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AS ALGAS Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas DISCIPLINA: CCA314- MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA DE CRIPTÓGAMAS Docente: Lorena Cruz Contato: lolicerqueira@gmail.com Novembro, 2011 Algae (Lineu, 1753 - Species plantarum): • 4 ordens, 14 gêneros e 214 espécies; • 5 gêneros e 48 espécies restaram da classificação inicial do grupo “algas”; • Demais: liquens e hepáticas (briófitas). Líquens Hepáticas O GRUPO “ALGAS” “Alga” é um termo de uso popular; Os organismos inclusos nesse grupo podem ser completamente diferentes quanto sua morfologia, reprodução, fisiologia e ecologia. O GRUPO “ALGAS” FICOLOGIA Ciência que estuda as algas Bicudo e Menezes (2006): “talófitos e protistas clorofilados, cujos órgãos de reprodução jamais são envoltos por um conjunto ou tecido constituído de células estéreis.” Não correspondem a um grupo monofilético! O GRUPO “ALGAS” Órgãos reprodutores não envoltos por células estéreis Células estéreis O GRUPO “ALGAS” ALGAS OUTROS VEGETAIS Parede celular e cloroplastos Parede celular e cloroplastos Autrotróficas – fotossintetizantes (maioria). Autrotróficas - fotossintetizantes Maioria unicelular Pluricelulares Sem tecidos ou órgãos diferenciados Tecidos e órgãos diferenciados O GRUPO “ALGAS” Compreendem organismos procariontes e eucariontes Cianobactéria: alga procarionte Euglena: alga eucarionte O GRUPO “ALGAS” Compartilham algumas características (Franceschini et al., 2010): Fotossíntese em presença de clorofila a Necessitam de água para completar seu ciclo de vida Aparelho vegetativo constituído por um talo Podem apresentar as mais diversas formas: unicelular, agregado de células, filamentos ou talos parenquimatosos Compreendem organismos procariontes e eucariontes O GRUPO “ALGAS” O GRUPO “ALGAS” Talo = corpo celular ou cenocítico sem organização de raízes, caules, folhas, flores ou frutos. ALGAS - IMPORTÂNCIA Base da cadeia alimentar aquática Verdadeiro “pulmão do mundo” Grande parte da produção de Oxigênio da atmosfera terrestre ALGAS- IMPORTÂNCIA Fixação de nitrogênio Bioacumuladoras e Bioindicadoras Minerais e metais pesados Produtoras de toxinas Principalmente dinoflagelados e cianobactérias Cloroplastos: organelas comuns às células vegetais Fotossíntese ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES Conversão de energia luminosa em energia química; Composição : 40-60% - proteínas, 25-35% - lipídios, 5-10% - clorofilas, 1% - outros pigmentos e pequenas quantidades de DNA e RNA. Cloroplastos ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES Podem apresentar três tipos de pigmentos: 1. Clorofila: pigmentos lipossolúveis, presentes nos tilacóides. As algas apresentam quatro tipos de clorofilas: a, b, c (c1 e c2) e d. ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES Podem apresentar três tipos de pigmentos: Clorofila a Principal pigmento da fotossíntese Encontrada em todos os animais Clorofilas b, c e d Pigmentos acessórios na fotossíntese Transferem a energia luminosa absorvida para a clorofila a. ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES Os espectros de absorção dessas diferentes clorofilas apresentam dois picos. maior aproveitamento da radiação solar. ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES Podem apresentar três tipos de pigmentos: 2. Carotenóides: pigmentos lipossolúveis de coloração amarela, laranja ou vermelha, presentes nos tilacóides. Carotenos Xantofilas Mais comum às algas Pigmentos acessórios β-Caroteno ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES Podem apresentar três tipos de pigmentos: 3. Ficobiliproteínas: pigmentos solúveis em água, agrupadas na superfície ou no interior dos tilacóides, de coloração azul ou vermelha. Geralmente mascaram a presença da clorofila, proporcionando colorações azuladas ou avermelhadas às algas. ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES Podem apresentar três tipos de pigmentos: 3. Ficobiliproteínas: quatro tipos i) ficoeritrina, de coloração vermelha (absorção máxima a 565 nm); ii) ficoeritrocianina, de coloração vermelha (absorção máxima a 568 nm); iii) ficocianina, de coloração azul (absorção máxima entre 620>638 nm); e iv) aloficocianina, de coloração azul (absorção máxima a 650 nm). ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES Pirenóides Regiões proteicas diferenciadas que ocorrem dentro do cloroplasto: convertem os produtos da fotossíntese em produtos de reserva. Ocorrem em todas as classes de algas. Chlorophyta (Mougeotia sp.) ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES Flagelos Estruturas alongadas, relacionadas à mobilidade celular Constituídas por nove pares de microtúbulos distribuídos ao redor de um par de microtúbulos centrais. ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES Flagelos Todos os seres vivos possuem flagelo pelo menos em alguma fase de seu histórico de vida (Exceções: Cyanobacteria e Rhodophyta, O número, a forma e a posição de inserção dos flagelos variam nos diversos grupos vegetais. ALGAS – ESTRUTURAS CELULARES ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS UNICELULARES 1. Unicelular flagelado Chlorophyta, Euglenophyta e Dinophyta de água doce ou marinhas. ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS UNICELULARES 2. Unicelular aflagelado Podem não ter movimento evidente Cyanobacteria, Chlorophyta, Bacillariophyta, Dinophyta e Rhodophyta ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS UNICELULARES 2. Unicelular aflagelado Estão incluídas também algumas formas móveis: Formas amebóides em Dinophyta. Entre as diatomáceas bentônicas também são muito frequentes as formas móveis. Diatomácea móvel ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS COLONIAIS Agregados de células, cada célula apresenta uma interdependência menor em relação às demais. As células da colônia apresentam-se unidas fisicamente apenas por mucilagens e freqüentemente não têm ligações citoplasmáticas entre si. São encontradas tanto fazendo parte do plâncton, quanto do bentos. Diferentes de formas pluricelulares! ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS COLONIAIS Colônias amorfas Não existe uma organização definida das células na colônia. Podem ocorrer em Cyanophyta e Chlorophyta de água doce ou marinhas. ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS COLONIAIS Cenóbio Mais complexa, com forma e número de células definidos. Ocorre em Chlorophyta (apenas em espécies de água doce). ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS PLURICELULARES Indivíduos formados por duas ou mais células. 1. Formas filamentosas Apresentam grande diversidade de formas, (simples, constituídas por uma única seqüência linear de células, formas mais complexas, como talos foliáceos, cilíndricos, crostosos). Formam-se a partir de sucessivas divisões celulares. As células filhas permanecem unidas através de uma parede comum e de ligações citoplasmáticas. ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS PLURICELULARES A. Filamentos não ramificados Cyanophyta Chlorophyta ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS PLURICELULARES B. Filamentos ramificados: Porção do talo diferenciada para fixação Chaetomorpha nodosa ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS PLURICELULARES B.Filamentos ramificados: Talo crostoso: aderidos ao substrato (costões rochosos) Ralfsia ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS PLURICELULARES 2. Formas parenquimatosas Dictyota sp. Formação de um tecido bidimensional ou tridimensional ALGAS – ORGANIZAÇÃO DO TALO FORMAS PLURICELULARES Indivíduos formados por duas ou mais células. 3. Filamentos pseudoparenquimatosos Fusão de filamentos, dando a impressão de um talo parenquimatoso Filamentos justapostos COMO AS ALGAS FORAM HISTORICAMENTE CLASSIFICADAS? CLASSIFICAÇÃO DAS ALGAS As relações evolutivas entre os grupos de algas não são muito claras registro fóssil muito limitado para a maioria dos grupos; morfologia simples; e grande plasticidade fenotípica. Microscopia eletrônica Biologia molecular As algas formam um grupo artificial que inclui táxons que muitas vezes são mais relacionados com organismos não fotossintetizantes do que com outras algas. CLASSIFICAÇÃO DAS ALGAS Euglenofíceas Kinetoplastida (Tripanossoma – mal de chagas) As eulgenofíceas são mais próximas dos Kinetoplastea do que de outras “algas”. Não correspondem a um grupo monofilético! CLASSIFICAÇÃO DAS ALGAS Alguns sistemas de classificação foram propostos para tentar agrupar os diferentes táxons das algas. Harvey (1836): classificou as algas baseado na sua composição pigmentar Principais características diagnósticas: Natureza dos pigmentos Natureza das substâncias de reserva Composição da parede celular Presença e número de flagelos Habitat Pascher (1931) Tilden (1933) Fritsch (1945) Smith (1938) Papenfus (1955) Prescott (1969) Charophyta Chlorophycea e Bacillariophyceae Chlorophyta Charophycophyta Chlorophyta Chlorophyta Chrysophycea e Chlorophyceae Crysophyta Chlorophycophyta Chloromannodophyta Chrysophyta Myxophyceae Chloromonadinea e Cyanophyta Chrysophycophyt a Chrysophyta Cyanophyta Phaeophyceae Chrysophyceae Euglenophyta Euglenophycophy ta Cyanophyta Euglenophyt a Rhodophyceae Cryptophyceae Phaeophyta Pyrrophycophyta Euglenophyta Phaeophyta Dinophyceae Pyrrophyta Phaeophycophyta Phaeophyta Rhodophyta Euglenineae Rhodophyta Rodophycophyta Pyrrophyta Myxophyceae Schizophycophyta Rhodophyta Phacophyceae Rhodophyceae Xantophyceae CLASSIFICAÇÃO DAS ALGAS CLASSIFICAÇÃO DAS ALGAS Alguns sistemas de classificação foram propostos para tentar agrupar os diferentes táxons das algas. Round – 1965, 1971 Sistema baseado na morfologia da célula móvel de reprodução e a composição dos pigmentos e substâncias de reserva alimentícia. São utilizadas quatro informações: (1)número de flagelos por célula móvel; (2)tipo de flagelo; (3)tamanho relativo dos flagelos da célula móvel; e (4)local de inserção do flagelo na célula móvel. Round – 1965, 1971 CLASSIFICAÇÃO DAS ALGAS Alguns sistemas de classificação foram propostos para tentar agrupar os diferentes táxons das algas. Christiaan van den Hoek, David G. Mann e Hans M. Jahns - 1995. 11 divisões e 30 classes Christiaan van den Hoek, David G. Mann e Hans M. Jahns - 1995. 11 divisões e 30 classes Nem todos os gêneros conseguiram ser incluídos nesse sistema de classificação! Cavalier-Smith - 1998 Sistema que seguiremos: Cavalier-Smith - 1998 Os diferentes grupos de algas se formaram por processos de endossimbiose primária e secundária. Os diferentes grupos de algas se formaram por processos de endossimbiose primária e secundária. ALGAS – PRINCIPAIS GRUPOS Euglenophyta Dinophyta Chlorophyta Bacillariophyceae Cianophyta ALGAS – PRINCIPAIS GRUPOS Phaeophyceae Rhodophyta Chlorophyta Charophyceae Chrysophyceae CYANOPHYTA CYANOPHYTA Seres Procariontes Primeiras algas a surgirem no planeta Cianobactérias ou “Algas azuis” Era Proterozoica = Idade das cianobactérias CYANOPHYTA Meio aquático CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 RADIAÇÃO SOLAR Meio aquático CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 RADIAÇÃO SOLAR As cianobactérias podem fotossintetizar em baixas concentrações de oxigênio. Meio aquático CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 RADIAÇÃO SOLAR Acúmulo de O2 na atmosfera Meio aquático CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 Camada de Ozônio RADIAÇÃO SOLAR Colonização das superfícies e dos ambientes terrestres As cianobactérias favoreceram a permanência de seres eucariontes unicelulares e posteriormente a diversificação de seres multicelulares mais complexos. CYANOPHYTA Pigmentos: Clorofila a Ficobilinas: c-ficocianina e aloficocianina(coloração azul) c-ficoeritrina e ficoeritrocianina(coloração vermelha) Xantofilas e Carotenos (β-caroteno) Substância de reserva: Glicogênio (amido das cianofíceas) Características gerais CYANOPHYTA Não possuem flagelos (movimentos por microfibrilas proteicas na parede celular) Paredes celulares constituídas de mureína (procariontes) Possuem envoltório mucilaginoso (formas coloniais) Características gerais CYANOPHYTA Características gerais Cianobactérias Outras bactérias Fotossintetizantes, com clorofila a Quando fotossintetizantes não possuem clorofila a Libera oxigênio como produto final da fotossíntese Não liberam oxigênio Não possuem flagelos Algumas possuem Maior complexidade morfológica Menor complexidade morfológica CYANOPHYTA ESTRUTURA VEGETATIVA Unicelular Synechococcus Aphanothece CYANOPHYTA ESTRUTURA VEGETATIVA Unicelular Colonial Gomphospaeria aponina Merismopedia elegans CYANOPHYTA ESTRUTURA VEGETATIVA Unicelular Colonial Filamentosa Anabaena azollae Cylindrospermopsis CYANOPHYTA CYANOPHYTA ORGANIZAÇÃO CELULAR Rochas que se formam quando colônias de bactérias em crescimento ativo se ligam a carbonato de cálcio; Abundantes nos registros fósseis São formadas ainda hoje no oeste da Austrália Estromatólitos CYANOPHYTA Estromatólitos CYANOPHYTA Estromatólitos CYANOPHYTA Formação de estromatólito Aerótopos Vesículas de gás ou vacúolos gasosos: Estruturas brilhantes e de forma irregular; Regulam a flutuabilidade; Sphaerocavum Anabaenopsis Limnothrix Cilindrospermopsis CYANOPHYTA Aerótopos CYANOPHYTA Luminosidade fraca Maior quantidade de aerótopos Cianobactérias vão para a superfície Aumento da atividade fotossintética Síntese de açúcares Aumento da pressão osmótica Aerótopos CYANOPHYTA Luminosidade muito alta Aerótopos se rompem Cianobactérias afundam Nível ótimo para a fotossíntese Heterocitos Células especializadas na fixação do nitrogênio molecular (N2), sendo dotadas de nitrogenases em grandes concentrações Podem ser terminais ou intercalares . Anabaena sperica Cylindrocarpon sp. Estímulo para fixação: queda de nitrogênio na água. Heterocito CYANOPHYTAHeterocitos A nitrogenase é inibida pelo Oxigênio CYANOPHYTA Paredes espessas Fixação de nitrogênio em condições aeróbicas. O2 Heterocitos A nitrogenase é inibida pelo Oxigênio CYANOPHYTA A ausência do Fotossistema II no heterocito evita a liberação de oxigênio no local. Síntese de ATP e NADPH e redução do N2 em íon amônio (NH4 +) Citoplasma amarelado: ausência de pigmentos. Heterocitos A nitrogenase é inibida pelo Oxigênio CYANOPHYTA Canais finos no Nódulo Polar: Contato do citoplasma do heterocito com a célula vizinha Fotossíntese e Fixação de Nitrogênio ocorrerão em locais distintos! Heterocitos CYANOPHYTA E as cianobactérias sem heterocitos? Fixação de nitrogênio por atividade das células mais internas da colônia (ambiente aeróbico – baixa fixação). Fixação de nitrogênio durante a noite na superfície de lodos anóxicos (Lyngbya aestuarii) Acinetos Esporo de resistência (nas formas filamentosas) Acumulam grânulos com substâncias de reserva (conteúdo denso e granuloso) CYANOPHYTA Acinetos Desprendem-se do filamento e , quando entram em divisão, dão origem a uma célula idêntica à célula-mãe; Podem ficar muito tempo em estágio de dormência CYANOPHYTA Acinetos CYANOPHYTA Ocorrência Água doce (maioria); Marinhas (estuários); Fontes termais (74°C - Synechococcus); Terrestres - solo úmido, desertos, poeira); Lagos antárticos (Phormidium e Lyngbya – biofilmes no fundo); Ambientes ácidos e com derivados de enxofre (tóxico para a grande maioria dos organismos - USA); Sistemas lacustres alcalinos (Arthrospira – África e México). CYANOPHYTA Cosmopolitas; Podem ser: planctônico, bentônico (biofilme), epífito (sobre vegetais), endofítica (dentro de vegetais), Hábitos CYANOPHYTA Cianobactérias em Codium (Chlorophyta) - endofítica Cosmopolitas; Podem ser: planctônico, bentônico (biofilme), epífito (sobre vegetais), endofítica (dentro de vegetais), epizóico (sobre animais), endolítico (dentro de rochas)e epilítico (sobre rochas); Hábitos CYANOPHYTA Gloecapsa - epilítica Cyanoderma – epizóica (preguiça) Cosmopolitas; Podem ser: planctônico, bentônico (biofilme), epífito (sobre vegetais), epizóico (sobre animais), endófito (dentro de vegetais), endolítico (dentro de rochas)e epilítico (sobre rochas); Estabelecem relações simbióticas com diversos organismos; Produzem antibióticos (Nostoc) – bacteriomicina, ativo contra várias cianobactérias e uma gama de algas eucarióticas. Hábitos CYANOPHYTA Líquens (8% cianobactérias) Líquen = fungo + alga CYANOPHYTA Simbioses com várias espécies diferentes Trichormus Gunnera CYANOPHYTA Nostoc e Anthoceros Simbioses com várias espécies diferentes CYANOPHYTA Anabaena sp. Heterocito (fixação de nitrogênio) Azolla Simbioses com várias espécies diferentes CYANOPHYTA Campos alagados de arroz (Ásia) Aumenta a produção de arroz em até 30% Anabaena = 40kg N/ha ano Anabaena + Azolla = 120 a 310 kg N/ha ano CYANOPHYTA CYANOPHYTA Podem enriquecer meios normalmente oligotróficos (pobres em nutrientes) Trichodesmium e bloom no oceano Pacífico. Um dos mais importantes fixadores de nitrogênio em alto-mar. CYANOPHYTA Contêm 70% de proteína em sua biomassa seca; Cresce em ambientes salinos e alcalinos, bem como em ambientes áridos; Cultivada nos USA, Israel, Japão, Tailândia, México & Brasil (RS). Fonte de alimento CYANOPHYTA CYANOPHYTA Movimento Cyanothece aeruginosa Deslizamento Movimentos oscilatórios Movimento parafuso Oscillatoria Spirulina CYANOPHYTA Multiplicação e reprodução Divisão celular Produção de esporos Endósporos: o conteúdo de uma célula vegetativa se divide em esporos; na maturidade, a parede da célula-mãe se abre. Pleurocapsa minor Endósporo CYANOPHYTA Multiplicação e reprodução Divisão celular Produção de esporos Exósporos: uma sucessão de divisões transversais produz esporos, que podem permanecer unidos uns aos outros no ápice do esporocisto. Chamaesiphon curvatus Exósporo CYANOPHYTA Multiplicação e reprodução Não existe uma reprodução sexuada verdadeira! Parassexualidade 1) Transformação CYANOPHYTA Multiplicação e reprodução Não existe uma reprodução sexuada verdadeira! 2) Conjugação Parassexualidade IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA - CIANOTOXINAS CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Grande parte da preocupação sobre as florações de cianobactérias consiste na produção de toxinas por parte desses organismos. Florações (ou blooms): crescimento excessivo de algas causado pela liberação de nutrientes em ambientes aquáticos. CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Grande parte da preocupação sobre as florações de cianobactérias consiste na produção de toxinas por parte desses organismos. Cianotoxinas = metabólitos secundários das cianobactérias CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Cianobactérias 150 gêneros e 2000 espécies Cianobactérias produtoras de cianotoxinas 40 gêneros CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Gêneros mais estudados Aphanizomenon Nostoc CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Gêneros mais estudados Oscillatoria Planktothrix CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Gêneros mais frequentes no Brasil Planktothrix Aphanizomenon CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Microcystis – Gênero predominante 51,6% dos eventos de florações em águas continentais brasileiras 65% dos relatos de intoxicação no Brasil Microcystis aeruginosa: distribuição mais ampla e predominante CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Relação entre os gêneros de cianobactérias tóxicas CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Relação entre as florações de cepas tóxicas e não tóxicas CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Toxinas mais estudadas Microcistinas Cilindrospermopsina Nodularinas Microcystis aeruginosa Nodularia spumigena Cylindrospermopsis raciborskii CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Consequências ecológicas das cianobactérias tóxicas A importância e o papel ecológico dessas toxinas ainda não são bem conhecidos – Possível proteção contra a herbivoria. As cianobactérias armazenam as toxinas durante maior parte de sua vida Lise celular ocasionada por ingestão por zooplâncton, peixes, tratamento de água ou decomposição natural As toxinas são liberadas para o meio Endotoxinas CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Consequências ecológicas das cianobactérias tóxicas As cianotoxinas podem apresentar bioacumulação e biomagnificação ao longo da cadeia alimentar Bioacumulação: Acúmulo de determinada substância no organismo. Bioamagnificação: aumento da concentração de determinada substância ao longo da cadeia trófica. CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Consequências ecológicas das cianobactérias tóxicas As toxinas podem apresentar ações agudas ou crônicas, conforme o grau e o tempo de exposição Mais comuns: efeitos agudos Efeitos Crônicos: polipeptídeos cíclicos (hepatotoxinas) Surgimento e crescimento de tumores hepáticos Efeito agudo: morte por hemorragia ou insuficiência hepáticaCIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Consequências de cianobactérias tóxicas para a saúde humana Ingestão de águas contaminadas pode levar a uma exposição prolongada Efeitos crônicos Brasil – 1996: 117 pessoas hemodialisadas sofreram de intoxicação por cianotoxinas, das quais 49 morreram. Abastecimento de água na clínica de hemodiálise : elevadas concentrações de cianobactérias (Microcystis, Anabaena e Cylindrospermopsis). Sintomas: distúrbios da visão, náusea e vómitos, hepatomegalia com dores fortes e enfraquecimento muscular. CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Toxinas produzidas por cianobactérias Lipopolissacarídeos (LPS) Alcalóides tóxicos (cilindrospermopsinas hepatotóxicas, neurotoxinas e as citotoxinas) Peptídeos cíclicos (microcistinas e nodularinas hepatotóxicas) Cianotoxinas marinhas: aplisiatoxina + debromoaplisiatoxina e lingbiatoxina-a Nem todas as espécies de cianobactérias produzem toxinas! CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Toxinas produzidas por cianobactérias Microcistinas e nodularinas Alvo: fígado Atrofiam os hepatócitos (prejudicando a síntese de proteínas) e provocam hemorragias Processo irreversível – disfunção hepática Tem ação inibitória nas fosfatases proteicas (enzimas reguladoras da síntese proteica) Promotoras de tumores CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Toxinas produzidas por cianobactérias Anabaena Planktothrix Hapalosiphon Radiocystis Microcistinas e nodularinas Aphanocapsa CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Toxinas produzidas por cianobactérias Neurotoxinas Alvo: sistema nervoso Morte por paralisia dos músculos respiratórios Superestimulação das células musculares (principalmente as respiratórias), respiração ofegante, convulsões, seguida de paralisia dos músculos respiratórios Ex.: Beta metil-aminoalanina (BMAA) Desenvolvimento precoce de doença neurodegenerativa semelhante ao Parkinson CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Neurotoxinas Aphanizomenon CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Toxinas produzidas por cianobactérias Saxitoxinas e Neosaxitoxinas Também conhecidas como PSP- Paralitic Shelfish Poison (Veneno paralisante de marisco) Cianobactéria: Aphanizomenon flos-aquae CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS Toxinas produzidas por cianobactérias Saxitoxinas e Neosaxitoxinas Aphanizomenon Anabaena
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