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SOCIEDADE CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA Genichi Taguchi e suas contribuições para qualidade Alexandre Gonçalves Gabriel de Almeida Ramos dos Santos Jeremias Camargo de Oliveira Pamela Cristina dos Santos Ramon Franco Siqueira Itapeva - São Paulo - Brasil 2 SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE ITAPEVA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA Genichi Taguchi e suas contribuições para qualidade Alexandre Gonçalves – RA 21870 Gabriel de Almeida Ramos dos Santos – RA 21823 Jeremias Camargo de Oliveira – RA 21829 Pamela Cristina dos Santos – RA 21839 Ramon Franco Siqueira – RA 21824 Prof. Esp. Francisco Estevan Guerra da Cunha “Trabalho apresentado à disciplina de Princípios e Gestão da Qualidade e Produtividade Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva como requisito parcial de avaliação”. Abril / 2017 Itapeva – SP 3 Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................4 2. DESENVOLVIMENTO .................................................................................5 2.1 BIBLIOGRAFIA DE GENICHI TAGUCHI.....................................................5 2.2 METODOLOGIA DE TAGUCHI ...................................................................7 2.3 PROJETO ROBUSTO .................................................................................8 2.4 CONCEITOS TEÓRICOS DOS MÉTODOS DE TAGUCHI ..........................8 2.4.1 Fontes de Ruídos ......................................................................................8 2.4.2 Qualidade Robusta ...................................................................................9 2.4.3 CONTROLE DE QUALIDADE ..................................................................9 2.4.3.1 Controle de Qualidade “off line” (ou fora de linha) ..................................9 2.4.3.2 Controle de Qualidade “on line” (ou na linha) .......................................10 2.5 ETAPAS PARA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE TAGUCHI ...........10 3. CONCLUSÃO ...........................................................................................12 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................13 4 1. INTRODUÇÃO Genichi Taguchi nasceu no Japão, em janeiro de 1924, se formou em engenharia têxtil, em sua própria cidade, para assumir os negócios da família. Durante a II Guerra Mundial, em 1942, apareceu o seu interesse em estatísticas, trabalhou para o Instituto de Estatística Matemática, termina o período da Guerra em 1945, e em 1948 a 1950 ganhou reconhecimento por sua contribuição para experimentos industriais relacionados com a produção de penicilina. Realizou diversos trabalhos, foi membro de três assossiações: Associação Japonesa de Controle de Qualidade; Engenharia Industrial e Estatística Aplicada. Depois da Segunda Guerra Mundial os fabricantes japoneses tiveram que lutar para sobreviver com recursos muito limitados. Taguchi revolucionou o processo de produção com Japão, usando a relação de custo e qualidade, ele entendeu como muitos outros engenheiros que todo processo de produção era afetado por influências externas. Tagushi define que qualidade é a perda imposta à atividade a partir do momento em que o produto é expedido. O método Taguchi é um abordagem baseado na engenharia de qualidade “off line” que tem objetivo de aumentar a robustez dos produtos por meio da diminuição dos efeitos dos parâmetros “ruído” no seu desempenho. Taguchi define que os ruídos ou fatores de perturbação são fatores que causam a variabilidade da função do produto e tais ruídos são classificados em três tipos: ruídos externos, internos e variações de produtos. Taguchi define dois métodos para o controle de qualidade: off line “ou fora de linha” e o on line “ou na linha”. Para fazer frente às perdas a Engenharia de Qualidade deveria segundo Taguchi ser estruturado da seguinte maneira Projeto Robusto: Taguchi avalia qualidade pela perda que um produto causa à sociedade após a sua venda. Sua metodologia é aplicada em quatro etapas: Identificação dos fatores, Planejamento e Condução dos experimentos, Predição dos novos níveis ótimos de parâmetros e validação dos resultados. 5 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 BIBLIOGRAFIA DE GENICHI TAGUCHI Genichi Taguchi nasceu no Japão, em janeiro de 1924, se formou em engenharia têxtil, em sua própria cidade, para assumir os negócios da família. Durante a II Guerra Mundial, em 1942, apareceu o seu interesse em estatísticas, trabalhou para o Instituto de Estatística Matemática, termina o período da Guerra em 1945, e em 1948 a 1950 ganhou reconhecimento por sua contribuição para experimentos industriais relacionados com a produção de penicilina. Ele foi contratado pela Electrical Communication Laboratory (ECL) em 1950, como controlador estatístico da qualidade e foi ganhando popularidade nas principais empresas japonesas. Durante este tempo, tanto a ECL como a Bell Laboratories estavam desenvolvendo barra transversal e sistemas de comutação telefônica. Ele trabalhou sobre o projeto para ECL e teve muitas oportunidades para a experimentação e análise de dados. Seis anos mais tarde, o projeto de sistemas foi concluído e a Bell Labs também completou a sua versão. Durante este período, Taguchi também encontrou tempo para escrever o livro “Experimental Design and Life Test”. Em 1960, o último livro ajudou a ganhar o Prêmio Deming do Japão por suas contribuições em engenharia de qualidade. Dois anos mais tarde, depois que ele obteve seu doutorado em 6 ciência, Taguchi escreveu uma segunda edição do “Design of Experiments”, que introduziu a pesquisa industrial em relação sinal-ruído. Ele deixou a ECL, mas manteve a sua capacidade de relacionamento por meio de uma consultoria. Taguchi fundou a Quality Research Group e, desde 1963, o grupo reuniu-se mensalmente para discutir os pedidos da indústria. A Aoyama Gakuin University, no Japão convidou Taguchi para ensinar em 1965 e ele permaneceu por 17 anos e ajudou a desenvolver o departamento de engenharia da universidade. Até o início de 1980, Taguchi ficou trabalhando nos Estados Unidos, sendo convidado a apresentar seminários para executivos da Ford em 1982. Em 1983, ele foi diretor-executivo da Ford Supplier Institute, Inc., que mais tarde mudou seu nome para o American Supplier Institute. Enfim, ganhou quatro vezes o Prêmio Deming, do Japão. Ele recebeu o primeiro destes prêmios de excelência pela sua contribuição para o desenvolvimento da estatística aplicada à qualidade. Mas, tornou-se especialista mundial no processo de desenvolvimento e design de novos produtos (foi o criador do movimento Robust Design). Ele começou a ser conhecido no início dos anos 50, quando trabalhou na Nippon Telegraph and Telephone. Em 1982, os seus ensinamentos chegaram aos Estados Unidos e muitas foram as empresas que usaramas suas ideias com sucesso caso da ITT. Em 1990 recebeu do imperador japonês a Blue Ribbon Award pela sua contribuição para o desenvolvimento da indústria japonesa. Taguchi é diretor executivo do American Supplier Institute, sediado em Michigan. PRINCIPAIS OBRAS Introduction to Quality Engineering, 1986. Taguchi Methods Orthogonal Arrays and Linear Graphs, 1987. Quality Engineering in Production Systems, 1988. Taguchi on Robust Technology Development, 1992. Taguchi Methods: Research and Development, 1993. Taguchi Methods: Design of Experiments, 1993. Taguchi Methods: On Line Productions, 1994. 7 2.2 METODOLOGIA DE TAGUCHI Genichi Taguchi contribuiu de forma importante para a teoria da qualidade e para o conjunto de ferramentas da qualidade. O método aplicado por ele pode ser entendido como uma nova abordagem da qualidade voltada para o projeto. Taguchi focou as atividades de projeto e não de produção, área que batizou de off-line, para diferenciar das técnicas de controle estatístico do processo. Ele julgava que a única forma de satisfazer o cliente era criar produto de qualidade robusta. A proposta do método de Taguchi é de determinar a função de perda do produto e otimizá-la empregando técnicas estatísticas. Estas análises permitem identificar os parâmetros ótimos de projeto que minimizam ou mesmo eliminam as influências dos fatores de ruído no desempenho do produto. Assim, em lugar da tendência tradicional de isolar o produto dos fatores ruído, o que pode ser de difícil execução e/ou encarecer o processo produtivo, o método de Taguchi ambiciona realizar projetos que eliminem os efeitos dos fatores ruído no produto. O trabalho de Genichi Taguchi, além de uma nova abordagem para a área de qualidade, serviu também para consolidar o conceito de Projeto Robusto, ou seja, o de projetar produtos que minimizem os fatores ambientais. Assim, Projeto Robusto consolidou-se como o conceito/filosofia de projetar produtos minimizando a influência dos fatores ruído, o que pode ser alcançado com diversas outras técnicas ou mesmo a partir da experiência e bom senso dos projetistas. Utilizando-se o método Taguchi pretende-se obter produtos robustos o suficiente para assegurar alta qualidade a despeito de flutuações que venham ocorrer no processo produtivo e no ambiente de uso do produto. No conceito da função da perda de qualidade, Taguchi argumenta que, conforme a característica de qualidade se afasta do valor nominal (valor-alvo), aumenta a "perda para a sociedade", mesmo que eventualmente esteja dentro dos limites de especificação. Ou seja, a redução das perdas não está diretamente relacionada com a conformidade às especificações, mas com a redução da variabilidade em torno do valor-alvo. 8 "Qualidade é a perda imposta à atividade a partir do momento em que o produto é expedido" (Genichi Taguchi) 2.3 PROJETO ROBUSTO Para fazer frente às perdas a Engenharia de Qualidade deveria, segundo Taguchi ser estruturada da seguinte maneira: Projeto Robusto: Taguchi avalia qualidade pela perda que um produto causa à sociedade após a sua venda. Quanto maior a perda associada ao produto, menor a sua qualidade. Neste âmbito as perdas são classificadas em dois tipos: • Perdas causadas pela variabilidade da função intrínseca do produto durante a sua vida útil (variabilidade da função do produto); • Perdas causadas pelos efeitos colaterais nocivos do produto (efeitos associados ao seu uso) Para Taguchi produto de boa qualidade é aquele que desempenha sua função sem variabilidade e que causa poucas perdas (ou nenhuma) à sociedade através de seus efeitos colaterais nocivos: Produto com Qualidade superior, Perda mínima para a Sociedade e Projeto Robusto minimiza as Perdas. 2.4 CONCEITOS TEÓRICOS DOS MÉTODOS DE TAGUCHI 2.4.1 Fontes de Ruídos O método Taguchi é um abordagem baseado na engenharia de qualidade “off line” que tem objetivo de aumentar a robustez dos produtos por meio da diminuição dos efeitos dos parâmetros “ruído” no seu desempenho. Taguchi define que os ruídos ou fatores de perturbação são fatores que causam a variabilidade da função do produto e tais ruídos podem ser enquadrados em três tipos: ruídos externos, internos e variações de produtos. Ruídos Externos: decorrem tanto das condições de utilização do produto quanto do ambiente em que o produto é utilizado. Por exemplo: falha na 9 operação do produto, umidade do ar, tensão da rede de energia, poeira, temperatura ambiente, etc. Ruídos Internos ou Ruídos Degenerativos: estão ligados às características próprias do produto, do processo ou serviço que o produto sofre antes de chegar no mercado, e procuram estabelecer valores (ou níveis) dos fatores (ou parâmetros) que têm influência no valor estabelecido para a saída (ou resposta) do sistema, com baixa variação em torno desse valor. Variações na Produção: corresponde à variabilidade entre unidades do produto manufaturados sob as mesmas especificações. 2.4.2 Qualidade Robusta É uma abordagem para a garantia da qualidade, também chamada de método Taguchi em referência ao seu criador, com enfoque no projeto do produto e do processo. Seu princípio fundamental é o de que, para assegurar uma qualidade consistente, deve-se procurar projetar produtos que sejam insensíveis a despeito de flutuações que venham ocorrer no processo de produção e no ambiente de uso do produto, ou seja, o produto e o processo de produção devem ser projetados de modo que o seu desempenho seja o menos sensível a todos os tipos de ruídos. 2.4.3 CONTROLE DE QUALIDADE 2.4.3.1 Controle de Qualidade “off line” (ou fora de linha) São os esforços aplicados à qualidade do projeto, o que inclui qualquer atividade de projeto e desenvolvimento que ocorre antes da fabricação do produto. É o controle da qualidade aplicado durante o projeto do produto e durante o projeto do processo. 10 2.4.3.2 Controle de Qualidade “on line” (ou na linha) É o controle de qualidade exercido durante a produção ou manufatura do produto. O método usado durante a produção do produto para melhorar e manter a qualidade de um produto. Perda de desempenho: é a perda causada pelo afastamento de uma característica funcional em relação valor desejado. Fator de Sinal: é uma variável empregada para alterar o valor de uma característica funcional em direção a um valor desejado. O projetista não determina os ajustes desse fator, entretanto, ele pode querer projetar o produto ou processo para ser muito sensível à mudanças no fator de sinal. Relação Sinal/Ruído (no projeto de parâmetros): é uma medida da variabilidade do desempenho do produto. 2.5 ETAPAS PARA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE TAGUCHI Etapa 1 - Identificação dos Fatores: Nesta etapa realiza-se a identificação dos fatores (ruído e fatores principais do ambiente e processo de fabricação) e os parâmetros de produto (processo) relevantes. Para cada um deles são previstas as possíveis influências e interações com os demais. Esta é uma etapa importante, pois a não consideração de um determinado fator ou parâmetro pode distorcer ou impedir a obtenção da função perda, a qual irá guiar os projetistas em direção ao projeto mais robusto. Etapa 2 - Planejamento e Condução dos Experimentos: Depois de finalizar o projeto e protótipos do produto realiza-se a etapa de planejamento da coleta de dados experimentais. Estes dados irão permitir a construção da função perda e da relação sinal /ruído. Isto é feito utilizando-se conceitos deplanejamento de experimentos, em especial os planejamentos fatoriais. Aliás, o emprego destes planejamentos é uma das características fundamentais do método Taguchi. Para realizar o planejamento deve-se iniciar pela escolha do tipo de planejamento, ou seja, pela escolha da matriz ortogonal que melhor se aplica 11 ao problema. A escolha das matrizes dependem principalmente do número de fatores e da quantidade de corridas (ou seja, de casos de experimentos) que poderiam ser realizados conforme a disponibilidade de tempo e custo. Em seguida são especificados valores para os diferentes níveis dos parâmetros. Com estes dados basta aleatorizar as corridas e programar a realização dos ensaios. Ao final deste trabalho, com o plano de testes 'em mãos', são realizados os ensaios e as coletas de dados respeitando os cuidados exigidos pelo tipo de teste específico. Etapa 3 - Predição dos Níveis Ótimos dos Parâmetros: É realizada uma otimização dos parâmetros do produto levando-se em consideração a relação sinal/ruído. Isto significa obter um modelo estatístico desta relação com os dados coletados no experimento e aplicar, neste modelo, técnicas de otimização para encontrar os valores dos parâmetros ótimos dos produtos. Ao final desta etapa tem-se um conjunto de valores de parâmetros (ou características) do produto que tornam seu desempenho robusto e estável em relação às características ambientais e às variações do processo. Etapa 4 - Validação dos Resultados: Como os níveis ótimos dos parâmetros obtidos anteriormente são fruto de um modelo estatístico e, portanto uma aproximação da realidade deve-se realizar uma etapa de validação dos resultados encontrados, ou seja, verificação dos níveis ótimos especificados para os parâmetros. Isto é feito conduzindo um experimento com um protótipo cujos parâmetros são ajustados conforme os valores ótimos obtidos na fase anterior. Os resultados deste experimento devem coincidir com aqueles encontrados por meio do modelo, dentro, é claro, da devida margem de segurança. Caso isto ocorra significa que o modelo obtido é confiável e portanto pode-se aprovar estes parâmetros como especificações para o projeto. Ao contrário, ocorrendo uma significativa diferença entre os modelos, devem-se reavaliar os resultados dos experimentos e seu planejamento. Provavelmente algum parâmetro do produto ou fator ruído não tenha sido considerado ou algum problema tenha ocorrido durante a condução dos experimentos, entre outras possíveis distorções. 12 3. CONCLUSÃO Taguchi diferente dos demais gurus da qualidade, foca nas atividades de projeto e não de produção, afirmava que a qualidade deve ser incorporada no produto desde o início e não através das inspeções. Também destaca que a melhor qualidade atinge-se minimizando os desvios em relação ás metas. Aponta que a qualidade não deve ser baseada no desempenho ou características do produto e o custo da qualidade deve ser medida em função dos desvios de desempenho do produto. 13 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PASSEI DIRETO. Controle de Qualidade: Taguchi. Disponível em:< https://www.passeidireto.com/arquivo/16595452/controle-de-qualidade_7_tagushi>. Acesso em 21 de Abril de 2017. PORTAL DE CONHECIMENTOS. Método Taguchi. Disponível em:< http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/content/view/full/9674#eztoc117714_5> Acesso em 21 de Abril de 2017. QUALIDADE ONLINE. Genichi Taguchi. Disponível em: < https://qualidadeonline.wordpress.com/2010/07/01/genichi-taguchi/>. Acesso em 21 de Abril de 2017. UFPR. Projeto Robusto: Taguchi. Disponível em: < http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EME714/Projeto%20Robusto.pdf>. Acesso em 21 de Abril de 2017.
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