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Camila Nobre Aminoácidos, Peptídeos e Proteínas Aminoácidos, Peptídeos e Proteínas 1. Aminoácidos 2. Peptídeos e proteínas 3. Trabalhando com proteínas 4. A estrutura das proteínas Aminoácidos ◊ Proteínas são as macromoléculas biológicas mais abundantes, ocorrendo em todas as células e em todas as partes das células. ◊ Proteínas são os instrumentos através dos quais a informação genética é expressa. ◊ Todas as proteínas são construídas a partir do mesmo conjunto onipresente de 20 aminoácidos, covalentemente ligados em sequências lineares características. Proteínas são compostas por repetições de aminoácidos ◊ Todas as proteínas são formadas a partir da ligação em sequência de apenas 20 aminoácidos (entre outros especiais). ◊ Fórmula estrutural em comum: Aminoácidos compartilham características estruturais comuns ◊ Todos os aminoácidos comuns são α-aminoácidos. ◊ Eles diferem uns dos outros em suas cadeias laterais, ou grupos R, os quais variam em estrutura, tamanho e carga elétrica, e influenciam a solubilidade dos aminoácidos em água. ◊ Para todos os aminoácidos comuns, exceto a glicina, o carbono α está ligado a quatro grupos diferentes: um grupo carboxil, um grupo amino, um grupo R e um átomo de hidrogênio. ◊ O átomo de carbono α é, portanto, um centro quiral. ◊ Em decorrência do arranjo tetraédrico dos orbitais ligantes ao redor do átomo de carbono α, os quatro grupos diferentes podem ocupar dois arranjos espaciais únicos e, portanto, os aminoácidos possuem dois possíveis estereoisômeros. Estereoisômeros ◊Estereoisômeros:São compostos que têm a mesma composição e a mesma ordem de conexões atômicas, mas organização molecular diferente. ◊ Enantiômeros: estereoisômeros que não são imagens especulares sobrepostas um do outro. Estereoisômeros em α-aminoácidos Os resíduos de aminoácidos em proteínas são estereoisômeros L ◊ Nas proteínas encontramos apenas aminoácidos “L”, isto é, possuem a mesma configuração relativa que o L-gliceraldeído. ◊ D-aminoácidos ● Alguns peptídeos de membrana bacteriana; ● Certos peptídeos antibióticos. Aminoácidos podem ser classificados pelo grupo R CLASSIFICAÇÃO PELO GRUPO R PROPRIEDADES QUÍMICA DOS AAS BIOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS •Polares carga positiva •Polares com carga negativa •Polares com carga nula a pH fisiológico (pH 6-7) Aminoácidos hidrofílicos Aminoácidos hidrofóbicos Aminoácidos Aromáticos É o grupo R que distingue um aminoácido de outro, sendo ele o responsável pelas propriedades físico-químicas de cada aminoácido. Aminoácidos Hidrofóbicos ◊ Estabilizam a estrutura proteica (interações hidrofóbicas). Aminoácidos hidrofóbicos Metionina Prolina Grupo tioéter Cadeia alifática com uma estrutura cíclica distinta Grupo Imino: conformação rígida (colágeno) Aminoácidos Hidrofóbicos Aminoácidos Hidrofílicos Aminoácidos Hidrofílicos Aminoácidos hidrofílicos Não carregados Cisteína Ligações de hidrogênio: Grupos sulfidril ◊Ligação dissulfeto ◊ Hidrofóbico ◊Ligação covalente (entre cadeias polipeptídicas) Aminoácidos Aromáticos Adição de grupo fosforil, metil, acetil, adenilil, ADP-ribosil ou outros grupos a resíduos de Aas específicos pode aumentar ou diminuir a atividade de proteínas. Aminoácidos incomuns com funções importantes Aminoácidos incomuns com funções importantes 5-hidroxilisina Tecido conectivo (colágeno) Proteínas da parede celular 6-N-metil-lisina Aminoácidos incomuns com funções importantes γ - Carboxiglutamato Protrombina Funções Biológicas •Estrutura da célula; •Hormônios; •Receptores de proteínas e hormônios; •Transporte de metabólitos e íons; •Atividade enzimática; •Imunidade; •Gliconeogênese no jejum e diabetes. Características Físicas •São todos compostos sólidos, cristalinos e que se fundem a alta temperatura; •Incolores; •A maioria apresentam sabor adocicado; •Alguns insípidos (sem sabor) e outros amargos; •Em soluções aquosas apresentam alto momento dipolar. Propriedades Químicas • Característica ácida (presença do grupo carboxila); • Característica básica (presença do grupo amino); • Interação intramolecular, originando um "sal interno": • PF e PE altos (características dos sais). Aminoácidos podem atuar como ácidos e bases ◊ Os grupos amino e carboxil de aminoácidos, juntamente com os grupos R ionizáveis de alguns aminoácidos, funcionam como bases e ácidos fracos. ◊ Quando um aminoácido sem um grupo R ionizável é dissolvido em água a pH neutro, ele passa a existir em solução como um íon dipolar ou zwitterion (do alemão, “íon híbrido”). O qual pode atuar tanto como um ácido quanto como uma base. ◊ Substâncias possuindo esta natureza dual (ácido-base) são anfóteras, sendo com frequência chamadas de anfólitos (de “eletrólitos anfotéricos”). Aminoácidos podem atuar como ácidos e bases 2 2 2 + H+ Zwitterion como ácido Aminoácidos podem atuar como ácidos e bases + H+ OOH Zwitterion como base Aminoácidos podem atuar como ácidos e bases Aminoácidos possuem curvas de titulação características ◊ A titulação ácido-base envolve a adição ou a remoção gradual de prótons. ◊ Ponto isoelétrico (pI): corresponde ao pH no qual a carga elétrica líquida é zero. ◊ Para a Glicina: pI= pK1 + pK2/2 = 2,34 + 9,60/2 = 5,97 Aminoácidos possuem curvas de titulação características Aminoácidos possuem curvas de titulação características Desordens genéticas que afetam o catabolismo de aminoácidos: Fenilcetonúria Metabolismo normal da fenilalanina aminoácidos aminoácidos fenilalanina tirosina catecolaminas melanina outros metabólitos FAH FAH- fenilalanina-hidroxilase Metabolismo anormal da fenilalanina aminoácidos fenilalanina tirosina fenil-piruvato FAH Fenil-lactato Fenil-piruvato Fenil-etil-amina Fenil-acetil-glutamina FAH- fenilalanina-hidroxilase Desenvolvimento ●As crianças afetadas podem parecer normais durante os primeiros 6 meses de vida; ● A PKU se caracteriza por uma forma lentamente progressiva de comprometimento cerebral iniciando-se, provavelmente, logo após o nascimento. Desenvolvimento ● Pacientes com a forma clássica da PKU, não tratados, desenvolvem: deficiência mental eczema crises convulsivas ataxia problemas motores autismo problemas comportamentais auto-mutilação agressividade impulsividade hiperatividade Fenilcetonúria não tratada Tratamento ●Transplante de fígado; ● Terapia gênica (já realizada, com sucesso parcial) em ratos dietética:; ● Dieta pobre em fenilalanina: permite: açucares, gorduras, quantidades controladas de frutas e vegetais; massas grãos e pães com baixos níveis de proteínas;, não permite: carnes, peixes, ovos,laticínios, nozes, soja, grãos comuns e milho. Tratamento ● Os níveis séricos de fenilalanina necessitam ser monitorados por freqüentes exames de sangue; ● Até a década de 80 preconizava-se a dieta até os 5 anos de idade; ● Na Escócia sugeriu-se a interrupção da dieta aos 10 anos de idade; ● Há variações individuais na forma como aos pacientes se comportam após a descontinuidade da dieta. Peptídeos 1- 2 aminoácidos livres; 2- Interação para formação da ligaçãopeptídica; 3- Formação da ligação peptídica com liberação de H2O. Reação de Adição Peptídeos são cadeias de aminoácidos Peptídeos são cadeias de aminoácidos Peptídeos podem ser distinguidos pelos seus comportamentos de ionização Peptídeos e polipeptídeos biologicamente ativos ocorrem em uma vasta gama de tamanho e composições Algumas proteínas contêm grupos químicos além aminoácidos A estrutura das proteínas Níveis estrututrais das proteínas Aspectos gerais da estrutura proteica ◊ O esqueleto covalente de uma proteína é formado por centenas de ligações simples; ◊ Como a livre rotação entre as várias ligações é possível, a proteína pode assumir um grande número de conformações; ◊ Conformação: arranjo espacial dos átomos em uma proteína; ◊ A conformação de uma proteína é em grande parte estabilizada por interações fracas; ◊ A tendência em manter a conformação nativa é chamada de estabilidade; ◊Interações hidrofóbicas são o tipo de interação fraca predominante na estabilidade das proteínas. A ligação peptídica é rígida e plana ◊ A ligação peptídica tem um caráter parcial de ligação dupla, que mantém todo o grupo peptídico de seis átomos em uma configuração planar rígida. Estrutura secundária das proteínas ◊ O termo estrutura secundária se refere a qualquer segmento de uma cadeia polipeptídica e descreve o arranjo espacial de seus átomos na cadeia principal, sem considerar suas cadeias laterais ou sua relação com outros segmentos; ◊ As estruturas secundárias regulares mais comuns são as hélices α, as conformações β e as voltas β. ◊ A α-hélice é geralmente orientada para a direita, ou seja é torcida na mesma direção em que os dedos da mão direita se fecham quando o polegar aponta na direção em que a hélice sobe; ◊ A α- hélice possui 3,6 resíduos por volta. ◊ Cadeias laterais de aminoácidos projetam-se para fora da hélice, evitando, portanto, a interferência estérica com o esqueleto polipeptídico e entre si. Hélices α Hélices α ◊ As pontes de hidrogênio nas folhas β ocorrem entre cadeias polipeptídicas vizinhas em vez de no interior da cadeia, como na α- hélice; ◊ As folhas apresentam duas variações: as folhas β antiparalelas ( em que as cadeias polipeptídicas vizinhas ligadas por pontes de hidrogênio seguem em direções opostas) e as folhas β paralelas ( em que as cadeias ligadas por pontes de hidrogênio se estendem na mesma direção). Folhas β Folhas β Folhas β Voltas β ◊ Conectam as extremidades de dois segmentos adjacentes de uma folha β antiparalela. ◊ A estrutura é uma volta de 180º que envolve quatro resíduos de aminoácidos, com o oxigênio carbonílico do primeiro resíduo formando uma ligação de hidrogênio com o hidrogênio do grupo amino do quarto resíduo. Voltas β ◊ O arranjo total de todos os átomos de uma proteína é chamado de estrutura terciária. ◊ Enquanto o termo estrutura secundária se refere ao arranjo espacial dos resíduos de aminoácidos que são adjacentes em um segmento polipeptídico, a estrutura terciária inclui aspectos de alcance mais longo da sequência de aminoácidos. ◊ Segmentos da cadeia polipeptídica que interagem entre si são mantidos em suas posições terciárias características por diferentes tipos de interações fracas (e algumas vezes por ligações covalentes, como ligações dissulfeto) entre os segmentos). ◊ Algumas proteínas contêm duas ou mais cadeias polipeptídicas distintas, ou subunidades, que podem ser idênticas ou diferentes. O arranjo dessas subunidades proteicas em complexos tridimensionais constitui a estrutura quaternária. Estruturas terciária e quaternária das proteínas Colágeno • Proteínas fibrosas: cadeias polipeptícas arranjadas em longos filamentos ou folhas. • Proteínas globulares: cadeias polipeptícas dobradas em uma forma esférica ou globular. Desnaturação Proteína nativa Proteína desnaturada É a alteração da estrutura da proteína sem ruptura das ligações peptídicas Papel biológico das proteínas actina e miosina Papel biológico das proteínas insulina e glucagon Papel biológico das proteínas anticorpos – proteínas de defesa que reconhecem corpos “estranhos” (antígenos) Papel biológico das proteínas membrana celular Papel biológico das proteínas enzimas – aceleram as reações químicas Pouca afinidade entre as moléculas (timidez?!) A enzima presente faz a união entre elas. Moléculas combinadas, enzimas livre.
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