipos de competências necessárias para realizá-las. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 137 Comentário: Questão interpretativa sobre o conteúdo, mas que diz exatamente o contrário do que deveria dizer: a gestão de competências é um conjunto de técnicas para gerenciar as competências, enquanto a gestão por competências é o gerenciamento das áreas e equipes com base nas competências. GABARITO: Errado. 19. (CESPE/DEPEN/Agente Penitenciário/2015) O modelo de gestão por competências, que privilegia o espaço ocupacional em detrimento do cargo dos colaboradores, é adequado para as unidades de gestão de pessoas das organizações que competem por meio de estratégias de diferenciação. Comentário: Questão esquisita. Essa é daquelas que recomendo deixar em branco na hora da prova, já que a banca fez uma confusão misturando conceitos de uma forma pouco comum. Nessa assertiva a banca misturou gestão por competências com "estratégia de diferenciação" da área de gestão de pessoas. Pois bem, o fato é que o modelo de gestão por competências de fato privilegia a noção de espaço ocupacional sobre a visão tradicional de cargos, sendo adequado para organizações que utilizam a gestão por competências (diferenciação do setor de RH)... GABARITO: Certo. 20. (CESPE/FUB/Assistente em Administração/2015) As competências mobilizadas pelas pessoas nas organizações agregam valor social e econômico a indivíduos, equipes e organização, já que os conhecimentos, as habilidades e as atitudes, incorporados às experiências profissionais, são os elementos que garantem o bom desempenho de tarefas, atividades e processos. Comentário: Péssima elaboração da questão pelo Cespe. Mistura gestão do desempenho e gestão por competências. Note que, de fato, as pessoas mobilizam suas competências (CHA e experiências profissionais, como mencionado pelo conceito adotado naquestão) para agregar valor social e econômico. Essa agregação de valor realmente se dá em diferentes níveis (indivíduo, equipes, organização - e até mesmo a sociedade). Ainda assim, não é possível afirmar que a mobilização dessas competências GARANTE o desempenho. Sabe-se, pelo conhecimento de gestão do desempenho, que a motivação, capacidade e condições favoráveis são a base para o desempenho. Como as condições não foram apontadas pela questão, não há como se garantir o desempenho! Na minha opinião, o gabarito da questão deveria ter sido invertido para "errado". 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 137 GABARITO considerado: Certo. 21. (CESPE/ANTAQ/Analista Administrativo/2014) Uma organização que adota a gestão por competências priorizará investimentos em capacitação, o que favorece a obtenção de retorno maior nos valores gastos em treinamento. Comentário: As organizações que utilizam a gestão por competências irão priorizar ações para superação da lacuna de competências. A questão traz um exemplo dessas ações: a capacitação. Algumas pessoas têm dúvidas se ela estaria correta, já que está falando em um maior retorno em ações de treinamento (já que treinamento, enquanto ferramenta de capacitação, possui foco no curto prazo ± que não é o foco da gestão por competências). Apesar disso, a questão continua correta, já que o treinamento é uma ferramenta para o desenvolvimento (de longo prazo), utilizado pela gestão por competências. GABARITO: Certo. 22. (CESPE/ANATEL/Analista Administrativo ± Administração/2014) A noção de trilhas de aprendizagem integra as dimensões da aprendizagem formal no trabalho para o desenvolvimento de competências, sem extrapolar as especificidades do cargo. Comentário: A noção de trilhas de aprendizagem vai além das especificidades do cargo, atingindo também as necessidades futuras do indivíduo para a sua trajetória profissional, agregando valor para as organizações onde trabalha. GABARITO: Errado. 23. (CESPE/TC-DF/Analista de Administração Pública ± Organizações/2014) A gestão por competências traz à tona a noção de que o desempenho de uma organização é fruto de interações deliberadamente previstas entre atributos estratégicos, estruturais, contextuais e relacionados às próprias competências organizacionais e individuais. Comentário: Questão de pura interpretação. O grande questionamento aqui é: O desempenho depende de uma reflexão deliberada? Sim, claro... Além disso, essa reflexão envolve aspectos estratégicos, estruturais, contextuais e de competências? Sim! GABARITO: Certo. 24. (CESPE/TC-DF/ Analista de Administração Pública ± Organizações/2014) Conforme o conceito de 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 137 competência enquanto mobilização de conhecimentos e habilidades orientada para resultados, o esforço do indivíduo motivado pode ser considerado o principal responsável pelo seu desempenho no ambiente de trabalho. Comentário: Questão escorregadia, mas dentro de um padrão Cespe. De qualquer forma, é preciso saber que a capacidade, a motivação e o contexto organizacional favorável são todos responsáveis pelo desempenho, não sendo possível dizer que apenas um deles garante ou direciona o desempenho. 1HVVD� TXHVWmR� HVSHFtILFD�� R� H[DPLQDGRU� IDORX� GH� ³SULQFLSDO� UHVSRQViYHO´� SHOR� GHVHPSHQKR�� PDV� QHQKXPD� GRV� HOHPHQWRV� p� PDLV� importante do que o outro, por isso está errado. GABARITO: Errado. 25. (CESPE/SUFRAMA/Administrador/2014) As seguintes etapas compõem, nessa ordem, o modelo de gestão por competências: mapeamento das competências individuais e grupais; definição de objetivos e metas organizacionais; identificação de lacunas de competências; e planejamento e implantação de práticas de administração de recursos humanos. Comentário: Podem existir diferentes modelos para isso, mas o fato é que a definição dos objetivos e metas da organização vêm antes, para só depois se identificar as competências individuais e a lacuna de competências. GABARITO: Errado. 26. (CESPE/SUFRAMA/Administrador/2014) Estruturas organizacionais marcadas pelo excesso de cadeias hierárquicas, lentidão nos processos de comunicação e profusão de departamentos tendem a limitar as perspectivas de alinhamento horizontal e vertical do modelo da gestão por competência. Comentário: Questão diferente e interpretativa. Busca que você entenda o que é o alinhamento vertical (alinhamento da organização toda com as necessidades oriundas do seu planejamento estratégico) com o alinhamento horizontal (atuação coordenada das diversas funções de gestão de pessoas pela organização, tais como recrutamento e seleção, avaliação de desempenho, capacitação, etc.). Além disso, você teria que ter uma visão ampla da matéria para perceber que quanto mais hierarquia e rigidez no estabelecimento de departamentos, mais difícil fica a integração entre as partes, tanto verticalmente quanto horizontalmente, assim como previsto pela questão - que está correta. GABARITO: Certo. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 137 27. (CESPE/SUFRAMA/Administrador/2014) A gestão por competências complementa os modelos estratégicos de gestão de pessoas à medida que confere aos recursos humanos a responsabilidade pela consecução dos planos estratégicos das organizações. Comentário: Questão interessante, mas fortemente interpretativa. Veja que, ao implementar a gestão por competências, as necessidades estratégicas da organização são transferidas para serem realizadas por meio das competências das pessoas, por isso é possível dizer exatamente o que o examinador afirmou! GABARITO: Certo. 28. (CESPE/SUFRAMA/Administrador/2014) Gerir competências não implica somente em lidar com conhecimentos, habilidades e atitudes, mas também em criar condições de trabalho que estimulem e apoiem a mobilização dessas qualificações nos comportamentos e na produtividade humana. Comentário: Como já comentei em questões anteriores: a banca considera que desempenho é resultado de conhecimentos, capacidades e condições organizacionais favoráveis! Está certo! GABARITO: Certo. 29. (CESPE/Polícia Federal/Agente Administrativo/2014) Na gestão por competências, a implementação de estratégias depende essencialmente de aspectos relativos ao ambiente político, tecnológico, econômico e social em que a organização se insere. Comentário: As condições que importam para a gestão por competências, para o desempenho e para o sucesso das ações organizacionais como um todo são os elementos das condições organizacionais ± ou seja ± aquelas internas, e não do ambiente externo! GABARITO: Errado. 30. (CESPE/Polícia Federal/Agente Administrativo/2014) O mapeamento de competências nas organizações públicas brasileiras, que tem sido acompanhado de descrições de comportamentos observáveis bem como de conhecimentos, habilidades e atitudes que constituem as competências, orienta as ações de capacitação e desenvolvimento de servidores públicos. Comentário: 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.brPágina 40 de 137 Questão bastante interpretativa sobre a aplicabilidade da gestão por competências em organizações públicas. Ela pode ser aplicada sim. A pergunta é: o levantamento de competências inclui tudo que é colocado pela questão para orientar ações de capacitação? Sim! GABARITO: Certo. 31. (CESPE ± Técnico ± Administração ± MPU/2013) O modelo de gestão estratégica com base em competências é considerado uma prática cuja finalidade é melhorar o desempenho global da organização por meio do incremento do desempenho individual dos empregados. Comentário: A questão é muito genérica, resumindo-se a afirmar que a gestão por competências busca aumentar o desempenho da organização, tendo como base o desempenho dos indivíduos, o que está de acordo com a teoria sobre o assunto. GABARITO: Certo. 32. (CESPE/TELEBRAS/Especialista em Comunicações ± Psicologia/2013) O propósito do mapeamento de competências é identificar a lacuna entre competências, ou seja, a equivalência entre as competências necessárias para concretizar a estratégia corporativa e as competências internas existentes na organização. Comentário: O mapeamento de competências realmente está voltado para a identificação da lacuna de competências, como diz a questão. Apesar disso, ela está errada ao afirmar que o gap é a equivalência entre as competências necessárias e as existentes. Na verdade, trata-se da diferença entre eles. GABARITO: Errado. 33. (CESPE/TELEBRAS/Especialista em Comunicações ± Psicologia/2013) O conceito de entrega refere-se ao saber teórico, responsável e reconhecido, que agrega valor à pessoa. Comentário: ³HQWUHJD´� p� XPD� SDODYUD� SRXFR� XWLOL]DGD� QR� FRQWH[WR� GD� JHVWmR� GH� pessoas, mas bastante utilizada no contexto da administração geral, estando OLJDGD� j� ³HQWUHJD´� GH� UHVXOWDGRV�� $VVLP�� HOD� HVWi� OLJDGD� j� GLPHQVmR� GH� UHVXOWDGRV� GD� JHVWmR� GH� FRPSHWrQFLDV�� H� QmR� D� XP� FRQFHLWR� ³WHyULFR´� TXH� agrega valor à pessoa. GABARITO: Errado. 34. (CESPE/TELEBRAS/Especialista em Comunicações ± Psicologia/2013) A gestão por competências no setor 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 137 público é um modelo de gestão orientado ao desempenho e à compensação de pessoas cujos conhecimentos, habilidades e atitudes alinham-se aos objetivos organizacionais. Comentário: Questão bem redigida para confundir. A primeira parte da questão é duvidosa, mas está errada, pois o foco da gestão por competências é o desempenho dos trabalhos ser positivo e gerar resultados para a organização, e não recompensar pessoas - especialmente no setor público, onde há dificuldades adicionais na sua implementação. GABARITO: Errado. 35. (CESPE/TRT10/Analista Judiciário ± Área Administrativa/2013) Entre os resultados possíveis de um mapeamento de competências, o principal deles é a lacuna de competências. A partir desse resultado, podem- se estabelecer as prioridades da gestão de pessoas. Quando há lacunas grandes de competências e não há mão de obra qualificada disponível, recomenda-se o desenvolvimento e a capacitação das pessoas. Porém, quando há lacuna de competência, mas há mão de obra qualificada disponível, pode-se priorizar a seleção ou a movimentação nas organizações. Comentário: Questão reflexiva, mas bastante simples: não havendo mão de obra qualificada (tanto no mercado quanto na organização), a organização deve buscar o desenvolvimento e capacitação de pessoas. Caso exista esta mão de obra, a organização pode simplesmente selecionar (do mercado ou da organização) ou movimentar (dentro da organização) as pessoas com as competências desejadas. GABARITO: Certo. 36. (CESPE/TRT10/Analista Judiciário ± Área Administrativa/2013) O mapeamento de competências nas organizações procura identificar as competências relevantes para o alcance dos objetivos organizacionais a partir de técnicas de coleta e análise de dados como entrevistas, grupos focais, questionários e estatísticas, entre outros mecanismos. Comentário: Está certíssima! Diferentes técnicas podem ser utilizadas para o mapeamento de competências, sendo que elas geralmente são associadas a mecanismos de avaliação de desempenho ou de pesquisa, assim como os mencionados pela questão. GABARITO: Certo. 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 137 37. (CESPE/BACEN/Analista ± Gestão e Análise Processual/2013) A adoção de um modelo de gestão de competências atrelado à avaliação de desempenho promove a individualização, que consiste no processo de demonstrar, em termos quantitativos, o desempenho esperado do colaborador em termos de conhecimento, habilidades e atitudes. Comentário: Questão bem específica. Cobrava conhecimento específico sobre o que Pagès et al (1993) chamaram de objetivação e individualização. Objetivação refere-se à tradução, em termos quantitativos, o desempenho e as competências do indivíduo, buscando estimar o quanto sua contribuição ajuda no atingimento dos objetivos da organização. A individualização, por sua vez, é a estratégia de evitar a mobilização de trabalhadores por meio de reivindicações coletivas, por meio do reforço aos aspectos individuais. GABARITO: Errado 38. (CESPE/ANAC/Analista Administrativo/2012) De acordo com o modelo de gestão de competências, deve- se evitar realizar o tradicional levantamento das necessidades e carências de treinamentos voltado a atender às necessidades imediatas da organização. Comentário: O modelo de gestão por competências é um modelo moderno, que busca superar a visão tradicional da gestão de pessoas voltada para aspectos imediatos, preocupando-se com o longo prazo da organização. $VVLP�� DR� ³HYLWDU� UHDOL]DU� o tradicional levantamento (...) voltado a atender às necessidades imHGLDWDV´, a organização estará agindo de acordo com o modelo de gestão por competências. GABARITO: Certo. 39. (CESPE/ANAC/Analista Administrativo/2012) Nas organizações, o mapeamento de competências deve ser realizado a partir da aplicação de diferentes técnicas de coleta e análise de dados qualitativos e quantitativos. Comentário: O mapeamento de competências vai buscar identificar quais são as competências necessárias para a organização, assim como as competências já existentes. Neste processo, poderá utilizar diferentes instrumentos de pesquisa e análise dos dados, conforme mencionado pela questão! GABARITO: Certo. 40. (CESPE/ANAC/Técnico Administrativo/2012) O mapeamento de competências origina tanto lacunas de aprendizagem a serem desenvolvidas como insumos para a realização de avaliações de desempenho nas 95866125030 Noções de Administração p/ (com videoaulas) Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 09 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 137 organizações, o que representa uma tendência da gestão de pessoas no setor público. Comentário: Vamos destrinchar a afirmativa: O mapeamento de competências origina lacunas de aprendizagens a serem desenvolvidas? SIM! Esta é a base para a gestão por competências. Ele serve de insumo para a avaliação de desempenho na organização? SIM! A avaliação de desempenho serve como base para identificar as competências existentes na organização, e as competências desejadas para o futuro pelo mapeamento servem de base para que novas avaliações
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